James Gunn responde às pressões sobre o novo Superman: “US$ 700 milhões não é a régua do sucesso”

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Enquanto os fãs da DC especulam cifras e projeções para a estreia do novo Superman, o diretor James Gunn decidiu colocar os holofotes no lugar certo: a qualidade do filme. Em entrevista à revista GQ, ele foi claro ao comentar sobre a obsessão com números astronômicos.

“Sim, existe expectativa. Mas não do jeito que estão dizendo por aí”, afirmou Gunn. “Essa ideia de que só será um sucesso se passar dos US$ 700 milhões é completamente equivocada.” A fala, direta e segura, aponta para um desejo do cineasta de resgatar o cinema de super-heróis como forma de arte — e não como planilha.

☀️ Um Clark Kent no início da jornada — mas nada de Krypton explodindo

O novo longa não será uma repetição das muitas versões que já vimos do herói nos últimos anos. Gunn escreveu um roteiro que mergulha nos primeiros passos de Clark em Metrópolis, logo após deixar Smallville. Ainda tentando encontrar equilíbrio entre a vocação como repórter e o peso de ser um símbolo de esperança, esse Superman ainda está aprendendo a ser… Superman.

Mas não espere flashbacks da nave caindo ou da destruição de Krypton. Aqui, o foco não está na origem, e sim na transformação — tanto pessoal quanto heroica. É o início de uma nova era, mas sem precisar contar tudo de novo.

🧠 Uma nova lógica para medir sucesso

A declaração de Gunn vai além da bilheteria. Ela carrega um recado direto para estúdios, críticos e fãs: nem todo filme precisa quebrar recordes para cumprir seu propósito. Especialmente quando se trata de um personagem tão icônico, a missão vai muito além de números — é sobre reconstruir confiança, reconectar o público e, acima de tudo, contar uma boa história.

Na era dos blockbusters que muitas vezes tropeçam no próprio hype, talvez seja exatamente isso que o Superman da nova DC precise: menos pressão por bilhões e mais espaço para emoção, humanidade e propósito.

Minhas Meninas, thriller psicológico de Sally Hepworth, ganhará adaptação audiovisual

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O que acontece quando o lugar que deveria te proteger se torna o maior pesadelo da sua vida? E quando, anos depois, alguém encontra os ossos que você jurou ter deixado para trás? Essas são as perguntas que movem o perturbador Minhas Meninas, novo thriller psicológico da autora best-seller Sally Hepworth, que acaba de ter seus direitos adquiridos para uma adaptação audiovisual.

Ainda sem data oficial ou equipe revelada, o projeto já nasce com peso: a história mistura traumas da infância, abuso psicológico e uma ossada misteriosa, elementos que fazem do livro um prato cheio para uma minissérie ou filme de suspense envolvente — daquelas que a gente assiste de um fôlego só.

🕯️ Nem toda infância é feita de boas lembranças

Três garotas. Uma casa de acolhimento. Uma mulher que se dizia protetora. Jessica, Norah e Alicia cresceram em Wild Meadows, um lar provisório que, sob os olhos do mundo, parecia um abrigo acolhedor. Mas bastava a porta se fechar para que a verdade aparecesse: a Srta. Fairchild, cuidadora do local, era tudo menos gentil.

Por trás do tom doce e das regras “para o bem delas”, havia chantagem emocional, punições silenciosas e um controle sufocante. Ainda meninas, elas aprenderam a não questionar, a não gritar — e a sobreviver. Fugiram dali. Cresceram. Tentaram esquecer. Mas o passado tem um jeito cruel de se manifestar.

Vinte e cinco anos depois, uma ossada é encontrada sob a antiga casa. E agora, as três protagonistas são forçadas a revisitar o que nunca quiseram lembrar.

🧠 Quando o que você lembra… é o que ninguém quer ouvir

Minhas Meninas se destaca por tratar o horror com delicadeza, e o trauma com inteligência. A narrativa alterna presente e passado, revelando não apenas os eventos que aconteceram em Wild Meadows, mas o impacto silencioso que eles deixaram — no modo como cada mulher ama, trabalha, se relaciona e até mesmo se protege de si mesma.

O que mais impressiona é como Sally Hepworth aborda a dúvida que persegue tantas vítimas de abusos psicológicos: se ninguém viu, se não tem provas, será que vão acreditar em mim? O livro não oferece respostas fáceis — oferece camadas. Memória, identidade, culpa, e a frágil linha entre proteção e manipulação.

