Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu divulga novo trailer e anuncia estreia em janeiro de 2026

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Após décadas encantando gerações com suas trapalhadas inesquecíveis, o icônico gato Tom e o esperto rato Jerry estão de volta às telonas em Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu, longa que estreia em 8 de janeiro de 2026, com distribuição da Imagem Filmes. O novo filme celebra não apenas a energia e o humor que tornaram os personagens mundialmente famosos, mas também marca uma data especial: os 85 anos da criação de Tom e Jerry, assinada por William Hanna e Joseph Barbera.

Uma trama que mistura fantasia e comédia clássica

No longa, Jerry, movido pela curiosidade que sempre o caracterizou, se envolve em uma missão para desvendar os segredos de uma misteriosa Bússola Mágica escondida no museu. Ao mesmo tempo, Tom assume o papel de segurança do local, determinado a impedir que seu eterno rival cause mais confusões. Mas, como já era de se esperar, a situação rapidamente foge do controle. Ambos são transportados para um mundo mágico, desconhecido e fascinante, onde Tom é confundido com um mensageiro divino e passa a ser venerado pelos habitantes locais. Paralelamente, Jerry encontra um rato carismático, mas cheio de segredos, que coloca sua astúcia à prova.

Essa premissa permite que o longa misture aventura, comédia e ternura, proporcionando momentos de ação que arrancam risadas e cenas de tirar o fôlego. Diferente de algumas produções recentes que apenas utilizam os personagens em histórias modernas sem grandes desafios, Tom & Jerry: Uma Aventura no Museu aposta na colaboração improvável da dupla: pela primeira vez em muito tempo, Tom e Jerry precisam trabalhar juntos para superar obstáculos, salvar a cidade e, acima de tudo, preservar a amizade que, apesar das disputas clássicas, sempre existiu entre eles.

Nostalgia e inovação lado a lado

Um dos grandes destaques do filme é a maneira como consegue equilibrar o humor físico que consagrou Tom e Jerry com elementos modernos capazes de dialogar com o público contemporâneo. Crianças de hoje, acostumadas com efeitos visuais impressionantes e narrativas ágeis, encontrarão diversão nas perseguições inesperadas, nas armadilhas mirabolantes e nos cenários coloridos que transformam o museu em um palco de magia e caos. Já os adultos terão a oportunidade de se reconectar com a nostalgia das situações clássicas: os olhares irônicos, os gestos exagerados, as trombadas e os planos mirabolantes que, ao longo de décadas, definiram a identidade da dupla.

Além disso, o longa expande o universo de Tom e Jerry, apresentando novos personagens e ambientes que enriquecem a narrativa. O público é convidado a explorar o museu como nunca antes, descobrindo salas secretas, objetos encantados e criaturas surpreendentes. Cada cenário é cuidadosamente construído para proporcionar uma experiência visual imersiva, capaz de transportar os espectadores para dentro do filme, transformando cada perseguição e confusão em um espetáculo para os olhos.

A magia de uma dupla atemporal

O que torna Tom e Jerry tão especiais é sua capacidade de se reinventar sem perder a essência. Desde sua primeira aparição, eles conquistaram públicos de todas as idades com o humor físico, a criatividade dos roteiros e a química entre o gato e o rato. Uma Aventura no Museu mantém essa tradição, enquanto acrescenta camadas de emoção e narrativa que fortalecem a relação entre os personagens e tornam a história mais rica.

O filme também funciona como uma celebração da própria história da animação. Ao longo de 85 anos, Tom e Jerry passaram por diversas adaptações — de curtas clássicos a séries de televisão e filmes híbridos com atores reais. Cada geração encontrou algo único na dupla: para alguns, era o divertimento puro das perseguições; para outros, a capacidade de rir da absurda rivalidade entre dois personagens tão diferentes e, ainda assim, inseparáveis. Com este novo longa, essa tradição continua, mostrando que, mesmo após quase um século, Tom e Jerry ainda conseguem encantar e divertir.

Dirigido por Gang Zhang, conhecido por seu trabalho em animações que combinam ação, comédia e efeitos visuais inovadores, o filme aposta em um estilo que agrada tanto o público infantil quanto o adulto. A combinação de animação tradicional com recursos digitais de última geração cria sequências dinâmicas e visualmente impressionantes. Cada detalhe — desde a textura das obras de arte no museu até a expressividade de Tom e Jerry — foi cuidadosamente pensado para enriquecer a experiência cinematográfica.

The Mastermind de Kelly Reichardt chega com exclusividade à MUBI em dezembro

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Foto: Reprodução/ Internet

A cineasta norte-americana Kelly Reichardt, aclamada por trabalhos como First Cow e Showing Up, retorna com um novo projeto disponível com exclusividade na MUBI a partir de 12 de dezembro de 2025. Intitulado The Mastermind, o filme transporta o público para um subúrbio pacato de Massachusetts nos anos 1970, onde acompanha o audacioso plano de um ladrão de arte amador, explorando de forma delicada o desejo, a ambição e as falhas humanas por trás de uma fachada de perfeição.

A trama gira em torno de J.B. Mooney, um pai de família desempregado que decide realizar seu primeiro grande assalto. Com o museu meticulosamente estudado e uma equipe de cúmplices recrutada, Mooney acredita controlar todos os detalhes. No entanto, Reichardt constrói a narrativa com sutileza, revelando como pequenos imprevistos e decisões equivocadas podem transformar um plano aparentemente perfeito em uma complexa teia de erros e desilusões. O filme, assim, se torna mais do que um suspense sobre crime: é um retrato sensível do desencanto e das ilusões de uma época marcada por mudanças sociais e culturais.

