Resenha – Homem Formiga e a Vespa: Achados e Perdidos mostra história envolvente e arte de qualidade

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Homem Formiga: Achados e Perdidos é um quadrinho que merece destaque entre as publicações recentes no mercado. Com uma história envolvente e arte de qualidade, o quadrinho prende a atenção do leitor do início ao fim.

A narrativa se concentra nas aventuras de dois super-heróis em um universo subatômico. Esse universo é explorado de maneira detalhada e criativa, oferecendo uma experiência única e imersiva para o leitor. A construção da mitologia própria desse universo enriquece ainda mais a trama.

A relação entre os protagonistas é um dos pontos altos da obra. O relacionamento entre os dois personagens é explorado de forma sutil, mas muito bem construída. Os diálogos e ações dos personagens contribuem para o desenvolvimento dos dois, fazendo com que o leitor se importe com suas trajetórias e se envolva ainda mais na trama.

O humor é outro destaque de Homem Formiga: Achados e Perdidos. As piadas e situações cômicas são bem dosadas, evitando um excesso que poderia prejudicar a narrativa. O resultado é uma história divertida e descontraída, que garante boas risadas ao longo da leitura.

A qualidade da arte também merece destaque. A paleta de cores escolhida é marcante e impactante, contribuindo para uma sensação de energia e intensidade presente em toda a obra. O traço dinâmico e expressivo do ilustrador ajuda a transmitir uma sensação de movimento e ação na história. Os cenários e criaturas do mundo subatômico são muito bem desenhados, mostrando um cuidado especial em criar um universo coeso e interessante.

Em resumo, Homem Formiga: Achados e Perdidos é um quadrinho que agrada em todos os aspectos. Com uma narrativa envolvente, personagens carismáticos e um universo subatômico bem construído, a obra é uma ótima escolha para quem procura uma leitura divertida e empolgante.

Crítica – O Estrangulador de Boston mostra as restrições causadas pelo sexismo

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Imagine a cena, na década de 60 uma mulher é encontrada deitada em sua cama com os pés atados à uma cadeira, a mesma tinha uma meia-calça amarrada em seu pescoço com um laço, formando uma visão perturbadora, porém, já conhecida pelos policiais devido um caso anterior em que a vitima foi encontrada em posição semelhante. Esse é o início de um caso real que baseia a obra ambientada nos anos 60, O Estrangulador de Boston, filme que estreia nessa sexta feira, 17 de março, no serviço de streaming Star+.

A narrativa foca na visão de Loretta McLaughin (interpretada por Keira Knightley) uma jornalista que com auxílio da colega de profissão Jean Cole (interpretada por Carrie Coon), foi responsável por solucionar os crimes ocorridos entre os anos 1962-1964. A obra ressalta todo o esforço e problemas enfrentados pelas protagonistas em trazer a público os casos de homicídio cometidos por um assassino, que logo viria a ser conhecido como o Estrangulador de Boston.

O longa evidencia os preconceitos e barreiras que nossa heroínas tiveram que enfrentar para conseguir solucionar os homicídios e identificar a pessoa por detras do pseudônimo, ao mesmo tempo em que toca o telespectador com as tramas pessoais da personagem principal, tal como, sua relação familiar. Um filme que te prende do início ao fim, com o mistério principal e as tramas secundárias bem desenvolvidas, esse é um filme que vai agradar tanto consumidores de True crime, quanto a amantes do suspense.

Crítica – Duna: Parte 2 é um espetáculo em todos os aspectos

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Quase três anos após o lançamento do primeiro filme, a franquia retorna e atende às expectativas dos fãs, consolidando-se como um novo clássico da ficção científica sob a direção de Denis Villeneuve. Seguindo a grandiosidade do seu antecessor de 2021, a sequência oferece uma experiência cinematográfica completa, em perfeita sintonia com a magnitude da história que retrata.