👀 De livro premiado a adaptação imperdível

Publicada no Brasil pela VR Editora, a obra já é sucesso de público e crítica, e sua adaptação promete seguir os passos de outros thrillers psicológicos protagonizados por mulheres que recentemente ganharam versões aclamadas nas telas — como Garota Exemplar, The Undoing e Objetos Cortantes.

Com clima tenso, atmosfera claustrofóbica e três protagonistas femininas marcantes e multifacetadas, a adaptação de Minhas Meninas promete entregar suspense com profundidade emocional — algo raro no gênero, mas que Hepworth executa com perfeição.

📖 Muito mais do que um crime enterrado

Não espere apenas uma investigação policial ou um suspense tradicional. Em Minhas Meninas, o crime é só a superfície. Por baixo dele estão as camadas de dor invisível que uma infância marcada pelo medo pode deixar — mesmo depois de décadas.

Afinal, será que dá pra seguir em frente quando você nunca conseguiu dizer em voz alta o que viveu? E mais: será que dá pra construir uma nova vida sem antes encarar aquilo que ficou soterrado — literalmente?

TYLA lança “IS IT” e inaugura nova fase com sensualidade, ritmo e autenticidade no verão global

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Tem algo de magnético em cada movimento de TYLA. Seja com um olhar direto para a câmera ou com uma batida que explode no momento certo, a artista sul-africana tem se firmado como uma das vozes mais autênticas do pop contemporâneo. E agora, com “IS IT”, seu novo single lançado na última sexta-feira (11), TYLA prova mais uma vez que sabe exatamente como transformar música em experiência — e pista de dança em catarse.

Produzida por Sammy Soso e com direção da talentosa Aerin Moreno (que já havia assinado o videoclipe de “Push 2 Start”), a nova faixa é uma jornada de desejo contido e entrega inevitável. Com o Amapiano — gênero sul-africano que pulsa em seu DNA — como base rítmica, a canção é um convite explícito à conexão: sensual, elegante e com uma batida que parece feita sob medida para noites quentes de verão.

“Is it wrong that I want to get right with you?”, sussurra TYLA, sem pressa, enquanto o beat cresce ao redor como se preparasse o terreno para algo íntimo, quase secreto.

Um videoclipe que pulsa com o corpo

O clipe, como tudo que TYLA toca, tem personalidade. Em um cenário de festa que nunca se expande além do necessário, ela domina o espaço com o corpo: dança sozinha com firmeza, se aproxima de um parceiro com intensidade quase teatral e, ao mesmo tempo, dissolve-se entre as luzes e os corpos da multidão. Tudo sem sair do mesmo lugar — como se a festa estivesse dentro dela.

A escolha estética da diretora é clara: deixar TYLA brilhar, não como uma estrela inalcançável, mas como uma mulher jovem, viva, que está redescobrindo o prazer da própria companhia, do toque, da liberdade.

“Estou me divertindo com essa nova versão de mim. É sobre isso: trazer de volta a diversão à música”, disse a artista em entrevista à NYLON.

Não é só música. É presença.

Para TYLA, este verão não é só uma estação — é um momento de afirmação. Nos últimos meses, ela esteve em todos os lugares: dos holofotes do Met Gala aos palcos do Coachella e do Governors Ball. Também brilhou apresentando o Nickelodeon’s Kids Choice Awards e estampou campanhas globais de marcas como Pandora, Erewhon e Coca-Cola — esta última com a música “Bliss” na trilha sonora do comercial “Road Trip”.

Mas talvez seja com “IS IT” que TYLA retome algo ainda mais valioso: a sensação de estar inteiramente no controle de sua arte. Sem pressa de agradar, sem fórmulas fáceis. Apenas ritmo, alma e conexão.

Jeito Moleque lança Volume 5 do projeto “5 por 5” e reforça legado com inéditas, releituras e parcerias

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Celebrando uma trajetória de 25 anos marcada pela autenticidade e pelo diálogo constante com o público, o grupo Jeito Moleque apresenta o Volume 5 do projeto “5 por 5”. A iniciativa, que reúne novos arranjos, músicas inéditas e versões repaginadas de sucessos, chega ao quinto e último capítulo com quatro faixas que reafirmam a identidade do grupo e sua relevância no cenário do pagode contemporâneo.

A proposta da série “5 por 5” — lançada em partes ao longo do ano — é sintetizar, em blocos curtos e potentes, o passado, o presente e o futuro do Jeito Moleque. No novo EP, a banda aprofunda essa proposta com um repertório que transita entre a celebração das origens e a busca por novas sonoridades.

Destaque para inéditas e colaborações

A grande novidade do EP é “Deu Defeito”, uma faixa inédita que conta com a participação especial da dupla sertaneja Clayton & Romário. A parceria estabelece um ponto de encontro entre dois gêneros populares e afetivos, resultando em um pagode com influências do sertanejo romântico, marcado por melodia envolvente e letra sobre descompassos do coração.

