A magia recomeça: nova série de Harry Potter entra em produção com elenco inédito e estreia prevista para 2027

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Depois de anos de expectativas, dúvidas e esperanças dos fãs, Harry Potter vai mesmo ganhar uma nova vida — desta vez nas telas da televisão. A HBO confirmou que a produção da aguardada série inspirada nos livros de J.K. Rowling já começou oficialmente nos estúdios da Warner Bros., em Leavesden, no Reino Unido, lugar onde boa parte da franquia original foi filmada. A estreia está prevista para 2027, com exibição pela HBO e streaming na Max.

Mas não se trata apenas de revisitar Hogwarts. A proposta da série é ambiciosa: adaptar, com mais fidelidade e profundidade, todos os sete livros da saga, temporada por temporada. Isso significa mais tempo para desenvolver os personagens, mais espaço para os dilemas que ficaram de fora dos filmes e uma nova chance de contar uma história que já é amada por milhões, mas que ainda tem muito a dizer.

Essa nova jornada já tem alguns nomes definidos. Rory Wilmot será o novo Neville Longbottom, Amos Kitson dará vida ao mimado Duda Dursley, Louise Brealey assume o papel da durona Madame Hooch e Anton Lesser, ator veterano e respeitado, interpretará Garrick Olivaras, o excêntrico artesão de varinhas.

Por trás das câmeras, o time criativo impressiona: Adriano Goldman, premiado diretor de fotografia, traz sua sensibilidade visual; Holly Waddington, responsável por figurinos elegantes e expressivos, cuida da estética mágica; e nomes como Cate Hall, Mara LePere-Schloop e John Nolan completam uma equipe comprometida em tornar o mundo bruxo mais real do que nunca.

Na produção executiva estão nomes de peso, incluindo Francesca Gardiner (His Dark Materials, Succession), que também assina o roteiro, e Mark Mylod, que dirige parte dos episódios. A autora J.K. Rowling retorna como produtora, ao lado de parceiros de longa data, como David Heyman, o mesmo que ajudou a transformar os livros em cinema.

Mas o que essa nova adaptação representa, de fato? Para os fãs antigos, pode ser um reencontro com a história que moldou infâncias, agora com novas nuances. Para quem ainda não conhece os livros, uma porta de entrada mais detalhada, com personagens mais complexos e conflitos mais atuais. E para o mundo, talvez, a lembrança de que histórias sobre coragem, amizade, escolhas difíceis e crescimento continuam sendo mágicas — não importa quantas vezes sejam contadas.

Enquanto a estreia não chega, o que nos resta é o encantamento da espera. Porque, no fim das contas, voltar a Hogwarts nunca é só sobre magia. É sobre voltar para casa.

Como Nasce um Rio | Curta baiano vence festival LGBTQIA+ e conquista plateias ao redor do mundo

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Uma animação brasileira está comovendo plateias ao redor do mundo ao tratar com lirismo e profundidade temas como identidade, desejo e pertencimento. Vencedor do prêmio de Melhor Curta L no 14º Festival Rio LGBTQIA+, Como Nasce um Rio, dirigido por Luma Flôres, é um exemplo do poder do cinema em criar pontes afetivas entre vivências individuais e coletivas.

Produzido pela Mulungu Realizações Culturais em parceria com a Anomura Filmes, o curta mergulha na jornada íntima de Ayla, uma personagem LGBTQIA+ em processo de descoberta e reconciliação consigo mesma. Longe de seguir uma narrativa convencional, a obra propõe uma experiência sensorial, onde som, imagem e movimento compõem uma linguagem simbólica que emociona, convida à escuta e evoca memórias.

Uma fábula visual sobre corpo, tempo e identidade

Com 8 minutos de duração, Como Nasce um Rio não busca explicações fáceis ou discursos didáticos. A proposta da diretora Luma Flôres é outra: abrir espaço para o silêncio, a contemplação e a fluidez — como um rio que encontra seus próprios caminhos. O curta traduz em poesia visual a vivência de alguém que aprende a aceitar os próprios desejos e a viver o corpo como território de existência.

