HBO Max anuncia chegada da terceira temporada de Black Clover e reacende o entusiasmo dos fãs do anime

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A semana começou aquecendo o coração dos fãs de anime. A HBO Max confirmou, na última segunda-feira, 24, a data de estreia da terceira temporada de Black Clover no catálogo da plataforma. Os episódios chegam no dia 28 de novembro e marcam mais um capítulo importante na jornada de Asta, Yuno e dos Cavaleiros Mágicos, além de representar o reencontro do público com uma história que nunca perdeu sua força emocional. Para quem acompanha a saga desde os primeiros dias ou para quem está descobrindo o título agora, a novidade não significa apenas novos conteúdos, mas a oportunidade de revisitar um anime que cresceu enormemente ao longo dos anos, conquistando uma legião de fãs com sua combinação de ação frenética, humor leve, emoção e um protagonista cuja perseverança sempre foi sua maior arma.

A terceira temporada de Black Clover foi exibida originalmente entre 2019 e 2020. A produção, entretanto, enfrentou dificuldades devido à pandemia de COVID-19, que interrompeu cronogramas de diversas obras no mundo inteiro. Mesmo assim, o estúdio Pierrot conseguiu retomar os trabalhos e continuar exibindo a temporada a partir de julho de 2020. Esse retorno teve um significado especial. Em um período global marcado por incertezas, ver Black Clover de volta representou mais do que entretenimento: tornou-se um lembrete do conforto que as histórias podem oferecer e da força simbólica que elas carregam ao nos acompanhar em momentos desafiadores. Depois disso, o anime ganhou uma quarta temporada, mas novas adaptações não chegaram a ser produzidas — até agora.

Segundo informações já confirmadas, uma nova produção de Black Clover está prevista para 2026 e terá como objetivo adaptar os arcos finais do mangá. A obra de Yūki Tabata, publicada desde 2015 na revista Weekly Shōnen Jump, entrou recentemente em sua fase conclusiva. Isso indica que estamos nos aproximando do fim de uma das narrativas shounen mais importantes da última década. O anúncio reacende as expectativas de que o anime receba um desfecho digno de seu impacto, respeitando uma história que sempre soube equilibrar fantasia, amizade, superação, batalhas cheias de energia e um universo mágico em constante expansão.

Antes de se tornar o fenômeno global que é hoje, a história começou como um mangá ilustrado e escrito por Yūki Tabata. A obra rapidamente conquistou espaço na Weekly Shōnen Jump, dividindo páginas com gigantes como One Piece, Naruto e Bleach. O enredo acompanha Asta, um jovem órfão cheio de energia que nasceu sem habilidades mágicas, algo completamente fora do comum no reino de Clover, onde magia é uma parte essencial da vida. Mesmo assim, seu sonho é ambicioso: tornar-se o Rei Mago, o maior cavaleiro mágico do reino. Ao lado dele está Yuno, também órfão, mas dono de talentos extraordinários. Desde criança, Yuno demonstra controle impressionante sobre a magia do vento e é visto como um prodígio natural. Entre eles surge uma rivalidade saudável, construída sobre respeito, objetivos compartilhados e a vontade incessante de superar limites.

Com o tempo, a jornada dos dois evolui para uma saga épica que envolve batalhas intensas, mistérios ancestrais, intrigas políticas e um mundo mágico que se amplia a cada arco. Antes da série animada estrear oficialmente, Black Clover ganhou uma OVA produzida pelo estúdio Xebec em maio de 2017, que funcionou como um primeiro contato com o universo da obra. A adaptação completa, porém, ficou nas mãos do estúdio Pierrot, responsável por animes marcantes como Naruto e Bleach. A série estreou em outubro de 2017 na TV Tokyo e logo ganhou transmissão simultânea ao redor do mundo pela Crunchyroll.

No Brasil, a trama se tornou ainda mais popular ao ser exibida na TV aberta por emissoras como Rede Brasil, Loading e Jadetoon. Muitos fãs tiveram seu primeiro contato com a história graças a essas transmissões. Atualmente, estão disponíveis 170 episódios dublados em português brasileiro, o que reforça o investimento crescente e o carinho do público pela obra no país.

A força de Black Clover está, sobretudo, em sua narrativa humana. Asta e Yuno cresceram juntos em uma igreja humilde no interior do reino de Clover, dividindo sonhos e dificuldades e alimentando a promessa de se tornarem grandes cavaleiros mágicos. Enquanto Yuno parecia naturalmente destinado à grandeza, Asta carregava o peso de nascer sem mana. Em um mundo onde magia define tudo, ele precisou construir sua força a partir da determinação e do esforço físico, características que moldaram sua identidade desde cedo.

Quando ambos completam 15 anos e recebem seus grimórios, livros mágicos que refletem a essência de cada usuário, Asta é surpreendido por um grimório de cinco folhas, o portador da antimagia — uma habilidade capaz de anular qualquer feitiço. Esse poder o transforma em uma exceção absoluta dentro do universo mágico e dá início a uma jornada que desafia sistemas, preconceitos e expectativas.

Eita, Lucas! deste sábado (09) destaca histórias de superação no circo, solidariedade em São Mateus e homenagens emocionantes

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Foto: Reprodução/ Internet

Neste sábado, 9 de agosto, às 15h, o programa Eita, Lucas!, apresentado por Lucas Guimarães no SBT, apresenta uma edição especial dedicada ao Dia dos Pais. Diferente das tradicionais homenagens, o programa destaca a diversidade da paternidade no Brasil por meio de histórias reais e emocionantes que evidenciam coragem, dedicação e amor incondicional.

Desde sua estreia, pouco mais de cinco meses atrás, Lucas Guimarães tem percorrido o país, acumulando mais de 30 mil quilômetros rodados, para dar voz a pais anônimos e suas trajetórias inspiradoras. Essa edição do programa busca ampliar o conceito de paternidade, mostrando que ser pai vai muito além das condições financeiras ou do papel tradicional, envolvendo também presença, afeto e compromisso social.

Em sua passagem por diversas cidades brasileiras, Lucas já conheceu relatos emocionantes que ilustram a pluralidade da experiência paterna no país. No Nordeste, por exemplo, ele visitou Recife, onde conheceu os irmãos José e José Givanildo, mais conhecidos como os “Sombra”. Criados em um ambiente marcado por dificuldades financeiras e sociais, os irmãos encontraram no circo uma forma de resistência, expressão artística e esperança.

A infância dos “Sombra” foi marcada pela escassez, mas também pela criatividade. Eles improvisavam maquiagem para os espetáculos utilizando itens simples como creme dental e temperos, encantando o público com seu talento genuíno. “O circo foi nossa salvação. Foi onde aprendemos a sonhar e, hoje, como pais, usamos essa mesma arte para dar força à nossa família e à nossa comunidade”, conta José Givanildo, emocionado.

