Resenha – Mentiras Que Contam As Mulheres

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Mentiras Que Contam As Mulheres tem uma capa em estilo sátira sensacional, os títulos que separam os capítulos vem com frases em metáforas. Recheado de imagens para embasar o que está sendo dito, com trechos impactantes como “motivos absurdos apresentados para abortos espontâneos entre os anos 1300 a 2000”. Escrito pela Kaz Cooke, jornalista que passou sua vida dedicada ao bem estar das mulheres, e lançado pela editora Astral Cultural.

O livro traz à tona diversos fatos que ocorreram ao longo das décadas com as mulheres, desde fatos históricos até frases extremamente machistas e arcaicas que somos obrigadas a escutar até hoje. Nos mostra o quanto a sociedade cria suas mulheres com base em conselhos e posicionamentos absurdos e antiquados, seja no campo amoroso, quanto no profissional. Com uma narrativa fluida e de fácil entendimento, a autora acertou em cheio nos fazendo sentir como se estivéssemos conversando com uma amiga. Mesmo tratando de um assunto delicado, é de certa forma leve e gostoso de ler. Esse livro é um grito e merece ser lido e enaltecido, nos mostra o quanto vivemos em amarras dispostas pela sociedade patriarcal. O quanto somos taxadas e vivemos buscando a perfeição por causa de um perfeccionismo imposto pelo machismo.

Somos impelidas desde muito novas a ter um comportamento recatado, baseado em como agradar um homem e ganhar de brinde um marido. Somos taxadas, inferiorizadas, menosprezadas e ridicularizadas inúmeras vezes durante a vida… Isso não é novidade pra ninguém, é um fato irrefutável. A novidade aqui se trata da Kaz Cooke nos fazendo rir com leveza das coisas mais abusivas e esdrúxulas que todas nós já vivenciamos durante a vida. E seria um engano achar que o livro faz com que o machismo seja tratado de forma simples ou zombeteira, há referências, imagens reais, aqui lemos fatos estampados que nos fazem refletir. É uma leitura para ser digerida lentamente, que você irá terminar sentindo que encontrou uma grande amiga na escrita da autora. Você nunca mais escutará um “Se acalme, garota” da mesma forma, apenas leiam! É para todas as mulheres se sentirem acolhidas, é para todos os homens sentirem empatia.

Crítica – Shazam! Fúria dos Deuses é repleto de ação e emoção na medida certa

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Nesta quinta-feira, 16 de março, estreia nas salas de cinema a tão aguardada sequência. O filme traz de volta Zachary Levi no papel do carismático e atrapalhado herói título, prometendo uma nova dose de diversão e aventura. Se você, assim como eu, gostou do primeiro Shazam! de 2019, certamente vai se empolgar com esta continuação.

Fúria dos Deuses supera o original em todos os aspectos. O roteiro é mais refinado, o desenvolvimento dos personagens é mais profundo, e a direção, os efeitos visuais, a direção de arte e o design de produção estão notavelmente aprimorados. A trilha sonora também contribui para a energia vibrante do filme, tornando-o uma experiência cinematográfica envolvente e emocionante.

As atuações das veteranas Helen Mirren e Lucy Liu como vilãs são notáveis e longe de serem caricatas. Elas trazem uma profundidade e complexidade ao papel, elevando o nível do antagonismo. Além disso, Rachel Zegler desempenha um papel significativo como Anthea, uma personagem que serve tanto como interesse amoroso quanto como uma figura importante na trama.

Um dos momentos altos do filme é a aparição da Mulher-Maravilha, que adiciona um toque especial à história. Mesmo com o recente cenário tumultuado na DC Comics desde a chegada de James Gunn ao comando da empresa, Shazam! Fúria dos Deuses se destaca como uma produção independente dentro do universo DCU, oferecendo uma experiência completa e cativante.