A fotografia de Maíra Moura Miranda, a trilha sonora de Andrea Martins e a montagem delicada de Karol Azevedo completam uma estética que se distancia do óbvio. O filme não fala sobre resistência com gritos, mas com sutileza. E talvez seja justamente por isso que ele reverbera com tanta força.

Reconhecimento que atravessa fronteiras

Após o prêmio no Festival Rio LGBTQIA+, um dos mais importantes do país no debate de gênero e diversidade, Como Nasce um Rio segue colecionando reconhecimentos internacionais. A animação já foi selecionada para o Tribeca Film Festival, em Nova York, para o Melbourne International Animation Festival, na Austrália, e para o Anifilm, na República Tcheca. Em sua nova fase, o curta entra na programação do 78º Edinburgh International Film Festival, um dos mais tradicionais do mundo, além de festivais na Suíça, Hong Kong, Canadá, Croácia e Kosovo.

No Brasil, o filme também foi destaque no XX Panorama Internacional Coisa de Cinema, em Salvador, vencendo tanto o júri oficial quanto o júri das associações BRADA, API e GAMA, que destacaram a força estética e a relevância política da obra.

Produção independente, identidade coletiva

Por trás do curta está a Mulungu Realizações Culturais, produtora baiana que tem se consolidado como referência na realização de conteúdos autorais com protagonismo de mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+. O histórico da empresa inclui longas como Menarca, Receba! e o documentário Cais, além da coprodução de Mulheres Negras em Rotas de Liberdade, projeto filmado no Brasil e na África com participação de nomes como Sueli Carneiro, Luedji Luna e Conceição Evaristo.

Muito Prazer | Jorge Furtado transforma motel esquecido em palco de recomeços e risadas na nova comédia brasileira

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Um motel falido, dois desconhecidos endividados e uma ideia completamente fora da curva. É desse encontro improvável que nasce Muito Prazer, nova comédia de Jorge Furtado, que acaba de concluir suas filmagens em Porto Alegre. Com previsão de estreia nos cinemas em 2026, o filme marca o retorno do diretor ao humor afiado e socialmente consciente que o consagrou em obras como Saneamento Básico, o Filme.

Produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre, em coprodução com a Globo Filmes e distribuição da Elo Studios, Muito Prazer aposta no riso como instrumento de afeto, crítica e transformação — um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, ainda há espaço para o absurdo, a ternura e as segundas chances.

Uma herança, um motel e uma chance de recomeçar

Na trama, Rubem (Daniel de Oliveira) herda inesperadamente um antigo motel do tio, acreditando que o local esteja desativado. Ao chegar, se depara com Grace (Luisa Arraes), ex-funcionária que, sem ter para onde ir, nunca abandonou o lugar. Os dois, atolados em dívidas e cicatrizes do passado, decidem reabrir o Motel Pérola. Mas, para isso, recorrem à ajuda de Nalva (Samantha Jones), e juntos bolam um plano ousado para reinventar o negócio — e suas próprias vidas.

O elenco ainda reúne nomes de peso como Drica Moraes (Pérola), Felipe Velozo, Nicolas Vargas e participações especiais, compondo um mosaico afetivo, diverso e vibrante.

Uma comédia que nasce do coletivo

“Foi um processo muito rico, como sempre. A gente parte de um roteiro, ensaia bastante, mas quando chega na filmagem, muitas ideias novas surgem. Os atores trazem cenas, falas, pequenos gestos — e muitas piadas nascem ali, no calor do set”, conta Jorge Furtado, que comandou as filmagens entre estúdio e motéis reais da capital gaúcha durante os meses de junho e julho.

Segundo a produtora Nora Goulart, o humor segue sendo essencial em tempos tão acelerados e, por vezes, desumanos:

“A comédia nos permite respirar, criar empatia, rir de nós mesmos. Precisamos disso. Em meio à avalanche da inteligência artificial, é bom lembrar que só o humano sabe fazer uma boa piada — daquelas que nascem da falha, do constrangimento, da tentativa de acertar.”