No palco do “Eita, Lucas!”, os irmãos participaram do quadro “Carona da Sorte”, onde tiveram a oportunidade de concorrer a até R$ 10 mil. Um imprevisto mecânico durante a gravação poderia ter estragado o dia, mas acabou se tornando motivo de celebração quando Lucas anunciou a participação deles. A surpresa emocionou a todos e ressaltou o poder do reconhecimento para fortalecer sonhos.

Solidariedade e liderança em São Mateus

A capital paulista também entrou na rota do programa, que visitou o bairro de São Mateus para contar a história de Fernando, conhecido como “Negotinho”. Pai dedicado e líder comunitário, ele é responsável pelo projeto São Mateus em Movimento, que promove oficinas culturais e ações solidárias com o objetivo de melhorar a qualidade de vida na comunidade.

Entre as iniciativas de maior destaque está a transformação de cobertores doados em casacos para moradores de rua. A ação, que rapidamente viralizou nas redes sociais, revela a força da empatia em tempos difíceis. “Cada casaco representa cuidado, calor humano e a certeza de que ninguém está sozinho”, explica Negotinho. Junto à família, ele recebeu uma homenagem especial do programa, que celebrou seu trabalho com prêmios e reconhecimento público.

Paternidade além das aparências

A edição especial do “Eita, Lucas!” é um convite para refletir sobre o significado da paternidade em um país marcado por desigualdades sociais e culturais. No Brasil, a experiência de ser pai é multifacetada, muitas vezes silenciada pela falta de recursos ou pela invisibilidade midiática.

Lucas Guimarães comenta: “O que mais me emociona é perceber que, independentemente da situação econômica, a paternidade se revela no compromisso diário, no amor silencioso, nas pequenas ações que fazem toda a diferença na vida dos filhos.”

Essas histórias mostram que a paternidade pode ser construída a partir do afeto, da presença ativa e da luta por um futuro melhor, mesmo diante das adversidades. Elas nos desafiam a romper estigmas e a valorizar todas as formas de pai, desde o mais tradicional até aquele que assume o papel em contextos não convencionais.

Neste sábado, 9 a TV brasileira tem a oportunidade de celebrar a paternidade em sua forma mais profunda e verdadeira. Histórias que emocionam, que ensinam e que mostram que, acima de tudo, ser pai é estar presente — com amor, coragem e solidariedade.

Resumo semanal da novela Dona de Mim de 16/09 a 27/09

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Capítulo 120 da novela Dona de Mim – Terça-feira, 16 de setembro
Marlon tenta tranquilizar Kami, reafirmando seu amor, mas a situação se complica quando Ryan e Bárbara se beijam, despertando ciúmes em Leo e tensionando ainda mais os relacionamentos. Peter se aproxima de Nina para falar sobre Danilo, e a jovem aproveita a conversa para revelar suas intenções e desejos ocultos, envolvendo jogos de poder e manipulação. Enquanto isso, Marlon e Kami percebem sinais de que o assediador que os perseguia continua à espreita, aumentando a sensação de perigo. Nina decide mudar de endereço, e Jaques convida Isabela a morar na mansão, fortalecendo sua influência familiar. Samuel, preocupado com Sofia, busca conselhos em Rosa, enquanto novos exames da mãe preocupam ainda mais a família.

Capítulo 121 – Quarta-feira, 17 de setembro
Letícia revela a Rosa que a doença está avançando, gerando medo e ansiedade na família diante das difíceis decisões que se aproximam. Samuel descobre que Jaques suspendeu a produção das revistas da Boaz, aumentando a tensão e a insegurança de Ayla sobre os negócios familiares. Jaques forma uma aliança estratégica com Davi, deixando Ayla desesperada, enquanto Tânia o confronta sobre suas manipulações envolvendo Davi. Na fábrica, Leo sofre humilhações públicas de Jaques, que proíbe seu acesso a materiais da Boaz, mas Samuel permanece firme, oferecendo apoio e solidariedade. No galpão, Kami presencia um confronto intenso entre Marlon e Bárbara, elevando ainda mais o clima de ciúmes e rivalidades amorosas.

Capítulo 122 – Quinta-feira, 18 de setembro
Kami enfrenta uma crise de ciúmes ao notar a proximidade de Marlon e Bárbara, mas ele a tranquiliza, reafirmando seu compromisso. Bárbara, por sua vez, mantém-se próxima de Ryan, intensificando os conflitos afetivos. Nina descobre que Isabela chegará ao Brasil, aumentando as expectativas de confrontos e novas alianças familiares. Filipa comemora sua mudança para São Cristóvão, simbolizando independência, enquanto Jussara pressiona Marlon para definir a data do noivado. Rosa, abalada pelo avanço do Alzheimer, não reconhece os familiares, e Filipa revela a Samuel a gravidade da situação da mãe. Jaques busca a ajuda de Ricardo para interditar Rosa, Pam se irrita com Danilo, Kami recebe outra foto do assediador, e Jaques e Danilo anunciam novas demissões na Boaz, incluindo Leo, consolidando tensões pessoais e profissionais.

Capítulo 123 da novela Dona de Mim – Sexta-feira, 19 de setembro
Leo deixa a fábrica após o confronto com Jaques, que também demite Samuel da diretoria, impondo mudanças drásticas e reafirmando seu poder. Marlon é pressionado por Nunes a fazer horas extras, aumentando seu estresse, enquanto Kami lida com ciúmes devido à aproximação de Bárbara e Ryan. Samuel e Leo comunicam Yara e Sofia sobre as demissões, despertando apreensão sobre o futuro. O assediador continua rondando Kami, mantendo o clima de perigo constante. Marlon informa Dedé sobre a festa de noivado organizada por Jussara, Filipa confronta Jaques, que reage de forma ameaçadora, Rosa recupera parcialmente a memória, Isabela chega à mansão, e Kami é demitida da fábrica na presença de Ronaldo, aumentando a instabilidade emocional e profissional dos protagonistas.

Capítulo 124 – Sábado, 20 de setembro
Pam alerta Marlon sobre a demissão de Kami, reforçando a necessidade de protegê-la. Isabela revela a Filipa que está sem dinheiro e pede ajuda, mostrando vulnerabilidades familiares. Kami desabafa com Leo sobre o crime que sofreu, e ambas decidem registrar um boletim de ocorrência com apoio de Renata, Marlon e Leo, em busca de justiça e segurança. Isabela grava Nina comentando sobre a medicação de Filipa, provocando suspeitas e aumentando as tensões. Leo e Samuel entram em conflito sobre a guarda e cuidados de Sofia, evidenciando divergências parentais. Jaques conversa com Isabela sobre seus planos envolvendo Filipa, aumentando a tensão familiar.