Para aproveitar ao máximo a ação e os efeitos visuais, recomendo assistir ao filme em uma sessão IMAX. Não perca a chance de conferir essa sequência que já está em cartaz, distribuída pela Warner Bros. O que você está esperando? Garanta seu ingresso e mergulhe na nova aventura do herói Shazam!

Crítica – A Baleia marca o retorno brilhante de Brendan Fraser aos cinemas

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O filme retrata a vida de um homem em 1 semana, que ao mesmo tempo lida com a sua obesidade tenta se reconciliar com sua filha totalmente problemática e ainda assim acreditar que realmente pessoas são incríveis.

Aronofsky sustenta essa narrativa na obesidade do Charlie, além de explorar todos os problemas que uma pessoa em sua situação possa ter. Indo da compulsão alimentar a seu problema de saúde, a reconciliação com sua filha além de uma discussão espiritual sobre significado de ajuda ao próximo. Foi pensado que houve uma falta de exploração de outros assuntos, tendo o foco apenas na obesidade. Todavia, o início do filme é traçado por um homem que dá aulas de ensaio online com a câmera desligada por total vergonha do que as pessoas iriam achar caso o visse. Comprovando que a obesidade é um grande fator na vida do personagem que não sai de casa por vergonha do que as pessoas irão achar.

A volta triunfal do Brendan colocando-o como um dos mais cogitados a levar a estatueta de Melhor Ator no Oscar após todos esses anos fazendo papéis secundários, nos leva a um grande barco de sentimentalismo em grande tom de melancolia e solidariedade por tudo que seu personagem passa. Aqui não temos aquele protagonista em “A Múmia” e o Charlie enfrentando os problemas que o cercam com grande otimismo de que as pessoas são seres incríveis e seu desejo de fazer parte da vida da sua filha após 8 anos. Na porção coadjuvante, temos a Hong Chau que participou recentemente do humor ácido “O Menu” fazendo-o papel de uma grande amiga enfermeira que com o tempo somos levado a perceber que é algo muito além disso e Sadie Sink que faz a Max na série da Netflix “Stranger Things”, carregando seus papéis com uma mestria nos inserindo em seus mundos.

Diferente de seus filmes anteriores “A Baleia” é um adaptação da história do dramaturgo Samuel D. Hunter, mas ainda sim é perceptível aquela forma de fazer filme que só o Aronofsky tem. Explorando tudo que é sentimento do personagem, seja ele felicidade ou tristeza é perceptível sua forma de fazer arte. Todavia, diferente dos outros temos aqui algo mais real. Algo que nos aproxima da realidade do dia a dia, onde temos pessoas combatendo suas cicatrizes para continuar com um otimismo de que tudo vai ficar bem. Ainda segue aquela forma que apenas o Darren Aronofsky tem, quabdk achamos que tudo vai se ajeitar é ali que ele termina e o público fica travado e se perguntando “Logo agora?”.

Resenha – O Coração de Uma Mulher é uma Jornada poética e profunda

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No cenário literário, algumas obras se destacam não apenas pela envolvente narrativa, mas também pela capacidade de transcender as fronteiras da ficção e tocar a essência da experiência humana. É exatamente essa proeza que Maya Angelou alcança em seu mais recente trabalho, “O Coração de Uma Mulher“. Recebi o livro com antecedência para resenhá-lo e, sob a chancela da Editora Astral Cultural, ele promete ser um marco na literatura contemporânea.

A narrativa, habilmente entrelaçada com referências culturais e históricas significativas, mergulha na jornada de uma mulher em busca de sua identidade, navegando pelas complexidades da vida, do amor e da liberdade. Maya Angelou nos conduz por uma viagem que se torna, de certa forma, a jornada de muitas mulheres, revelando os desafios sociais, as dores e os triunfos que moldam suas vidas.