Riso como refúgio

Muito Prazer é, ao mesmo tempo, uma história sobre recomeços e um retrato divertido das tentativas humanas de se reconectar com a própria alegria. Num cenário improvável — um motel decadente —, o filme costura encontros entre afetos mal resolvidos, dívidas emocionais e a vontade quase ingênua de começar de novo.

Com estreia marcada para 2026, o novo longa de Jorge Furtado chega como um convite a rir das crises, amar com leveza e acolher os tropeços que fazem parte da jornada.

Crítica | Apocalipse nos Trópicos é um retrato do Brasil atual

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Petra Costa nunca foi uma diretora que se escondeu atrás da neutralidade. Com Democracia em Vertigem (2019), ela já havia exposto seu olhar sensível e politicamente engajado sobre o colapso da democracia brasileira. Em Apocalipse nos Trópicos, sua nova investida documental que estreou nesta segunda (14) na Netflix, a cineasta vai ainda mais fundo — e mais fundo aqui também significa mais escuro, mais perturbador, mais corajoso.

Desta vez, Petra não foca apenas nos bastidores da política institucional. O que está em jogo agora é o casamento entre fé e poder, mais especificamente a ascensão das igrejas neopentecostais como uma força política organizada e decisiva no Brasil contemporâneo. O epicentro desse terremoto ideológico é Silas Malafaia, figura central no documentário — e símbolo vivo da mistura explosiva entre autoritarismo religioso, populismo e um projeto de dominação cultural.

Um protagonista sem máscara

Petra não precisa desmascarar Malafaia — ele faz isso sozinho, com uma desenvoltura perturbadora. Dentro do próprio jato particular, pilotando uma BMW, vociferando ofensas contra um motociclista, ou discursando ao lado de Jair Bolsonaro, o pastor é filmado com acesso surpreendente, quase íntimo. E talvez seja isso o mais assustador: sua tranquilidade diante da câmera, sua certeza absoluta, a crença inabalável de que está certo — mesmo quando seu discurso transborda intolerância, arrogância e desprezo pela diversidade humana.

Há algo de perverso no carisma de Malafaia, e Petra registra isso sem histeria, mas com um incômodo crescente. Ele grita, zomba, ataca minorias, debocha da imprensa, e ainda assim se apresenta como “homem de Deus”. O que Apocalipse nos Trópicos revela, com precisão dolorosa, é o quanto essa retórica violenta encontrou eco num país onde milhões de pessoas sentem-se abandonadas, desorientadas, e carentes de líderes com respostas prontas — mesmo que essas respostas venham cheias de ódio.

Uma nação em transe

Petra conecta, com lucidez e indignação contida, o crescimento da bancada evangélica, a campanha de desinformação nas redes sociais, a figura de Bolsonaro como “ungido”, e o desfecho trágico do 8 de janeiro de 2023 — quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes, sob a bênção simbólica de um discurso antidemocrático alimentado há anos.

É impossível assistir ao documentário e sair ileso. A sensação que fica é de um Brasil à deriva, tomado por um messianismo fabricado, onde o nome de Deus serve de escudo para práticas que nada têm de espirituais. A câmera de Petra, mesmo sem grandes recursos visuais, constrói um mosaico de ruínas emocionais e morais. E não há vilões caricatos — há seres humanos que escolheram, conscientemente, o caminho do autoritarismo.

A ousadia de continuar

Apocalipse nos Trópicos é um filme incômodo, provocador e profundamente humano. Petra não se coloca como juíza — ela se posiciona como cidadã, como filha, como artista que não aceita calar diante do retrocesso. Sua narração continua melancólica, mas agora com um tom de exaustão. Como se dissesse: “nós avisamos”. A esperança existe, mas está fraturada. E talvez seja esse o sentimento mais honesto que o filme nos deixa.