Desde o início, o filme impressiona com sua estética visual. A paleta vibrante de cores de Arrakis cria um contraste marcante com a frieza dos cruéis Harkonnen, os antagonistas da trama. No entanto, os verdadeiros destaques são os efeitos visuais e as performances. Enquanto muitas produções recentes enfrentam problemas com efeitos visuais de qualidade inferior, o filme se destaca pela excelência nessa área. A imaginação de Frank Herbert ganha vida de maneira ainda mais impressionante, especialmente na representação dos vermes de areia e no estilo de vida desafiador dos Fremen, povo de Chani, interpretada pela premiada Zendaya.

As performances do elenco são igualmente notáveis, como se esperava de um filme com talentos premiados. Embora Timothée Chalamet continue a desempenhar um papel central, a verdadeira estrela é Rebecca Ferguson, que entrega uma atuação excepcional como Jessica Atreides, mãe de Paul Atreides. Sua interpretação como membro influente das Bene Gesserit, um grupo religioso feminino de grande relevância no universo de “Duna”, é verdadeiramente digna de aplausos.

O filme explora a religião como um tema central, aprofundando a profecia do Messias dos Fremen, “Lisan al-Gaib”, e o papel de Paul Atreides dentro dela. As Bene Gesserit também recebem maior destaque, com performances marcantes de Lea Seydoux e Charlotte Rampling. Enquanto o primeiro filme focava na política do universo de Herbert, a sequência mergulha no aspecto religioso e em seu impacto nas decisões e movimentos dos exércitos.

Em termos de ação, o filme não decepciona e apresenta uma variedade de cenas emocionantes, culminando em um terceiro ato que mantém o espectador à beira do assento. Contudo, também reserva momentos contemplativos e diálogos ricos, como seu antecessor. Em suma, a obra é uma experiência cinematográfica completa que eleva ainda mais o padrão dos blockbusters, oferecendo uma combinação perfeita de ação, profundidade e grandiosidade.

Resenha – Mais Quente Que Fogo é uma história fantástica que encanta

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Foto: Camylla Silva/ Almanaque Geek

Em Mais Quente Que Fogo conhecemos Layla, uma adolescente de 17 anos que tem um dom cobiçado, mas que para ela é uma maldição. Ela foi adotada por Guardiões e desde então vive com eles, se esforçando para se adaptar a família que lhe criou.

O livro é da Jennifer L. Armentrout, autora best-seller número 1 do New york times, já escreveu várias sagas e agora nos apresenta mais um sucesso, a série Dark elements.

Nesse primeiro livro encontramos lutas corporais intensas, as transformações de forma humana para guardião ou demônio são muito bem detalhadas, então nossa mente faz acontecer facilmente e nos encanta nos detalhes. O casal principal é o famoso enemies to love (cão e gato), com muita química, tensão sexual, construção intensa e divertida. É fácil se identificar com a Layla e se apaixonar pelo Roth, demônio que surge dizendo saber seus segredos e entender tudo sobre seu dom.
Em contrapartida temos Zayne, o melhor amigo de Layla, por quem ela sempre nutriu uma paixão platônica. Com quem ela não pode nunca, em hipótese alguma, ter um relacionamento amoroso, pois a vida dele correria risco.

A narrativa prende do início ao fim, é uma leitura fluida e de fácil entendimento em relação a fantasia. Que em outras sagas muitas vezes soa complicado e com personagens em exagero para decorarmos, aqui isso não acontece e tudo funciona perfeitamente. Ainda há muito a ser explicado e explorado, com um final de tirar o fôlego, “Mais quente que fogo” nos deixa ávidos por mais, porém a continuação já está entre nós e em breve traremos a resenha dele também. Por enquanto, se aventurem sem medo nessa história envolvente, foi uma bela introdução a esse novo universo.

Crítica – Múmias e o Anel Perdido é carismático e divertido

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O filme nos apresenta uma aventura animada que segue três múmias enquanto elas se infiltram em Londres para recuperar uma antiga aliança de casamento da Família Real, que foi furtada pelo ambicioso arqueólogo Lord Sylvester Carnaby. Embora a premissa possa parecer familiar, a animação consegue cativar seu público-alvo, composto principalmente por crianças e adolescentes.