Outra composição inédita é “Não Peço Volta (Coração Digita)”, que mostra um Jeito Moleque introspectivo, mas ainda assim melódico e fiel à sua essência. A música traz à tona o lado mais emocional do grupo, com reflexões sobre saudade e reconciliação, envoltas em uma produção sofisticada e contemporânea.

Novos arranjos e releituras afetivas

Abrindo o EP, “Meu Jeito Moleque” funciona como uma espécie de declaração de identidade. A canção revisita a trajetória do grupo sob uma ótica atualizada, com arranjo que combina nostalgia e modernidade. Na sequência, um medley de três faixas — “Nas Nuvens”, “Só Pro Meu Prazer” e “Eu, Você e Mais Ninguém” — apresenta um trabalho de releitura cuidadoso, capaz de dar nova vida a clássicos que atravessam gerações.

A Namorada Ideal | Robin Wright e Olivia Cooke estrelam novo thriller psicológico do Prime Video que estreia em setembro

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O Prime Video confirmou a estreia de “A Namorada Ideal”, nova série original de suspense psicológico que chega à plataforma de streaming no dia 10 de setembro. Estrelada por Robin Wright (House of Cards, Forrest Gump – O Contador de Histórias) e Olivia Cooke (House of the Dragon, Jogador Nº 1, Bates Motel), a produção de seis episódios promete conquistar os fãs de thrillers emocionais com foco em relações familiares, segredos e jogos de manipulação.

Na trama, acompanhamos Laura (Wright), uma mulher com a vida aparentemente perfeita: carreira sólida, casamento estável e um filho carinhoso. Tudo começa a desmoronar quando o filho apresenta a nova namorada, Cherry (Cooke), que logo desperta a desconfiança de Laura. Convencida de que a jovem está escondendo algo, ela embarca em uma busca por respostas, disposta a proteger o filho a qualquer custo — mesmo que isso coloque em risco o equilíbrio da família.

Baseada no romance best-seller de Michelle Frances, a série mergulha em temas como obsessão, controle e os limites entre instinto protetor e paranoia. A narrativa convida o público a questionar: Laura está realmente enxergando algo que os outros não veem — ou estaria perdendo o controle?

Além de interpretar a protagonista, Robin Wright também assina a direção da série, reforçando sua experiência por trás das câmeras após trabalhos anteriores como diretora em House of Cards e no longa Land. Seu envolvimento criativo promete uma condução densa e emocional, marcada por tensão crescente e dilemas morais.

O elenco ainda traz Laurie Davidson (Will, Cats) no papel do filho de Laura, e Waleed Zuaiter (Bagdá Central, London Has Fallen) como o marido da protagonista. A produção também conta com Tanya Moodie (Sherlock, Rain Dogs), Shalom Brune-Franklin (Line of Duty, The Tourist), Anna Chancellor (Quatro Casamentos e um Funeral, The Hour), Leo Suter (Vikings: Valhalla, Sanditon) e Francesca Corney (The Buccaneers), completando o time com nomes de peso do drama britânico e internacional.

Prime Video apresenta trailer de A Mulher da Casa Abandonada, série baseada no podcast de Chico Felitti

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No coração de um dos bairros mais nobres de São Paulo, entre prédios luxuosos e carros importados, há uma casa em ruínas que virou símbolo de um mistério incômodo. Uma mansão que parece ter parado no tempo — e que por muito tempo escondeu uma história perturbadora, ignorada por vizinhos, desconhecida por muitos, mas carregada de consequências reais. Agora, o que era apenas sussurro de rua e escândalo nas redes ganha uma nova dimensão com a chegada da série A Mulher da Casa Abandonada, que estreia no Prime Video no dia 15 de agosto. Abaixo, confira o novo trailer divulgado pela plataforma de streaming.

Qual é o principal foco da série?

Baseada no podcast de Chico Felitti, sucesso absoluto de audiência e repercussão, a série documental dá rosto, voz e imagem a um dos casos mais delicados do jornalismo investigativo recente. Ao longo de seis episódios, o público é convidado a mergulhar fundo em uma narrativa que fala sobre aparências, privilégios, impunidade — e o peso de uma culpa enterrada debaixo do luxo e da omissão.

Quem é a protagonista?

Margarida Bonetti, uma mulher que vive reclusa em uma mansão tomada pelo abandono, mas que já foi acusada de manter uma empregada em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos. Enquanto o tempo passou, ela permaneceu intocável, protegida por muros, sobrenome e silêncio. A história, contada inicialmente por Felitti com uma escuta sensível e inquieta, agora ganha novos contornos com imagens, entrevistas inéditas e documentos que aprofundam ainda mais o impacto desse caso.

