Crítica | Perrengue Fashion combina humor, propósito e temas contemporâneos

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Perrengue Fashion é um daqueles filmes que abraçam a leveza sem abrir mão de uma mensagem relevante. Dirigido com ritmo ágil e olhar pop, o longa estrelado por Ingrid Guimarães e Rafa Chalub aposta na mistura certeira entre humor, crítica social e empatia, entregando uma comédia que dialoga com os dilemas contemporâneos da influência digital, do consumo consciente e da busca por reconexão familiar.

Logo de início, o filme mostra que não é apenas sobre o universo da moda — é sobre o que existe por trás dele. A narrativa acompanha uma mãe influenciadora, interpretada por Ingrid Guimarães em mais uma atuação cheia de timing cômico e carisma, que vive mergulhada em compromissos, likes e parcerias publicitárias. Quando o filho (Rafa Chalub) decide se desconectar e embarcar em uma jornada de autoconhecimento voltada à natureza e à sustentabilidade, o contraste entre os dois mundos se torna o coração da história. A frase que define a essência do filme — “a mãe tá on… e o filho off!” — sintetiza com humor e afeto o conflito entre gerações, estilos de vida e prioridades.

Elenco carismático e química irresistível

Um dos maiores trunfos de Perrengue Fashion está na sintonia entre Ingrid Guimarães e Rafa Chalub. A dupla funciona de forma orgânica, equilibrando espontaneidade, improviso e emoção. Ingrid reafirma seu domínio sobre o gênero da comédia popular, mas também deixa espaço para camadas mais sutis — há momentos em que sua personagem expõe vulnerabilidade e solidão, humanizando uma figura muitas vezes idealizada pelas redes sociais. Chalub, por sua vez, surge como uma revelação promissora: sua presença leve e natural dá frescor ao filme, equilibrando a intensidade da mãe com uma calma introspectiva.

O restante do elenco colabora com uma energia afinada. Os coadjuvantes entram com ritmo preciso, contribuindo para as situações cômicas sem sobrecarregar a trama. Essa harmonia ajuda o espectador a mergulhar em um universo que, embora caricatural em alguns momentos, mantém um pé na realidade dos “perrengues” cotidianos.

Moda, consumo e propósito

O roteiro se destaca ao ir além da simples sátira do mundo fashion. Ele mergulha em temas urgentes, como o impacto ambiental da indústria da moda, o consumo desenfreado e a superficialidade das redes. Mas o faz de maneira leve, quase pedagógica, sem se tornar panfletário. É um equilíbrio delicado: o humor nunca anula a crítica, e a crítica nunca sufoca a diversão.

Há cenas particularmente inspiradas que ilustram bem essa dualidade — como os momentos em que a protagonista tenta manter a pose de influenciadora enquanto enfrenta situações inusitadas fora de sua zona de conforto, em um cenário mais natural e despojado. São nessas que o filme brilha: as risadas nascem da desconexão entre a imagem ideal e a vida real, um território no qual Ingrid Guimarães transita com maestria desde De Pernas pro Ar e Fala Sério, Mãe!.

Humor que flui com naturalidade

O humor de Perrengue Fashion é eficiente e bem calibrado. As piadas funcionam não apenas por causa do texto, mas pela entrega dos atores e pelo timing da direção. Não há pressa em fazer rir — o riso surge de situações cotidianas, de pequenos constrangimentos e de contrastes geracionais. Em alguns trechos, o filme flerta com o exagero, mas rapidamente retoma o tom leve e acessível que o público espera.

Diferente de comédias que se apoiam em bordões ou humor físico excessivo, aqui o riso vem do comportamento — do jeito como os personagens lidam com o mundo e consigo mesmos. Essa escolha dá ao filme um charme particular e uma identidade que o diferencia de outros produtos do gênero.

Esteticamente, o longa é um deleite. A fotografia colorida e o figurino exuberante contrastam com os tons mais crus da natureza, reforçando a dualidade entre o artificial e o autêntico. A direção de arte brinca com os símbolos do universo fashion — passarelas, eventos, filtros e ring lights — enquanto os contrapõe a cenas simples e verdadeiras, criando uma experiência visual que acompanha a transformação dos personagens.

A trilha sonora, repleta de batidas modernas e canções brasileiras contemporâneas, reforça o ritmo leve e jovial da narrativa. Ela traduz a energia de um filme que fala sobre reencontro e desconexão digital sem jamais perder o senso de humor.

Por trás das risadas, o filme propõe uma reflexão sobre o valor da presença — estar realmente disponível para quem se ama, desconectar-se das aparências e reconectar-se com o que é essencial. O filme convida o público a rir de si mesmo, a reconhecer exageros e a pensar sobre o que realmente importa na era das curtidas.

É uma comédia que acerta por não se levar a sério demais, mas também por não subestimar a inteligência emocional de seu público. Há empatia na maneira como a narrativa trata os erros e aprendizados de seus personagens. Tudo é feito com leveza, mas também com propósito.

Coração de Lutador: The Smashing Machine estreia abaixo do esperado nas bilheterias internacionais

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O novo drama esportivo Coração de Lutador: The Smashing Machine, estrelado por Dwayne Johnson, começou sua trajetória nos cinemas internacionais de forma tímida, arrecadando apenas US$ 6 milhões em seu primeiro dia de exibição. Apesar de ter sido aclamado em festivais renomados, o desempenho inicial ficou aquém de outros lançamentos protagonizados pelo astro, como “Rápida Vingança” (US$ 8,5 milhões), “O Acordo” (US$ 13,1 milhões), “Gridiron Gang” (US$ 14,4 milhões) e “Doom” (US$ 15,4 milhões), que, embora não tenham sido fenômenos de bilheteria, registraram aberturas mais expressivas.