O elenco reúne talentos consagrados do cinema internacional, incluindo Josh O’Connor (Rivais, La Chimera), Alana Haim (Licorice Pizza), John Magaro (Vidas Passadas, First Cow), Gaby Hoffmann (Transparent, Girls), Bill Camp (12 Anos de Escravidão, Coringa) e Hope Davis (Anti-herói Americano, Synecdoche, New York). A produção estreou na competição oficial do Festival de Cannes 2025, rendendo a Reichardt uma indicação ao Melhor Direção, enquanto O’Connor foi indicado ao prêmio de Melhor Atuação Protagonista no Gotham Awards.

Paralelamente ao lançamento do filme, a MUBI anunciou a publicação do livro The Mastermind – MUBI Editions, previsto para 17 de fevereiro de 2026, com pré-venda já disponível em MUBIeditions.com. O lançamento chega em formato de box set exclusivo, composto por quatro livretos que documentam o processo criativo de Reichardt. Entre fotografias inéditas, reflexões pessoais e fragmentos de bastidores, o livro oferece um olhar privilegiado sobre a atenção aos detalhes e o cuidado artesanal que marcaram a produção do longa.

Dentre os destaques do livro estão um ensaio crítico de Lucy Sante, uma análise sobre o artista Arthur Dove, assinada por Alec MacKaye, da Phillips Collection, além de fotografias exclusivas do set e reproduções das obras de Dove, que inspiraram o design de época do filme. O conjunto permite aos leitores mergulhar não apenas na narrativa da obra, mas também na construção estética e na visão artística da diretora.

The Mastermind também inaugura a série Lights! da MUBI Editions, dedicada a celebrar os lançamentos da plataforma e homenagear cineastas de destaque. A iniciativa sucede a série Projections, lançada em 2025 com o livro Read Frame Type Film, reforçando o compromisso da MUBI em aproximar cinema e literatura em projetos de colecionador.

Com este novo lançamento, Kelly reafirma sua capacidade de transformar histórias aparentemente simples em retratos densos e detalhados da experiência humana, combinando narrativa, estética e personagens memoráveis. A chegada de The Mastermind à MUBI não apenas amplia o alcance do cinema autoral, mas também oferece aos espectadores e leitores uma oportunidade única de vivenciar o processo criativo de forma profunda e imersiva, consolidando mais uma vez o legado da diretora como uma das vozes mais sensíveis e precisas do cinema contemporâneo.

Stranger Things | Irmãos Duffer confirmam duração do episódio final e detalhes da última temporada

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A espera está quase no fim. Os criadores de Stranger Things, os irmãos Matt e Ross Duffer, finalmente revelaram detalhes que aumentam ainda mais a expectativa pelo desfecho da série da Netflix. Em entrevista ao Collider, Ross Duffer comentou sobre o episódio final da quinta temporada: “Acho que o único episódio que supera 90 minutos é o episódio final, que tem duas horas e alguma coisa. É como um filme”. Para os fãs, a promessa de um encerramento cinematográfico confirma que a saga de Hawkins terá um desfecho à altura de sua importância cultural.

Uma história que atravessa gerações

Desde sua estreia em 15 de julho de 2016, a série conquistou público e crítica, se tornando um fenômeno global. A série mistura ficção científica, suspense, terror e drama adolescente em uma narrativa ambientada nos anos 1980, na fictícia cidade de Hawkins, Estados Unidos. Tudo começa com o misterioso desaparecimento de Will Byers, um garoto de doze anos, e a chegada de Onze, uma menina com poderes telecinéticos que se une aos amigos de Will — Mike, Dustin e Lucas — em uma jornada que mistura amizade, mistério e perigo.

Os irmãos Duffer, ao desenvolverem a série em 2015, inicialmente chamaram o projeto de Montauk, inspirado em teorias da conspiração sobre experimentos secretos do governo americano. Com o tempo, Hawkins se tornou o coração da narrativa, permitindo que os criadores incluíssem referências culturais da década de 1980, como filmes de Steven Spielberg, John Carpenter e obras de Stephen King, além de videogames, música, animes e outras referências pop da época. Essa combinação de elementos realistas e sobrenaturais ajudou a criar um universo rico e envolvente, que conquistou diversas gerações de espectadores.

A evolução da história

Cada temporada de Stranger Things trouxe novos desafios e amadurecimento para os personagens. A segunda temporada, lançada em 27 de outubro de 2017, abordou as sequelas do desaparecimento de Will e os efeitos do Mundo Invertido sobre a cidade, explorando a dificuldade de voltar à normalidade após eventos traumáticos.

A terceira temporada, estreada em 4 de julho de 2019, se passa no verão americano de 1985 e acompanha os personagens lidando com a transição para a adolescência, enquanto enfrentam novas ameaças sobrenaturais e uma equipe russa tentando abrir novamente o portal para o Mundo Invertido. Já a quarta temporada, dividida em dois volumes lançados em maio e julho de 2022, expandiu o universo da série, mostrando que Hawkins e seus moradores jamais seriam os mesmos após confrontos com forças inimagináveis.

O último capítulo

A quinta temporada, anunciada como a última, será lançada em três volumes no Brasil, com estreias nos dias 26 de novembro, 25 de dezembro e 31 de dezembro de 2025, sempre às 22h, pelo horário de Brasília. O episódio final, com cerca de duas horas de duração, promete um fechamento épico, dando aos fãs a oportunidade de acompanhar o desfecho de suas histórias favoritas de forma cinematográfica.

O elenco retorna praticamente completo, incluindo Winona Ryder, David Harbour, Finn Wolfhard, Millie Bobby Brown, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin, Noah Schnapp, Sadie Sink, Natalia Dyer, Charlie Heaton, Joe Keery, Maya Hawke, Priah Ferguson, Brett Gelman, Cara Buono e Jamie Campbell Bower. Entre as novidades estão a promoção de Amybeth McNulty a personagem regular e a entrada de Linda Hamilton no elenco principal, acrescentando ainda mais força dramática à temporada final.