Partindo da Califórnia em direção à efervescente cidade de Nova York, acompanhamos a protagonista em sua imersão na sociedade e no mundo dos artistas e escritores negros. É no seio desse ambiente pulsante que ela encontra não apenas camaradagem, mas também engajamento político, integrando-se à luta pelos direitos dos afro-americanos. Angelou, com sua prosa poética e visceral, retrata não apenas o panorama cultural da época, mas também as profundezas da alma feminina e os dilemas enfrentados por uma mãe negra nos Estados Unidos.

Um dos aspectos mais cativantes do livro é a maneira como Angelou tece sua narrativa em torno das relações humanas. O leitor é apresentado a uma galeria de personagens marcantes, desde figuras históricas como Billie Holiday e Malcolm X até indivíduos fictícios que ecoam a vida em suas mais diversas nuances. É nesse intricado tecido de relações que se desenrola a jornada da protagonista, pontuada por encontros e despedidas, amores e desilusões.

No entanto, não são apenas os personagens que conferem profundidade à trama. A própria escrita de Angelou, carregada de emoção e lirismo, é um convite à reflexão sobre temas como identidade, pertencimento e resistência. Em suas páginas, encontramos passagens que nos transportam para além do tempo e do espaço, fazendo-nos sentir como se estivéssemos imersos na própria pele da protagonista.

É verdade que, em alguns momentos, a narrativa pode parecer superficial, deixando questões importantes apenas esboçadas. No entanto, essa aparente lacuna é compensada pela riqueza de detalhes e pela intensidade das emoções que permeiam cada página. Maya Angelou nos brinda com uma obra que, mesmo em seus momentos mais fugazes, ressoa com a autenticidade da experiência humana.

“O Coração de Uma Mulher” é mais do que um simples relato de vida; é um testemunho poderoso da resiliência e da determinação feminina, uma ode à força que reside no âmago de cada mulher. Maya Angelou, com sua prosa magistral, convida-nos a mergulhar nas profundezas do ser feminino e a descobrir, através das palavras, a beleza e a complexidade de uma jornada compartilhada.

Uma obra que transcende as fronteiras do tempo e do espaço, tocando o cerne da experiência humana de forma poética e profunda. Maya Angelou prova ser uma voz marcante da atualidade, oferecendo-nos um vislumbre da alma feminina e convidando-nos a refletir sobre o que significa ser mulher em um mundo repleto de desafios e possibilidades.

Crítica – Till: A Busca por Justiça mostra história revoltante que aconteceu nos Estados Unidos

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Mais um lançamento de alta qualidade da Universal Pictures chega aos cinemas nesta quinta-feira, 9 de fevereiro. O filme da vez é Till – A Busca por Justiça, novo drama de época que reconta a história real e revoltante que chocou os Estados Unidos, especificamente o estado de Mississípi, na década de 1950 pela morte do jovem Emmett Till de 14 anos e a luta de sua mãe Mamie Till-Bradley, que tentou buscar um esclarecimento do caso e conseguir trazer justiça por seu filho.

Durante 2 horas e 10 minutos o roteiro nos leva a conhecer a história que foi um dos mais conhecidos casos de violência racial nos Estados Unidos pelo ponto de vista da mãe do garoto interpretada por Danielle Deadwyler. A atriz entrega uma performance poderosamente forte, comovente e inspiradora. Já Whoopi Goldberg, aparece como atriz coadjuvante interpretando o papel da mãe da protagonista. O elenco de Till – A Busca por Justiça entrega boas atuações, mas o mérito maior fica para Danielle Deadwyler.

O filme é uma produção profundamente emocional, que causa um turbilhão de sentimentos dentro de nós ao escancarar o racismo estrutural e a segregação racial que dominava os Estados Unidos. A produção machuca nosso emocional e psicológico a cada cena até o último segundo do filme. Confesso que não consegui conter as lágrimas por diversos momentos e depois da conclusão dele, deixei a sala do cinema devastada e com o sentimento de revolta e incredulidade gritando dentro de mim.