O filme, de 2025, é um drama biográfico escrito, dirigido, coproduzido e editado por Benny Safdie, baseado no documentário de 2002 “The Smashing Machine: The Life and Times of Extreme Fighter Mark Kerr”. A produção acompanha a vida do lendário lutador de MMA Mark Kerr, interpretado por Johnson, e sua esposa Dawn Staples, vivida por Emily Blunt. O elenco ainda conta com participações de Ryan Bader, Bas Rutten e Oleksandr Usyk, trazendo autenticidade e veracidade à narrativa inspirada em fatos reais.

Enredo: altos, baixos e superação

“The Smashing Machine” mergulha na trajetória pessoal e profissional de Mark Kerr, explorando sua carreira de sucesso nas décadas de 1990 e 2000, as dificuldades enfrentadas fora do octógono e sua luta contra o vício. Além das batalhas esportivas, o longa destaca a relação intensa de Kerr com sua esposa, Dawn, mostrando os desafios de manter uma vida pessoal equilibrada enquanto se dedicava a ser um dos maiores nomes do MMA.

O filme equilibra cenas de ação e momentos de drama, permitindo que o público entenda o preço da fama, a pressão do esporte de alto rendimento e a vulnerabilidade de um atleta que se tornou referência mundial. Essa abordagem combina entretenimento com reflexão, explorando o lado humano de um lutador que conquistou vitórias históricas, mas enfrentou derrotas pessoais profundas.

Do festival às telas comerciais

Antes de chegar aos cinemas, o filme já havia atraído atenção em festivais internacionais. Sua estreia mundial ocorreu na 82ª edição do Festival de Veneza, em 1º de setembro de 2025, seguida por uma exibição no Festival de Toronto, em 8 de setembro. Nesses eventos, Dwayne Johnson e a equipe receberam elogios pelo retrato realista da vida de Kerr e pela intensidade da atuação, especialmente nas cenas de combate, que foram amplamente destacadas pela crítica.

Apesar da aclamação em festivais, o desempenho nas bilheterias indica que o filme precisará conquistar o público gradualmente. Especialistas em cinema destacam que dramas biográficos esportivos tendem a ter uma curva de bilheteria mais lenta, dependendo do boca a boca e das avaliações críticas para atrair espectadores.

Lançamento internacional e no Brasil

Nos Estados Unidos, o filme foi lançado oficialmente em 3 de outubro de 2025, enquanto no Brasil e Portugal a estreia ocorreu um dia antes, em 2 de outubro. A produção aposta no carisma de Dwayne Johnson e na força da narrativa para alcançar públicos diferentes: fãs de MMA, admiradores de histórias de superação e espectadores que valorizam dramas inspiradores.

Festival de Cinema de Nova York realiza exibição surpresa de Marty Supreme, novo filme estrelado por Timothée Chalamet

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Nesta segunda-feira, 6 de outubro, o Festival de Cinema de Nova York surpreendeu o público com uma exibição secreta de Marty Supreme, o aguardado novo filme da A24 estrelado por Timothée Chalamet e dirigido por Josh Safdie. A escolha da cidade não poderia ser mais simbólica: Safdie, cineasta profundamente ligado à Big Apple, e Chalamet, nativo de Nova York, trouxeram à tela os cinco distritos da cidade que os moldaram. A estreia inesperada contou com a presença de ambos no palco, criando um momento memorável para os fãs e críticos presentes.

A exibição começou em clima de surpresa e expectativa. Após o público ocupar os assentos para a sessão secreta, Safdie subiu ao palco e quebrou o gelo com seu humor característico: “Eu também odeio surpresas”, disse, arrancando risos da plateia. O diretor, que finalizou o corte do filme na madrugada anterior, comentou: “Terminei às 2 da manhã de ontem… Vocês são o primeiro público a ver este filme.” Logo depois, Timothée Chalamet se juntou a Safdie, compartilhando sua conexão pessoal com o momento. O ator relembrou que estudou no ensino médio na mesma rua de Alice Tully, e descreveu como “incrível” estrear no NYFF em sua própria cidade natal.

O projeto, anunciado oficialmente em julho de 2024, marca o primeiro filme solo de Josh Safdie desde “The Pleasure of Being Robbed” (2008). Safdie escreveu o roteiro em parceria com Ronald Bronstein, tomando como inspiração o jogador profissional de tênis de mesa Marty Reisman. No entanto, fontes próximas à produção afirmam que o longa é uma história original e ficcional, e não um biopic tradicional, permitindo liberdade criativa ao diretor e ao elenco para explorar o universo do personagem de maneira inventiva.

Com um orçamento estimado em US$ 70 milhões, Marty Supreme se tornou a produção mais cara da A24 até hoje, superando inclusive “Guerra Civil” (2024). O filme chamou atenção não apenas pelo investimento, mas pelo cuidado artístico e técnico empregado em cada detalhe. A fotografia principal teve início em 23 de setembro de 2024, inteiramente em Nova York, e a produção capturou imagens icônicas em locações espalhadas pelos cinco distritos. As filmagens se estenderam até 5 de dezembro de 2024, com cenas adicionais gravadas no Japão em fevereiro de 2025.

A direção de fotografia ficou a cargo de Darius Khondji, utilizando filme de 35 mm para conferir ao longa uma estética visual clássica e sofisticada. O renomado designer de produção Jack Fisk também contribuiu para a ambientação do filme, criando cenários que reforçam a narrativa e a atmosfera autêntica da história. Safdie incluiu cerca de 140 não-atores no elenco, entre eles o artista francês Philippe Petit, acrescentando camadas de realismo e espontaneidade às cenas.