Produção e legado cultural

Além dos irmãos Duffer, a produção conta com Shawn Levy e Dan Cohen como produtores executivos. Desde seu lançamento, a série foi amplamente reconhecida por sua atmosfera nostálgica, trilha sonora envolvente, roteiro bem construído e direção precisa. Stranger Things não apenas conquistou o público, mas também inspirou uma linha de produtos derivados, incluindo livros, quadrinhos, brinquedos e videogames, tornando-se um verdadeiro ícone da cultura pop contemporânea.

Premiada e indicada em importantes cerimônias, como Emmy Awards, Globo de Ouro e British Academy Television Award, a série consolidou-se como uma das produções mais influentes da última década, provando que histórias sobre amizade, coragem e mistério continuam a ressoar profundamente com o público.

Crítica – O Sobrevivente é uma distopia explosiva e incrivelmente relevante

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Foto: Reprodução/ Internet

Adaptando o romance homônimo de Stephen King, Edgar Wright reconstrói O Sobrevivente com a seriedade que a história pede, sem jamais abandonar seu estilo autoral inconfundível. O humor afiado, o dinamismo narrativo e a pitada de excentricidade continuam presentes, mas agora combinados a uma ambição dramática mais madura. Desde os primeiros minutos, Wright nos conduz com precisão a um futuro distópico em que os Estados Unidos se tornaram um estado autoritário guiado por conglomerados midiáticos, enquanto uma população empobrecida e desassistida é mantida sob controle através de reality shows brutais transformados em espetáculo nacional.

É nesse cenário sufocante que surge Ben Richards, um homem comum obrigado a participar de um desses programas mortais para conseguir dinheiro e tentar salvar a filha gravemente doente. Embora o enredo pudesse facilmente se limitar à jornada de um herói injustiçado, Wright transforma Richards em um reflexo das falhas estruturais daquele mundo — e, inevitavelmente, do nosso.

Mais do que ação: Uma crítica contundente ao entretenimento manipulador

O Sobrevivente não se contenta em ser um filme de ação estiloso. Wright constrói uma obra inquieta e provocativa, que utiliza o espetáculo para falar justamente sobre o próprio espetáculo. A crítica à desigualdade, ao controle político e à espetacularização da violência é ácida e precisa. O show business é apresentado como um mecanismo fraudulento, inteiramente premeditado, feito para distrair, manipular e anestesiar.

O público dentro do filme exige mais sangue e violência sem perceber que nada é espontâneo: cada movimento é roteirizado, cada morte é planejada e cada emoção é cuidadosamente orquestrada pelos produtores. Uma das decisões mais inteligentes da direção é deslocar parte da ação para ambientes abertos, onde qualquer pessoa pode se tornar “caçador” em troca de uma recompensa ilusória. Esse elemento transforma cidadãos comuns em participantes voluntários de um jogo brutal, gerando um clamor coletivo perturbador: “Caçem-no!”.

Edgar Wright em seu auge: ritmo, estilo e substância

É verdade que o longa leva um pouco de tempo para engrenar — característica frequente em filmes do diretor, que prefere construir terreno, aprofundar personagens e preparar emocionalmente o espectador. No entanto, quando a narrativa dispara, ela simplesmente não desacelera. O ritmo se torna eletrizante, com cenas de ação coreografadas com precisão, humor pontual e momentos de quietude reflexiva que enriquecem a trajetória do protagonista.

A direção é um espetáculo à parte. Wright imprime energia, inventividade e fluidez a cada sequência. A fotografia explora com intensidade o contraste entre o brilho artificial da TV e a decadência real das ruas. A montagem, veloz e calculada, dita o pulso emocional da narrativa. E a trilha sonora — sempre um ponto alto na filmografia do diretor — surge novamente como elemento essencial, com canções escolhidas a dedo que ampliam tensões, ironias e significados.

Um elenco em perfeita sintonia

Glenn Powell entrega uma das melhores atuações de sua carreira, equilibrando força física e vulnerabilidade emocional para construir um Ben Richards sólido, carismático e profundamente humano. Ele se transforma em um herói improvável que conquista o público pela sinceridade e pela resistência moral.

Josh Brolin se destaca como o produtor cruel e estrategista do programa, exibindo uma combinação assustadora de charme e frieza corporativa. Colman Domingo, sempre magnético, brilha como o apresentador manipulador, elevando ainda mais o impacto das cenas televisivas. Já Michael Cera e Emilia Jones formam uma dupla improvável, sensível e carismática, trazendo humanidade para dentro de um mundo dominado pelo absurdo.

Uma reinvenção audaciosa e necessária

Ao final, o longa-metragem se revela mais do que uma simples reinterpretação do romance de Stephen King. É uma atualização ousada, inteligente e profundamente conectada ao nosso tempo. Wright entrega um filme que satiriza o consumo de violência como entretenimento, denuncia a manipulação midiática e expõe o vazio moral de uma sociedade condicionada a transformar sofrimento em espetáculo.

Ao mesmo tempo, oferece uma aventura vibrante, tecnicamente impecável e conduzida por personagens que lutam contra um sistema esmagador. O Sobrevivente é um filme que reafirma Edgar Wright como um dos cineastas mais inventivos da atualidade — e confirma que, quando distopia, crítica social e estética autoral se encontram, o resultado pode ser explosivo, envolvente e surpreendentemente revelador.

Wicked: Parte 2 deve dominar bilheterias globais com previsão de estreia acima de US$ 200 milhões

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A contagem regressiva chegou ao fim. Estamos em 18 de novembro e faltam apenas dois dias para que Wicked: Parte 2 aterrisse oficialmente nos cinemas brasileiros, em 20 de novembro, enquanto as sessões de pré-estreia acontecem já nesta quarta-feira, 19. E, como se não bastasse o clima de euforia dos fãs, as previsões de bilheteria indicam que a nova produção da Universal deve quebrar recordes logo no primeiro fim de semana.

Segundo dados divulgados pelo Deadline, as estimativas globais apontam para uma arrecadação inicial superior a US$ 200 milhões. O número, que por si só já impressiona, coloca o filme entre os maiores lançamentos do ano e reforça o fenômeno em que a franquia Wicked se transformou após a bem-sucedida primeira parte lançada em 2024.

