Stranger Things ganha teaser da temporada final e prepara fãs para trailer que chega amanhã (30)

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A espera está quase acabando para os fãs de Stranger Things. A série da Netflix acaba de ganhar um teaser da quinta e última temporada, e o trailer completo será lançado amanhã. Em poucos segundos de imagens, a prévia já consegue transmitir tensão, mistério e aquele clima sobrenatural que tornou Hawkins um lugar impossível de esquecer. Abaixo, confira o vídeo:

Criada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, a série mistura ficção científica, terror, suspense e drama adolescente, conquistando uma legião de fãs desde 2016. Além dos Duffer, os produtores executivos Shawn Levy e Dan Cohen também ajudaram a transformar a ideia em um sucesso global, equilibrando mistério, nostalgia dos anos 80 e histórias de amizade e coragem que atravessam gerações.

Um elenco que marcou época

A série se consolidou com um elenco incrível. Winona Ryder (conhecida por Beetlejuice e Garota, Interrompida) e David Harbour (de Hellboy e Black Widow) dão vida aos personagens adultos centrais, enquanto Finn Wolfhard (It: A Coisa), Millie Bobby Brown (Enola Holmes), Gaten Matarazzo (Prêmios Teen Choice), Caleb McLaughlin (Concrete Cowboy) e Noah Schnapp (Bridge of Spies) formam o grupo de jovens que conquistou o público. Com o tempo, outros nomes entraram na história, como Sadie Sink (Os 13 Porquês), Dacre Montgomery (Power Rangers), Maya Hawke (Kill Bill Vol. 3 ainda não lançado) e Sean Astin (O Senhor dos Anéis), adicionando novas camadas à trama e fortalecendo o universo da série.

A primeira temporada começou com o desaparecimento de Will Byers, um garoto de 12 anos, e a chegada de Onze, uma menina com poderes telecinéticos. Juntos, os amigos tentam desvendar o mistério do “Mundo Invertido”, abrindo portas para uma história cheia de suspense, aventuras e desafios sobrenaturais.

Crescimento dos personagens e da história

A segunda temporada, lançada em outubro de 2017, mostra os personagens tentando voltar à normalidade, mas ainda lidando com as consequências do Mundo Invertido. A terceira temporada, em julho de 2019, transporta tudo para o verão de 1985, trazendo conflitos adolescentes, ameaças sobrenaturais e a chegada de uma equipe russa que planeja explorar o portal para o mundo paralelo.

A quarta temporada, lançada em dois volumes em 2022, aprofundou o lado sombrio da história e introduziu vilões complexos, preparando o terreno para a temporada final. Agora, com a quinta e última temporada dividida em três volumes, a expectativa é que os fãs vejam o desfecho de várias histórias abertas desde a primeira temporada.

De Montauk a Hawkins: o nascimento de Stranger Things

A ideia original da série nasceu em 2015, com o projeto chamado Montauk, que seria ambientado em Nova Iorque e exploraria conspirações do governo americano nos anos 80. Os irmãos Duffer decidiram mudar a cidade fictícia para Hawkins e mergulharam de cabeça em referências culturais da época, como filmes de ficção científica, terror, ação, música, videogames e animes.

As influências de Steven Spielberg, John Carpenter e Stephen King estão presentes em cada detalhe, criando aquele clima nostálgico que fez os fãs se apaixonarem pela série. Experimentos secretos, teorias da conspiração e o clima da Guerra Fria também ajudaram a construir o mundo sombrio e cheio de mistérios que conhecemos hoje.

Quando estreia a temporada final?

A última temporada de Stranger Things será lançada em três volumes, cada um com datas estratégicas para manter os fãs na expectativa até o fim do ano. O Volume 1, com quatro episódios, estreia no dia 26 de novembro; o Volume 2, contendo três episódios, chega no dia 25 de dezembro, véspera de Natal; e o Volume 3, com o episódio final que encerra a série, será lançado em 31 de dezembro, véspera de Ano Novo. Todos os episódios estarão disponíveis às 22h, no horário de Brasília, garantindo que os fãs possam maratonar cada capítulo no clima de feriado e encerramento épico da saga.

Após duas temporadas, série Goosebumps é cancelada pelo Disney+; futuro da franquia é repensado

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Foto: Reprodução/ Internet

A série de terror sobrenatural Goosebumps, produzida pela Sony Pictures Television e exibida nas plataformas Disney+ e Hulu, foi oficialmente cancelada após duas temporadas. A decisão, comunicada recentemente e revelada com exclusividade pela revista Variety, marca o fim de uma tentativa contemporânea de renovar uma das franquias mais icônicas da literatura infantojuvenil de horror.

Contudo, a produtora responsável já estuda possibilidades para a continuidade do universo Goosebumps em outras plataformas, além de explorar diferentes direções criativas para o licenciado que R.L. Stine criou na década de 1990 e que se transformou em um fenômeno cultural global.

Uma franquia com história e legado

Lançada originalmente como uma série de livros na década de 1990 pelo autor americano R.L. Stine, Goosebumps rapidamente se tornou um fenômeno mundial. Com mais de 300 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, a obra conquistou gerações por sua combinação única de suspense, terror acessível e personagens com os quais o público jovem se identificava.