Timothée Chalamet passou por um treinamento intenso para dar vida ao protagonista. Para as cenas de pingue-pongue, o ator treinou por meses sob orientação de Diego Schaaf e do ex-atleta olímpico Wei Wang, garantindo que as partidas do filme fossem convincentes e dinâmicas. Além disso, Safdie desafiou Chalamet a realizar algumas acrobacias pessoalmente, aumentando a autenticidade das cenas de ação. Um detalhe curioso do processo de filmagem foi a utilização de óculos de grau com lentes de contato por baixo, técnica aplicada para que os olhos de Chalamet parecessem menores, o que temporariamente prejudicou sua visão, mas contribuiu para a caracterização precisa do personagem.

A exibição surpresa no NYFF não apenas apresentou o filme antes de sua estreia oficial, mas também reforçou o vínculo entre o elenco, a equipe e a cidade que serviu de cenário para grande parte da história. Chalamet e Safdie aproveitaram o momento para interagir com o público, compartilhar anedotas das filmagens e revelar curiosidades sobre o desenvolvimento do longa, criando uma experiência única e íntima para os espectadores.

Predador: Terras Selvagens | Último trailer revela nova visão da icônica franquia

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Foto: Reprodução/ Internet

A franquia Predator está prestes a ganhar mais um capítulo emocionante. Intitulado Predador: Terras Selvagens, o filme acaba de lançar seu último trailer pré-lançamento, oferecendo aos fãs uma primeira visão de um universo que expande a mitologia do caçador alienígena de forma ousada e inovadora. Com estreia marcada para 6 de novembro no Brasil e 7 de novembro nos Estados Unidos, o longa promete misturar ação, ficção científica e aventura em um cenário futurista e selvagem.

Diferente de qualquer filme anterior da franquia, Predador: Terras Selvagens coloca o foco em um jovem Predador, chamado Dek, que foi rejeitado por seu próprio clã. Interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi, Dek não é apenas um antagonista ou um caçador frio; ele é um protagonista com sentimentos, conflitos internos e uma trajetória própria. A mudança de perspectiva representa um passo ousado para a franquia, que historicamente coloca o Predador como ameaça letal aos humanos.

No enredo, Dek encontra uma aliada improvável em Thia, interpretada por Elle Fanning, uma andróide criada pela famosa empresa fictícia Weyland-Yutani, conhecida dos filmes da franquia Alien. Juntos, eles embarcam em uma jornada traiçoeira em busca do maior adversário de Dek, que promete testar não apenas suas habilidades de sobrevivência, mas também sua própria identidade.

Elenco principal: talentos que elevam a narrativa

O filme conta com um elenco enxuto, mas cuidadosamente selecionado para dar vida a essa nova visão da franquia. Elle Fanning como Thia representa uma presença humana dentro de um mundo alienígena hostil. Sua atuação explora a dualidade entre programação e emoção, mostrando que até máquinas podem se tornar companheiras de jornada.

Por outro lado, Dimitrius Schuster-Koloamatangi como Dek desafia o modelo clássico da franquia. Para dar autenticidade ao personagem, o ator passou por treinamento específico para aprender a linguagem dos Predadores, desenvolvida por um linguista que também criou a língua Na’vi de Avatar (2009). A química entre os protagonistas é um dos pontos mais comentados após o lançamento do trailer, prometendo misturar ação intensa com momentos de drama e empatia, algo raramente visto em filmes anteriores.

Produção e influências artísticas

O desenvolvimento de Predador: Terras Selvagens começou em fevereiro de 2024, quando foi anunciado que um filme independente da franquia estava em produção. O diretor Dan Trachtenberg, responsável por Prey (2022) e Predador: Assassino de Assassinos (2025), assumiu a direção e coescreveu o roteiro com Patrick Aison, que também trabalhou em Prey.

Trachtenberg trouxe uma visão cinematográfica própria, inspirando-se em referências que vão além do universo de ficção científica. Entre elas estão obras de Frank Frazetta, filmes clássicos como Shane (1953) e Mad Max 2 (1981), além de títulos mais recentes como O Livro de Eli (2010). Videogames icônicos, como Shadow of the Colossus (2005), também influenciaram a estética do filme.

Além disso, elementos de western e fantasia foram incorporados, criando uma estética única que mistura desolação, vastas paisagens e tensão constante. Trachtenberg também deixou claro que queria explorar a cultura do mundo natal dos Predadores, algo que até então havia sido apenas sugerido nas obras anteriores da franquia.

Novidades técnicas e efeitos visuais

A produção trouxe inovação tanto nos efeitos práticos quanto digitais. Para dar vida ao Predador Dek, o Studio Gillis desenvolveu um traje detalhado, enquanto o rosto de Dek foi aprimorado digitalmente usando captura de movimento, permitindo transmitir emoções sutis — algo inédito para a franquia.

O Wētā Workshop, renomado estúdio de efeitos, também contribuiu para a criação de armaduras, armas e ambientes alienígenas, reforçando a autenticidade do mundo imaginado para o longa. A empresa Weyland-Yutani, já conhecida dos fãs de Alien, também aparece, estabelecendo conexões interessantes com o universo expandido.

Outro destaque técnico é a linguagem dos Predadores. Um linguista desenvolveu uma linguagem verbal e escrita completa, garantindo que os diálogos de Dek e de outros Predadores soem consistentes e verossímeis, reforçando o realismo do filme e a imersão do público.

Filmagens na Nova Zelândia

As filmagens ocorreram na Nova Zelândia, começando em 27 de agosto de 2024 e terminando no final de outubro do mesmo ano. O filme foi rodado sob o título provisório Backpack, mas a equipe manteve segredo sobre detalhes do enredo para preservar a surpresa.