Não perca essa grande produção que tenho certeza que vai emocionar e comover você do início ao fim. Infelizmente o filme foi esnobado pelo Oscar 2023, pois merecia ser indicado na categoria de Melhor Roteiro Adaptado e a interpretação de Danielle Deadwyler merecia ser indicada como Melhor Atriz.

O drama biográfico tem direção e roteiro assinado por Chinonye Chukwu (Clemency). A produção é realizada por Whoopi Goldberg (Ghost – Do Outro Lado da Vida), Barbara Broccoli (007 – Operação Skyfall) e Frederick Zollo (Mississipi em Chamas).

Crítica – The Banshees of Inisherin cativa e comove o público na medida certa

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The Banshees of Inisherin é um filme de comédia dramática de 2023 com roteiro e direção de Martin McDonagh. A trama que está indicada ao Oscar é estrelado pelo sempre ótimo em cena Colin Farrell, Brendan Gleeson, Kerry Condon e Barry Keoghan.

Contendo 1h54 minutos de duração, a premissa do longa-metragem segue a história de dois amigos que mantinham um bom relacionamento fraterno até que de repente um deles inicia um conflito de uma hora para outra entre eles e durante o desenrolar da trama, as consequências se tornam desastrosas.

Sem dúvidas, o filme é um dos melhores trabalhos de Martin McDonagh e junto a excelentes performances principais, o filme é um delicioso deleite de mal-estar desenvolvido com maestria para nos cativar e nos comover na medida
certa.

Não é uma história fácil de esquecer e automaticamente nos faz lembrar das amizades e outras relações no geral que também já não caminham mais ao nosso lado por motivos que por vezes não sabemos e ficamos nos questionando o porquê. Enfim… coisas da vida não é mesmo? Belissimamente filmado e fotografado (tem lindíssimas paisagens contemplativas a perder de vista em sua cinematografia).

O filme chega as telonas dos cinemas no dia 2 de fevereiro com distribuição da Searchlight Pictures e com toda certeza vai conquistar e emocionar o publico. Não perca!

Crítica – Barbie é inovadora e supera todas as expectativas

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Acredito que um dos lançamentos mais aguardados dos últimos tempos seja o filme inspirado na boneca mais amada das meninas, que vai muito além de ser apenas uma boneca ou uma marca. Ao longo dos anos, muitos associaram a Barbie à versão estereotipada que conhecemos, mas essa produção cinematográfica vai surpreender a todos. Sob a direção talentosa de Greta Gerwig, conhecida por seu trabalho em filmes como “Lady Bird” e “Adoráveis Mulheres”, o filme dá vida a um dos brinquedos mais icônicos de todos os tempos, de forma incrivelmente inspiradora.

Com um elenco estelar liderado por Margot Robbie no papel-título e Ryan Gosling como Ken, o filme encanta tanto o público quanto os críticos, recebendo excelentes aprovações no Rotten Tomatoes e Meta Critic. Não é tarefa fácil levar uma marca tão significativa como “Barbie” para as telonas sem perder o seu brilho, mas a diretora Greta Gerwig não apenas alcança o padrão de qualidade esperado, como eleva a narrativa a novos patamares, impulsionada pelo talento e coragem de Robbie e Gosling.

A mensagem de empoderamento feminino é um dos pontos fortes do filme. Ao longo dos anos, a boneca estabeleceu padrões de beleza irrealistas, mas também se mostrou uma figura inspiradora, representando diferentes profissões e até mesmo uma boneca trans. O roteiro de Gerwig e Noah Baumbach vai além do óbvio, questionando o machismo estrutural e levantando questões sobre como as inseguranças afetam nossas vidas.

O filme não tem receio de confrontar a própria Mattel e a sociedade patriarcal, apontando como a boneca influenciou a autoestima das mulheres desde a sua criação. Essa ousadia é acompanhada por uma trilha sonora envolvente que conta com artistas como Dua Lipa, Ava Max, Nicki Minaj, Karol G, Lizzo, Charli XCX e Billie Eilish, que com seu sucesso “What Was I Made For?” ressoa com a mensagem do filme.