Além dos livros, a franquia ganhou diversas adaptações televisivas, com destaque para a série de 1995 que utilizava o formato antológico, apresentando episódios independentes com histórias diferentes e monstrinhos icônicos. Em 2015, os livros voltaram às telas em forma de filme, estrelado por Jack Black, e um segundo longa estreou em 2018.

Essa popularidade e o potencial para alcançar novos públicos motivaram a Sony Pictures Television a apostar numa nova série live-action para o streaming, em um momento de expansão do mercado audiovisual e da popularidade de plataformas digitais.

Desenvolvimento e proposta da nova série

Anunciada em 2020, em meio à pandemia de COVID-19, a nova série Goosebumps representou uma tentativa de modernizar o universo criado por Stine. Diferentemente do formato antológico episódico do passado, a produção optou por uma narrativa serializada, em que cada temporada tem um arco contínuo e um elenco fixo, ainda que elementos clássicos e criaturas do universo Goosebumps fossem inseridos em alguns episódios.

Rob Letterman, diretor do filme original de 2015, voltou para atuar como roteirista, produtor executivo e diretor do episódio piloto, trabalhando ao lado de Nicholas Stoller, colaborador de longa data. Essa parceria visava garantir uma fidelidade ao tom dos livros, mas com uma roupagem mais atual e voltada para um público jovem adulto.

A produção envolveu a Scholastic Entertainment (detentora dos direitos dos livros), a Sony Pictures Television e a Original Film, estúdio responsável pelos filmes anteriores da franquia. Devido às restrições impostas pela pandemia, parte do desenvolvimento e das reuniões ocorreu via videoconferência, uma adaptação necessária para manter o cronograma.

A filmagem principal começou em outubro de 2022, em Vancouver, no Canadá, contando com equipes experientes e forte aposta em efeitos práticos para conferir realismo às cenas assustadoras, além do uso de efeitos visuais digitais quando necessário.

Sinopse das temporadas e elenco principal

Primeira temporada

Estreou em 13 de outubro de 2023 simultaneamente no Disney+ e Hulu, como parte dos blocos temáticos “Hallowstream” e “Huluween”. A narrativa acompanha cinco estudantes do ensino médio que investigam a misteriosa morte, ocorrida 30 anos antes, de um adolescente chamado Harold Biddle. Conforme desvendam pistas, descobrem segredos obscuros ligados ao passado de suas próprias famílias. A temporada misturou suspense, drama familiar e terror, com jovens atores como Justin Long, Ana Yi Puig, Miles McKenna, Will Price e Zack Morris.

Segunda temporada

Lançada em 10 de janeiro de 2025, a segunda temporada mudou o foco para um novo elenco, com gêmeos Cece e Devin explorando um forte abandonado, desencadeando eventos ligados ao desaparecimento de quatro adolescentes há três décadas. O elenco contou com nomes como David Schwimmer, Ana Ortiz e Sam McCarthy, trazendo uma atmosfera ainda mais sombria e misteriosa. O uso de novos personagens e histórias pretendia expandir o universo da série, trazendo diferentes facetas do horror e do suspense.

Recepção crítica e reação do público

Apesar da expectativa gerada pela nova abordagem, a série recebeu críticas mistas. Alguns elogiaram o visual moderno, a produção caprichada e o esforço para adaptar os elementos clássicos de Goosebumps para uma narrativa contínua. Contudo, muitos críticos apontaram que a mudança do formato antológico para um arco de temporada único comprometeu o dinamismo e o frescor característicos da franquia original.

Além disso, a série enfrentou desafios para conquistar um público amplo e consistente. A disputa acirrada pelo tempo de atenção dos espectadores nas plataformas de streaming, aliada a uma enorme oferta de produções similares de terror jovem, dificultou a consolidação da série entre os grandes sucessos do momento. Os índices de audiência, embora razoáveis, não justificaram investimentos maiores para uma terceira temporada, sobretudo considerando o alto custo de produção e a busca por resultados mais expressivos.

Cancelamento e o futuro da franquia

Em 7 de agosto de 2025, a Disney+ anunciou o cancelamento da série após duas temporadas. A decisão, segundo fontes internas, foi influenciada por uma combinação de fatores, incluindo a performance moderada da série, mudanças na estratégia editorial da plataforma e a necessidade de priorizar conteúdos com maior retorno comercial. Porém, a Sony Pictures Television, responsável pela produção, já manifestou interesse em continuar explorando a franquia, buscando novos parceiros e redes para possíveis adaptações. A ideia é não abandonar o universo Goosebumps e reinventar a narrativa, talvez até mesmo retomar o formato antológico que consagrou a série nos anos 90. Produtores como Conor Welch e Pavun Shetty já haviam declarado interesse em adaptar outros livros clássicos da coleção, como Night of the Living Dummy, para futuras temporadas, indicando que há muito conteúdo valioso ainda a ser explorado.

Desafios da adaptação em tempos modernos

Adaptar a trama para o streaming e para uma nova geração de espectadores não foi tarefa simples. A série precisou equilibrar o legado da obra original com as expectativas contemporâneas, que exigem narrativas mais complexas, personagens tridimensionais e temas atuais. Além disso, o mercado audiovisual atual é altamente competitivo, com grandes investimentos em produções originais para atrair e manter assinantes. Séries de terror para jovens adultos são muitas, e se destacar requer algo que vá além do nome conhecido. Outro desafio foi a produção em meio à pandemia, que exigiu adaptações no formato de trabalho, uso intensivo de tecnologia para reuniões e coordenação à distância, impactando cronogramas e custos.