Um fenômeno global em ascensão

Das projeções totais, cerca de US$ 70 milhões devem vir do mercado internacional, onde o filme estreia simultaneamente em 78 territórios. Essa distribuição robusta amplia o alcance e mantém o interesse aquecido, especialmente após as reações extremamente positivas registradas nas últimas semanas em exibições especiais.

Nos Estados Unidos e no Canadá, as projeções estão ainda mais elevadas. A expectativa é que o filme atinja entre US$ 125 milhões e US$ 150 milhões apenas no mercado norte-americano, exibido em aproximadamente 4.000 salas. Esse número supera de maneira confortável a abertura da Parte 1, que arrecadou US$ 112,5 milhões na América do Norte.

Com tanta atenção internacional e uma base de fãs mais engajada do que nunca, o cenário está preparado para uma estreia histórica.

As primeiras reações empolgaram — e muito

As primeiras impressões que circularam nas redes e na imprensa especializada mostram um consenso incomum: Wicked: Parte 2 é maior, mais emotivo e mais ousado do que sua antecessora. Os críticos destacam que o filme aprofunda os conflitos de poder em Oz, amplia a relação entre as protagonistas e entrega números musicais ainda mais elaborados.

Enquanto a Parte 1 apresentou o universo, a Parte 2 promete expandi-lo com novas nuances políticas, dramáticas e emocionais. Essa combinação de espetáculo e densidade narrativa é um dos grandes impulsionadores da atenção global — e, consequentemente, da bilheteria.

Quem são as estrelas do filme?

Cynthia Erivo (Harriet, Bad Times at the El Royale, Widows) indicada ao Oscar e amplamente reconhecida por seu talento vocal e dramático, lidera a narrativa como Elphaba, em uma performance frequentemente descrita como poderosa e visceral. Sua interpretação explora o lado mais vulnerável e combativo da personagem, o que já está emocionando quem teve acesso antecipado ao filme.

Ao lado dela está Ariana Grande (Victorious, Sam & Cat, Não Olhe Para Cima), que retorna como Glinda. Se na primeira parte o público se surpreendeu com sua entrega dramática, na continuação a atriz e cantora demonstra ainda mais maturidade, transitando entre momentos de leveza, conflito e autodescoberta. A química entre as duas protagonistas é apontada como um dos pilares narrativos do filme.

Entre os demais destaques estão Jonathan Bailey (Bridgerton, Broadchurch) como Fiyero, ganhando um papel mais decisivo no desfecho da história; Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, A Lenda do Anel dos Dragões, 007 – O Amanhã Nunca Morre) como a imponente Madame Morrible; e Jeff Goldblum (Jurassic Park, Independence Day, A Mosca) como o carismático e manipulador Mágico de Oz. O elenco é complementado por Marissa Bode, Ethan Slater (SpongeBob SquarePants: The Musical), Bowen Yang (Saturday Night Live, Fire Island), Bronwyn James (Harlots) e Keala Settle (O Rei do Show), todos responsáveis por dar vida ao lado mais humano — e às vezes caótico — de Oz.

A Parte 2 também introduz novos personagens, incluindo Aaron Teoh como Averic, Grecia de la Paz como Gilligan, Colin Michael Carmichael (Good Omens, Belfast) como o Professor Nikidik e Adam James (Vigil, Peep Show) como o pai de Galinda. Além disso, a chegada de Dorothy Gale conecta a trama diretamente ao clássico O Mágico de Oz, ampliando ainda mais o alcance da história.

Um mundo mais sombrio — e ainda mais mágico

Sob direção de Jon M. Chu e roteiro de Winnie Holzman, a segunda parte explora camadas mais profundas da política e da moralidade em Oz. Agora reconhecida como a “Bruxa Má do Oeste”, Elphaba se vê no centro de uma disputa que coloca em xeque sua integridade e sua relação com Glinda. É uma história sobre injustiça, poder, amizade e a eterna questão: quem decide quem é o vilão?

O filme também expande visualmente o universo, trazendo cenários inéditos e sequências musicais que prometem ficar marcadas na cultura pop. A expectativa é que algumas canções da primeira parte, que viralizaram no TikTok, encontrem agora sua resposta temática e emocional na nova leva de números musicais.

Pré-estreia no Brasil: expectativa de salas lotadas

Com as sessões de pré-estreia marcadas para 19 de novembro, redes de cinema em todo o país registram alta procura, especialmente em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em muitos locais, horários nobres já apresentam sessões esgotadas — um indicativo claro de que o público brasileiro está tão ansioso quanto o internacional.

Twisted Metal é renovada para a terceira temporada pelo Peacock: A série pós-apocalíptica prova seu poder e consolida novo showrunner

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Foto: Reprodução/ Internet

A indústria do entretenimento sempre se reinventa, mas vez ou outra uma produção aparentemente improvável consegue romper barreiras, atrair um público fiel e se tornar um ativo valioso para qualquer plataforma. É exatamente o caso de Twisted Metal, adaptação televisiva da clássica franquia de jogos da Sony, que se solidificou como uma das surpresas mais consistentes do catálogo do Peacock. Nesta terça-feira (18), o serviço anunciou oficialmente a renovação da série para sua terceira temporada, acompanhada de uma mudança importante nos bastidores: a entrada de David Reed, conhecido por seu trabalho em Supernatural e The Boys, como novo showrunner.

A saída de Michael Jonathan Smith, responsável pela visão inicial das duas primeiras temporadas, marca uma transição significativa, mas não um sinal de instabilidade. Ao contrário: a troca é apresentada como parte natural do amadurecimento de uma série que já provou seu valor comercial e narrativo. Reed assume a condução de uma franquia consolidada, com números expressivos e um universo criativo em plena expansão.