Para Javiera Balmaceda, Head de Originais do Amazon MGM Studios para América Latina, a série tem uma missão que vai além do entretenimento. “É o resultado de uma investigação jornalística séria, que busca as informações mais precisas, os depoimentos mais relevantes. Vai além do podcast. Com o poder das imagens, conseguimos mostrar como esse caso reverbera até hoje, dentro e fora do Brasil”, afirma.

Com uma direção precisa e respeitosa, a série evita sensacionalismos e aposta em uma construção narrativa que convida à reflexão. As imagens da casa em ruínas, os depoimentos das vítimas, o contraste entre a decadência do lar e o passado de opulência de sua moradora revelam muito mais do que uma biografia curiosa: expõem um sistema que permite que histórias como essa se repitam, em silêncio.

Patrulha das Fronteiras desta quarta (16) revela falhas em inspeção por raio-x e problemas com passaportes nos aeroportos brasileiros

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Nesta quarta-feira, 16 de julho, o programa Patrulha das Fronteiras, exibido pela Record TV, traz uma reportagem impactante que expõe as fragilidades na fiscalização dos aeroportos do Brasil — os verdadeiros portões de entrada e saída do país. Com imagens inéditas e depoimentos reais, a reportagem denuncia falhas em equipamentos de raio-x e irregularidades na checagem de passaportes que podem comprometer a segurança nacional.

O raio-x, tecnologia fundamental para a inspeção de bagagens, deveria ser uma barreira intransponível para armas, drogas e mercadorias ilegais. No entanto, a reportagem mostra que, em vários terminais, esses equipamentos estão longe de funcionar perfeitamente. Muitos sofrem com a falta de manutenção adequada e apresentam imagens com qualidade ruim, o que dificulta a identificação de itens suspeitos. Soma-se a isso a pressão por conta do fluxo intenso de passageiros, o que gera sobrecarga para os agentes e aumenta a chance de erros.

Os operadores que manuseiam essas máquinas, peça-chave nesse sistema, revelam a falta de treinamento específico e o cansaço provocado por jornadas longas. “Você precisa estar 100% atento o tempo todo, mas nem sempre isso é possível com a carga que recebemos”, relata um agente, que pediu para não ser identificado.

Outro ponto sensível levantado pela reportagem são os passaportes falsificados, adulterados ou roubados que ainda conseguem passar despercebidos pelos sistemas de fiscalização. A integração falha entre órgãos nacionais e internacionais, somada a protocolos defasados, abre brechas para que criminosos utilizem documentos irregulares para entrar ou sair do país. O impacto disso vai muito além da segurança pública — a reputação do Brasil no turismo e nos negócios internacionais sofre.

Em contrapartida, o programa destaca os esforços das autoridades para superar esses desafios. Investimentos em tecnologia de última geração, como scanners de alta definição e sistemas automáticos de reconhecimento facial, têm sido implementados em aeroportos estratégicos. Além disso, parcerias ampliadas entre a Polícia Federal, a Receita e órgãos internacionais buscam agilizar e aprimorar a troca de informações.

Não perca, nesta quarta-feira (16), às 22h45, na Record, uma jornada esclarecedora que vai além dos radares e scanners, mostrando o lado humano por trás da vigilância que mantém o país seguro.

Amandha Lee revisita trajetória com arte, disciplina e superação em entrevista ao podcast “Que Não Saia Daqui”

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“Eu estava sendo comida por formigas no pé, mas não queria sair de cena.”
Essa poderia ser apenas uma anedota curiosa dos bastidores da televisão. Mas, na voz serena e vibrante de Amandha Lee, torna-se um símbolo de entrega, foco e presença. A atriz, que marcou gerações com papéis densos e desafiadores, é a convidada do novo episódio do podcast Que Não Saia Daqui. E, ao longo da conversa, mais do que falar de personagens ou novelas, Amandha compartilha sua história com uma franqueza rara — e uma sensibilidade que atravessa a escuta.

Aos 47 anos, com quase quatro décadas de carreira, Amandha tem muito a contar. Mas não é da fama ou dos holofotes que ela fala com mais entusiasmo. É do processo. Das transformações invisíveis. Dos tombos que não viraram manchete. “A arte sempre me chamou para dentro. Me ensinou a escutar, a ter disciplina, a respeitar o silêncio”, diz, em tom contemplativo.