O diretor de fotografia, Jeff Cutter, colaborou novamente com Trachtenberg, garantindo que a estética visual de Predador: Terras Selvagens mantivesse coerência com os elementos visuais e narrativos apresentados em Prey. O resultado são cenas de tirar o fôlego, com paisagens áridas, selvas alienígenas e sequências de ação intensas, que prometem envolver o público do início ao fim.

O Cavaleiro dos Sete Reinos | Nova série derivada de Game of Thrones revela primeira imagem

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O universo de As Crônicas de Gelo e Fogo, criado por George R.R. Martin, continua a se expandir com novas histórias. Após o sucesso de Game of Thrones e de House of the Dragon, a HBO apresenta O Cavaleiro dos Sete Reinos, série derivada que promete encantar os fãs e introduzir novos espectadores ao mundo de Westeros. Nesta sexta-feira (5), a revista Entertainment Weekly divulgou a primeira imagem oficial da série, trazendo um vislumbre de sua atmosfera e protagonistas.

Uma das novidades mais interessantes da série é que não haverá sequência de abertura elaborada, como as emblemáticas de Game of Thrones e House of the Dragon. Apenas o nome da série aparecerá na tela, reforçando a ideia de uma narrativa direta e focada nos personagens. Essa escolha indica que a série terá uma história mais contida, com menos foco em guerras e dinastias, e mais atenção à vida cotidiana, aventuras e dilemas pessoais de Dunk e do jovem Aegon V Targaryen, apelidado de Egg. Ao optar por essa abordagem, a HBO busca oferecer uma experiência diferente, que explora Westeros de forma mais humana e próxima dos personagens.

Origens e inspiração da série

O Cavaleiro dos Sete Reinos é uma prequela de Game of Thrones, ambientada cerca de 90 anos antes dos eventos da saga principal. A série é baseada nas novelas curtas de George R.R. Martin, conhecidas como Tales of Dunk and Egg, que narram aventuras do cavaleiro Dunk e do jovem príncipe Egg. As histórias originais são conhecidas por seu humor, dilemas morais e lealdade, oferecendo uma visão mais leve do universo de Westeros, sem perder a complexidade política característica do mundo de Martin. A série, portanto, promete mesclar drama, aventura e momentos de leveza, mantendo a essência das obras literárias.

Desenvolvimento e produção

O projeto foi anunciado em janeiro de 2021, com a HBO confirmando o desenvolvimento de uma nova prequela. Em novembro do mesmo ano, Steven Conrad foi contratado para escrever a série. Em abril de 2023, a produção recebeu ordem oficial, com Ira Parker, roteirista da primeira temporada de House of the Dragon, envolvido na criação do episódio piloto. Em fevereiro de 2024, o CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, confirmou que a série estava em pré-produção e que George R.R. Martin atuaria como criador e produtor executivo, garantindo fidelidade às histórias originais e supervisão criativa.

Direção e tom da série

Para conduzir a direção, a HBO contratou Owen Harris em maio de 2024 para os três primeiros episódios, atuando também como produtor executivo. Ele será responsável por estabelecer o tom da série, combinando drama, ação e momentos de leveza que caracterizam as aventuras de Dunk e Egg. Em junho de 2024, foi anunciado que Sarah Adina Smith dirigiria três dos seis episódios da primeira temporada. A expectativa é que sua abordagem traga visuais diferenciados e narrativa dinâmica, mantendo a unidade da série enquanto destaca nuances importantes de cada episódio.

As filmagens começaram em junho de 2024 em Belfast, Irlanda do Norte, território já conhecido por abrigar diversas cenas de Game of Thrones. A produção buscou capturar paisagens autênticas e detalhadas, que reforcem a sensação medieval e a imersão no mundo de Westeros. As filmagens se estenderam até setembro de 2024, com atenção especial a figurinos, cenários e detalhes que reforçam o tom mais intimista da série. Cada episódio promete equilibrar ação, drama e momentos de leveza, mantendo a fidelidade aos contos de Martin.

Enquanto Game of Thrones e House of the Dragon focaram em guerras, política e intrigas complexas, O Cavaleiro dos Sete Reinos privilegia aventuras individuais, dilemas morais e relações humanas. A ausência de uma abertura elaborada reforça essa proposta, deixando a narrativa mais direta e centrada nos personagens. Essa abordagem também torna a série mais acessível a novos espectadores, que não precisam conhecer todo o histórico da saga para entender a história, enquanto oferece aos fãs de longa data uma nova perspectiva sobre Westeros, explorando histórias secundárias de personagens icônicos.

Hungria recebe alta hospitalar após suspeita de intoxicação por metanol no Distrito Federal

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O rapper Gustavo da Hungria Neves, mais conhecido como Hungria, recebeu alta hospitalar neste domingo, 5 de outubro, após apresentar melhora significativa em seu estado de saúde. Internado desde quinta-feira (2) em um hospital particular de Brasília, o cantor havia dado entrada com sintomas que levantaram suspeita de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica encontrada em bebidas alcoólicas adulteradas.

Em comunicado oficial, o Hospital DF Star informou que o artista apresentou “excelente evolução clínica” e destacou a importância de seguir acompanhamento médico ambulatorial. “O Hospital DF Star informa que o paciente Gustavo da Hungria Neves apresentou excelente evolução clínica, recebendo alta hospitalar no dia de hoje. Deverá seguir cuidados clínicos e reavaliação médica ambulatorialmente”, declarou a unidade de saúde.

Nas redes sociais, Hungria compartilhou sua gratidão pelo atendimento recebido e pelo apoio dos fãs. “Hoje é um dia de vitória e gratidão! Obrigado a todos que estiveram comigo nesse momento”, escreveu o artista em sua conta no Instagram. A postagem rapidamente repercutiu, com centenas de comentários de fãs e colegas de profissão demonstrando alívio e carinho.