E os números falam por si. De acordo com informações divulgadas pela Deadline, a segunda temporada registrou 993 milhões de minutos assistidos, tornando-se a segunda temporada original roteirizada mais assistida do Peacock. Para uma plataforma que ainda disputa espaço entre gigantes como Netflix, Prime Video e Max, trata-se de um marco relevante — e de um forte indicativo de que Twisted Metal não é apenas mais uma adaptação gamer, mas uma peça estratégica no catálogo.

A série é estrelada por Anthony Mackie (Capitão América 4: Nova Ordem Mundial, Altered Carbon), que lidera o elenco com uma interpretação carismática e marcada por um humor ágil, dando profundidade inesperada a John Doe. Ao seu lado, Stephanie Beatriz (Brooklyn Nine-Nine, Encanto) entrega uma atuação intensa como Quiet, distanciando-se do tom cômico que a consagrou para explorar camadas mais sombrias e emocionais.

O icônico Sweet Tooth ganha vida através da presença física de Joe Seanoa (WWE Raw, AEW Dynamite) e da voz de Will Arnett (Arrested Development, BoJack Horseman), que acrescenta personalidade e ironia ao palhaço assassino. O elenco ainda conta com Thomas Haden Church (Sideways, Homem-Aranha 3), que interpreta o rígido e implacável Agente Stone, e Anthony Carrigan (Barry, Gotham), que adiciona ao universo da série seu carisma peculiar e humor sombrio característico.

Uma adaptação que parecia improvável — e justamente por isso deu certo

Quando a proução foi anunciada, ainda em 2019, a reação foi carregada de curiosidade e desconfiança. Afinal, transformar um jogo centrado em batalhas automobilísticas, personagens extravagantes e caos absoluto em uma narrativa televisiva parecia arriscado. O desafio era enorme: expandir um universo originalmente pouco linear e criar uma história capaz de sustentar um elenco fixo, arcos emocionais e episódios semanais.

O trio responsável pela adaptação — Rhett Reese, Paul Wernick e Michael Jonathan Smith — enxergou uma oportunidade criativa onde outros viam apenas dificuldade. Com histórico em produções que misturam humor, violência e excentricidade, como Deadpool e Zumbilândia, Reese e Wernick ajudaram a estabelecer o tom. Smith, por sua vez, trouxe experiência em equilibrar drama e irreverência em Cobra Kai, algo essencial para que a série encontrasse personalidade própria.

A Peacock confiou no projeto e encomendou uma temporada completa em 2022. O resultado: uma estreia bem recebida, que gerou conversas positivas e chamou a atenção por não tentar copiar a lógica dos games, mas sim reinterpretá-los de forma criativa. O que poderia ser apenas uma adaptação superficial acabou se tornando uma obra com identidade própria.

O mundo devastado e os personagens que seguram o caos

O ponto forte da série está na ambientação e nos personagens. Twisted Metal se passa em uma versão distorcida e fragmentada dos Estados Unidos, agora chamados de Estados Divididos da América, após um evento misterioso conhecido como A Queda. A sociedade se reorganizou de maneira violenta e desordenada, abrindo espaço para facções, saqueadores e governantes improváveis.

É nesse cenário que conhecemos John Doe, interpretado por Anthony Mackie, que aqui se distancia completamente do papel comedido que interpreta no MCU. Doe é um entregador de longa distância — um “milkman” — otimista, sagaz e com um passado que ele não consegue lembrar. Sua missão aparentemente simples, entregar um pacote através de um país devastado, se transforma em um mergulho em territórios hostis, alianças frágeis e encontros com figuras tão excêntricas quanto perigosas.

Por que a série funciona tão bem?

O segredo da série é simples: ela sabe exatamente o que quer ser. Twisted Metal não tenta emular dramas pós-apocalípticos convencionais e não almeja profundidade filosófica exagerada. Ao mesmo tempo, evita o excesso de humor gratuito e paródico. A narrativa encontra um ponto de equilíbrio raro entre insanidade estilizada e emoção genuína.

John Doe funciona como guia — um personagem que reage ao absurdo com naturalidade e, ao mesmo tempo, carrega consigo uma necessidade íntima de descobrir quem realmente é. Isso permite que o espectador navegue pelo caos com empatia e curiosidade.

O mundo também é cuidadosamente construído. Cada região dos Estados Divididos da América carrega sua própria lógica, cultura e ameaça. Há cidades muradas, territórios dominados por milicianos, desertos sem lei e estradas controladas por gangues caricatas, quase como homenagens a clássicos do cinema de ação. Essa diversidade geográfica e estética dá fôlego à série, que consegue alternar entre humor, suspense e drama de forma orgânica.

O humor, um dos pilares da produção, funciona porque é inteligente, mordaz e bem ritmado. Mackie e Beatriz sustentam diálogos afiados, silêncios significativos e momentos de vulnerabilidade que elevam a dinâmica entre John e Quiet para além das expectativas.

Queen Lear conquista três prêmios no NZ WebFest e reforça presença do audiovisual brasileiro no cenário internacional

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A produção brasileira Queen Lear, realizada pelo Canal Demais e inspirada na tragédia “King Lear”, de William Shakespeare, alcançou um novo marco em sua trajetória internacional. A série venceu três categorias no NZ WebFest 2025, um dos mais relevantes festivais dedicados a webséries no mundo. Os prêmios incluem Melhor Edição, Melhor Performance para Claudia Alencar e Melhor Série Narrativa Internacional, reconhecimento que consolida a força do projeto no circuito global.

O desempenho no festival já era esperado entre especialistas do setor, já que a produção havia acumulado sete indicações em categorias-chave, como Melhor Série em língua não inglesa, Direção, Roteiro e Trilha Sonora. A vitória, no entanto, colocou a obra em um novo patamar. No ranking da Copa do Mundo das Webséries, que reúne produções de mais de 50 países, a série ocupa atualmente a segunda colocação, um feito inédito para uma websérie brasileira recente.