Em tempos de normalização do absurdo, Petra Costa tem a ousadia de continuar documentando a barbárie. E faz isso com a serenidade de quem entende que o cinema é mais do que entretenimento — é também memória, denúncia e resistência.

Nova série do Universal+, “90 Minutos” mistura futebol, drama e emoção: vale a pena assistir?

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Mais do que chutes a gol e campeonatos em jogo, o futebol sempre foi, para os latino-americanos, uma metáfora viva sobre pertencimento, dor, vitória e sobrevivência. E é exatamente isso que entrega a série mexicana “90 Minutos”, que estreia nesta quarta-feira (16) com exclusividade no Universal+.

Criada por Joe Rendón e Julio Berthely, a produção resgata o coração de um esporte que é, antes de tudo, coletivo. São 10 episódios que não falam apenas de táticas ou rivalidades, mas de identidade, comunidade, fracasso, resistência e recomeços — tudo com o tempero inconfundível da dramaturgia mexicana contemporânea.

⚽ Las Navajas: mais que um time, um território emocional

O fio condutor da série é o modesto time Las Navajas, que, à beira da extinção, luta para conquistar o título da liga local e salvar o campo onde tudo começou. Mas o que está em jogo vai muito além do futebol: trata-se da preservação de um espaço afetivo e simbólico, ameaçado por interesses comerciais que querem transformá-lo em um cassino. Quando tudo parece dar errado — da morte do treinador a sabotagens nos bastidores — a equipe encontra uma última esperança no improvável retorno de uma antiga estrela: El Veneno.

Interpretado por José María de Tavira, o novo técnico traz para o campo suas próprias feridas: o ex-jogador volta à cidade natal não só para tentar salvar o time, mas para se reconstruir, encarar antigos amores e, principalmente, perdoar a si mesmo. Ao lado dele, surge Alma (vivida por Teresa Ruiz), ex-namorada e figura central de um reencontro cheio de fraturas e ternura.

🎬 A força dos invisíveis

Com humor afiado, ritmo envolvente e personagens cheios de nuances, 90 Minutos constrói sua narrativa em cima de pequenos gestos e grandes intenções. Cada episódio revela um novo ângulo sobre o que é ser parte de algo maior — seja um time, uma família, uma cidade. A série humaniza os “perdedores”, os esquecidos, os azarados, e transforma a suposta fraqueza deles em potência narrativa.

Além de De Tavira e Ruiz, o elenco conta com nomes de peso como Álvaro Guerrero e Raúl Méndez, reforçando a densidade dramática da obra sem abrir mão de leveza e emoção.

💬 Por que assistir 90 Minutos?

  • Porque é sobre futebol, mas também é sobre vida real
    E aqui, perder um jogo significa perder uma casa, uma história, uma memória coletiva.
  • Porque mostra o México além dos estereótipos
    Longe de novelas ou caricaturas, a série apresenta um retrato afetivo, urbano e atual da cultura mexicana.
  • Porque todos os personagens têm o direito de recomeçar
    E esse recomeço vem cheio de tropeços, mas também de afeto, perdão e descobertas.
  • Porque a frase “Uma vez Navaja, sempre Navaja” vai ficar com você
    Mais do que um lema, é um lembrete de que não importa o placar: o que realmente une as pessoas é a coragem de continuar tentando — juntos.

Jeito Moleque lança Volume 5 do projeto “5 por 5” e reforça legado com inéditas, releituras e parcerias

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Celebrando uma trajetória de 25 anos marcada pela autenticidade e pelo diálogo constante com o público, o grupo Jeito Moleque apresenta o Volume 5 do projeto “5 por 5”. A iniciativa, que reúne novos arranjos, músicas inéditas e versões repaginadas de sucessos, chega ao quinto e último capítulo com quatro faixas que reafirmam a identidade do grupo e sua relevância no cenário do pagode contemporâneo.