Das ruas de Copacabana ao palco da vida

Criada em Copacabana, bairro emblemático do Rio de Janeiro, Amandha foi uma criança elétrica — “espivitada”, como ela mesma diz — que encontrou no teatro um caminho para canalizar sua energia. Aos nove anos, começou a fazer aulas no tradicional Teatro Glauce Rocha. Foi ali que o palco se apresentou não como brincadeira, mas como destino.

“Minha mãe me colocou no teatro para eu gastar energia. Mas, sem saber, me deu um caminho para a vida”, conta.

Não demorou para que os testes, os papéis e os estudos se tornassem parte da rotina. Ainda adolescente, já entendia que atuar não era apenas interpretar personagens, mas mergulhar em emoções que muitas vezes ela ainda nem havia vivido. “Eu precisei amadurecer cedo. Porque a arte pede isso. Você se coloca no lugar do outro, e para isso precisa ter empatia, escuta, entrega.”

A cena que mudou tudo — e que quase ninguém viu

Um dos momentos mais emocionantes do episódio é quando Amandha revisita o dia em que tudo mudou. Durante as gravações de um episódio da série Carga Pesada, ela vivia Maria, uma mulher forte, do campo, conectada à terra. Em uma das cenas, ajoelhada no chão, começou a sentir formigas mordendo seus pés. Mas não parou.

“Eu entrei num estado de presença tão forte que nem sentia mais dor. Eu ouvi o ator com quem contracenava como nunca antes. Aquela foi a primeira vez que entendi o que era realmente estar em cena. E isso não tem volta.”

A cena não virou meme, não ganhou prêmio, não foi destaque na imprensa. Mas para Amandha, foi ali que ela se tornou atriz de verdade.

Entre o corpo e a personagem: o desafio de viver Margarida

Com o mesmo comprometimento visceral, ela aceitou um dos maiores desafios físicos de sua carreira ao interpretar Margarida, na novela Vidas em Jogo, da Record TV. A personagem passava por uma transformação corporal durante a trama. Amandha topou engordar 17 quilos sob supervisão médica — e depois emagrecer gradualmente, durante as gravações.

“Eu achei que ia ser tranquilo, porque sempre gostei de comer. Mas comer para engordar com qualidade e depois emagrecer com saúde exigiu uma disciplina absurda. Foi um processo de autoconhecimento e superação.”

Ela lembra que o corpo se tornou espelho da jornada interna da personagem. “Eu sentia a Margarida na carne. Literalmente. Cada cena era atravessada por essa vivência física. E foi doloroso, mas também muito libertador.”

A digitalização das novelas e o reencontro com o passado

O streaming, segundo a atriz, trouxe um presente inesperado: a chance de reencontrar o público — e ser descoberta por uma nova geração. “A arte tem essa coisa de resistir. De permanecer. E quando vejo jovens comentando cenas de A Casa das Sete Mulheres, fico emocionada. Porque aquilo foi feito com tanto amor, tanta entrega, e agora está vivo de novo.”

Amandha vê nesse movimento digital uma oportunidade rara de valorização da memória artística brasileira. “Temos um acervo riquíssimo. E hoje, com a internet, essas histórias não morrem. Elas se renovam. E isso é muito bonito.”

O esporte como refúgio e estrutura

Fora das câmeras, há quase uma década, Amandha se encontrou no triatlo. A corrida, a natação e o ciclismo entraram em sua rotina não como hobby, mas como um compromisso consigo mesma. “O esporte virou meu terapeuta. Quando tudo parecia fora do lugar, eu colocava o tênis e ia correr. E ali, as ideias se ajeitavam.”

O hábito virou filosofia de vida — e estendeu-se à sua família. Casada com um atleta, ela lembra com carinho do tempo em que levava os filhos de bicicleta para a escola. “Era nosso momento juntos. E eles cresceram vendo o esporte como parte da vida, não como obrigação.”

Ela reconhece que o esporte a ajudou a desenvolver algo essencial para a vida — e também para a arte: foco. “Sem foco, a gente se perde. E o esporte me ensinou a ter rotina, a respeitar limites, a persistir.”

Entre a leveza e a profundidade: um retrato raro de uma artista completa

A grandeza da entrevista não está nos feitos — que são muitos — mas na forma como Amandha fala de tudo isso: sem glamour excessivo, sem fórmulas prontas. Há algo profundamente humano na forma como ela compartilha suas vivências. É uma atriz que, mesmo com décadas de carreira, continua aberta ao aprendizado. É uma mulher que escolheu a consistência em vez da pressa. A verdade, em vez da performance.

“Eu continuo me reinventando todos os dias. E nem sempre é bonito. Mas é real.”