Dona de Mim | Resumo semanal da novela de 22/09 a 27/09

Capítulo 125 – Segunda-feira, 22 de setembro
Leo deixa a Boaz após mais um confronto com Jaques, que também demite Samuel da diretoria de operações, consolidando seu domínio sobre a empresa. Marlon é pressionado por Nunes a cumprir horas extras, aumentando seu estresse, enquanto Kami enfrenta ciúmes diante da aproximação de Bárbara e Ryan. Samuel e Leo comunicam a Yara e Sofia sobre as demissões, gerando apreensão familiar, e o assediador continua rondando Kami, mantendo a tensão. Marlon informa Dedé que Jussara marcou sua festa de noivado com Kami, enquanto Filipa confronta Jaques, que promete transformar a Boaz e sugere que ela pode se arrepender de seus erros se quiser estar com ele. Rosa recupera parcialmente a memória e enfrenta Jaques, que reafirma seu poder, Isabela chega à mansão, e Kami é demitida da fábrica na presença de Ronaldo.

Capítulo 126 – Terça-feira, 23 de setembro
Pam alerta Marlon sobre a demissão de Kami, reforçando a necessidade de protegê-la, enquanto Isabela revela a Filipa sua falta de recursos e pede apoio. Kami desabafa com Leo sobre o crime que sofreu, e juntas decidem registrar boletim de ocorrência com auxílio de Renata, Marlon e Leo. Isabela grava Nina comentando sobre a medicação de Filipa, provocando suspeitas e tensões dentro da família. Leo e Samuel discutem sobre a guarda e cuidados de Sofia, evidenciando conflitos parentais, enquanto Jaques conversa com Isabela, deixando explícitas suas intenções envolvendo Filipa e aumentando a tensão nos núcleos familiares.

Capítulo 127 – Quarta-feira, 24 de setembro
Marlon tenta acalmar Kami, ainda abalada pelos traumas recentes, enquanto Samuel e Jaques se enfrentam em mais um embate familiar. Kami pede sigilo sobre o crime que sofreu, e Dedé demonstra simpatia por Ryan e Bárbara. Marlon solicita dispensa no trabalho para cuidar de Kami, enquanto Vivian informa a Rosa sobre a possibilidade de transferir suas ações para Sofia. Renata pede que Kami analise fotos dos suspeitos do assédio, e a jovem desabafa com Jussara, que a acolhe. Bárbara treina intensamente com Lucas, e Ayla, Gisele, Breno e Caco organizam o chá-revelação dos bebês. Jaques troca os remédios de Filipa, intensificando os conflitos e preocupações familiares.

Capítulo 128 da novela Dona de Mim – Quinta-feira, 25 de setembro
Isabela flagra Jaques no quarto de Filipa, aumentando sua preocupação com os planos do patriarca. Rosa visita Sofia, reforçando os laços maternos, enquanto Samuel e Ryan desconfiam das atitudes de Leo em relação a Kami. Ryan confronta Bárbara, exigindo que mantenha Lucas distante de situações ilegais. Kami conta a Ryan sobre o crime que sofreu, provocando revolta no jovem, e Jaques ameaça Danilo para que se mantenha afastado de Filipa. Peter comenta com Nina sobre o ciúme que ela sente de Filipa, e Ronaldo entra em contato com Kami, que avisa Renata e Marlon. A polícia não consegue capturar Ronaldo, e Ryan pede que Kami o avise caso ele tente novamente abordá-la, enquanto Filipa se altera diante das situações.

Capítulo 129 – Sexta-feira, 26 de setembro
Isabela demonstra preocupação com Filipa, enquanto Davi lembra que Jaques prometeu manter segredo a Olívia sobre sua paternidade. Bárbara e Ryan sentem ciúmes do noivado de Marlon e Kami, e Breno se irrita com o presente que Leo deu aos bebês. Feital obriga Ryan a esconder armas no salão de Fabiana, e Jaques tenta expulsar Leo da festa, mas Ayla a defende. Marlon e Kami oficializam seu noivado, enquanto, devido a uma confusão provocada por Filipa, Ayla descobre que Jaques é seu pai biológico. Jaques revela a Rosa e Samuel que Olívia foi o grande amor de sua vida, Filipa entra em crise, e Isabela se desespera diante da instabilidade emocional e familiar.

Capítulo 130 – Sábado, 27 de setembro
Jaques e Samuel levam Filipa ao hospital após sua crise emocional, enquanto Peter e Nina descobrem armas escondidas por Ryan durante investigação no salão de Fabiana. Peter ajuda Nina a lidar com a situação envolvendo Danilo, e Manuel questiona Peter sobre seus sentimentos pela jovem. Gisele apoia Ayla, que sofre com a revelação sobre Jaques, e Isabela demonstra preocupação com os planos do patriarca para Filipa. Ryan acredita que alguém descobriu seu esconderijo no salão e depredou o local, e Danilo ouve comentários de Peter sobre a ação. Rosa informa Samuel que transferiu metade de suas ações da Boaz para Sofia, Thaís sofre um acidente de trabalho, e Rosa comunica sua decisão aos acionistas. Jaques ameaça interditar a mãe, ampliando ainda mais os conflitos familiares e empresariais.

“A Morte do Sr. Lazarescu” chega ao Reserva Imovision e mostra um retrato brutal da desumanização no sistema de saúde

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Ele está sozinho. Seus gatos miam, a cabeça lateja, a náusea aumenta. Ele liga para a emergência e espera. Não há ninguém mais. Nenhum parente, nenhum amigo. Só a promessa de que alguém — qualquer um — venha socorrê-lo. Assim começa “A Morte do Sr. Lazarescu”, o filme romeno que, duas décadas após chocar plateias ao redor do mundo, finalmente chega ao streaming no Brasil pelo catálogo do Reserva Imovision. E se você ainda não assistiu, prepare-se: não é só um filme. É uma ferida aberta, exposta com precisão cirúrgica. E o mais desconcertante? Você já viu isso acontecer. Talvez mais de uma vez. Talvez com alguém que você conhecia. Talvez com você.

Dirigido por Cristi Puiu, o longa de 2005 é considerado um marco da chamada Nova Onda Romena, movimento cinematográfico que rompeu com os velhos moldes e decidiu filmar a vida como ela é — sem filtros, sem cortes suaves, sem trilha sonora redentora. Em “A Morte do Sr. Lazarescu”, a lente crua da câmera não quer te entreter, quer te obrigar a ficar. A olhar. A não desviar os olhos do que preferimos ignorar: a lenta, dolorosa e cotidiana desumanização de quem mais precisa.