Participações especiais e curiosidades da produção

A série trouxe momentos especiais para os fãs de Goosebumps. O próprio autor R.L. Stine participou como dublador de um personagem em forma de apresentador de podcast na segunda temporada, um toque divertido planejado para aproximar o criador do público. Os efeitos práticos usados na série foram um destaque, pois a equipe buscou criar monstros e situações que parecessem o mais real possível, visando aumentar a imersão do espectador, uma escolha aplaudida por fãs do terror clássico. O elenco variado, que trouxe desde jovens atores promissores até veteranos como Morgan Freeman (em participações especiais), também adicionou peso à produção, mesmo que a recepção não tenha sido unânime.

O legado e a esperança para novos projetos

Apesar do cancelamento, a série permanece uma marca valiosa e querida no universo do entretenimento jovem e infantojuvenil. A Sony Pictures Television, juntamente com a Scholastic Entertainment, continuará a explorar novas formas de revitalizar a franquia. Seja por meio de séries, filmes ou até projetos interativos, o mundo criado por R.L. Stine ainda possui enorme potencial para encantar e assustar as próximas gerações.

“Uma Batalha Após a Outra” | Novo épico de Paul Thomas Anderson com Leonardo DiCaprio ganha trailer intenso e revelador

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Foto: Reprodução/ Internet

Paul Thomas Anderson está de volta — e não de forma discreta. Com estreia marcada para 25 de setembro nos cinemas brasileiros, Uma Batalha Após a Outra é o novo e ambicioso projeto do cineasta indicado ao Oscar, conhecido por títulos como Sangue Negro e Vício Inerente. Estrelado por Leonardo DiCaprio e com orçamento estimado em até US$ 150 milhões, o longa representa um dos maiores investimentos da Warner Bros. Pictures em 2025 e já desponta como forte concorrente à próxima temporada de premiações.

Inspirado de forma livre no romance Vineland (1990), de Thomas Pynchon, o longa é descrito por seus realizadores como um drama político-existencial ambientado em um futuro próximo, onde memórias de movimentos revolucionários do passado colidem com dilemas contemporâneos. Com narrativa dividida entre ação e introspecção, o filme propõe uma análise de legado, culpa e redenção, utilizando o formato de um road movie para explorar conflitos íntimos e históricos.

Leonardo DiCaprio interpreta um ex-revolucionário em crise

No centro da trama está Bob Ferguson, vivido por Leonardo DiCaprio, em uma das performances mais elogiadas de sua carreira recente nas primeiras exibições-teste. Ferguson é um ex-militante de esquerda que abandonou os ideais do passado após uma série de derrotas pessoais e políticas. Anos após se afastar da militância, ele é forçado a voltar à ativa quando sua filha, Willa, é sequestrada por um antigo adversário, o Coronel Lockjaw, interpretado por Sean Penn.

A partir desse ponto, o filme se estrutura em dois planos: o físico, com a jornada de resgate percorrendo diferentes cidades e paisagens dos Estados Unidos; e o psicológico, com Ferguson enfrentando os fantasmas de suas decisões passadas, relações rompidas e alianças falidas. Segundo fontes ligadas à produção, a abordagem de DiCaprio é marcada por economia de gestos e intensidade emocional, com destaque para os momentos de silêncio e introspecção.

Elenco reúne veteranos e revelações

O longa também conta com nomes consagrados como Benicio Del Toro, que interpreta Sensei Sergio, um antigo estrategista do grupo revolucionário, agora alcoólatra e recluso. Regina Hall vive Deandra, responsável por coordenar ações do passado e hoje dividida entre lealdade e desencanto. Teyana Taylor assume o papel de Perfídia Beverly Hills, ex-companheira de Bob e mãe de Willa, que agora se alia ao inimigo em uma reviravolta dramática.

A atriz e cantora novata Chase Infiniti, de 17 anos, faz sua estreia no cinema como Willa. Sua atuação tem sido destacada como “sensível e surpreendente” por críticos que assistiram à exibição-teste. O elenco ainda inclui Alana Haim, Wood Harris, Shayna McHayle e D.W. Moffett, compondo um mosaico de personagens que representam diferentes perspectivas sobre ideologia, fracasso e sobrevivência.

Direção aposta em estética analógica e narrativa densa

Com fotografia assinada por Michael Bauman, o filme foi rodado inteiramente em película 35mm e câmeras VistaVision, o que confere à produção uma textura analógica pouco comum no cinema atual. O diretor optou por evitar efeitos digitais sempre que possível, preferindo cenários reais e efeitos práticos — uma escolha que encareceu o projeto, mas que também contribuiu para a estética particular do longa.

As filmagens ocorreram em diversas localidades da Califórnia, incluindo Sacramento, Arcata e Eureka, além de regiões desérticas do Texas. Em uma das etapas, a produção foi alvo de críticas por desocupar temporariamente um acampamento de pessoas em situação de rua para filmar. Em nota, a Warner Bros. reconheceu o episódio e declarou que Anderson lamentou publicamente o incidente, comprometendo-se a apoiar iniciativas locais após o término das gravações.

Trailer revela contraste entre ação e contemplação

O trailer oficial de Uma Batalha Após a Outra, divulgado na última semana, reforça a dualidade do filme. Há cenas de combate físico e perseguições intercaladas com momentos contemplativos em espaços vazios e ruínas. A montagem evidencia uma narrativa menos linear e mais sensorial, em linha com o estilo que consagrou Anderson em obras anteriores.