A suspeita de intoxicação por metanol chamou atenção das autoridades de saúde, já que Hungria se tornou o primeiro caso suspeito registrado no Distrito Federal. Os sintomas apresentados pelo cantor — náusea intensa, tontura, dor abdominal e alterações na visão — são típicos da exposição à substância química, que pode provocar complicações graves, incluindo cegueira e falência de órgãos.

Segundo informações das autoridades de saúde locais, exames laboratoriais foram coletados para confirmar a presença de metanol no organismo do cantor. Os resultados estavam previstos para divulgação nesta segunda-feira (6). Enquanto isso, médicos reforçam que o acompanhamento clínico é essencial, pois efeitos tardios podem surgir mesmo após a alta hospitalar.

Um laudo pericial divulgado recentemente, porém, indicou que as bebidas consumidas por Hungria em Brasília não continham metanol. O exame físico-químico apontou que o teor de álcool anidro estava dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Essa constatação sugere que os sintomas apresentados pelo cantor podem ter origem em outros fatores, como intoxicação leve por consumo excessivo de álcool, desidratação ou uma reação adversa individual.

Apesar disso, o episódio integra uma investigação mais ampla conduzida pelo Ministério da Saúde, que monitora suspeitas de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas em diferentes regiões do país. Nos últimos anos, casos de contaminação por metanol têm causado preocupação, especialmente entre jovens que frequentam festas e bares, reforçando a necessidade de fiscalização rigorosa e conscientização sobre os riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa.

Outro caso suspeito de intoxicação por metanol também foi registrado no Distrito Federal, envolvendo um paciente que sofreu complicações graves, incluindo um acidente vascular cerebral (AVC). As autoridades seguem investigando a relação entre os casos e a possível origem das substâncias ingeridas, com o objetivo de prevenir novos incidentes.

Especialistas ouvidos pela imprensa alertam que nem todos os sintomas atribuídos à ingestão de metanol são necessariamente causados pela substância. Infecções, problemas gastrointestinais, desidratação ou excesso de álcool podem mimetizar o quadro clínico, tornando fundamental a realização de exames detalhados para diagnóstico preciso.

A recuperação de Hungria foi acompanhada de perto pelos fãs e pela mídia, evidenciando a preocupação do público com a saúde do artista. O rapper, que tem uma trajetória marcada por sucessos no cenário do rap nacional, conquistou notoriedade com letras que abordam superação, desafios urbanos e experiências de vida. Seus seguidores se mobilizaram rapidamente após a notícia da internação, enviando mensagens de apoio e orações, demonstrando a conexão intensa entre cantor e público.

Agora em casa, Hungria deve seguir orientações médicas que incluem hidratação adequada, alimentação balanceada e monitoramento de sintomas remanescentes. Médicos ressaltam a importância de observar sinais como fadiga intensa, alterações na visão ou tontura persistente, que podem indicar complicações tardias, mesmo após a alta hospitalar.

O caso também reacende debates sobre consumo consciente de bebidas alcoólicas. Autoridades de saúde recomendam atenção à procedência dos produtos, evitando compras em locais informais e preços muito abaixo do mercado, que podem indicar adulteração. Campanhas educativas têm reforçado a importância de consumir álcool com responsabilidade, principalmente em ambientes de festa ou celebrações, onde a ingestão excessiva é mais frequente.

Vale a pena assistir GOAT? Reflexão sobre o preço da glória e a desumanização do atleta

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GOAT, dirigido por Justin Tipping, não é apenas mais um filme sobre esportes: é um mergulho profundo nas contradições do universo que transforma jovens atletas em ídolos e, muitas vezes, os destrói. Com uma narrativa que mistura drama psicológico e crítica social, o longa explora o preço da excelência, o culto à performance e os dilemas de identidade que assolam o atleta moderno.

O filme acompanha Cameron Cade (Tyriq Withers), um quarterback talentoso prestes a viver o momento mais importante de sua carreira: o recrutamento da NFL. Sua vida perfeita muda de forma abrupta após um acidente provocado por um fã obcecado, ameaçando não apenas seu futuro profissional, mas sua própria identidade.

Em busca de uma segunda chance, Cade encontra Isaiah White (Marlon Wayans), ídolo nacional e lenda do esporte, e sua esposa Elsie (Julia Fox), influenciadora digital. O que parecia um recomeço se transforma em um labirinto de manipulação psicológica, humilhação e pressão extrema. O mentor idolatrado se revela controlador e tóxico, expondo o lado sombrio do universo esportivo.

Idolatria e simbologia: o preço de ser o “maior de todos os tempos”

O título GOAT — acrônimo de Greatest of All Time — é uma provocação. O filme desconstrói a ideia de glória e poder, mostrando que ser o “maior de todos os tempos” também pode significar solidão, exploração e desumanização. Treinos extenuantes, câmeras lentas e planos claustrofóbicos transformam o corpo em instrumento de sofrimento, enquanto a trilha sonora de Jean Dawson mistura hip-hop, eletrônico e gospel para traduzir tensão física e espiritual.

Sequências simbólicas, como a “Última Ceia esportiva”, reforçam a ideia de que o culto à performance substituiu antigas formas de devoção, tornando o esporte quase uma religião moderna.

Personagens: humanidade e vulnerabilidade

Marlon Wayans surpreende ao interpretar Isaiah White, um mentor que alterna charme e crueldade, criando uma figura inquietante e memorável. Tyriq Withers transmite a fragilidade e força de Cade, mostrando a tensão entre a ambição e a necessidade de autoafirmação. Julia Fox, como Elsie, representa a pressão das aparências e a vigilância constante das redes sociais. Juntos, formam um microcosmo da cultura contemporânea: ídolo, aspirante e espectador, todos em busca de validação.