O corpo que apodrece, o sistema que falha

Dante Remus Lăzărescu tem 63 anos. Mora em Bucareste, num apartamento pequeno, apertado, onde divide o espaço com três gatos e os restos de uma vida que já perdeu brilho. Quando começa a passar mal — dores de cabeça intensas, vômitos —, ele liga para a ambulância. Parece simples, como qualquer um faria. Mas o que se segue é tudo, menos simples. Lazarescu é colocado em uma maca e embarca em uma jornada absurda que parece saída de um pesadelo burocrático: de hospital em hospital, de médico em médico, sem que ninguém o acolha de fato.

É alcoolista, dizem uns. Está inventando, pensam outros. E enquanto seu corpo dá sinais claros de falência, os profissionais de saúde se perdem em julgamentos, protocolos, vaidades e distrações. O tempo passa. A dor cresce. A voz some. A morte se aproxima.

Assistir a esse filme é como entrar em um labirinto gelado de corredores hospitalares, onde tudo ecoa: a espera, a negligência, a solidão. Com planos longos e câmera trêmula, Puiu faz o tempo esticar como um elástico prestes a arrebentar. Não há cortes rápidos nem diálogos expositivos. Há silêncios. Muitos silêncios. E, nos espaços entre uma palavra e outra, a verdade grita.

O drama de um é o espelho de muitos

Ion Fiscuteanu, no papel de Lazarescu, não atua — ele se entrega. Seu corpo vai murchando em cena como um galho seco. A voz se apaga aos poucos. E nós, do outro lado da tela, sentimos a impotência de quem vê e não pode fazer nada. Ou pior: de quem assiste, mas costuma virar o rosto na vida real.

Porque todos nós já ouvimos histórias assim. Alguém que morreu esperando atendimento. Alguém que foi ignorado porque parecia bêbado. Alguém que foi diagnosticado tarde demais. A diferença é que, aqui, não é só uma manchete de jornal. É uma jornada íntima, demorada e incômoda. E esse desconforto é o que torna o filme tão necessário.

“A Morte do Sr. Lazarescu” não é sobre um homem apenas — é sobre todos nós. Sobre o que fazemos (ou não fazemos) quando a vida de alguém escapa diante dos nossos olhos, aos poucos, como se fosse aceitável. Sobre como normalizamos o abandono. Sobre como a frieza institucional se tornou rotina.

Quando a câmera se recusa a virar o rosto

É difícil não se perguntar: por que esse filme nos incomoda tanto? Porque não há fuga possível. A câmera insiste em permanecer. Fica ali, mesmo quando tudo em nós implora por um corte. Observa os olhos impacientes dos médicos, os gestos automáticos dos enfermeiros, as desculpas técnicas que escondem a falta de empatia.

Mas, mais do que criticar a medicina, o que o filme revela é algo mais profundo: uma falência ética coletiva. A de uma sociedade que mede o valor de uma vida por sua utilidade, pela sua higiene, pelo seu comportamento. A de pessoas que, na correria, se esquecem que o outro é alguém — alguém com nome, com história, com dor.

Uma morte que nos obriga a acordar

Quando o filme estreou no Festival de Cannes, em 2005, arrebatou a crítica e venceu o prestigiado Prêmio Un Certain Regard. Mas seu impacto não ficou apenas nos prêmios. Ele virou referência. Virou símbolo. Inspirou outros diretores romenos. Chegou a ser comparado a um “anti-drama hospitalar”, por retratar a medicina sem heroísmo, sem glamour, sem finais felizes.

E agora, quase vinte anos depois, sua estreia no catálogo do Reserva Imovision é uma chance rara de reviver essa experiência cinematográfica — ou de enfrentá-la pela primeira vez. Em um mundo saturado de conteúdos efêmeros, onde o próximo filme está a um clique de distância, “A Morte do Sr. Lazarescu” exige tempo, paciência e coragem. Porque é isso que a vida também exige.

Porque talvez Lazarescu seja você. Ou alguém que você ama.

O filme termina em silêncio. Não há trilha triste, nem música de créditos triunfal. Só silêncio. E é nesse silêncio que percebemos: a história não terminou ali. Ela continua, em cada sala de espera, em cada pronto-socorro lotado, em cada voz ignorada. Lazarescu pode ter sido um personagem, mas a sua morte é real — e acontece todos os dias, diante de olhos cansados demais para notar.

No fim, o filme não te pede lágrimas. Ele te pede presença. Te pede escuta. Te pede responsabilidade.

E talvez isso seja o mais próximo da arte verdadeira: aquela que, mesmo quando termina, continua nos mudando por dentro.

Sabadou com Virgínia deste sábado (12) entra no ritmo do pagode com Alexandre Pires, Amaral e Duda Nagle

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Foto: Reprodução/ Internet

Se você acha que já sabe o que é um sábado perfeito, segura essa: o Sabadou com Virgínia deste sábado, 12 de julho de 2025, está preparado para redefinir o conceito de “fim de semana ideal”. Com convidados que misturam música, futebol e inspiração, o programa chega chegando e promete fazer você rir, emocionar e até dançar na sua sala.

Alexandre Pires: o cantor que conquistou o Brasil e surpreende com histórias inéditas

A energia contagiante de Alexandre Pires é a primeira a tomar conta do palco. O vocalista que embalou romances e festas ao longo de décadas abre o coração e revela um lado pouco conhecido: o jovem tímido que só decolou na carreira graças a um empurrãozinho especial da mãe. Momentos emocionantes e revelações inéditas vão fazer você ver o artista de um jeito que nem imaginava.

Além disso, Alexandre traz na bagagem o projeto que vem conquistando fãs de todas as idades: o Pagonejo Bão, uma mistura arretada de pagode com sertanejo que une estilos e gerações com uma naturalidade que só a música brasileira sabe fazer.

Amaral e o futebol que faz rir: entre gols e histórias que parecem roteiro de comédia

Quem disse que futebol é só bola na rede? Amaral, ex-jogador e colecionador oficial de causos hilários, promete virar o jogo com seu humor afiado. Prepare-se para rir com histórias que parecem ter saído de um filme, como o famoso “exame médico comédia” e o lendário “cocô congelado” que virou piada interna da turma do campo — sim, você leu certo e não vai querer perder essa!

Duda Nagle: coragem, emoção e a missão de inspirar

Para fechar a noite com chave de ouro, o ator e comunicador Duda Nagle chega com uma conversa inspiradora. Ele vai contar como enfrentou uma luta contra o campeão Popó sem piscar e dividir seu propósito de ajudar as pessoas a superarem a timidez, sempre com uma dose generosa de otimismo e sorrisos. Um papo que vai contagiar você a encarar os próprios medos com mais leveza.

“Nada”, de Adriano Guimarães, estreia nos cinemas como uma experiência sensorial sobre o tempo, a ausência e o que não se diz

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Hoje, 31 de julho, chega às telonas brasileiras uma obra que não grita, mas sussurra. Que não entrega respostas fáceis, mas convida à contemplação. “Nada”, o primeiro longa-metragem solo de Adriano Guimarães, estreia em cinco capitais — São Paulo, Recife, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte — trazendo uma proposta rara: desacelerar. Escutar. Sentir.