A estrutura narrativa do filme não foge muito dos clichês comuns em produções do gênero. As histórias de animação que misturam aventuras e comédia frequentemente seguem um padrão similar, e este não é uma exceção. No entanto, a execução é suficientemente encantadora para garantir que os pequenos espectadores se mantenham engajados. Os personagens principais são carismáticos e têm uma dinâmica que contribui para o apelo geral do filme, apesar de alguns diálogos e piadas não atingirem seu potencial máximo de humor. Ainda assim, há momentos de diversão genuína e risadas garantidas, mesmo que esparsas.

A animação é ideal para uma saída em família ao cinema ou até mesmo para um momento de descontração sozinho. O longa oferece uma pausa agradável dos problemas cotidianos e proporciona uma diversão leve e sem grandes pretensões. Além disso, o filme inclui uma cena pós-créditos, que pode ser um atrativo extra para os fãs de surpresas cinematográficas.

A produção americana é dirigida pelo cineasta espanhol Juan Jesús García Galocha, conhecido por seu trabalho em “No Mundo da Lua”. O roteiro é coescrito por Jordi Gasull, que também trabalhou em “As Aventuras de Tadeo 2: O Segredo do Rei Midas”. A trilha sonora, que adiciona um charme extra ao filme, é composta por Fernando Velazquez, vencedor do Prêmio Goya.

“Múmias e o Anel Perdido” estreia nas telonas nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, com distribuição da Warner Bros. É uma excelente escolha para quem busca uma experiência cinematográfica leve e agradável.

Crítica – O Pastor e o Guerrilheiro mostra o passado mirando em nosso futuro

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Inspirado no livro de Glênio Sá, o longa-metragem brasileiro O Pastor e o Guerrilheiro é ambientado entre duas linhas temporais, sobrepondo cenas entre 1968 a 1974 com a história de Miguel, um comunista que se perdeu do seu grupo e foi pego por militares, torturado e trancafiado numa cela onde conheceu Zaqueu, um cristão evangélico que foi preso por engano, e cenas dos últimos dias de 1999, antecedendo a virada do milênio, onde conhecemos Juliana, ativista que descobre ser filha de um coronel torturador na época da ditadura.

No primeiro momento do filme, somos apresentado ao Coronel que após cometer suicidio deixa parte de sua herança para Juliana, sua filha bastarda fruto de um relacionamento com sua empregada, neste momento conhecemos o primeiro conflito do longa, Juliana não sabe se irá aceitar ou não sua parte da herança, afinal, ela não quer receber dinheiro de um ex-torturador militar, isso vai contra todos os seus princípios e suas lutas, acompanhamos seus conflitos diários, hora envolvendo a sua avó que depende do SUS para fazer seu tratamento, hora entre ela e seu amigo, que embora leve uma vida confortável financeiramente falando, não se preocupa em saber de onde vem a fortuna da sua família, e julga Juliana por pensar em aceitar a herança. Um filme com histórias pesadas que se tornam menos densas por conta da forma que foram apresentadas, intercalando os momentos e décadas fazendo com que o espectador não se sinta cansado, mas sim estimulado a ver a solução daqueles problemas enfrentados por nossos protagonistas.

Com direção de José Eduardo Belmonte, o filme nos mostra o conceito de manter a lembrança viva para não cometermos os mesmos erros, e nos dá uma vontade de fazer diferente, a forma como a política e a juventude são apresentadas estão extremamente atuais, a força de vontade de se manter vivo e de um novo amanhã do personagem Miguel nos dá a perspectiva de alguém que estava no meio de um dos momentos mais sombrios do Brasil e ainda assim acreditava no propósito maior da sua causa, a forma de viver de Zaqueu nos mostra como embora a tempo passe a cicatriz sempre vai estar lá para lembrar do que foi passado, assombrando vidas e limitando o futuro dos que o rodeiam por temer que a diferença sempre traga alguma consequência que não possa ser suportada, já Juliana mostra como a promessa, e a luta por um futuro diferente abrange a todos, e que nenhuma luta é em vão.