Crítica social: além do esporte

O longa-metragem levanta questões fundamentais: até que ponto o atleta pertence a si mesmo? Como lidar com o corpo que falha, a mídia que pressiona e a sociedade que idolatra resultados? Drogas, racismo institucional e masculinidade tóxica são tratados sem moralismos, de forma clínica e incômoda. O filme não glorifica o esporte; ele o disseca, expondo o sistema que fabrica e destrói heróis.

Pontos fracos e limites

Apesar da força narrativa, algumas fragilidades se destacam. O relacionamento de Cade com o pai é pouco explorado, o que poderia humanizar ainda mais o protagonista. Algumas resoluções do terceiro ato priorizam o simbolismo sobre a emoção, tornando certos momentos abruptos. Ainda assim, o saldo é positivo: o filme provoca reflexão, desconforto e envolvimento emocional.

Um olhar sobre a era da performance

No fim, GOAT vai além do futebol americano: é sobre o custo de ser excepcional e a pressão de um mundo que valoriza resultados acima da humanidade. Com direção ousada, performances memoráveis e estética impactante, o filme questiona o mito do herói e revela que, por trás de cada “maior de todos os tempos”, existe um ser humano lutando para sobreviver ao peso de seu próprio mito. É um drama que desafia clichês e merece ser assistido com atenção.

Pacificador | Saiba quando estreia o 8º episódio da 2ª temporada na HBO Max

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A espera dos fãs está prestes a terminar. Nesta quinta-feira, 9 de outubro, às 22h, a HBO Max estreia o episódio “Full Nelson”, o oitavo e último capítulo da segunda temporada de Pacificador. Desde sua estreia, em 21 de agosto, a produção vem lançando um novo episódio semanalmente, mantendo a tensão, o humor ácido e o ritmo alucinante que consagraram a série como uma das mais ousadas do universo DC. Agora, o público se prepara para um desfecho explosivo, cheio de reviravoltas e emoção.

Um herói dividido entre culpa, redenção e caos

Nesta nova temporada, Chris Smith, o homem por trás da armadura do Pacificador, chega ao ponto mais crítico de sua jornada. O personagem, interpretado por John Cena, precisa lidar com o peso de suas escolhas, as consequências de suas ações passadas e os fantasmas que continuam o assombrando. Entre explosões, perseguições e combates intensos, o protagonista se vê obrigado a confrontar não apenas inimigos externos, mas principalmente seus próprios dilemas morais.

A série, criada por James Gunn, mantém sua assinatura inconfundível: humor sarcástico, violência estilizada e uma camada emocional surpreendente. Em meio à pancadaria e aos comentários politicamente incorretos, Pacificador segue explorando temas como culpa, lealdade, redenção e moralidade, questionando o que realmente define um herói.

O que antes parecia apenas uma sátira de super-heróis se transforma, nesta segunda temporada, em um estudo profundo sobre a natureza humana e as zonas cinzentas da ética. O personagem continua hilário e imprevisível, mas as piadas agora convivem com reflexões mais densas sobre trauma e perdão.

Evolução e vulnerabilidade: o homem sob a armadura

Chris Smith nunca foi um herói convencional. Seu lema — “a paz a qualquer custo” — sempre foi uma contradição ambulante. Na nova temporada, ele enfrenta o que talvez seja seu maior inimigo: a própria consciência. Entre as missões e confrontos brutais, o Pacificador tenta entender se ainda existe espaço para humanidade dentro de si.

O roteiro amplia a profundidade do personagem, apresentando um homem dividido entre impulsividade e compaixão, violência e vulnerabilidade. Ele é, ao mesmo tempo, um guerreiro impiedoso e um filho machucado, um homem que quer ser melhor, mas tropeça em seus próprios vícios e crenças. Essa complexidade faz de Chris Smith uma das figuras mais interessantes do atual universo televisivo da DC.

Cada episódio da segunda temporada funciona como um capítulo de amadurecimento, mostrando um Pacificador que tenta equilibrar instinto e razão. À medida que novas ameaças surgem, ele se vê obrigado a repensar seus laços afetivos e o significado da palavra “justiça”. O resultado é uma narrativa que combina intensidade emocional e cenas de ação espetaculares, sem abrir mão do humor afiado que é a marca de James Gunn.

Trama expandida e novos dilemas

Se a primeira temporada focou nas repercussões das missões e na tentativa de Chris de se ajustar à vida após O Esquadrão Suicida, o novo ciclo amplia o escopo, levando o personagem a enfrentar desafios mais complexos e moralmente ambíguos. Agora, ele precisa formar alianças improváveis, lidar com traições e decidir o que está disposto a sacrificar em nome da paz.

A ação ganha contornos globais, com novos antagonistas e tramas paralelas que testam a lealdade do grupo e colocam em risco o futuro do próprio Pacificador. Ao mesmo tempo, a narrativa não perde o toque emocional, explorando as feridas abertas do protagonista — especialmente aquelas ligadas à sua família e ao legado tóxico deixado por seu pai, vivido por Robert Patrick.

Com uma combinação de drama, humor e crítica social, a série encontra um tom único: é irreverente e brutal, mas também profundamente humana. O público ri, se emociona e, muitas vezes, se identifica com o caos interior de Chris.

“Full Nelson”: um final à altura da jornada

O episódio final, “Full Nelson”, promete ser o ponto culminante de tudo o que a temporada construiu até aqui. James Gunn e sua equipe criaram um clímax intenso, repleto de reviravoltas e confrontos épicos, mas também carregado de emoção e significado. O título, que remete a um golpe de luta livre — uma alusão ao passado de John Cena no wrestling —, simboliza o confronto final de Chris com seus próprios demônios.