Essa autenticidade transforma o episódio de Que Não Saia Daqui em algo maior que uma entrevista. É um encontro. Com a artista, com a mulher, com a força que há em não desistir de si mesma.

Para ouvir com calma — e com o coração aberto

Em tempos de discursos acelerados e superficialidade, ouvir Amandha Lee é um sopro de profundidade. Uma lembrança de que resistir, cuidar do corpo, da mente e da arte é uma escolha diária. E que essa escolha pode, sim, ser feita com leveza — mas nunca sem coragem.

Ao fim da conversa, quando perguntada sobre o que a move, Amandha responde com simplicidade:

“Eu quero deixar alguma coisa boa. Se uma pessoa se sentir inspirada a cuidar de si, a voltar pra arte, a se reconectar com o corpo… já valeu.”

No “Conversa com Bial” desta quinta (24/07), Flávia Reis e Rodrigo Sant’Anna falam sobre o poder do riso e os bastidores da comédia brasileira

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Na noite da próxima quinta-feira, 24 de julho de 2025, o Conversa com Bial promete uma edição repleta de riso, inteligência e muitas camadas de interpretação. O apresentador Pedro Bial receberá dois nomes que ajudaram a redefinir a comédia no Brasil com suas criações múltiplas, afiadas e profundamente conectadas à realidade brasileira: Rodrigo Sant’Anna e Flávia Reis. O programa, exibido após o Jornal da Globo, propõe uma conversa descontraída e ao mesmo tempo provocadora sobre os rumos do humor no teatro, na televisão e nas redes sociais.

Ambos estão em cartaz com seus espetáculos solo — Atazanado, de Sant’Anna, e Neurótica!, de Flávia — e usam o palco como espelho cômico da sociedade. São humoristas que não apenas arrancam risadas, mas também despertam identificação, desconforto e até alguma catarse no público. A conversa com Bial deve trazer uma mistura saborosa de bastidores, reflexões sobre o riso e os desafios contemporâneos da arte cômica.

O humor como ferramenta de escuta

É curioso como o humor, frequentemente subestimado na esfera artística, carrega uma potência que vai além da simples distração. Bial, experiente em extrair nuances de seus entrevistados, conduz a conversa como quem abre caminho para que o riso se revele em sua plenitude: como linguagem, resistência, crítica e, muitas vezes, salvação. Rodrigo e Flávia se abrem sobre suas trajetórias, suas dores transformadas em piadas, e os personagens que criaram e que hoje os definem no imaginário popular.

“Rir é uma forma de sobreviver”, diz Rodrigo Sant’Anna em um trecho da conversa. Nascido no subúrbio carioca, ele encontrou no humor um meio de comunicar as tensões sociais que atravessava. Desde os tempos de Os Suburbanos e Zorra Total, Rodrigo ampliou seu repertório de tipos populares — que vão do motoboy fofoqueiro à madame esnobe — sempre com um olhar que mistura caricatura e empatia.

Já Flávia Reis, atriz formada e com forte presença no teatro, traz para o palco uma comédia que não tem medo de ser feminina, descontrolada e, sim, neurótica. Em Neurótica!, seu espetáculo atual, ela interpreta 11 mulheres em situações-limite, mas absolutamente reconhecíveis: uma mãe sobrecarregada, uma senhora hipocondríaca, uma cerimonialista desorientada por múltiplas notificações. Tudo isso costurado com ironia e crítica social.

O espetáculo da vida: “Neurótica!”, com Flávia Reis

Na entrevista com Bial, Flávia compartilha bastidores e motivações por trás de Neurótica!, espetáculo em cartaz aos sábados e domingos no Rio de Janeiro, com direção de Márcio Trigo e roteiro de Henrique Tavares. Com mais de 15 anos de dedicação ao humor feminino, a atriz constrói tipos que oscilam entre o absurdo e a realidade cotidiana. O espetáculo é conduzido por uma terapeuta (também interpretada por Flávia), que apresenta uma “palestra equivocada” sobre neuroses femininas.

“Eu nunca quis rir da mulher, mas com a mulher. Me interessa o humor que denuncia a carga que jogam em cima da gente — ser mãe, ser profissional, ser sensual, ser calma, ser tudo”, comenta Flávia no programa. Com um talento cênico admirável, ela transita entre personagens como quem muda de pele, revelando facetas do feminino que raramente ganham voz nos grandes palcos.

A montagem é uma sátira feroz, mas doce, da vida como ela é. E mais do que dar conta de 11 personagens, Flávia mostra como o humor pode ser libertador. Sua atuação coloca em evidência temas como saúde mental, desigualdade de gênero, pressão estética e relações familiares, tudo isso filtrado pelo riso.