Crítica – É Assim Que Acaba traz narrativa que se destaca entre os romances recentes

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O filme, estrelado por Blake Lively e Justin Baldoni, traz uma narrativa que se destaca entre os romances recentes no cinema. Baseado no livro homônimo da autora Colleen Hoover, o longa conta a história de Lily Bloom (Blake Lively), uma jovem que decide recomeçar a vida em Boston, onde abre uma floricultura. Logo após sua mudança, ela se encanta por Ryle (Justin Baldoni), um possível amor que parece promissor. No entanto, os traumas de infância de Lily desempenham um papel crucial na complexidade de seu relacionamento. Tudo parece perfeito até a chegada de Atlas (Brandon Sklenar), o primeiro grande amor de Lily, que abala o mundo que ela construiu ao lado de Ryle. Agora, Lily se vê diante de uma escolha difícil que poderá mudar sua vida.

Para quem conhece a história, o filme cria uma tensão constante desde o início, enquanto para os novos espectadores, o amor floresce em cada cena. A narrativa é contada principalmente a partir da perspectiva de Lily, o que, através do roteiro, da edição e do jogo de câmeras, proporciona uma imersão profunda na vida da protagonista. Essa abordagem permite que o espectador veja o mundo pelos olhos de Lily, questionando as nuances apresentadas e desenvolvendo uma empatia genuína pela personagem.

Blake Lively merece aplausos por sua interpretação impecável de Lily Bloom. Apesar das críticas iniciais sobre sua escolha para o papel, Lively entrega uma performance autêntica e emocionante, capturando a essência da personagem do livro. Sua escolha de expressões, timing nas piadas, e carisma enriquecem ainda mais a trama.

Um dos principais desafios do filme era retratar o passado de Lily de forma convincente. As cenas de flashback foram executadas com maestria, conectando-se de maneira coesa ao longo da narrativa e acrescentando camadas importantes à história. Kevin McKidd, que interpreta o pai de Lily, também merece destaque por sua performance intensa, especialmente em uma das cenas mais dramáticas do filme.

Crítica – Velozes e Furiosos 10 é um mundo de velocidade, adrenalina e perigos iminentes

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Velozes e Furiosos 10 é o mais recente capítulo da icônica franquia cinematográfica que conquistou milhões de fãs ao redor do mundo. Nesta décima sequência, o público é novamente transportado para um mundo repleto de velocidade, adrenalina e perigos iminentes, com adições que prometem surpreender e cativar de maneira ainda mais intensa.

A trama centra-se em Toretto, interpretado magistralmente por Vin Diesel, e sua equipe de pilotos habilidosos. Desta vez, eles enfrentam um novo vilão com uma motivação pessoal e obscura: a vingança contra seu próprio pai. Esse antagonista, marcado por transtornos mentais, cria uma atmosfera de tensão e incerteza que coloca em risco a vida de Toretto e de sua equipe, elevando o drama a um novo nível.

Uma das adições mais intrigantes ao enredo é o retorno de antigos rivais que, em uma reviravolta surpreendente, se unem a Toretto para enfrentar o novo inimigo comum. Essa dinâmica de alianças inesperadas e parcerias duvidosas adiciona camadas de complexidade à trama, mantendo o público constantemente em suspense e ávido por desvendar quem está verdadeiramente ao lado de quem.

Como é característico da franquia, o filme leva a ação desenfreada a um novo patamar. As cenas de perseguição são intensas, repletas de manobras arriscadas e acrobacias espetaculares, proporcionando uma verdadeira festa visual para os amantes do gênero. A direção habilidosa e a qualidade técnica do filme garantem que cada momento de ação seja envolvente e eletrizante, mantendo o público grudado na tela.