Os pôsteres individuais revelados também sugerem um mundo em declínio. Tons terrosos, texturas envelhecidas e olhares cansados indicam que a luta dos personagens vai além da violência física. “Este é um filme sobre feridas que o tempo não cura”, declarou Anderson em coletiva recente realizada em Los Angeles

Trilha sonora e legado profissional

A trilha sonora do filme foi composta por Jonny Greenwood, da banda Radiohead, colaborador recorrente do diretor. Greenwood mistura arranjos dissonantes com composições atmosféricas que reforçam a tensão psicológica dos personagens. O trabalho tem sido elogiado por críticos que o comparam à trilha de O Mestre (2012), considerada uma das mais marcantes da parceria entre o compositor e o cineasta.

O filme também é marcado por uma homenagem póstuma ao assistente de direção Adam Somner, falecido em novembro de 2024. Somner trabalhou em todos os filmes de Anderson desde Sangue Negro (2007) e teve participação ativa na organização da produção de Uma Batalha Após a Outra. Seu nome aparece nos créditos finais acompanhado por uma dedicatória silenciosa.

Expectativas para a temporada de prêmios

Originalmente programado para estrear em agosto, o filme teve seu lançamento adiado para setembro, com o objetivo de ganhar fôlego na corrida ao Oscar. Segundo a Variety, a Warner Bros. considera o longa um dos principais candidatos ao prêmio de Melhor Filme, além de possíveis indicações para Direção, Ator, Roteiro Original, Trilha Sonora e Fotografia.

A projeção de bilheteria, no entanto, é cautelosa. Estima-se que, para ser lucrativo, o longa precisará arrecadar pelo menos entre US$ 260 e 300 milhões mundialmente — uma meta desafiadora para um drama de natureza reflexiva. Ainda assim, o estúdio aposta no prestígio do diretor, no alcance global de DiCaprio e no apelo das discussões políticas e sociais suscitadas pelo enredo.

Um filme de grandes ambições e riscos calculados

Uma Batalha Após a Outra marca um ponto de inflexão na carreira de Paul Thomas Anderson. Trata-se de seu filme mais caro, mais político e possivelmente o mais pessoal. O diretor aposta em um cinema autoral e contemplativo em um momento de saturação de blockbusters e narrativas repetitivas. A proposta exige atenção e empatia do espectador, ao mesmo tempo em que oferece uma análise crítica sobre os caminhos percorridos — e abandonados — por movimentos sociais ao longo das últimas décadas.

A Warner Bros., por sua vez, sinaliza que está disposta a investir em obras que transcendem a fórmula e desafiam o espectador. Resta saber se o público está pronto para esse tipo de experiência em um mercado cada vez mais voltado ao consumo rápido e ao entretenimento imediato.

Influenciadora literária Vitória Souza lança o livro “Círculos Não São Infinitos”

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O fim do amor. A pausa forçada. O silêncio criativo. Trinta dias afastada do trabalho e tudo o que Maeve Lee tem é um vazio — no papel, no peito, no casamento. Mas é justamente desse espaço de dor que nasce a trama de Círculos não são infinitos, novo romance da paraense Vitória Souza, que chega às livrarias em agosto e promete conversar diretamente com os leitores que já se perguntaram como (re)começar.

Com uma carreira consolidada como influenciadora literária e uma escrita marcada pela sensibilidade emocional, Vitória entrega aqui sua obra mais íntima. Um livro que, embora não seja autobiográfico, carrega a vivência de quem já passou pela sensação de estar longe de si mesma — e precisou voltar.

Uma protagonista quebrada (e profundamente real)

Maeve, a protagonista, é uma jovem escritora no auge do sucesso editorial e no limite do colapso emocional. Casada, premiada e aparentemente no controle, ela se vê desmoronando por dentro. Tudo o que ela tenta esconder — as dúvidas, o cansaço, a desconexão espiritual — transborda de repente. E é nesse vórtice que um pequeno objeto muda tudo: um caderno antigo encontrado ao acaso em um sebo silencioso de bairro.

O caderno, com páginas rabiscadas e capa azul desbotada, não carrega fórmulas nem profecias, mas provoca nela algo ainda mais incômodo: memórias. Fragmentos do passado. Instantes que ela tentou esquecer ou romantizar. Reencontros com versões suas que ficaram para trás. Aos poucos, ela entende que talvez não esteja sendo “levada de volta no tempo”, mas sim convocada a olhar para sua história com outros olhos — com verdade.

Fé como reencontro, não como pregação

Ao contrário de muitas narrativas que abordam espiritualidade com rigidez, Vitória opta por um caminho mais sutil e sensível. Aqui, a fé cristã não é uma bandeira ou um discurso pronto — é um lugar de retorno. Um espaço de silêncio, de escuta, de rendição.

“Eu não quis escrever sobre religião, mas sobre o que acontece dentro da gente quando a fé parece ter sumido. O livro é sobre o momento em que a gente para de fingir que está bem e começa, finalmente, a procurar a cura”, diz a autora, em entrevista.

Ao invés de oferecer respostas, Círculos não são infinitos oferece espaço: para dúvidas, para orações tímidas, para tentativas imperfeitas de perdão — inclusive do perdão a si mesma. A escrita de Vitória caminha nesse fio delicado entre o drama e a esperança, sem nunca soar artificial.