A proposta da série “5 por 5” — lançada em partes ao longo do ano — é sintetizar, em blocos curtos e potentes, o passado, o presente e o futuro do Jeito Moleque. No novo EP, a banda aprofunda essa proposta com um repertório que transita entre a celebração das origens e a busca por novas sonoridades.

Destaque para inéditas e colaborações

A grande novidade do EP é “Deu Defeito”, uma faixa inédita que conta com a participação especial da dupla sertaneja Clayton & Romário. A parceria estabelece um ponto de encontro entre dois gêneros populares e afetivos, resultando em um pagode com influências do sertanejo romântico, marcado por melodia envolvente e letra sobre descompassos do coração.

Outra composição inédita é “Não Peço Volta (Coração Digita)”, que mostra um Jeito Moleque introspectivo, mas ainda assim melódico e fiel à sua essência. A música traz à tona o lado mais emocional do grupo, com reflexões sobre saudade e reconciliação, envoltas em uma produção sofisticada e contemporânea.

Novos arranjos e releituras afetivas

Abrindo o EP, “Meu Jeito Moleque” funciona como uma espécie de declaração de identidade. A canção revisita a trajetória do grupo sob uma ótica atualizada, com arranjo que combina nostalgia e modernidade. Na sequência, um medley de três faixas — “Nas Nuvens”, “Só Pro Meu Prazer” e “Eu, Você e Mais Ninguém” — apresenta um trabalho de releitura cuidadoso, capaz de dar nova vida a clássicos que atravessam gerações.

Emoção e intensidade na Sala São Paulo: Osesp apresenta Tchaikovsky e Shostakovich sob regência de Vasily Petrenko

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A Fundação Osesp, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, e o Ministério da Cultura, segue desdobrando a força de sua programação em 2025 com mais uma apresentação de peso na Sala São Paulo. Entre os dias 17 e 19 de julho, o maestro Vasily Petrenko retorna ao pódio da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em um programa que equilibra lirismo, intensidade e reflexão.

Na abertura da noite, o público será conduzido ao romantismo arrebatador do Concerto para piano nº 1, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky. Considerada uma das peças mais emblemáticas do repertório pianístico, a obra será interpretada pelo aclamado pianista macedônio Simon Trpceski, reconhecido por sua combinação de virtuosismo técnico e sensibilidade poética. Com sua introdução marcada por trompas solenes e um tema inesquecível, o concerto promete emocionar tanto iniciantes quanto ouvintes experientes.

🎻 Da fúria da beleza à densidade da existência

Após o intervalo, a atmosfera muda drasticamente com a Sinfonia nº 14 em sol menor, do compositor russo Dmitri Shostakovich. Composta em 1969, essa obra profunda e desafiadora propõe uma meditação crua sobre a morte e o sofrimento humano. Escrito para cordas, percussão e duas vozes solistas, o ciclo sinfônico se desdobra em 11 movimentos contínuos, baseados em poemas de autores como Lorca, Apollinaire e Rilke.

A interpretação contará com a soprano Julia Korpacheva e o baixo Gleb Peryazev, dois artistas que vêm se destacando internacionalmente pela expressividade e domínio técnico. A obra, que se inspira na tradição sinfônico-vocal iniciada por Beethoven e aprofundada por Mahler, reafirma a vocação de Shostakovich para abordar temas universais de forma contundente, crítica e profundamente humana.

🎟️ Serviço e transmissão

As apresentações acontecem de quinta (17) a sábado (19), com ingressos disponíveis a partir de R$ 42,00 no site oficial da Osesp. Para quem não puder comparecer presencialmente, a sessão de sexta-feira (18/jul), às 20h, será transmitida ao vivo pelo YouTube da Osesp, democratizando o acesso a essa experiência musical única.