No entanto, o filme não se limita apenas à ação, ele explora temas mais profundos, como a importância da família, a redenção e a superação de adversidades. Através dos personagens carismáticos e bem desenvolvidos, o filme provoca reflexões sobre questões universais, tornando a trama mais rica e emocionalmente impactante.

O elenco merece destaque por suas atuações notáveis. Vin Diesel entrega uma performance impecável, personificando com maestria o icônico Toretto, com sua determinação inabalável e aura de liderança. Os demais membros do elenco também brilham, trazendo nuances e carisma aos personagens que se tornaram queridos ao longo da saga.

O desfecho é de tirar o fôlego, culminando em uma cena angustiante que coloca Toretto e seu filho em uma situação de vida ou morte. Esta conclusão eletrizante deixa os espectadores ansiosos por um possível filme épico que possa encerrar a franquia com chave de ouro.

Em resumo, o filme é uma montanha-russa de emoções, repleta de ação eletrizante, reencontros surpreendentes e reviravoltas cativantes. Com sua qualidade técnica impecável, elenco talentoso e uma trama que equilibra adrenalina com reflexões mais profundas, o filme oferece uma experiência cinematográfica que agrada tanto aos fãs de longa data quanto aos novos espectadores em busca de entretenimento de qualidade. Prepare-se para mergulhar em um universo de velocidade e intensidade como nunca antes.

Crítica – Air: A história por Trás do Logo é um filme humanizado

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O filme, dirigido por Ben Affleck, é uma proposta leve e encantadora para uma sessão de cinema. O longa-metragem oferece uma visão fascinante e divertida sobre os bastidores da Nike e a icônica linha de tênis Air Jordan, explorando a trajetória dos personagens envolvidos com muito carisma e humanidade.

A trama se concentra em Sonny (interpretado por Matt Damon), um executivo da Nike que aposta sua carreira e a de sua equipe na contratação de Michael Jordan, um novato ainda não testado nas quadras da NBA. A história gira em torno dos desafios e das estratégias para trazer Jordan para a Nike, mostrando a coragem e a visão de Sonny em um momento crucial para a marca.

O filme, embora aborde o universo dos esportes e das marcas, se destaca por sua abordagem mais pessoal e menos capitalista. À medida que a narrativa avança, o público se vê envolvido de maneira cativante e afetuosa, torcendo pelos personagens e se surpreendendo com a profundidade das relações retratadas. A conexão com a mãe de Jordan, uma mulher forte e determinada, é um dos pilares emocionais do filme, destacando a importância da família e o papel crucial que ela desempenha na vida do atleta.

A produção se revela mais do que um simples filme sobre uma linha de tênis; é uma celebração das relações humanas e da determinação pessoal. O longa consegue transmitir uma sensação de conforto e proximidade, prometendo e entregando uma experiência rica em emoções e insights sobre o impacto das escolhas e das relações no mundo dos esportes e dos negócios.

Com uma abordagem que combina humor, drama e uma perspectiva mais íntima, o filme promete agradar a uma ampla audiência. Sua estreia nos cinemas brasileiros em 6 de abril marca a chegada de uma obra que não só entretém, mas também ressoa de forma significativa, oferecendo uma visão fresca e inspiradora sobre o sucesso e as conexões pessoais por trás de grandes marcas.

Crítica: Furiosa – Uma Saga Mad Max traz ação e sequências eletrizantes

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Ao tratar da expansão de grandes franquias do passado, como o revival do excelente “Mad Max: Estrada da Fúria”, sempre temos um certo receio. Não por falta de mérito ou por sermos excessivamente exigentes, mas devido a experiências decepcionantes no cinema com produções de grande orçamento que não correspondem às expectativas. Mesmo confiando na palavra de George Miller e em seus trabalhos, muitas vezes impecáveis, é comum não nos empolgarmos tanto com projetos como “Furiosa”.