“Barbie” não é apenas um filme, é um espetáculo à parte, uma verdadeira obra-prima cinematográfica. Repleto de referências e nostalgia, ele despertará a criança interior de todos os espectadores. Além da estética deslumbrante, com cenários e figurinos fantásticos, o filme entrega uma mensagem poderosa e necessária para o público contemporâneo.

Assim, o filme não só presta homenagem à icônica boneca, mas também traz uma história cativante que inspira, empodera e desafia os padrões estabelecidos, tornando-se um filme imperdível para todas as idades. Prepare-se para ser transportado para o vibrante mundo de “Barbieland” e para se emocionar com essa jornada única de autodescoberta e empoderamento.

Crítica – Oppenheimer é um filme ousado, imersivo e impecável

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Oppenheimer é mais uma obra-prima do renomado diretor Christopher Nolan, conhecido por trazer filmes inovadores como Interestelar, A Origem e O Grande Truque para as telonas. Neste longa, ele não apenas dirigiu, mas também escreveu o roteiro, entregando sua criação mais ousada até o momento. Trata-se de uma cinebiografia que não se limita apenas à criação da bomba atômica, mas explora temas como política, poder e suas consequências, mergulhando na complexidade da mente humana.

O filme apresenta uma narrativa em dois momentos temporais distintos: o preto e branco retrata de forma objetiva os fatos reais que aconteceram, enquanto o colorido mergulha no âmago dos sentimentos e perspectivas de Oppenheimer. Os diálogos sobre o mundo quântico são profundos e envolventes, cativando até mesmo aqueles que não são fãs de física. A narrativa é construída de forma gradual e crescente, com cada pequeno detalhe milimetricamente calculado.

A trilha sonora impecável acompanha a evolução da história, aumentando a intensidade conforme as horas passam. A escolha de uma explosão silenciosa foi ousada e cirúrgica, proporcionando um êxtase visual puro que prende a atenção do público. Quando o volume finalmente aumenta, nosso corpo inteiro sente a emoção da tão esperada cena apoteótica. O silêncio e a trilha sonora se entrelaçam de forma magnífica, tornando a experiência cinematográfica ainda mais encantadora.

Os fios narrativos mostram a construção, desenvolvimento, ápice e queda dos personagens centrais, destacando a corrida armamentista da Guerra Fria de maneira realista e impactante. O uso do primeiro suporte de filme em preto e branco para o formato IMAX foi um desafio que Nolan enfrentou com maestria, evidenciando seu compromisso com a veracidade em suas produções.

As atuações são brilhantes, com destaque para Cillian Murphy, que entrega sua melhor interpretação com um olhar desolador e destruído, comunicando de forma sutil o fardo que seu personagem carrega. O elenco estelar, incluindo Robert Downey Jr., contribui para a grandiosidade da produção.

Oppenheimer é um filme que entrega tudo o que um verdadeiro apreciador de cinema deseja: uma narrativa envolvente, atuações impressionantes, direção magistral, fotografia cativante e uma trilha sonora arrebatadora. A história contada é necessária e importante, proporcionando uma experiência cinematográfica de alta qualidade, que certamente colecionará prêmios importantes no Oscar.

Podemos afirmar com convicção que Oppenheimer é o filme do ano até agora, nos brindando com a essência mais pura do cinema. É uma produção que alimenta nossa inteligência e percepção, permitindo-nos enxergar a genialidade e o conflito constante presentes na mente de um gênio perigoso.

Em resumo, Oppenheimer é uma experiência cinematográfica que nos banqueteia com o melhor que a sétima arte tem a oferecer, contando uma história necessária e importante, e nos presenteando com a magia do cinema em sua forma mais pura.