Mais do que um simples encerramento, “Full Nelson” é a conclusão de uma fase de crescimento pessoal, um momento em que o Pacificador precisa escolher entre continuar sendo um soldado da violência ou se permitir ser, finalmente, humano. O episódio promete unir ação explosiva, humor ácido e um desfecho emocionalmente poderoso, com participações especiais e surpresas que devem deixar os fãs em êxta

Pacificador | Teaser do episódio final da 2ª temporada promete reviravolta emocional e ação intensa

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O universo do Pacificador está prestes a atingir um novo ápice. A segunda temporada da série acaba de divulgar um teaser do episódio final que promete cenas inéditas, carregadas de tensão, ação e drama. Os fãs já acostumados ao humor ácido e à violência estilizada de Chris Smith terão motivos para segurar o fôlego, enquanto a narrativa mergulha ainda mais fundo nos dilemas pessoais e éticos do personagem. Abaixo, confira o vídeo:

Desde sua estreia, a série se consolidou como uma produção que transcende o típico espetáculo de super-heróis. Criada por James Gunn, a série combina ação explosiva, comédia irreverente e drama emocional, oferecendo aos espectadores uma experiência única que desafia os limites do gênero. Nesta nova temporada, o protagonista enfrenta um ponto crítico de sua trajetória, onde cada escolha, seja pessoal ou profissional, carrega consequências intensas e imprevisíveis.

Chris Smith, vivido por John Cena, permanece um personagem multifacetado. Por trás do humor provocativo e da fachada violenta, o Pacificador revela vulnerabilidades que o tornam mais humano e relacionável. A segunda temporada aprofunda a dualidade do protagonista: impulsivo, chauvinista e imprevisível, mas também capaz de introspecção e arrependimento.

O roteiro explora a jornada de Chris de forma cuidadosa, equilibrando cenas de ação vertiginosas com momentos silenciosos de reflexão. Entre perseguições explosivas e confrontos intensos, o público acompanha a evolução de um homem que luta para conciliar instintos, senso de justiça próprio e responsabilidade sobre os atos cometidos. As ameaças que surgem nesta temporada não testam apenas sua força física, mas também sua ética e moral, desafiando-o a repensar suas escolhas em um mundo que raramente oferece respostas simples.

Ao longo da temporada, Chris enfrenta dilemas que afetam amigos, aliados e familiares, ampliando o drama e a complexidade emocional da narrativa. Essa abordagem torna a série mais do que um entretenimento de ação: ela se transforma em um estudo sobre redenção, culpa e a constante busca por equilíbrio entre dever e desejo pessoal.

Apesar de seu lado sombrio e das cenas de violência estilizada, Pacificador não perde o humor que se tornou sua assinatura. O timing cômico de John Cena, aliado a diálogos rápidos e ironias mordazes, garante que a série mantenha uma leveza mesmo nos momentos mais tensos. Essa alternância entre comédia e drama permite que o público se conecte de forma mais profunda com o personagem, compreendendo suas motivações e frustrações.

O equilíbrio entre ação, humor e drama é um dos trunfos da série. Enquanto a primeira temporada explorou a rotina caótica de Chris e as repercussões de suas missões, o novo ciclo expande o escopo narrativo. Inimigos mais perigosos, alianças inesperadas e dilemas éticos complexos transformam a segunda temporada em um relato mais amplo e envolvente sobre a vida do Pacificador, que precisa aprender a navegar entre extremos sem perder a própria essência.

Elenco sólido e novas adições enriquecem a trama

A força da tramma também está em seu elenco. John Cena lidera o time com uma combinação rara de presença física, carisma e timing cômico refinado. Ao seu lado, veteranos da primeira temporada retornam para reforçar a narrativa. Danielle Brooks, conhecida por Orange Is the New Black e The Color Purple, traz profundidade emocional; Freddie Stroma (Harry Potter e o Enigma do Príncipe, Unreal) acrescenta nuances dramáticas; Jennifer Holland (O Esquadrão Suicida, Titans), Steve Agee (Guardiões da Galáxia Vol. 2, GLOW) e Robert Patrick (O Exterminador do Futuro 2, The X-Files) oferecem autoridade, humor e tensão.

Além deles, Frank Grillo, Sol Rodríguez, David Denman, Tim Meadows e Michael Rooker contribuem com momentos marcantes, seja no drama, na ação ou na comédia. A combinação de veteranos com novos talentos cria uma química que enriquece a narrativa e garante que cada episódio seja imprevisível e dinâmico.

Entre os novos integrantes, destacam-se Masa Yamaguchi, que interpreta o misterioso comandante japonês Tetsuo Harada, e Lauren Grimson como Hazel, personagem que adiciona leveza e emoção à trama. O elenco de apoio, com nomes como Denny Bernard, Laura Brogan Browne e Aswan Reid, reforça a diversidade de personagens e a riqueza das interações, tornando o universo de Pacificador ainda mais complexo e envolvente.

Bastidores: desafios, planejamento e estética visual

A produção da segunda temporada não foi isenta de obstáculos. Inicialmente encomendada em fevereiro de 2022, as filmagens planejadas para 2023 foram adiadas devido à reorganização da DC Studios e à prioridade dada à série Waller. As gravações finalmente começaram em março de 2024, nos Trilith Studios em Atlanta, e se estenderam até novembro.

O cuidado com a estética visual é evidente em cada detalhe. Mark Wareham liderou a fotografia, conferindo às cenas de ação e aos momentos introspectivos uma identidade visual própria. Esther Rosenberg, responsável pelo design de produção, e Meiko Wong, à frente da direção de arte, criaram cenários e figurinos que equilibram realismo e estilo, reforçando o tom único da série. Cada explosão, cada perseguição e cada diálogo visual foi pensado para oferecer ao público uma experiência cinematográfica intensa, sem perder a coesão narrativa.