Mas seria ousado afirmar que o que vi na tela foi tão grandioso quanto seu filme antecessor? Seria loucura dizer que a épica história da jornada da Imperatriz Furiosa me deixou ainda mais satisfeito do que fiquei com “Estrada da Fúria”? Bem, pode parecer insano, mas afirmo com todas as letras que, para mim, esse sentimento foi real. O filme é um projeto que honra com grandeza o revival de 2015, de tal maneira que, na estreia em que estive presente, todos aplaudiram o filme, e isso me deixou muito entusiasmado.

Para atrizes como Anya Taylor-Joy se envolverem em um blockbuster, no mínimo, espera-se um roteiro à altura de seu talento. Não acho que ela, atualmente, faria parte de projetos medíocres ou sem prestígio. Quanto a isso, nos sentimos seguros em ir ao cinema, preparados para nos depararmos com um espetáculo visual, considerando que o universo de Mad Max exige esse tipo de característica. A cada segundo de tela com Furiosa, nos sentimos tão encantados com a proposta entregue que é difícil encontrar qualquer motivo para reclamação. Não se enganem com a doçura e aura angelical de Anya; quando caracterizada como Furiosa, ela se transforma completamente. Ela encarna uma personagem feroz, raivosa, cheia de ódio e com habilidades notáveis, a ponto de que Charlize Theron, intérprete anterior da Furiosa em 2015, deve ter ficado orgulhosa do que Anya entregou neste filme.

O filme nos apresenta uma longa introdução à origem de Furiosa. Os primeiros minutos já são repletos de ação e sequências eletrizantes, mas essa introdução se estende ao longo do filme. É nesse período que conhecemos os demais personagens da história, como Chris Hemsworth, que interpreta Dementus, o principal antagonista dessa jornada épica. No começo, demorei um pouco para reconhecê-lo, visto que sua caracterização o eleva ao patamar do filme. Não é como se estivéssemos vendo Thor (Marvel), mas um personagem totalmente novo, que dificilmente seria interpretado de maneira tão convincente por um ator desconhecido. Dito isso, afirmo que Furiosa encontrou um inimigo à altura para desenvolver sua história de dor, ação e vingança.

No entanto, devo mencionar algo que me incomodou: a introdução apresentando Furiosa quando criança (brilhantemente interpretada por Alyla Browne) é tão longa e maçante que me questionei várias vezes durante o filme se, em algum momento, realmente veríamos Anya aparecer. Creio que uma introdução de aproximadamente uma hora não cabe aqui, dado que o ritmo do filme é super acelerado, e isso é o que esperamos. Uma duração tão extensa para contar sua fase infantil se torna entediante. Não que eu odeie essa característica, mas no caso dela, não me senti confortável.

O filme não se apoia em easter eggs exagerados, como inúmeras referências ao filme de 2015. Não precisamos disso para aproveitar. Vi o longa ao lado de alguém que há muito tempo não assistia às obras do universo Mad Max e, mesmo assim, se sentiu tranquilo, sem achar que precisava estar familiarizado com os filmes anteriores para entender as referências. Como se trata de um prequel, é comum pensar que alguns elementos da narrativa seriam necessários para nos familiarizarmos com o projeto, mas isso não foi preciso. George Miller trabalha de maneira tão coesa que a satisfação de todos que assistem ao filme é notória.

Quanto ao visual do filme, temos mais do mesmo, mas isso não é algo ruim. O universo de Mad Max nos convence por sua autenticidade, e isso é mantido no filme. Claro, temos várias novidades nas cenas de ação, com técnicas e golpes diferenciados e criativos, mas de uma forma que sentimos que fazem parte do universo e nos mantêm entretidos ao longo de suas 2 horas e 29 minutos. Em determinados momentos, me perguntei se o que estava vendo era efeito prático ou CGI, mas apenas por curiosidade. Nada disso afeta o ritmo do filme; muito pelo contrário, agrega valor e o torna ainda mais grandioso. O filme nos oferece sequências de ação de tirar o fôlego, nos mantendo presos na cadeira de tão empolgante que é.

Talvez este seja um dos filmes mais esperados por muitas pessoas, o que não era o caso para mim, mas com certeza é um dos melhores filmes do ano, e não tenho mais nada a acrescentar.

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