Quando o passado não é um lugar, mas uma chave

Entre as memórias que Maeve revê estão o início da faculdade, a paixão por Liam (o marido de quem ela se afasta), o sucesso precoce que a isolou, e o afastamento doloroso dos pais. Cada episódio surge como uma chance de fazer as pazes com alguma versão esquecida de si — não para consertar o que foi, mas para entender onde ela deixou de se ouvir.

E é aí que mora a potência do livro: não há viagem no tempo literal, mas há deslocamento emocional real. Um mergulho que confronta, sim, mas também limpa. Cicatriza. E aponta caminhos.

Círculos não são infinitos chega ao mercado como uma das apostas mais sensíveis do ano no gênero healing fiction, trazendo representatividade emocional para jovens e adultos que convivem com a sensação de falhar consigo mesmos. A estética minimalista da narrativa, os capítulos breves e a linguagem afetiva criam uma experiência quase confessional.

Com influências que vão de Taylor Jenkins Reid a Henri Nouwen, Vitória constrói uma protagonista vulnerável sem torná-la frágil, religiosa sem ser doutrinária, e corajosa sem ser heroína. Maeve apenas tenta. Cai. Levanta. Ora. Silencia. E volta.

Mesmo antes do lançamento oficial, leitores vêm se mobilizando online para discutir os temas do livro — como culpa, reconciliação, reconexão familiar e espiritualidade contemporânea. Clubes de leitura começam a se formar de forma espontânea e sessões de autógrafos já estão marcadas para São Paulo, Belo Horizonte e Recife.

A expectativa é que o romance dialogue não apenas com o público jovem adulto, mas com qualquer leitor que já sentiu que algo dentro de si precisava de atenção — e não sabia por onde começar.

O título do livro já antecipa o que Maeve (e muitos de nós) precisa entender: nem todo ciclo precisa ser eterno. Nem toda dor precisa se repetir. Há tempo para refazer, redizer, refazer. Porque os círculos só parecem infinitos quando a gente anda em círculos dentro de si.

Cinesystem lança combo exclusivo de Branca de Neve

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Os admiradores da clássica história de Branca de Neve já podem adquirir um item exclusivo para celebrar a nova versão live-action do filme. A Cinesystem apresenta um combo temático especial, proporcionando uma experiência cinematográfica ainda mais imersiva.

O kit inclui um balde personalizado, estampado com cenas icônicas da animação original da Disney. Com um design exclusivo, a peça presta homenagem ao conto de fadas atemporal, sendo uma lembrança ideal para os fãs que desejam levar um fragmento dessa magia para casa.

O combo pode ser adquirido nas bombonieres das unidades da Cinesystem. No entanto, por se tratar de uma edição limitada, a disponibilidade do item pode variar de acordo com cada cinema. Recomenda-se consultar a unidade antes da compra para garantir a aquisição dessa coleção especial.

O produto está disponível exclusivamente nos cinemas da rede Cinesystem, enquanto durarem os estoques. Aproveite essa oportunidade para reviver a magia de Branca de Neve e tornar sua experiência cinematográfica ainda mais especial.

Sobre o filme

A aguardada adaptação live-action de Branca de Neve, produzida pela Disney, chegou aos cinemas, trazendo uma nova abordagem para o conto clássico dos Irmãos Grimm. Sob a direção de Marc Webb, conhecido por seu trabalho em O Espetacular Homem-Aranha, e com roteiro de Erin Cressida Wilson, o filme promete resgatar a essência da animação de 1937, ao mesmo tempo em que moderniza a narrativa para o público contemporâneo.

No papel da icônica princesa está Rachel Zegler, que ganhou notoriedade em Amor, Sublime Amor (2021). Ela interpreta uma Branca de Neve destemida, cuja beleza desperta a inveja da Rainha Má, vivida por Gal Gadot (Mulher-Maravilha). Determinada a eliminar sua enteada, a vilã arquiteta um plano cruel, mas a princesa encontra refúgio na floresta, onde é acolhida por sete anões. A trama se desenrola entre momentos de aventura, fantasia e musicalidade, trazendo uma nova perspectiva para essa história atemporal.

Além das performances do elenco, um dos destaques do filme é a trilha sonora, que conta com canções originais compostas por Benj Pasek e Justin Paul, dupla premiada responsável pelas músicas de La La Land e O Rei do Show. A sonoridade promete enriquecer ainda mais a experiência cinematográfica, combinando elementos clássicos e contemporâneos.

Resumo da novela Quando Me Apaixono de sexta, 16/05/2025

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Foto: Reprodução/ Internet

Nas frias instalações do hospital psiquiátrico, Josefina caminha solitária pelo pátio deserto, consumida por remorsos e assombrações. Seus olhos, perturbados e fundos, se fixam em uma figura que surge diante dela: é Roberta, etérea e fantasmagórica, vestida com um longo traje cor de amora, como se flutuasse entre o mundo dos vivos e o além. Em um momento de desespero e esperança, Josefina estende os braços e implora que a filha não a abandone. Tenta abraçá-la, mas, assim que seus dedos se aproximam, Roberta se desfaz no ar como uma névoa delicada, deixando apenas um vazio angustiante.