O projeto, que já passou por uma respeitável trajetória em festivais dentro e fora do país, se afasta das fórmulas prontas para apostar num tipo de narrativa que reverbera pela delicadeza. É o tipo de filme que caminha devagar, olha ao redor e encontra beleza até mesmo no que parece insignificante. Um convite à presença, à escuta, ao silêncio.

Muito além da história

A trama gira em torno de Ana, artista plástica interpretada com notável sutileza por Bel Kowarick, que retorna à fazenda da infância para reencontrar a irmã, Tereza (vivida pela dançarina e atriz Denise Stutz), agora fragilizada por uma condição misteriosa que altera sua percepção do real. Mas é importante dizer: este não é um filme que se sustenta por reviravoltas ou explicações racionais. O que interessa aqui não é o “o que” acontece, mas “como” aquilo ecoa dentro da gente.

Adriano não parece preocupado em oferecer clareza — e isso é libertador. Em vez de detalhar, ele insinua. Em vez de narrar com pressa, ele observa. É como se, ao entrar na casa onde Ana cresceu, o público também fosse convidado a respirar mais fundo, a perceber o chiado de um rádio distante, o ranger de uma porta, a brisa cortando a poeira do tempo.

Desde os primeiros quadros, percebemos que NADA pertence a um tipo de cinema raro — aquele que confia na imagem, na pausa, na sugestão. A direção de fotografia de André Carvalheira faz questão de nos manter próximos: o foco nos rostos, nas rachaduras das paredes, no grão da luz que entra pela janela. Um olhar que transforma pequenos detalhes em portais sensoriais.

O desenho de som, assinado por Guile Martins, é uma peça fundamental na engrenagem emocional da obra. Não se trata apenas de acompanhar o que se vê, mas de criar texturas invisíveis. Em muitos momentos, é o som que nos guia, que indica presenças ocultas ou memórias que insistem em permanecer. Há barulhos que parecem vir de dentro da casa… ou de dentro de nós.

O peso do que não está mais ali

Mais do que um reencontro entre irmãs, NADA fala daquilo que se foi — mas nunca deixou de reverberar. A infância, o pai ausente, a própria sanidade que escapa por entre os dedos. É como se o tempo tivesse deixado rastros que não se apagam, fantasmas que não assustam, mas pairam. Invisíveis, porém densos.

A fazenda onde se passa boa parte da ação parece suspensa no tempo, como se resistisse a seguir adiante. E nesse espaço quase imobilizado, os personagens se arrastam entre lembranças e sensações que não sabem nomear. O tempo aqui não corre, ele se dobra.

Para Guimarães, o projeto nasceu de uma inquietação com “memórias que insistem em retornar”, como ele próprio definiu em entrevistas. Não são lembranças escolhidas, mas aquelas que nos invadem sem pedir licença. O filme, portanto, não tenta organizar o passado — ele o acolhe em sua desordem silenciosa.

Literatura, teatro e o invisível

Quem conhece a trajetória do diretor sabe que ele vem do teatro e tem uma forte ligação com a literatura. Isso transparece em NADA, mas não de forma explícita. As influências estão ali, misturadas à poeira da narrativa. Manoel de Barros, por exemplo, aparece como referência — não em citações, mas no espírito de observar grandeza no ínfimo. Já Samuel Beckett ecoa nos silêncios, na repetição, no absurdo cotidiano.

“Quando li o Livro sobre Nada, do Manoel, tive a impressão de que ele estava escrevendo sobre um lugar dentro de mim”, disse Guimarães em uma das exibições do longa. “O filme tem muito disso: coisas que não precisam servir pra nada, mas que são. Que estão ali e pronto.”

Essa percepção do ordinário como extraordinário costura toda a obra. Não há explicação para a condição de Tereza. Tampouco se fala sobre a origem de um dispositivo tecnológico que aparece na trama. Nada é mastigado. E tudo, paradoxalmente, é sentido com força.

Reconhecimento nos festivais e aplauso da crítica

Antes de chegar às salas comerciais, o longa-metragem percorreu um caminho respeitável. No Festival de Cinema de Tiradentes, ainda como projeto em construção, já chamou atenção e levou o prêmio de Work in Progress. No circuito internacional, passou por países como Espanha, Índia, Rússia, Argentina, México e Colômbia, recebendo menções honrosas e prêmios importantes — como o WIP Iberoamericano e o LatAm Cinema, no Festival de Málaga.

No Brasil, brilhou no Festival de Brasília, garantindo os troféus de Melhor Direção, Direção de Arte e Edição de Som — reconhecimento ao cuidado artesanal da obra, feita com precisão quase cirúrgica nos detalhes.

Para o crítico Bruno Carmelo, do Portal Meio Amargo, o longa cria “uma hipnose do olhar”, como se estivéssemos presos em um tempo que não avança. Ele destaca que NADA “não precisa decifrar seus enigmas, apenas sugeri-los”.

Quem vai gostar de assistir?

Não é uma obra para quem busca ação, clímax ou respostas. Talvez, inclusive, provoque incômodo em quem espera por lógica. Mas quem se permitir entrar nesse universo sensorial e subjetivo, muito provavelmente sairá transformado — ou, no mínimo, mexido.

“NADA” é um convite para lidar com o não dito. Com a falta. Com as perguntas que ninguém responde. É para quem já sentiu saudade sem saber do quê. É para quem escutou um barulho e não conseguiu dormir. Para quem carrega lembranças que não se explicam, mas seguem vivas.

Elenco e equipe em sintonia com o invisível

O trabalho de Bel Kowarick é daqueles que ficam na pele. Sua Ana não precisa de grandes falas para transmitir dor, saudade ou estranhamento. É tudo no olhar, no modo como caminha pela casa, nos silêncios carregados de sentido. Já Denise Stutz, com sua trajetória na dança, entrega uma Tereza quase translúcida — vulnerável e, ao mesmo tempo, cheia de presença.

O time técnico reforça essa atmosfera cuidadosamente construída. A montagem de Sérgio Azevedo aposta no ritmo lento, mas nunca entediante. O cuidado com a luz, os sons, os vazios — tudo colabora para que o espectador mergulhe num estado entre o sonho e a lembrança.