Reconhecimento artístico e impacto profissional

Para o criador e diretor Quentin Lewis, os prêmios confirmam o potencial de exportação da produção nacional e reforçam o alcance da narrativa de Queen Lear no exterior.

“Ver ‘Queen Lear’ sendo reconhecida em um festival do porte do NZ WebFest é uma conquista enorme. É a confirmação de que a série dialoga com diferentes públicos e culturas”, afirma o diretor, destacando o esforço da equipe em construir um projeto de apelo universal sem perder a identidade brasileira.

Entre os destaques da noite, o prêmio de Melhor Performance para Claudia Alencar chamou atenção da crítica especializada. A atriz entrega uma interpretação complexa e vigorosa da Rainha Lear, personagem central da trama — uma líder de milícia cuja trajetória é marcada por poder, decadência e conflitos familiares.

“Ganhar o prêmio de melhor atriz no Festival da Nova Zelândia foi uma alegria desmesurada. Atuar sob a direção de Quentin Lewis foi uma das grandes bênçãos da minha carreira”, celebrou Alencar, destacando a importância do reconhecimento internacional.

Uma adaptação que atualiza Shakespeare para o Brasil contemporâneo

Ambientada no Rio de Janeiro, a websérie transforma a peça original de Shakespeare em uma leitura contemporânea ancorada em temas como violência urbana, disputas territoriais e relações de poder. No lugar do reino britânico, a narrativa apresenta uma vasta rede criminosa comandada pela protagonista, cuja decisão de dividir o controle do império entre suas três filhas desencadeia uma série de rupturas, traições e jogos políticos.

A produção se diferencia pela abordagem estética e pelo rigor narrativo, elementos que contribuíram fortemente para sua recepção internacional. O elenco reúne nomes como Mariana Lewis, recentemente confirmada no elenco de The Hunger Games On Stage em Londres, além de Will Crispin, Giul Abreu, Aline Azevedo, Ana Cecília Mamede, Hélio Amaral, Bruno Rafael, Simone Viana, Wagnera, Mano Melo e Ruan Vitor.

Trabalho em expansão e circulação internacional

Queen Lear continua em exibição em festivais ao redor do mundo e integra a programação de mostras especializadas em narrativas digitais. Embora ainda não haja previsão de lançamento aberto ao público, o desempenho no NZ WebFest e em outras competições sugere um caminho ascendente para a websérie, tanto em projeção internacional quanto em interesse de plataformas.

Os três prêmios conquistados na Nova Zelândia representam não apenas um feito para o Canal Demais, mas também um avanço para o audiovisual brasileiro no mercado global de webséries — área em constante expansão e competitividade crescente. Com sua estética refinada, abordagem contemporânea e sólida execução técnica, a série emerge como uma das produções brasileiras mais relevantes do ano no circuito internacional.

Witch Hat Atelier ganha novo trailer e confirma estreia do anime para abril de 2026

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A magia está mais viva do que nunca para os fãs de Witch Hat Atelier. Nesta terça-feira (12), a Crunchyroll revelou o segundo trailer da tão aguardada adaptação do mangá de Kamome Shirahama, reacendendo o entusiasmo de uma comunidade que acompanha a obra desde seus primeiros capítulos em 2016. A prévia chegou acompanhada de outra novidade igualmente importante: o anime estreia oficialmente em abril de 2026, ainda sem uma data exata anunciada — mas já com a expectativa lá no alto.

O novo trailer se concentra no tom da série, misturando delicadeza, fantasia e um senso crescente de mistério que sempre acompanhou o mangá. Além disso, foi revelado quem dará voz aos protagonistas: Rena Motomura (Maebashi Witches) interpretará Coco, enquanto Natsuki Hanae, famoso mundialmente por viver Tanjiro Kamado em Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba, será o responsável pela voz de Qifrey. A escalação reforça o cuidado da produção em trazer atores capazes de captar a sensibilidade e a intensidade emocional que a história exige. Abaixo, confira o vídeo:

Uma adaptação aguardada por fãs do mundo inteiro

Desde que Witch Hat Atelier começou a ser publicado na revista Morning Two, da Kodansha, em 2016, leitores do mundo inteiro pedem uma adaptação que faça jus à riqueza visual e narrativa da obra. Shirahama é conhecida por sua arte elaborada, com traços detalhados e uma estética que mistura fantasia clássica com elegância barroca. A expectativa por um anime sempre veio acompanhada de um questionamento: seria possível traduzir a beleza das páginas para animação sem perder sua essência?

Agora, com a produção assinada pelo estúdio Bug Films, os fãs finalmente recebem sua resposta — e os primeiros trailers mostram que a equipe está comprometida em preservar a atmosfera do mangá. Cenários inspirados, uso cuidadoso de luz natural, paleta de cores suave e uma direção que aposta no encantamento visual parecem sinalizar que a adaptação tem potencial para se tornar uma das mais belas dos últimos anos.

Além disso, a obra vive seu melhor momento em termos de popularidade. Em novembro de 2025, o mangá ultrapassou 7 milhões de cópias em circulação, consolidando-se como uma das séries mais queridas do catálogo adulto da Kodansha. Entre seus reconhecimentos mais importantes estão o Prêmio Harvey (2020 e 2025) e o Prêmio Eisner, que consagrou a edição americana como Melhor Material Internacional – Ásia.

Uma heroína guiada pela curiosidade e pela coragem

No centro da história está Coco, uma menina gentil e criativa, filha de uma costureira. Desde pequena, ela sonha em se tornar uma bruxa — uma possibilidade proibida para alguém sem talento mágico inato. Nesse mundo, a magia é restrita a poucos escolhidos e guardada sob regras rígidas.