Destaques do programa:

  • Concerto para piano nº 1 em si bemol menor, Op. 23 — P. I. Tchaikovsky
    Piano: Simon Trpceski
  • Sinfonia nº 14 em sol menor, Op. 135 — D. Shostakovich
    Vozes: Julia Korpacheva (soprano) e Gleb Peryazev (baixo)
    Regência: Vasily Petrenko

Mãe e filha transformam reconciliação em livro comovente sobre afeto, cuidado e recomeço

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No novo livro Aquele Tempo Entre Nós, disponível nas livrarias físicas e digitais, a oradora espírita Mayse Braga e sua filha, a psicóloga Marianna Braga, compartilham com coragem e sensibilidade uma jornada de reconexão familiar — feita não apenas de lembranças, mas também de silêncios, conflitos, aprendizados e reencontros possíveis.

Mais do que um registro de experiências pessoais, a obra é um convite ao diálogo entre gerações. Em forma de conversa escrita, mãe e filha percorrem momentos de desgaste emocional, crises de saúde e ressentimentos acumulados, até reencontrarem, juntas, um novo caminho de afeto e compreensão. O livro nasce após um momento crítico: duas internações de Mayse em 2022, que a levaram a viver temporariamente com a filha — e, nesse convívio, ressignificar antigas mágoas e renovar os vínculos entre ambas.

“Contar o que vivemos foi tanto uma forma de oferecer companhia a quem atravessa essa jornada quanto um exercício terapêutico que nos lembrou que o amor pode fazer mais do que proteger: ele pode também libertar.”
— Mayse Braga, oradora espírita

Com décadas de trajetória como comunicadora respeitada no meio espírita, Mayse se une à escuta atenta e à vivência clínica de Marianna para construir uma obra que transita entre espiritualidade, psicologia e humanidade. O livro alterna pontos de vista entre mãe e filha e revela com franqueza o que tantas famílias enfrentam em silêncio: o medo de não serem compreendidas, a dificuldade de perdoar, o peso da sobrecarga, e a urgência de falar o que realmente importa — enquanto ainda é tempo.

“Escrever esse livro me ajudou a entender a mim mesma e à minha mãe de um jeito novo e transformador.”
— Marianna Braga, psicóloga

Aquele Tempo Entre Nós é tecido com memórias — recentes e distantes —, e com temas que vão do cansaço do cuidado à beleza de uma música compartilhada. A cada capítulo, as autoras abrem espaço para reflexões sobre o envelhecer, a vulnerabilidade, a escuta ativa e o valor das pequenas reconciliações do dia a dia.

Sem tom confessional ou autoajuda, o livro propõe um gesto raro: descer do púlpito e sentar à mesa, lado a lado, com quem se ama, para tentar, palavra por palavra, desfazer o que se perdeu — e reconstruir o que ainda pode existir.

Para leitores espiritualmente conectados ou em busca de relações mais saudáveis com seus pais ou filhos, a obra funciona como um espelho generoso: não aponta culpados, mas revela caminhos. E, talvez, o maior deles seja a coragem de admitir que nem todo amor é simples, mas que o afeto sincero — ainda que imperfeito — pode ser a base para um novo começo.

Missão: Impossível – O Acerto Final acumula US$ 584 milhões em bilheteria, mas ainda está longe de se pagar

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Depois de mais de duas décadas saltando de aviões em queda, escalando arranha-céus e desafiando as leis da física e da indústria, Tom Cruise retorna ao papel de Ethan Hunt em Missão: Impossível – O Acerto Final, o oitavo capítulo de uma das franquias mais longevas e respeitadas do cinema de ação. Mas, por trás da adrenalina e dos números de bilheteria, o novo filme entrega algo raro em blockbusters: uma reflexão sobre escolhas, legado e a urgência de manter a humanidade em tempos digitais.

Com direção de Christopher McQuarrie, parceiro criativo de Cruise desde Missão: Impossível – Nação Secreta, o longa propõe uma virada ousada: se antes Hunt lutava contra terroristas e agentes duplos, agora seu maior inimigo é invisível, algorítmico e global — uma inteligência artificial que ameaça controlar as engrenagens do mundo. É uma ameaça menos palpável, mas profundamente atual. E talvez por isso mesmo, mais assustadora.