“Uma Batalha Após a Outra” | Paul Thomas Anderson e Leonardo DiCaprio entregam ação, sátira e estilo em novo épico pop

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Foto: Reprodução/ Internet

Em tempos de grandes franquias, universos compartilhados e fórmulas repetidas, há algo quase reconfortante — e também provocador — em ver um cineasta como Paul Thomas Anderson lançar um filme que soa como uma viagem à contramão. “Uma Batalha Após a Outra” (One Battle After Another), que estreia nos cinemas no próximo dia 25 de setembro, parece brincar com o caos de uma América em transformação, colocando no centro da ação um improvável herói: um ex-hippie de meia-idade chamado Zoyd Wheeler, interpretado com vigor por Leonardo DiCaprio. As informações são do Omelete e AdoroCinema.

O longa, classificado como uma “comédia de ação”, é mais do que uma etiqueta de gênero. Ele transita entre sátira política, drama familiar e aventuras que beiram o absurdo — tudo isso embalado por uma estética visual ousada, filmada no clássico formato VistaVision, o mesmo usado recentemente em O Brutalista. É uma escolha que não apenas homenageia os filmes do passado, mas também reforça a grandiosidade de um projeto que, apesar do nome, é tão íntimo quanto épico.

Uma missão tão absurda quanto urgente

A história se passa em uma versão ficcional da Califórnia dos anos 1980, numa cidade costeira chamada Vineland. Zoyd Wheeler vive uma rotina peculiar: para manter um benefício do governo, ele precisa realizar um ato público de insanidade uma vez por ano. É exatamente esse começo inusitado que dá o tom de Uma Batalha Após a Outra. Um homem que se atira por uma vitrine apenas para agradar a burocracia já nos diz que estamos diante de algo fora do comum.

Mas o verdadeiro conflito começa quando Zoyd é procurado por um promotor misterioso que lhe propõe um acordo: ajudar a investigar um grupo de criminosos com conexões profundas no submundo local. Em troca, ele pode conseguir informações sobre o paradeiro de sua ex-companheira — e mãe de sua filha — desaparecida há mais de uma década. O dilema pessoal se transforma em uma jornada repleta de encontros improváveis, conspirações quase surreais e uma avalanche de críticas ao sistema político, jurídico e até cultural dos EUA.

Foto: Reprodução/ Internet

Leonardo DiCaprio em nova fase

Quem conhece a trajetória de Leonardo DiCaprio sabe o quanto ele escolhe seus projetos com cuidado. Depois de personagens densos como o de Não Olhe Para Cima e o agente infiltrado de Os Infiltrados, aqui ele se entrega a um tipo de papel que raramente assume: o do anti-herói caricato, vulnerável, quase cômico. Zoyd Wheeler é uma figura que poderia facilmente cair no estereótipo, mas nas mãos de DiCaprio ganha camadas emocionais inesperadas. É um homem que já esteve no centro de um movimento cultural (o hippismo) e agora sobrevive às margens, criando a filha sozinho, assistindo o mundo mudar à sua revelia.

DiCaprio, como de costume, se entrega com intensidade. Em uma das cenas do trailer recém-divulgado, seu personagem tenta escapar de uma emboscada em uma lavanderia, usando sabão em pó como distração. Em outra, tenta ensinar a filha a andar de skate enquanto discute política com um policial corrupto. São momentos que mesclam ação, comédia e uma pontada de melancolia, ingredientes típicos do cinema de Paul Thomas Anderson.

O toque autoral de Paul Thomas Anderson

Conhecido por filmes como Sangue Negro, O Mestre e Licorice Pizza, Paul Thomas Anderson já provou ser um dos cineastas mais inventivos da atualidade. Seus filmes têm um ritmo próprio, uma estética marcada e um olhar sempre curioso sobre as contradições humanas. Em Uma Batalha Após a Outra, ele revisita os anos 80 com uma lente crítica, mas também nostálgica. A trilha sonora carrega ecos de synthpop, o figurino mistura o desleixo dos hippies tardios com o brilho cafona da era Reagan, e a direção de fotografia — assinada por Robert Elswit — cria cenas que parecem tiradas de álbuns de família distorcidos por delírios ideológicos.

A escolha de adaptar o livro Vineland, de Thomas Pynchon, é também uma provocação. Pynchon é um autor notoriamente complexo, cujas obras raramente foram adaptadas para o cinema. Anderson já havia mergulhado nesse universo com Vício Inerente (2014), e volta agora com mais liberdade, mais humor e um senso de timing refinado. Ao contrário do clima mais sombrio e arrastado de seu filme anterior, aqui há ritmo, ação, piadas absurdas e até cenas que beiram o slapstick — tudo amarrado por diálogos afiados e uma estrutura narrativa engenhosa.

Destaques do elenco e da técnica

Além de DiCaprio, o filme conta com Teyana Taylor, que vive uma jornalista local envolvida em investigações paralelas, e Sean Penn, como o enigmático promotor que manipula Zoyd com promessas vazias e um carisma venenoso. O elenco ainda traz participações pontuais de nomes como Jesse Plemons, Maya Hawke e Benicio Del Toro — em papéis que, por enquanto, estão sendo mantidos em segredo.

Outro grande destaque é o uso do VistaVision, processo de filmagem com negativos em 35mm horizontalmente expostos, permitindo resolução altíssima e uma profundidade de campo impressionante. Essa escolha confere ao filme uma textura visual que remete aos clássicos de Hitchcock e aos épicos de David Lean, mas com uma pegada moderna e ousada. É cinema com C maiúsculo, mesmo quando está rindo de si mesmo.

Política, paternidade e paranoia

No fundo, Uma Batalha Após a Outra é um filme sobre como viver em meio à paranoia — e tentar manter alguma sanidade diante do absurdo. Zoyd Wheeler representa uma geração desiludida, que viu o idealismo dos anos 60 ruir diante da repressão, da ganância e da burocracia. Mas ele também é pai, e sua relação com Prairie — interpretada por uma jovem estreante ainda não anunciada — é o coração emocional do filme. Entre uma perseguição e outra, há espaço para conversas sobre abandono, perdão e sobre como se reinventar quando tudo parece perdido.

Anderson não tem pressa em resolver as tramas. Como em seus melhores trabalhos, ele prefere deixar os personagens respirarem, falharem, se contradizerem. O filme não oferece respostas fáceis, mas entrega momentos de beleza inesperada — como um jantar improvisado sob as estrelas, uma dança ao som de Prince ou uma fuga por entre árvores vermelhas de outono.

Um filme feito para ser visto no cinema

Em um momento em que muitos lançamentos importantes vão direto para o streaming, Uma Batalha Após a Outra faz questão de chegar primeiro às salas de cinema. Não apenas porque seu escopo visual merece a tela grande, mas também porque a experiência coletiva — rir, se surpreender e até se perder um pouco junto com a plateia — faz parte da proposta. É um filme que conversa com a história do cinema, com a cultura pop e com a bagunça política de qualquer época.

Doramas em agosto – Saiba quais são os lançamentos imperdíveis para você maratonar!