Resenha – Zé Carioca conta a história do Brasil

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Foto: Camylla Silva de Lima/ Almanaque Geek

A editora Culturama lançou dia 28 de março uma edição lindíssima em capa dura de Zé Carioca conta a história do Brasil, trazendo ao leitor um novo olhar sobre os acontecimentos mais notáveis da nossa história. As tramas que vemos em cada capítulo foram criadas por Eduardo Bueno, escritor e jornalista, com apoio de artistas brasileiros.

Passando por assuntos como a colonização, Independência e descobrimento do Brasil de forma didática e divertida. Com figuras lindas, revemos personagens queridos da Disney como Pateta, Donald, Peninha, Mickey etc. São 5 capítulos, já no primeiro conhecemos personagens como Pardalomeu de Magalhães e Pero Vaz de Peninha, com destaque para Pato Álvares Cabral. São trocadilhos e desenvolvimento narrativo que conquistam, no final de cada trama há um texto contextualizando esses acontecimentos reais.

Foram usadas referências de fotos atuais e acervos históricos, os ilustradores tiveram o trabalho de deixar tudo de forma verossímil. Um ponto que vale ressaltar é a beleza da colonização da capa, que ficou sob responsabilidade de Cris de Alencar. Terminamos a leitura desse quadrinho com um quentinho nostálgico no coração e com vontade de sair panfletando essa obra maravilhosa.

Crítica – Divertida Mente 2 é uma sequência encantadora

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“Divertida Mente 2” é uma sequência encantadora que aprofunda ainda mais o universo emocional da protagonista Riley. Ao completar 13 anos, Riley se depara com a adição de quatro novas emoções ao seu painel interno, refletindo as complexidades crescentes de sua adolescência. Entre essas novas emoções, a ansiedade se destaca e rapidamente assume um papel dominante na sala de comando emocional, o que traz uma nova dinâmica e desafios para as emoções já conhecidas.

A introdução da ansiedade como uma figura influente cria um desequilíbrio no controle das emoções, deslocando as primárias como Alegria e Tristeza para uma posição de reclusão. Este novo conflito força Alegria e Tristeza a unirem forças novamente para ajudar Riley a navegar pelas turbulentas águas da adolescência. A jornada delas para restaurar o equilíbrio emocional de Riley é repleta de momentos de autodescoberta e crescimento, tanto para a protagonista quanto para suas emoções. A evolução dessas personagens, que já são tão queridas pelo público, é tratada com sensibilidade e profundidade, tornando a trama ainda mais envolvente.

Visualmente, o filme mantém o alto padrão de qualidade característico da Disney. A animação é deslumbrante, trazendo à vida os mundos interior e exterior de Riley com cores vibrantes e detalhes meticulosos. Cada cena é cuidadosamente elaborada para capturar tanto a leveza do humor quanto a profundidade das reflexões emocionais. Este equilíbrio entre os aspectos cômicos e os momentos de introspecção faz com que o filme seja cativante para espectadores de todas as idades. Além disso, a trilha sonora complementa perfeitamente o clima do filme, intensificando as emoções e a experiência imersiva.

O roteiro também merece destaque por abordar temas relevantes de forma acessível e empática. A transição da infância para a adolescência é retratada com uma precisão emocional que ressoa com o público. As novas emoções introduzidas no filme não apenas ampliam o universo de Riley, mas também fornecem uma plataforma para discutir questões como a ansiedade e a insegurança, que são comuns nessa fase da vida. Isso adiciona camadas de significado ao filme, tornando-o não apenas uma obra de entretenimento, mas também uma ferramenta educativa.

Em suma, a animação merece uma classificação máxima de 5 estrelas. Através de sua execução técnica impecável e narrativa emocionalmente rica, o filme consegue transmitir mensagens profundas de maneira acessível e envolvente. Ele não só entretém, mas também oferece uma visão significativa sobre as complexidades emocionais da adolescência, fazendo com que o público se identifique com Riley e suas novas experiências. É uma continuação que honra o legado do primeiro filme enquanto expande seu universo de maneira significativa e tocante.

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