Desesperada, Josefina grita pelo nome da filha enquanto vozes sombrias e zombeteiras ecoam ao seu redor. Vagando sem rumo, enlouquecida, ela chora com culpa e fúria até ser contida por enfermeiras, que a sedam para acalmá-la. O destino de Josefina se cumpre ali, enclausurada entre os próprios fantasmas, onde permanecerá até o último suspiro, assombrada pelo peso de suas escolhas.

Mas fora dos muros do passado, a vida floresce.

Com o passar dos anos, Renata segue construindo sua história ao lado de Jerônimo. O casal celebra a chegada de mais uma filha, somando amor ao seu lar. Enquanto isso, Matías e Adriana formam uma bela família com dois filhos encantadores. As famílias crescem, os vínculos se fortalecem, e o tempo, com sua sabedoria silenciosa, cura feridas e reabre caminhos.

Anos depois, todos se reencontram no tradicional Festival do Vinho, uma celebração que une gerações em torno de um sonho comum. É lá que o premiado Vino San Rafael, produzido na Fazenda A Bonita, é consagrado pelos jurados como o melhor da região. A alegria explode em aplausos quando Jerônimo, Carlos e Lázaro sobem ao palco para receber o troféu. Emocionado, Jerônimo dedica o prêmio à memória de seu irmão:

“Eu amei meu irmão e amei os sonhos que ele deixou. Defenderemos sua terra, seus ideais, e honraremos tudo o que ele acreditava. Esta vitória é para você, Rafa!”

Na plateia, os rostos conhecidos refletem orgulho e emoção: Regina ajuda a reunir as crianças para a comemoração; Inês e Isidro trocam sorrisos no bar; Andrezinho, agora um jovem bonito, caminha entre amigos e parentes; Alzira acompanha Luz, já crescida, enquanto Karina e Lázaro cuidam de um menino que é o espelho do pai. Matilde embala, com ternura, uma criança que dorme serena em seus braços.

A fazenda A Bonita é agora um paraíso de famílias, risos e memórias — terras férteis não apenas de uvas, mas de amor, esperança e renovação.

Na sala de estar da fazenda, Rafael, o garotinho que leva o nome do tio, brinca entre as gêmeas idênticas Marina e Irene. Renata entra carregando nos braços sua filha caçula, envolvida pela paz de uma mãe realizada.

Ao cair da tarde, após a celebração, Renata e Jerônimo caminham pelos vinhedos com os filhos, todos vestidos com roupas brancas tradicionais. Em um momento simbólico de união, pisam uvas juntos, transformando aquele gesto ancestral em um ritual de amor e pertencimento.

Mais tarde, sozinhos diante do pôr do sol que banha os campos dourados, Renata e Jerônimo se olham com a mesma intensidade do primeiro encontro.

Adaptação de Stephen King com Glen Powell, O Concorrente ganha trailer intenso

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Foi divulgado nesta segunda-feira (1º) o primeiro trailer de “O Concorrente”, thriller distópico que chega aos cinemas brasileiros em 6 de novembro. Estrelado por Glen Powell e baseado no livro homônimo de Stephen King, o filme retrata um futuro onde o entretenimento ultrapassou qualquer limite moral: uma competição transmitida ao vivo onde sobreviver significa vencer — e morrer rende ibope.

Um homem comum, uma decisão desesperada

No centro da trama está Ben Richards (Powell), um trabalhador exausto e sem recursos, que vê no programa “O Concorrente” sua última chance de salvar a filha gravemente doente. A proposta é simples e brutal: sobreviver por 30 dias enquanto assassinos profissionais o caçam em rede nacional. Cada dia vivo aumenta o prêmio. A cada novo episódio, o público quer mais sangue.

Ben entra no jogo pelas razões mais humanas, mas logo se transforma em um símbolo: tanto de resistência quanto de espetáculo. E isso o torna perigoso — não só para os caçadores, mas para o próprio sistema que o colocou ali.

Crítica afiada com ritmo de ação

Dirigido por Edgar Wright, o longa entrega cenas eletrizantes embaladas por uma crítica ácida ao culto da violência e ao voyeurismo das massas. Conhecido por seu estilo visual dinâmico e cortes precisos, Wright também assina o roteiro ao lado de Michael Bacall (“Anjos da Lei”), criando uma narrativa que mistura sátira social, tensão constante e doses de humor sombrio.

Elenco de impacto

Além de Powell e Josh Brolin, que interpreta o maquiavélico produtor do programa, o filme reúne nomes como Colman Domingo, William H. Macy, Lee Pace, Emilia Jones, Michael Cera, Daniel Ezra e Jayme Lawson. O conjunto promete entregar personagens ambíguos, intensos e prontos para desafiar as expectativas.

Entre o espetáculo e o colapso

“O Concorrente” não se limita à ação frenética: é também um espelho desconfortável sobre o que consumimos em nome do entretenimento. A cada cena, a pergunta se impõe: o quanto da nossa humanidade estamos dispostos a sacrificar diante das câmeras?

Com estreia marcada para novembro, o filme já nasce como um dos lançamentos mais aguardados da temporada. A distopia imaginada por King, agora reformulada por Wright, pode soar exagerada — ou apenas real demais.

