Na edição desta terça-feira, dia 15, o Profissão Repórter leva o telespectador a uma jornada pelos cenários de destruição deixados por fenômenos climáticos extremos, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Comandado por Caco Barcellos, o programa mergulha nas consequências dos furacões ‘Helena’ e ‘Milton’, que assolaram a Flórida e a Carolina do Norte, e na tempestade com ventos violentos que afetou diversos bairros de São Paulo.

Furacões em sequência causam tragédia nos EUA

Nas últimas semanas, a costa sudeste dos Estados Unidos enfrentou uma dupla de furacões de alta intensidade, resultando em 250 mortes e centenas de desabrigados. O furacão ‘Helena’ varreu a Carolina do Norte, enquanto o furacão ‘Milton’ atingiu duramente a Flórida, especialmente a cidade de St Petersburg, onde um guindaste desabou sobre um edifício, causando estragos irreparáveis.

Caco Barcellos e a repórter cinematográfica Mayara Teixeira acompanham os esforços de reconstrução em St Petersburg, onde mais de 300 trabalhadores, muitos deles brasileiros, tentam devolver um pouco de normalidade à cidade. O programa traz um olhar detalhado sobre a resiliência das equipes de resgate e dos moradores, que enfrentam a dura realidade de refazer suas vidas após a devastação.

Na Carolina do Norte, as repórteres Nathalia Tavolieri e Sara Pavani mostram como a região ainda lida com os efeitos deixados pelo furacão ‘Helena’, que arrancou árvores, destruiu casas e forçou milhares a evacuarem. O programa documenta os esforços de ajuda humanitária e os desafios enfrentados pelas famílias que retornam para reconstruir o que restou.

Tempestade e ventos fortes castigam São Paulo

Enquanto os Estados Unidos lidam com a fúria dos furacões, o Brasil também foi atingido por um fenômeno climático severo. Na última semana, uma tempestade com ventos de até 100 km/h assolou São Paulo, deixando um rastro de destruição. A queda de árvores, postes e placas causou o bloqueio de ruas e prejudicou o transporte público, além de causar apagões em diversos pontos da cidade.

Os repórteres Danielle Zampollo, André Neves Sampaio e a repórter cinematográfica Talita Marchiori percorrem os bairros mais atingidos da capital paulista, conversando com moradores que relataram momentos de tensão e medo. Muitos viram árvores serem arrancadas pelas raízes e contaram como a força dos ventos danificou fachadas de prédios e veículos. “Nunca vi nada assim em tantos anos vivendo aqui”, comentou um morador da Zona Oeste.

Análise: mudanças climáticas e o futuro dos fenômenos extremos

Para oferecer um panorama técnico sobre o aumento da frequência e da intensidade desses eventos, o ‘Profissão Repórter’ traz uma entrevista com a especialista em climatologia Suzana Camargo, da Universidade de Columbia, e o professor Micael Cecchini, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

Segundo Suzana, o cenário climático global está em uma rota de intensificação dos eventos extremos, e regiões antes consideradas seguras agora estão suscetíveis a inundações, tempestades e furacões. “Estamos vendo os efeitos das mudanças climáticas se tornarem cada vez mais dramáticos e não há lugar no mundo imune a essas transformações”, alerta a climatologista.

Micael Cecchini explica o comportamento dos furacões no Golfo do México, destacando que a combinação de águas mais quentes e alterações atmosféricas aumenta a frequência de furacões de categoria elevada. O especialista também discute como os eventos no Brasil, embora menos frequentes, também estão se intensificando em virtude das mudanças climáticas globais.

Fenômenos em escala global

O programa desta terça-feira busca não apenas documentar os danos físicos e materiais causados pelos furacões e tempestades, mas também trazer à luz a urgência de medidas preventivas e a conscientização sobre os impactos das mudanças climáticas. O trabalho das equipes de resgate e dos moradores que lutam para reconstruir suas cidades mostra a força humana diante de tragédias naturais, enquanto especialistas alertam que esses fenômenos tendem a se intensificar nos próximos anos.