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O mês de agosto de 2025 está repleto de novos doramas que prometem conquistar os fãs de romance, drama, fantasia e histórias históricas. Alguns títulos já estão disponíveis para maratona, enquanto outros chegam nos próximos dias, oferecendo uma agenda cheia de emoções e aventuras para quem acompanha o universo asiático. Se você ama mergulhar em histórias cativantes, prepare-se: há produções para todos os gostos neste mês.

Séries já disponíveis

Minha Querida Jornada

Adaptado do romance “Welcome Back, Traveler”, este dorama acompanha Kang Yeo Reum (Gong Seung Yeon), que, após não conseguir sucesso como cantora, decide se reinventar como repórter de viagens na agência “One Day Travel”. A história mostra o poder da resiliência e da autodescoberta, enquanto Yeo Reum percorre diferentes destinos, vivenciando experiências que a transformam pessoal e profissionalmente.

O personagem Sang Sik (Yoo Joon San), CEO da Ogu Entertainment, se vê parcialmente responsável pelo passado da protagonista e tenta ajudá-la a encontrar seu caminho, criando uma dinâmica de cuidado, empatia e crescimento mútuo. Entre cenários deslumbrantes, encontros emocionantes e desafios inesperados, o dorama inspira o público a refletir sobre escolhas, sonhos e a importância de se reinventar. Já disponível no Viki, é ideal para quem gosta de aventuras leves, mas carregadas de emoção e aprendizado.

Além do Direito

Para quem prefere tramas mais sérias e cheias de tensão, Além do Direito explora o universo jurídico através da relação entre Yoon Seok-Hun (Lee Jin-Uk), um advogado brilhante e frio, e Kang Hyo-Min (Jung Chae-Yeon), uma jovem advogada em busca de seu espaço. A dinâmica entre a experiência prática de Seok-Hun e a determinação de Hyo-Min cria momentos de conflito, aprendizado e, claro, romance sutil.

O dorama aborda ética, justiça e desenvolvimento pessoal, mostrando como o ambiente de trabalho pode moldar relações e desafiar crenças. A química entre os personagens, aliada a casos instigantes, mantém a narrativa envolvente do início ao fim. Já disponível na Netflix, é perfeito para quem gosta de dramas maduros, com combinações de romance e tensão intelectual.

Amor, Tomada Dois

Este dorama mistura romance e drama familiar de maneira sensível. Lee Ji An (Yum Jung Ah), mãe solteira, sempre colocou a filha Hyo Ri (Choi Yoon Ji) em primeiro lugar, garantindo uma educação repleta de cuidados, amor e disciplina. Ao crescer, Hyo Ri decide viajar sozinha, conhecendo Bo Hyeon (Kim Min Kyu), um jovem cultivador de flores, e seu pai Ryu Jeong Seok (Park Hae Joon), que guarda um passado romântico com Ji An.

O dorama trabalha com coincidências do destino, mostrando como o amor e as segundas chances podem surgir de maneiras inesperadas. Além disso, explora a relação entre pais e filhos, as diferenças geracionais e a importância de seguir o coração mesmo diante de desafios. Já disponível no Viki, é indicado para quem busca histórias emocionantes, que fazem refletir sobre amor, família e recomeços.

Lançamentos de hoje

Minha Estrela Problemática – disponível 18 de agosto

Im Se Ra retorna à carreira após um hiato de 25 anos causado por um acidente, enfrentando os desafios de reconstruir sua vida e carreira. O encontro com Dokgo Cheol, um detetive solteiro que perdeu a paixão pela vida, cria uma narrativa sobre recomeços, amor e autodescoberta.

O dorama aborda a maturidade, o impacto do tempo nas relações humanas e a coragem necessária para retomar sonhos e projetos que foram interrompidos. Entre encontros inesperados, conflitos internos e momentos de ternura, a história mostra que nunca é tarde para recomeçar. Já disponível no Viki, é indicado para quem gosta de dramas realistas, sensíveis e inspiradores.

Moonlit Reunion – disponível 18 de agosto

Misturando fantasia, ação e romance, Moonlit Reunion apresenta Mei Zhuyu, caçadora de demônios, e Wu Zhen, meio-demônio protetor. A história se desenvolve em meio a batalhas sobrenaturais e dilemas morais, questionando o que significa lealdade e sacrifício.

Além da ação, o dorama foca no desenvolvimento emocional dos protagonistas, nas escolhas entre dever e desejo, e na tensão entre mundos diferentes. A química entre Mei Zhuyu e Wu Zhen, junto aos efeitos visuais impressionantes, torna a experiência cinematográfica intensa. Disponível no WeTV e Disney+, é perfeito para os fãs de fantasia e romances épicos.

Lançamentos aguardados

Ligados pelo Pecado – 20 de agosto

Jiang Ying Xian enfrenta dilemas familiares e profissionais quando precisa lidar com consequências de um acidente envolvendo seu irmão. Ao contratar Fu Cheng como segurança, nasce uma atração complicada e intensa entre eles, marcada por obstáculos e escolhas difíceis.

A trama explora temas como responsabilidade, lealdade, perdão e o poder das segundas chances, mostrando que o amor muitas vezes precisa vencer barreiras do destino. Disponível no Viki, é ideal para quem gosta de romance dramático, cheio de tensão emocional.

Madame Aema – 22 de agosto

Situado na Coreia dos anos 1980, Madame Aema acompanha Hui-ran e Joo-ae, duas amigas que conquistam fama estrelando um filme polêmico, enfrentando censura e pressão da indústria cinematográfica. Entre rivalidades, amizades e dilemas pessoais, elas precisam equilibrar ambição e ética profissional.

O dorama oferece reflexões sobre poder, fama, perseverança e a complexidade das relações humanas, sendo ideal para quem gosta de histórias históricas e dramas de bastidores. Lançamento na Netflix.

Twelve – 23 de agosto

Com elementos de fantasia e ação, Twelve acompanha Taesan, um dos Doze Anjos do zodíaco coreano, que precisa impedir que O Gwi transforme o mundo em caos. Para isso, precisa encontrar Mir, reencarnação de uma entidade poderosa.

A história combina batalhas épicas, dilemas morais e decisões estratégicas, explorando amizade, coragem e responsabilidade. Disponível no Disney+, é indicado para fãs de fantasia, aventura e narrativas épicas.