“Atazanado”: o mundo caótico de Rodrigo Sant’Anna

Rodrigo, por sua vez, está em turnê com Atazanado, espetáculo que é um verdadeiro caleidoscópio de personagens e neuroses urbanas. Em cena, ele interpreta cinco figuras completamente distintas, entre elas uma mãe rica que se vê obrigada a cuidar dos próprios filhos quando a babá entra de férias, além de outros tipos que enfrentam situações absurdas em um mundo cada vez mais acelerado.

“É um espetáculo para falar sobre esse nosso tempo maluco, em que a gente tem que dar conta de tudo, fingir que tá bem e ainda sorrir no Instagram”, diz Rodrigo a Bial. Com uma construção cômica precisa, ele transforma as angústias cotidianas — do trânsito ao trabalho remoto, da paternidade à solidão — em material cênico.

Rodrigo se mostra generoso ao falar das dificuldades que enfrentou até conquistar o espaço que tem hoje. “Fui office-boy, trabalhei como camelô, morei em comunidade. Isso me deu o olhar que tenho hoje. Os meus personagens nascem de pessoas que conheci, da minha mãe, das vizinhas, dos ônibus que eu pegava”, relembra, emocionado.

Humor como crítica social (e sobrevivência)

Durante a conversa, os três também abordam os desafios de fazer humor em tempos polarizados e de redes sociais vigilantes. “A gente vive hoje num momento em que tudo pode ser ofensivo. É preciso sensibilidade, mas também coragem. Não dá pra engessar a comédia, senão ela morre”, afirma Flávia.

Rodrigo concorda, mas pontua que o humor precisa evoluir junto com a sociedade. “Tem piadas que eu fazia anos atrás e que hoje eu não faria mais. A gente aprende, escuta, revê. Isso não significa censura. Significa maturidade”, opina.

O programa também mergulha na questão da representatividade. Flávia, como mulher, e Rodrigo, como homem gay e negro, falam sobre os espaços que tiveram que ocupar “à força”, por mérito, insistência e também por quebra de paradigmas. Ambos são hoje referências para novas gerações de comediantes que querem falar de si sem pedir licença.

Bastidores, improviso e memórias

Entre risadas, os artistas compartilham histórias dos bastidores. Rodrigo relembra os tempos em que fazia shows de humor em barzinhos na zona norte do Rio e, às vezes, tinha que interromper uma piada porque alguém pedia “mais uma cerveja”. Flávia recorda uma apresentação em que seu microfone falhou, e ela teve que improvisar os 80 minutos do espetáculo no grito — arrancando aplausos de pé da plateia.

Ambos valorizam o improviso, a escuta e a conexão com o público. “Cada plateia é diferente. Tem noite que o público ri da piada que você nem apostava, e fica sério na hora que você achava que ia arrasar”, diz Flávia. Rodrigo complementa: “É isso que torna o teatro vivo. A gente nunca sabe se vai dar certo. E é por isso que vicia.”

Gen V | Trailer da 2ª temporada do spin-off de The Boys é revelado na San Diego Comic-Con

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Durante a San Diego Comic-Con 2025, que aconteceu na sexta-feira, 25 de julho, fãs de cultura pop foram presenteados com a estreia do trailer da segunda temporada de Gen V. A série, que rapidamente conquistou uma legião de admiradores desde seu lançamento em setembro de 2023 na Amazon Prime Video, promete elevar ainda mais o nível da trama e aprofundar o universo dos jovens super-heróis da Universidade Godolkin. O retorno desses personagens vem carregado de tensão, conspirações e uma luta aberta contra a poderosa Vought International. Abaixo, confira o vídeo apresentado durante o evento:

Gen V nasceu como um spin-off da série de sucesso The Boys, criada por Eric Kripke, Craig Rosenberg e Evan Goldberg. Diferentemente da série original, que foca nos heróis já estabelecidos e suas relações com o poder, Gen V aborda a primeira geração de super-heróis jovens, que crescem e se formam dentro do sistema da Vought. A série é inspirada no arco “We Gotta Go Now” das histórias em quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, trazendo uma abordagem crua, repleta de críticas sociais e dilemas morais.

Na Universidade Godolkin, onde a Vought treina esses jovens para se tornarem os próximos super-heróis do planeta, a competição é intensa e o ambiente, hostil. A segunda temporada parece trazer um ponto de virada decisivo, com os estudantes finalmente percebendo que não são apenas peças de um jogo corporativo, mas protagonistas de suas próprias histórias — e, dessa vez, preparados para enfrentar a empresa que os controla.