Além da estética, a segunda temporada também aprimora o ritmo da narrativa. A alternância entre ação e introspecção permite que os episódios fluam de maneira natural, sem sobrecarregar o espectador. Essa cadência, aliada à construção cuidadosa dos personagens e à complexidade das tramas, transforma Pacificador em um produto muito além do habitual conteúdo de super-heróis, mostrando que é possível unir entretenimento, humor e reflexão em doses equilibradas.

Expectativa pelo episódio final

Com o teaser do episódio final já disponível, a expectativa entre os fãs é enorme. Sem revelar detalhes cruciais, as cenas sugerem confrontos decisivos, revelações importantes e momentos emocionantes que podem redefinir o destino de Chris Smith e daqueles ao seu redor. A promessa de um desfecho impactante mantém o público em suspense, ansioso para descobrir como os dilemas morais e éticos do protagonista serão resolvidos.

Crítica | GOAT é um retrato cru e perspicaz da pressão no esporte de elite

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O título original do filme, Him, carrega uma ambiguidade instigante ao estabelecer uma conexão direta com Deus, funcionando como uma metáfora inteligente para uma narrativa que explora o culto à excelência e a idolatria no esporte contemporâneo. No Brasil, a escolha do título GOAT — acrônimo de Greatest of All Time — reforça a temática esportiva e conecta imediatamente o público ao universo da NFL, onde a expressão já é consagrada para designar os maiores atletas de todos os tempos. Essa adaptação linguística evidencia o cuidado da obra em se comunicar com diferentes públicos sem perder sua essência crítica.

Narrativamente, o filme consegue equilibrar humor, drama e crítica social. A história acompanha a trajetória de jovens quarterbacks que enfrentam pressões quase sobre-humanas, lidando com expectativas da mídia, dos fãs e do próprio sistema esportivo. O roteiro não se limita a glorificar o sucesso, mas aprofunda-se nos bastidores do esporte, abordando lesões que comprometem carreiras, os efeitos devastadores do trauma craniano, o uso de substâncias para aumento de desempenho, além da corrupção e da manipulação nos bastidores das franquias. Dessa forma, GOAT oferece uma reflexão contundente sobre a dualidade entre divinização pública e exploração institucional de atletas, um tema raramente abordado com tanta clareza no cinema esportivo.

O uso de metáforas religiosas é uma das marcas da obra. A associação entre conquista esportiva e fé — comum entre atletas profissionais — é explorada de maneira recorrente, reforçando o caráter quase sacro que o público confere às estrelas da NFL. Embora algumas cenas, como a referência à Última Ceia, possam soar excessivamente literais, a estratégia simbólica contribui para a crítica central do filme: a transformação de atletas em figuras quase divinas enquanto são tratados como produtos dentro de um sistema competitivo e mercantilizado.

No que se refere às performances, o elenco entrega atuações consistentes. Há química convincente entre os protagonistas e momentos de autenticidade que sustentam as tensões dramáticas. Visualmente, o filme apresenta soluções criativas e impactantes, como as sequências em raio-X que mostram o corpo humano em sua fragilidade e mecanicidade, reforçando a ideia de atletas como máquinas de alto desempenho. O estilo do desfecho, com referências tarantinescas, traz ousadia e irreverência, contribuindo para um fechamento que mistura suspense, humor e crítica social. Pequenos deslizes técnicos, como o uso incorreto de equipamentos, são perceptíveis para os fãs mais atentos, mas não comprometem a experiência geral.

Entretanto, nem tudo é impecável. O desenvolvimento de personagens deixa lacunas significativas. A relação entre Cam e seu pai carece de profundidade emocional, reduzindo o impacto de seus conflitos internos. O arco de Isaiah White, outro personagem central, poderia ter sido explorado de maneira mais detalhada, oferecendo camadas adicionais à narrativa e fortalecendo a densidade dramática da obra. Ainda assim, a progressão do roteiro mantém o ritmo e evita que o público se desengaje, o que é um mérito importante em produções que combinam crítica social com entretenimento esportivo.

O filme também se destaca ao capturar a tensão psicológica inerente à carreira de um atleta de elite. A pressão por resultados, o medo constante do fracasso e o peso da mídia são retratados de forma autêntica, proporcionando ao espectador uma compreensão mais profunda do custo pessoal do sucesso no esporte de alto nível. Além disso, a trilha sonora de Jean Dawson contribui para criar uma atmosfera contemporânea e envolvente, reforçando momentos de tensão e celebração, e complementando a narrativa com um tom moderno e urbano.

GOAT encerra sua trajetória com uma mensagem clara e poderosa: a retomada do controle do próprio destino. Após enfrentarem sacrifícios físicos, emocionais e éticos, os atletas protagonistas emergem não apenas como competidores, mas como indivíduos que desafiam um sistema que frequentemente os vê apenas como mercadorias. Esse desfecho confere ao filme um peso simbólico, elevando-o acima do mero retrato esportivo e transformando-o em um comentário social relevante sobre meritocracia, idolatria e humanidade no esporte.

Embora não se configure como uma obra-prima, GOAT é ousado, incisivo e, em muitos momentos, surpreendentemente perspicaz. Consegue unir crítica social, entretenimento e estética visual de maneira coesa, oferecendo uma experiência cinematográfica refrescante dentro do gênero esportivo-dramático. A obra provoca reflexão sobre a natureza da fama, do sucesso e da pressão contemporânea sobre atletas, ao mesmo tempo em que diverte e entretém, mostrando que o cinema esportivo ainda tem espaço para inovação e relevância cultural.

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