Novo trailer de Chad Powers mostra Glen Powell em comédia esportiva repleta de humor e surpresas

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O novo trailer da série Chad Powers, estrelada por Glen Powell, acaba de ser lançado e promete conquistar fãs de comédia e esportes com sua mistura de risadas, emoção e momentos inesperados. O vídeo revela cenas inéditas da trama, mostrando Powell interpretando Russ Holliday, um quarterback universitário em desgraça que se disfarça como Chad Powers para integrar um time de futebol americano do sul do país que enfrenta dificuldades. A série chega ao Disney+ em 30 de setembro, e o trailer já deixa claro que os espectadores terão uma experiência divertida e envolvente. Abaixo, veja o vídeo:

O trailer de 30 segundos consegue transmitir o tom leve e irreverente da série. Desde o primeiro segundo, é possível perceber a tensão e a comédia surgindo das situações de disfarce de Russ. Vemos o quarterback enfrentando treinos desafiadores, interações engraçadas com colegas de time e momentos de puro improviso que tornam sua tentativa de voltar ao futebol americano ao mesmo tempo cômica e emocionante.

Uma história de recomeço e superação

A comédia americana se propõe a contar uma história sobre segundas chances. Russ Holliday não é apenas um atleta tentando reconquistar sua reputação; ele é um homem enfrentando seus erros, aprendendo a lidar com frustrações e tentando se reconectar com o que realmente ama: o futebol americano. A trama explora o equilíbrio entre talento, ego e vulnerabilidade, trazendo à tona uma narrativa humana que vai além do esporte.

Inspiração real

A série é baseada em um episódio real envolvendo Eli Manning, quarterback lendário do New York Giants. Durante uma intertemporada, Manning se disfarçou como Chad Powers e participou de um treino universitário, experiência que viralizou e inspirou a criação da série. Esse toque da vida real dá autenticidade à produção, mostrando que situações inusitadas e divertidas podem acontecer até nos ambientes mais sérios e competitivos.

Elenco e personagens

Glen lidera um elenco diversificado e talentoso, que inclui: Steve Zahn (Saving Grace, Riding in Cars with Boys), Toby Huss (King of the Hill, True Blood), Perry Mattfeld (Charmed, The Night Shift), Wynn Everett (Boardwalk Empire, For All Mankind), Frankie A. Rodriguez (High School Musical: The Musical: The Series), Clayne Crawford (Lethal Weapon, Rectify), Colton Ryan (Dear Evan Hansen, Mare of Easttown), Keese Wilson (Law & Order: SVU), Xavier Mills e Quentin Plair. Cada ator acrescenta camadas de complexidade e charme aos personagens, criando uma dinâmica rica entre colegas de time, treinadores e familiares. Essas interações prometem momentos de comédia, mas também cenas de emoção e reflexão sobre amizade, trabalho em equipe e crescimento pessoal.

A produção é assinada por Glen Powell (Set It Up) e Michael Waldron (Loki, Doctor Strange in the Multiverse of Madness), que também atuam como produtores executivos ao lado de Eli e Peyton Manning. Tony Yacenda (American Vandal, On My Block) dirige a produção, garantindo ritmo e fluidez entre cenas cômicas e momentos de tensão esportiva. A trilha sonora é de Natalie Holt (Loki, Obi-Wan Kenobi), e a edição de Patrick Tuck (WandaVision, American Vandal) mantém a narrativa envolvente. Cada detalhe do cenário e da ambientação foi cuidadosamente pensado para criar a atmosfera autêntica do futebol universitário americano.

Embora a série seja repleta de humor, o riso nunca é gratuito. As situações cômicas surgem do conflito entre identidade, expectativas e habilidades esportivas de Russ/Chad. É uma comédia que também fala sobre empatia, aprendizado e superação, permitindo que o público se identifique com personagens que erram, tentam se reinventar e enfrentam desafios de forma criativa.


No Conversa com Bial desta segunda (04/08), Fernanda Keller e Fernanda Maciel contam suas histórias de superação e amor pelos desafios

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Foto: Reprodução/ Internet

Na noite desta segunda, 4 de agosto de 2025, o programa Conversa com Bial abre espaço para um encontro raro e inspirador: duas mulheres que desafiam limites físicos e mentais, que vivem intensamente o esporte como forma de vida e transformação. De um lado, Fernanda Keller, a incansável triatleta que há décadas desafia as provas mais difíceis do planeta; do outro, Fernanda Maciel, ultramaratonista e alpinista que corre entre os picos mais altos do mundo como quem respira. Com simplicidade e profundidade, as duas dividiram não apenas números e títulos, mas emoções, histórias de superação e o que realmente as move para seguir em frente, mesmo diante das maiores dificuldades.

Fernanda Keller: a mulher que faz do triatlo uma missão de vida

Keller é sinônimo de resistência. Aos 60 anos, a carioca de Niterói carrega no corpo e na alma a experiência de quem já viveu dezenas de Ironmans — competições que combinam natação, ciclismo e corrida por horas a fio. Ela não é só uma atleta; é uma lenda viva do triatlo mundial, reconhecida por ter participado 23 vezes consecutivas do Ironman do Havaí, e por ter terminado 14 vezes entre as 10 melhores do mundo.

No programa, Fernanda vai falar com a serenidade de quem conhece a dor, mas não se deixa vencer por ela. Ela conta como o esporte transformou sua vida e como a disciplina e o foco são aliados essenciais em cada prova, seja a mais dura ou a mais simples. Mas seu legado vai além das medalhas: ela criou o Instituto Fernanda Keller, que há mais de 25 anos oferece gratuitamente aulas de triatlo para crianças e jovens de comunidades carentes em Niterói.

Fernanda Maciel: entre montanhas e ultramaratonas, a coragem que corre no sangue

Enquanto Keller é a rainha das distâncias no triatlo, Fernanda Maciel é a mulher que desafia os limites da corrida e da escalada pelas alturas do mundo. Mineira de Belo Horizonte, ela começou a correr quando criança, inicialmente para escapar do transporte escolar e treinar ginástica. Mais tarde, virou ultramaratonista, especialista em correr por trilhas íngremes e terrenos selvagens.

Com um currículo impressionante, a moça é detentora de recordes femininos de velocidade em montanhas como o Aconcágua, Kilimanjaro, Monte Vinson e o Monte Elbrus. Em seu projeto Seven Summits, busca estabelecer o recorde mais rápido para mulheres nos sete picos mais altos de cada continente — uma jornada que é também um manifesto de amor à natureza e consciência ambiental.

A atleta fala sobre os desafios que enfrentou, incluindo um grave acidente em 2021 que a deixou com sequelas temporárias e a obrigou a uma recuperação difícil.

O que move quem vive para vencer limites?

Ao longo da conversa, as duas Fernandas dividiram uma visão parecida: não se trata apenas de competir ou ganhar medalhas. O que realmente importa é a conexão consigo mesma, o prazer de descobrir do que se é capaz e a sensação de que, mesmo quando o corpo grita por descanso, a alma encontra força para continuar.

Keller confessa que a maior vitória é poder inspirar outras pessoas a nunca desistirem, independentemente das adversidades. Já Maciel destacou que o esporte é sua forma de dialogar com o mundo e de defender a preservação do meio ambiente — um chamado urgente e apaixonado.

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