O destaque permanece na personagem Marie Moreau, interpretada pela talentosa Jaz Sinclair. Marie possui um poder impressionante e inquietante: ela controla seu próprio sangue, transformando-o em armas e ferramentas. Seu desejo de se juntar aos Sete, a elite de super-heróis da Vought, é o que a motiva a atravessar inúmeras adversidades. No entanto, a jornada de Marie está longe de ser simples, pois escândalos e desafios éticos emergem no campus, exigindo que ela e seus colegas tomem decisões que podem mudar tudo.

Outro personagem que conquista espaço no enredo é Andre Anderson, vivido por Chance Perdomo. Como um veterano e um dos mais populares alunos da universidade, Andre domina a manipulação de metal e mantém uma forte amizade com Luke Riordan, interpretado por Patrick Schwarzenegger, que detém o poder do fogo e é um dos alunos mais influentes. Essa dinâmica entre os personagens traz camadas importantes de amizade, rivalidade e lealdade para a série.

Emma Meyer, carinhosamente chamada de Grilinha (Lizze Broadway), adiciona uma leveza especial à narrativa. Seu poder de encolher seu corpo a tamanhos minúsculos a torna uma aliada valiosa para Marie, além de representar o espírito de resistência e coragem mesmo nas situações mais complicadas. Já Cate Dunlap (Maddie Phillips), com suas habilidades psíquicas, introduz uma dimensão de popularidade e relacionamento interpessoal, especialmente por seu romance com Luke, o que traz uma carga emocional à trama.

Entre os personagens mais complexos está Jordan Li, interpretado por London Thor e Derek Luh, que tem o poder de mudar de sexo, com habilidades diferentes em cada forma: invulnerabilidade na forma masculina e rajadas de energia na feminina. Essa dualidade vai além da ação, abrindo discussões essenciais sobre identidade de gênero e aceitação, temas urgentes no cenário atual.

Outro personagem que não pode ser deixado de lado é Sam Riordan (Asa Germann), irmão de Luke, dotado de força sobre-humana e invulnerabilidade. Inicialmente confinado em um centro de controle da Vought, sua história traz o peso das tensões familiares e a luta contra um sistema que busca controlar cada passo dos jovens heróis.

Indira Shetty (Shelley Conn), a reitora da Universidade e ex-terapeuta, é um personagem-chave no equilíbrio da narrativa. Mesmo sem poderes, sua influência é grande, funcionando como uma espécie de guia e, às vezes, antagonista para os estudantes. Sua moral ambígua adiciona um tom de mistério e conflito à história.

A série não foge de temas essenciais como a ética na utilização dos poderes, a pressão social para se encaixar e vencer, além das tensões envolvendo identidade e diversidade. Personagens como Jordan Li são um marco para o debate sobre gênero e fluidez sexual, inseridos de forma natural e poderosa no enredo, refletindo a diversidade da audiência atual.

O relacionamento entre os personagens é outro ponto alto. Amizades, rivalidades, amores e traições se entrelaçam em meio a batalhas épicas e escândalos que vão muito além do universo acadêmico. Isso traz humanidade para figuras que, apesar de superpoderosas, enfrentam dilemas e sentimentos que muitos jovens reconhecem em si mesmos.

Além de tudo isso, Gen V se conecta diretamente com o universo maior de The Boys. Situada entre a terceira e quarta temporada da série principal, a produção expande a mitologia, aprofundando aspectos do controle corporativo da Vought e as consequências disso para as novas gerações. A série animada The Boys Presents: Diabolical também compõe esse universo, criando um ecossistema rico e coeso para os fãs explorarem.

A segunda temporada promete um ritmo ainda mais intenso, com reviravoltas que vão desafiar os personagens em suas crenças e lealdades. O trailer já mostra uma resistência crescente contra a Vought, que parece determinada a manter seu poder a qualquer custo. Novas alianças surgirão, antigos segredos serão revelados e a linha entre o herói e o vilão ficará cada vez mais tênue.

Para quem busca uma história que mistura ação, crítica social, personagens complexos e um olhar afiado sobre temas atuais, Gen V é uma aposta certeira. A série ultrapassa o mero entretenimento, tornando-se um retrato da juventude em busca de identidade, propósito e liberdade num mundo que tenta moldá-la à sua própria imagem.

Quando a nova temporada estreia?

A segunda temporada de Gen V está marcada para estrear no Prime Video no dia 17 de setembro de 2025, trazendo de volta o universo intenso e cheio de reviravoltas da Universidade Godolkin. Com a promessa de aprofundar ainda mais os conflitos entre os jovens super-heróis e a poderosa Vought International, essa nova fase promete surpreender e envolver os fãs com muita ação, drama e uma crítica social afiada.

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