Um herói que também duvida

Aos 62 anos, Cruise não esconde as marcas do tempo, e o filme também não. Ao contrário dos capítulos anteriores, O Acerto Final revela um Ethan Hunt mais introspectivo, forçado a olhar para trás, para as missões, perdas e decisões que moldaram seu caminho. Há uma humanidade crua nesse novo Hunt: ele continua correndo, mas agora também para se entender.

No centro da trama, está a ideia de que nossas vidas são definidas pela soma das escolhas que fazemos — e não apenas pelas missões que aceitamos. “Salvar o mundo” ganha um peso mais emocional quando se percebe que, no fundo, o que está em jogo é o próprio valor do livre-arbítrio. A tecnologia, neste cenário, se torna o grande vilão: onisciente, implacável e moralmente ambígua.

Bilheteria vs. legado

Mesmo com uma bilheteria expressiva de US$ 584,1 milhões ao redor do mundo, o filme ainda está distante de se pagar: seu orçamento, somado à divulgação, ultrapassa os US$ 400 milhões. Nos EUA, soma US$ 194 milhões, ocupando atualmente o oitavo lugar nas bilheteiras. Mas esse resultado, embora relevante, parece pequeno perto da grandiosidade emocional que o filme propõe.

Missão: Impossível – O Acerto Final talvez não quebre recordes, mas quebra expectativas. Entrega mais do que ação coreografada: entrega personagem, entrega dilema, entrega alma. E num cenário de franquias repetitivas e universos compartilhados à exaustão, isso já é um feito.

Ao lado de Cruise, Hayley Atwell brilha como uma aliada complexa e inesperada. Ving Rhames, parceiro de longa data, volta a dar suporte e história ao protagonista. A química entre os personagens se sustenta não pela ação, mas pela lealdade silenciosa que cresce entre eles — como se todos soubessem que, a qualquer momento, aquela missão pode ser mesmo a última.

Dica na Reserva Imovision – Em Rumo a Uma Terra Desconhecida é um drama palestino que revela o custo invisível da esperança

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Já disponível no catálogo da Reserva Imovision, o premiado drama Em Rumo a Uma Terra Desconhecida (Vers Un Pays Inconnu) lança um olhar potente e profundamente humano sobre os impactos da crise migratória contemporânea. Dirigido pelo cineasta Mahdi Fleifel, o longa é uma narrativa austera, sensível e corajosa sobre dois jovens palestinos que apostam tudo na chance de recomeçar.

Aclamado em mais de 100 festivais internacionais, incluindo a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, o filme é um dos destaques recentes do cinema autoral europeu e se destaca por sua capacidade de traduzir em imagens o que tantas vezes se esconde nas estatísticas: o drama silencioso da esperança em exílio.

A história gira em torno de Chatila e Reda, primos que vivem como refugiados em Atenas. Cercados por instabilidade, burocracia e invisibilidade social, os dois buscam um novo começo na Alemanha. Para isso, decidem juntar recursos para comprar passaportes falsos — uma decisão que os leva a confrontar não apenas os perigos do submundo migratório, mas também dilemas éticos e perdas emocionais profundas. Quanto custa atravessar uma fronteira? E o que se deixa para trás quando se tenta reconstruir a própria vida?

Fleifel constrói o filme com sobriedade e realismo, sem apelar ao melodrama. Seus personagens não são símbolos idealizados, mas pessoas de carne e osso — movidas por fé, frustração, medo e desejo. A câmera, muitas vezes inquieta e próxima dos rostos, nos obriga a testemunhar cada escolha com desconforto e empatia.

Com 95 minutos de duração, o longa é uma experiência intensa, que propõe ao espectador um mergulho na intimidade daqueles que vivem à margem — não por escolha, mas por necessidade. Mais do que uma crítica social, Em Rumo a Uma Terra Desconhecida é um chamado à escuta, à reflexão e à humanidade.

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