Tudo muda quando Coco conhece o bruxo Qifrey. Ao testemunhar um feitiço sendo criado por meio de um desenho mágico, ela descobre que a magia pode não ser tão inacessível quanto imaginava. Fascinada, ela tenta imitar o processo e acaba libertando uma energia que transforma sua mãe em pedra. Sem entender o que fez — e desesperada para desfazer o feitiço — Coco se junta a Qifrey como sua aprendiz.

Esse ponto de partida é o que impulsiona toda a trama. Coco passa a explorar um mundo cheio de encantamentos e criaturas misteriosas, mas também descobre que magia e poder têm um preço alto. O clã dos Chapéus de Aba Larga, um grupo clandestino que busca restaurar o uso livre da magia, demonstra interesse especial pela garota. Eles acreditam que Coco pode ser a chave para quebrar as leis impostas há gerações — leis que existem justamente para evitar o retorno de calamidades provocadas por magos descontrolados no passado.

E é aí que mora a tensão narrativa: enquanto Coco se maravilha com um universo novo, ela também se vê envolvida em uma teia de segredos, perseguições e intenções ocultas.

Magia, responsabilidade e um mundo que guarda mais mistérios do que respostas

A construção do mundo de Witch Hat Atelier sempre foi um dos grandes triunfos de Kamome Shirahama. No mangá, a magia funciona por meio de desenhos rúnicos traçados com precisão. Não é um poder que vem “de dentro”, mas sim um conhecimento técnico — o que a torna potencialmente acessível a qualquer pessoa. Por isso, existe uma Assembleia encarregada de controlar e esconder essas informações, indo ao ponto de apagar a memória de qualquer indivíduo não iniciado que descobre os segredos da magia.

Essa dinâmica cria uma tensão ética constante. Coco, ao mesmo tempo em que aprende feitiços novos e se deslumbra com a beleza do desconhecido, percebe que seu envolvimento com a magia não afetou apenas sua mãe. Ele expôs sua própria vida a poderes que ela não compreende e atraiu a atenção de forças antigas e perigosas.

Qifrey, por sua vez, esconde suas próprias motivações e um passado que parece profundamente entrelaçado com os Chapéus de Aba Larga. No trailer, algumas cenas sugerem que essa camada sombria do personagem será explorada desde os primeiros episódios, ampliando ainda mais o peso dramático da história.

O fenômeno da cozinha mágica

Um detalhe que muitos novos fãs desconhecem é que o universo criado por Shirahama cresceu ao ponto de gerar até um spin-off. A série Witch Hat Atelier Kitchen estreou em 2019 no canal Morning Two e acompanha personagens do mangá em aventuras culinárias repletas de magia.
O especial é leve, divertido e funciona como um complemento acolhedor ao tom mais sério da história principal.

Com o anime de 2026 chegando, muitos fãs esperam que o spin-off também receba algum tipo de adaptação futuramente — especialmente agora que o interesse pelo universo está maior do que nunca.

Angel’s Egg renasce nos cinemas brasileiros em uma restauração deslumbrante em 4K HDR

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Quase quatro décadas após sua estreia silenciosa e enigmática no Japão, o cultuado Angel’s Egg, dirigido por Mamoru Oshii com direção de arte e conceitos visuais de Yoshitaka Amano, finalmente chega aos cinemas brasileiros como sempre deveria ter sido visto: em uma restauração impecável em 4K HDR, realizada a partir dos negativos originais em 35mm. O lançamento nacional acontece nesta quinta-feira, 20 de novembro, sob distribuição da Sato Company, marcando um momento significativo para fãs de animação, colecionadores e amantes do cinema autoral.

A nova versão do longa foi exibida neste ano no Festival de Cannes, dentro da seção Cinéma de la Plage, como parte da seleção oficial de clássicos — um reconhecimento que reafirma a importância estética e histórica de uma obra que, durante muito tempo, permaneceu restrita a círculos específicos de cinéfilos.

Em São Paulo, a chegada do filme será celebrada com uma pré-estreia especial no dia 19 de novembro, às 19h30, no Cinesystem Belas Artes Frei Caneca, com mediação da jornalista e influenciadora de cultura pop asiática Miriam Castro (Mikannn).

Um filme que desafiou seu próprio tempo

Quando Angel’s Egg foi lançado, em 1985, a recepção não poderia ter sido mais ambígua. O público acostumado à explosão criativa do anime comercial — repleto de ação, diálogos rápidos e narrativas acessíveis — encontrou em Oshii algo muito diferente.
Era um filme contemplativo, quase silencioso, movido por símbolos religiosos, imagens de ruínas e criaturas fantasmagóricas que pareciam existir apenas na fronteira entre sonho, fé e esquecimento.

O resultado, na época, foi um estranhamento profundo. A bilheteria foi tímida, a crítica não sabia como definir o longa e muitos espectadores deixaram a sessão com mais perguntas do que respostas. Mas foi justamente essa estranheza que transformou Angel’s Egg na obra que ele é hoje: um marco cult inclassificável, estudado por acadêmicos, adorado por artistas visuais e reverenciado como uma das animações mais ousadas já produzidas. O tempo — sempre ele — tratou de colocar o filme no lugar certo. De obscuro, Angel’s Egg tornou-se essencial.

A poética do silêncio

O enredo do filme é simples apenas na superfície. A trama acompanha uma menina solitária que protege um misterioso ovo enquanto vaga por um mundo em ruínas. Ela é observada por um viajante, cuja presença desperta dúvidas, conflitos e um sentimento constante de incerteza.

Não há pressa. Não há explicação.
O filme se constrói na pausa, no gesto, na textura da luz, na sombra que recorta os cenários decadentes. Cada quadro parece uma pintura animada por algo mais profundo do que técnica — talvez fé, talvez melancolia, talvez o desejo de compreender o que resta quando tudo já se perdeu.

É justamente essa densidade que transformou o longa em objeto de culto. Angel’s Egg não se limita a ser visto: ele precisa ser sentido.

Um marco para a animação no Brasil

O lançamento nacional da animação é, em muitos sentidos, uma reparação histórica. Durante décadas, o longa permaneceu inacessível ao grande público, circulando apenas entre colecionadores, críticos especializados e fãs obstinados.

