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Nas sombras do poder! Liam Neeson encara conspiração e redenção em “Agente das Sombras” no Cine Maior deste domingo (28)

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Neste domingo, 28 de dezembro de 2025, o Cine Maior Especial, da Record TV, leva ao ar Agente das Sombras, um thriller de ação e suspense que mergulha em conspirações governamentais, dilemas morais e no desgaste emocional de quem passou a vida servindo a um sistema que já não reconhece. Lançado em 2022 e dirigido por Mark Williams, o filme traz Liam Neeson em mais um papel que dialoga diretamente com sua fase mais madura no cinema: a de homens cansados, marcados pelo passado e em busca de algum tipo de redenção.

Mesmo cercado por críticas negativas e um desempenho decepcionante nas bilheteiras, Agente das Sombras ganha um novo fôlego ao chegar à televisão aberta. Longe das expectativas do circuito comercial, o longa se apresenta como um entretenimento tenso e reflexivo, que propõe questionamentos incômodos sobre abuso de poder, segredos de Estado e os limites da obediência.

Liam Neeson interpreta Travis Block, um veterano da Guerra do Vietnã que trabalha de forma extraoficial para o FBI. Ele não aparece em crachás, não participa de coletivas de imprensa e não recebe medalhas. Travis é acionado quando algo precisa ser resolvido rapidamente, fora das regras e longe da opinião pública. É um “homem das sombras”, alguém que existe apenas para proteger a imagem da instituição.

No entanto, ao contrário de outros personagens de ação, Travis não demonstra orgulho do que faz. Pelo contrário: ele carrega no corpo e no olhar o peso de anos vivendo à margem, resolvendo problemas que nunca poderiam vir à tona. Seu maior desejo é simples e profundamente humano: se aposentar, deixar para trás a violência e aproveitar o tempo com a filha Amanda e a neta Natalie. Esse sonho, porém, parece cada vez mais distante.

A história toma um rumo decisivo com o assassinato da ativista política Sofia Flores, morta em um atropelamento claramente planejado após discursar em defesa da igualdade racial e de gênero em Washington, D.C. O crime, brutal e silencioso, levanta suspeitas desde o início, principalmente quando o FBI trata o caso com rapidez excessiva e poucas explicações.

É nesse cenário que Travis recebe mais uma missão de seu superior, Gabriel Robinson, diretor do FBI vivido por Aidan Quinn. Robinson ordena que ele capture Dusty Crane, um agente infiltrado que passou a agir por conta própria. Dusty, interpretado por Taylor John Smith, não é apenas um fugitivo: ele representa a consciência que começa a despertar dentro de um sistema acostumado a agir sem questionamentos.

Dusty decide procurar a imprensa e entra em contato com a jornalista Mira Jones, personagem de Emmy Raver-Lampman. Ele afirma ter provas de uma operação ultrassecreta chamada Operação Unity, um programa interno do FBI responsável por eliminar civis considerados ameaças ideológicas ao governo. Entre essas vítimas estaria a própria Sofia Flores.

Enquanto Travis tenta cumprir sua missão, ele começa a perceber que algo não está certo. Dusty não age como um criminoso comum, mas como alguém desesperado para expor uma verdade perigosa. O encontro marcado entre Dusty e Mira em um museu, seguido de uma nova fuga e da execução do agente, marca um ponto de virada definitivo para o protagonista.

Antes de morrer, Dusty revela a Travis que foi o próprio Robinson quem ordenou o assassinato de Sofia. A partir daí, o filme deixa de ser apenas uma história de perseguição e assume um tom mais político e crítico, colocando em xeque a estrutura de poder que Travis ajudou a sustentar por anos.

A personagem de Mira Jones ganha força conforme a trama avança. Determinada a publicar a verdade, ela enfrenta resistência, ameaças veladas e o medo constante de ser silenciada. Seu editor, Drew, decide seguir com a investigação, mas acaba pagando o preço mais alto: ele é assassinado em um falso acidente de carro, da mesma forma que Sofia e Dusty.

Esses eventos reforçam o clima de paranoia e deixam claro que ninguém está seguro. Nem mesmo Travis. Pouco depois, sua filha e sua neta desaparecem, colocando o protagonista diante de um dilema devastador: continuar obedecendo ordens ou enfrentar o sistema para salvar quem ama.

Consumido pela culpa e pela revolta, Travis decide agir por conta própria. Com a ajuda de Mira, ele descobre que Robinson mantém um cofre em casa com segredos do governo. O confronto entre os dois é um dos momentos centrais do filme, não apenas pela ação, mas pelo embate moral entre quem acredita estar acima da lei e quem finalmente decide não fechar mais os olhos.

Dentro do cofre, Travis encontra provas concretas da Operação Unity. Um tiroteio se inicia, agentes tentam silenciá-lo, mas, pela primeira vez, ele luta não para proteger a instituição, e sim para expor seus crimes. A vitória de Travis não é celebrada com euforia, mas com alívio. É o fim de um ciclo de obediência cega.

Com as provas em mãos, Travis força Robinson a se entregar às autoridades. A conspiração vem à tona, Mira conclui sua reportagem revelando o acobertamento governamental, e o FBI é colocado sob escrutínio público. Amanda e Natalie reaparecem, protegidas até então por um programa de testemunhas, permitindo que Travis finalmente se aposente e retome uma vida que parecia perdida.

O final não é triunfal no sentido clássico dos filmes de ação. Não há discursos grandiosos ou promessas de um mundo melhor. Há, sim, a sensação de que a verdade, mesmo tardia, ainda tem valor — e que escolhas difíceis podem, de alguma forma, trazer paz.

Agente das Sombras enfrentou duras críticas em seu lançamento. Com orçamento estimado em US$ 43 milhões e arrecadação global em torno de US$ 16 milhões, o filme foi considerado um fracasso comercial. Muitos críticos apontaram falhas no roteiro, na direção e na construção das cenas de ação, além de classificarem o longa como um dos trabalhos mais fracos da carreira recente de Liam Neeson.

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Além de fundador e editor-chefe do Almanaque Geek, Esdras também atua como administrador da agência de marketing digital Almanaque SEO. É graduado em Publicidade pela Estácio e possui formação técnica em Design Gráfico e Webdesign, reunindo experiência nas áreas de comunicação, criação visual e estratégias digitais.

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