Resumo da novela As Filhas da Senhora Garcia de quarta (17/09) – Ofélia ignora apelos e toma decisão extrema diante do silêncio das filhas

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No capítulo de As Filhas da Senhora Garcia que vai ao ar nesta quarta-feira, 17 de setembro, Amparo percebe que algo não vai bem quando encontra Ofélia deitada em casa, abatida e sem forças para reagir. Preocupada, ela pede ajuda a Juan para levá-la imediatamente ao hospital, temendo que a situação se agrave. Enquanto isso, Amparo tenta insistentemente entrar em contato com as filhas de Ofélia, mas nenhuma delas responde às ligações ou mensagens.

Diante da ausência e do desdém das próprias filhas, Ofélia sente o peso da solidão e da rejeição. Ferida emocionalmente, ela toma uma decisão drástica, determinada a não mais depender de quem não lhe demonstra amor nem cuidado. Sua escolha marca um ponto de ruptura definitivo em sua vida, revelando até onde a indiferença familiar pode levar uma mãe desesperada.

Confira o que vem por aí na novela As Filhas da Senhora Garcia

Valéria tenta convencer a mãe a voltar para sua convivência, mas o clima de desconfiança permanece. Ao mesmo tempo, Paula e Leonardo assumem a frente da estratégia do grande evento de lançamento da nova marca. Enquanto isso, Mar agradece a Juan pela ajuda dada à mãe e, com sinceridade, deseja a ele toda a felicidade ao lado de Camila e do filho que está por vir.

Ofélia, por sua vez, promete a Rocío que encontrará uma forma de conseguir algo de Arturo para que ela realize um teste de DNA e finalmente prove que ele é seu verdadeiro pai. No mesmo dia, Arturo e Nicolás apresentam ao público sua nova marca esportiva, mas a celebração é manchada quando Paula provoca Valéria e causa um escândalo.

Apesar do constrangimento, Valéria insiste em prosseguir com o lançamento, mesmo após um áudio comprometedor vazado por Paula diante de todos. A situação gera revolta em Luis, que, tomado pela raiva, demite os próprios filhos, acusando-os de serem uma vergonha para a família. Desolada, Valéria acredita que tudo não passou de um jogo cruel de Arturo, e seu coração fica em ruínas.

CBS cancela o reboot de A Protetora após 5 temporadas e spin-off não avança

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Foto: Reprodução/ Internet

A CBS decidiu colocar um ponto final em A Protetora (The Equalizer) após cinco temporadas de ação, mistério e muita justiça feita à sua maneira. A informação foi confirmada pela Variety, e a notícia pegou muitos de surpresa, mas, ao mesmo tempo, não foi algo completamente inesperado. Além de cancelar a série, a emissora também deu um fim no spin-off que estava em desenvolvimento.

O que pode ter contribuído para o cancelamento, claro, foi o desempenho da série nos últimos tempos. A audiência começou a cair, especialmente na última temporada, o que fez a CBS repensar se valia a pena continuar investindo na produção. E, para piorar, A Protetora é coproduzida pela CBS Studios e pela Universal Television, o que a tornava financeiramente mais cara para a emissora. Em uma época de otimização de recursos, onde cada decisão tem que fazer sentido, a série acabou perdendo sua chance de continuar.

A Trama: Robyn McCall em Busca de Justiça

Lançada em 2021, A Protetora trouxe uma versão moderna do clássico dos anos 80 com o mesmo nome, e também foi inspirada nos filmes estrelados por Denzel Washington. A série seguiu a história de Robyn McCall, uma ex-agente da CIA, interpretada pela incrível Queen Latifah. Depois de deixar a vida de espionagem para trás, Robyn decide usar todas as habilidades que aprendeu na agência para ajudar pessoas comuns que estão em apuros. Ela se torna uma vigilante anônima, ajudando aqueles que não têm mais a quem recorrer.

Robyn não é só uma heroína de ação – a série também nos mostra seu lado pessoal, lidando com problemas familiares e questões internas, o que dá à personagem uma profundidade muito interessante. A atriz Queen Latifah foi super elogiada por sua performance, e muitos fãs ficaram encantados com a maneira como ela trouxe uma nova energia ao personagem que, originalmente, foi interpretado por Edward Woodward nos anos 80.

Por Que Aconteceu?

O cancelamento de A Protetora não é uma surpresa total, especialmente com a queda na audiência que a série experimentou nas últimas temporadas. O público que acompanhava as aventuras de Robyn McCall acabou diminuindo, e isso pesou nas decisões da CBS. Além disso, o fato de a série ser coproduzida pela Universal Television fez com que os custos de produção fossem mais elevados para a emissora, o que acabou tornando o projeto menos atrativo, principalmente considerando o momento financeiro que as grandes emissoras e plataformas de streaming vivem atualmente.

Não podemos esquecer também que a emissora estava apostando no spin-off de A Protetora, mas, com o fracasso da série original em manter números consistentes, esse novo projeto também foi cancelado. Era a ideia de expandir a história e o universo da série, mas isso agora ficará apenas no papel.

O Legado da Série

Apesar de o fim de A Protetora ser triste para os fãs, a série deixa um legado positivo. Além de trazer uma protagonista feminina forte, que deu uma nova visão ao conceito da série original, A Protetora também abordou temas como justiça social, empoderamento e questões pessoais de uma maneira muito envolvente. A performance de Queen Latifah foi um dos pontos mais altos da série, e sua interpretação de Robyn McCall vai ser lembrada como uma das melhores em dramas de ação na TV.