A exibição nos cinemas brasileiros não é apenas um evento de nostalgia: é a chance de apresentar o filme para uma nova geração, em sua forma definitiva.
E fazê-lo no momento em que o interesse por animação japonesa está em seu auge torna esta estreia ainda mais simbólica.

A Sato Company, responsável pelo lançamento, reforça a importância de trazer ao País obras que marcaram o imaginário de criadores do mundo inteiro. Angel’s Egg não é apenas um filme — é um capítulo fundamental da história da animação autoral.

It: Bem-Vindos a Derry | O palhaço retorna para assombrar uma nova geração em trailer tenso dos episódios finais

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Existem histórias que nunca nos abandonam. Algumas continuam ecoando anos depois, como se esperassem apenas o momento certo para ressurgir das sombras. Quando a HBO divulgou o novo trailer dos episódios finais de It: Bem-Vindos a Derry, essa sensação voltou com força total. De repente, parecia que todos estávamos novamente diante daquele frio na espinha que só Pennywise é capaz de provocar.

O vídeo traz o retorno triunfal — e perturbador — de Bill Skarsgård (Barbarian, Hemlock Grove) como o palhaço mais sinistro da cultura pop moderna. Em poucos segundos, fica claro que o ator retomou não apenas o personagem, mas a energia cruel e imprevisível que marcou seus filmes anteriores. O trailer não apenas atiça a nostalgia dos fãs de Stephen King; ele confirma que a série quer ir ainda mais fundo na mitologia que liga Derry ao mal absoluto. Abaixo, confira o vídeo:

Quando o projeto da série foi anunciado, as dúvidas sobre o retorno de Skarsgård dominaram as redes. O ator havia dito em entrevistas que apoiaria outro intérprete assumir o papel, mas o convite dos produtores Andy Muschietti (A Coisa, The Flash), Barbara Muschietti (Mama) e Jason Fuchs (Mulher-Maravilha) falou mais alto.

E que sorte para o público.

Ter Skarsgård novamente dá ao projeto uma consistência rara. Ele não interpreta Pennywise — ele encarna o mal em sua forma mais teatral, desconfortável e atraente. No trailer final, seu olhar deslocado, o sorriso que nunca chega aos olhos e a fisicalidade quase animal voltam com ainda mais intensidade, como se Pennywise estivesse em seu auge de poder nos anos 1960.

A série ganha outra dimensão com sua presença. A ponte entre os filmes e a narrativa seriada deixa de ser apenas estética e se torna emocional.

Welcome to Derry se passa em 1962 e acompanha um casal afro-americano que chega à cidade em busca de um recomeço. O marido, Jovan Adepo (Watchmen, Babylon), entrega uma atuação sólida e dolorosa como Leroy Hanlon, um homem que tenta proteger a família enquanto percebe que a cidade guarda algo profundamente errado. Ao seu lado, Taylour Paige (Zola, Ma Rainey’s Black Bottom) interpreta Charlotte Hanlon com uma mistura poderosa de fragilidade e força, capturando o impacto emocional de viver num ambiente hostil — e não apenas por causa de Pennywise.

A trama ganha camadas ao combinar o sobrenatural com o terror social da época. 1962 foi um ano marcado por tensões raciais, e a série retrata isso de maneira sensível e contundente. O preconceito, o medo do outro, o silêncio desconfortável dos vizinhos — tudo contribui para uma atmosfera sufocante.

O desaparecimento de uma menina logo após a chegada da família funciona como gatilho para que os horrores de Derry comecem a emergir. E à medida que a cidade se fecha, o público percebe que essa hostilidade humana é tão perigosa quanto o palhaço que espreita nos cantos escuros.

Além dos protagonistas, Welcome to Derry conta com um elenco que amplia o mistério e a densidade dramática. Chris Chalk (Perry Mason, Narcos) interpreta Dick Hallorann em sua juventude — um aceno delicioso para os fãs de O Iluminado. Sua presença sugere que o universo de Stephen King pode estar mais interligado do que imaginávamos.

James Remar (Dexter, Gotham) surge como uma figura sombria da cidade, alguém que sabe mais do que diz. Stephen Rider (Daredevil, Instinto Selvagem) adiciona tensão com seu personagem moralmente ambíguo, enquanto Madeleine Stowe (Revenge, O Último dos Moicanos) entrega uma performance carregada de melancolia, típica das mães e viúvas que povoam as histórias de King. Já Rudy Mancuso (Música, The Flash) traz um contraste interessante ao elenco, com uma energia jovem que rapidamente é engolida pela escuridão crescente da cidade.

Cada um deles parece carregar um fragmento de Derry consigo — como se a cidade estivesse moldando seus habitantes há décadas.

A cidade como personagem — e a longa jornada para as telas

Um dos maiores trunfos de Welcome to Derry é transformar o próprio espaço geográfico em personagem. As fachadas antigas, as ruas vazias, a neblina que invade as manhãs — tudo parece estar sempre à beira de revelar algo terrível.

As filmagens começaram em maio de 2023 em Toronto, Hamilton e Port Hope, cidade que já havia servido de “Derry” nos filmes anteriores. Port Hope, com suas lojas antigas e arquitetura pitoresca, retorna aqui mais sombria, mais silenciosa, mais decadente.

Mas a produção enfrentou um obstáculo gigantesco: a greve da SAG-AFTRA de 2023. O trabalho foi interrompido por meses, criando um hiato que deixou fãs e equipe ansiosos. Só em agosto de 2024 surgiram as primeiras confirmações de que a temporada havia sido concluída — e que o título oficial seria It: Bem-Vindos a Derry.

A espera foi longa, mas não em vão. A série chegou à HBO e HBO MAX em 26 de outubro de 2025 com seus nove episódios, e rapidamente se tornou um dos lançamentos mais comentados do ano.

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