Em tempos onde a competição no mercado de TV e streaming é cada vez mais acirrada, cancelamentos como esse são cada vez mais comuns. As emissoras precisam justificar o investimento em cada projeto e, com o desempenho de A Protetora caindo, a CBS optou por seguir em frente com outras opções.

Para quem está no Brasil, o fim da série não significa que não podemos continuar acompanhando Robyn McCall. A Protetora está disponível no Globoplay, o que significa que os fãs podem maratonar as temporadas passadas e reviver a jornada da personagem, que, mesmo com o cancelamento, continua sendo uma das mais memoráveis dos últimos tempos.

Vale a pena assistir Mantis, da Netflix? O spin-off coreano que redefine o universo dos assassinos

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O cinema sul-coreano continua a se destacar no cenário mundial por sua habilidade em combinar ação, suspense e complexidade psicológica. Mantis (Samagwi), recém-lançado na Netflix, é um exemplo perfeito dessa tendência. Funcionando como spin-off de Kill Boksoon (2023), o filme dirigido e co-escrito por Lee Tae-sung aprofunda o universo dos assassinos profissionais, explorando rivalidades, lealdade e ambição em um submundo marcado pela violência e pela intriga.

Mantis se passa após a morte de Cha Min-kyo, líder da MK Entertainment e personagem central de Kill Boksoon. Com a queda da organização, abre-se um vácuo de poder que muda completamente o equilíbrio do mundo dos assassinos de elite. É nesse contexto que surge Han-ul (Im Si-wan), um matador de alto nível que retorna de férias acreditando que sua reputação será suficiente para garantir sua posição. Logo, ele descobre que rivalidade, alianças instáveis e figuras experientes, como Dok-go (Jo Woo-jin), ainda dominam o submundo. A trama acompanha Han-ul enquanto ele navega por um cenário imprevisível, onde cada decisão pode significar vida ou morte.

O ponto mais notável de Mantis é a forma como a ação se entrelaça com a narrativa. As cenas de combate são elaboradas com uma precisão impressionante: desde lutas corpo a corpo em espaços apertados até embates estratégicos em ambientes abertos. Cada golpe e cada perseguição não serve apenas para gerar adrenalina; eles revelam detalhes sobre os personagens, suas habilidades, limites e dilemas internos. Essa abordagem transforma a ação em uma extensão da história, tornando cada sequência crucial para o desenvolvimento da trama.

Han-ul não é apenas um assassino habilidoso: ele enfrenta dilemas morais e questiona suas próprias escolhas, tornando-se um protagonista multidimensional. O filme constrói uma dinâmica tensa entre ele, seu antigo parceiro e rival Jae-yi (Park Gyu-young), e Dok-go, que representa experiência e segredos do passado. Essa tríade cria uma rede de relações marcada por rivalidade, lealdade e ambição, garantindo que cada interação tenha profundidade emocional.

Além disso, Mantis explora o conceito de sucessão dentro do submundo dos assassinos. Habilidade e reputação sozinhas não garantem segurança; inteligência estratégica e compreensão da hierarquia são essenciais para sobreviver. Esse olhar quase político sobre o submundo adiciona camadas à narrativa, mostrando que traições silenciosas e alianças instáveis são tão importantes quanto a ação física.

O elenco se destaca pela química e autenticidade. Im Si-wan equilibra frieza e humanidade, enquanto Park Gyu-young e Jo Woo-jin entregam performances que misturam tensão emocional e credibilidade física. A participação de Sul Kyung-gu reforça a continuidade com Kill Boksoon, oferecendo um elo narrativo que enriquece a experiência para o público familiarizado com o universo original.

Visualmente, Mantis é impecável. Lee Tae-sung alterna entre planos amplos, que destacam a ação estratégica, e enquadramentos fechados, que aumentam a tensão. A trilha sonora contribui de forma significativa para a atmosfera, intensificando os momentos de suspense e introspecção. A edição ágil mantém o ritmo, sem sacrificar a clareza narrativa, garantindo que o espectador esteja constantemente envolvido.

Além da ação, o filme aborda questões profundas sobre legado, reputação e o custo pessoal de viver no submundo. Han-ul e seus colegas enfrentam dilemas sobre lealdade versus ambição, respeito conquistado versus necessidade de adaptação. Esses temas conferem densidade ao roteiro, transformando Mantis em mais do que um simples filme de ação: é uma reflexão sobre poder, ética e sobrevivência.

Pontos críticos

Apesar de suas qualidades, o longa-metragem não é perfeito. Algumas subtramas poderiam ter sido mais exploradas, e certos desfechos podem parecer previsíveis para quem acompanha regularmente thrillers de assassinos profissionais. No entanto, essas pequenas falhas não comprometem a experiência geral, que equilibra ação, suspense e drama emocional com eficácia.

Então, realmente vale a penaassistir?

A resposta é sim. O filme consegue combinar ação coreografada, tensão constante e desenvolvimento psicológico de personagens de forma equilibrada e envolvente. Lee Tae-sung entrega uma direção segura, o elenco performa com intensidade, e a narrativa mantém o público engajado do início ao fim. Mesmo com algumas previsibilidades, o filme se firma como um spin-off de qualidade, capaz de enriquecer o universo de Kill Boksoon e conquistar novos espectadores.

Para fãs de ação coreana, thrillers psicológicos e narrativas de assassinos de elite, o filme é mais do que recomendado: é uma experiência cinematográfica que combina entretenimento, profundidade e inovação narrativa.

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