Entre Duas Mulheres | Chloé Robichaud traz frescor e coragem em nova comédia sobre desejo e liberdade feminina

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A partir do dia 13 de novembro de 2025, o público brasileiro poderá conferir nos cinemas Entre Duas Mulheres, nova comédia da diretora canadense Chloé Robichaud, uma das vozes mais potentes do cinema contemporâneo. O longa, um remake do clássico quebequense de 1970, revisita a história de duas mulheres aparentemente acomodadas que decidem desafiar o que se espera delas — e, no processo, redescobrem o prazer de viver.

A trama acompanha Violette (Karine Gonthier-Hyndman), que tenta se equilibrar entre a maternidade e a perda de si mesma, e Florence (Laurence Leboeuf), uma vizinha que enfrenta uma depressão silenciosa. Ambas têm vidas estáveis, parceiros presentes e carreiras consolidadas — mas também carregam o vazio de quem vive conforme o roteiro dos outros.

O ponto de virada surge de forma inesperada: um entregador bate à porta e muda tudo. O encontro, que poderia ser apenas um flerte passageiro, se transforma em uma espécie de despertar. A partir daí, as duas iniciam uma jornada que mistura desejo, cumplicidade e um questionamento profundo sobre o que realmente as faz felizes.

Robichaud conduz essa história com o mesmo olhar sensível que marcou seus trabalhos anteriores, transformando temas pesados — como o tédio conjugal, a solidão e o papel da mulher moderna — em uma narrativa leve, provocante e cheia de humor. O riso, aqui, não é fuga; é resistência.

A diretora, premiada no Festival de Sundance, aposta em uma comédia que fala de prazer sem culpa, de maternidade sem romantização e de amor sem regras. É uma obra que entende o humor como ferramenta de empatia, e não de julgamento.

Um elenco que vibra autenticidade

O elenco feminino é o coração pulsante do filme. Karine Gonthier-Hyndman e Laurence Leboeuf entregam performances intensas e cheias de nuances, dando às personagens uma humanidade rara — mulheres que oscilam entre o riso e o choro, o desejo e o medo, o impulso e a dúvida.

Ao lado delas, estão Félix Moati, Mani Soleymanlou, Juliette Gariépy e a premiada Sophie Nélisse (A Menina que Roubava Livros, Yellowjackets), que reforçam o elenco com interpretações vibrantes e cheias de verdade.

Um olhar feminino sobre o corpo e o desejo

Mais do que uma comédia romântica, Entre Duas Mulheres é um manifesto sobre a autonomia feminina. Baseado na peça de Catherine Léger, o roteiro questiona como o mundo contemporâneo lida com o desejo e a monogamia, e o quanto as mulheres ainda se sentem presas a papéis antigos — mesmo em tempos de aparente liberdade.

Chloé Robichaud filma tudo em 35mm, com uma estética quente e naturalista que valoriza o toque, a pele, o gesto cotidiano. A câmera da diretora Sara Mishara recusa o olhar voyeur e transforma o corpo feminino em território de expressão, e não de exposição. A ambientação em uma cooperativa habitacional ecológica reforça o contraste entre o ideal de coletividade e a necessidade de se afirmar como indivíduo.

Scarlet, o novo épico de Mamoru Hosoda, ganha trailer ao som de Mana Ashida

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O premiado diretor japonês Mamoru Hosoda, responsável por algumas das obras mais sensíveis e inventivas da animação contemporânea, está de volta com um novo projeto que promete emocionar o público. Seu próximo filme, Scarlet, ganhou um trailer inédito ao som de “Hateshi naki”, canção-tema interpretada pela atriz e cantora Mana Ashida, que também dá voz à protagonista. Abaixo, confira o vídeo:

Produzido pelo Studio Chizu, o longa tem estreia marcada para 21 de novembro de 2025 no Japão e já vem sendo apontado como um dos títulos mais aguardados do ano. No Brasil, a previsão é que o filme chegue aos cinemas apenas em 2026, ainda sem data definida. As informações são do site O Vício.

Uma fábula sobre vingança, tempo e redenção

Descrito como uma mistura de fantasia medieval e ficção temporal, a trama acompanha a jornada de uma princesa espadachim que viaja através do tempo e do espaço em busca de vingança pelo assassinato do pai. No entanto, o destino a conduz a um confronto mais profundo — não apenas com o inimigo, mas com os próprios sentimentos que a movem.

Após uma batalha que a deixa gravemente ferida, Scarlet desperta em um mundo moderno e surreal, onde conhece um jovem idealista que a ajuda a reencontrar seu propósito. É nesse encontro improvável entre eras e ideais que a protagonista começa a questionar o peso da vingança e o verdadeiro significado de liberdade.

Combinando ação, emoção e filosofia, Hosoda constrói um conto épico sobre a dor e a cura — temas recorrentes em sua filmografia, mas agora revisitados sob uma perspectiva mais sombria e madura.

O mestre da emoção

Para quem acompanha o cinema japonês, o nome Mamoru dispensa apresentações. O diretor já foi aclamado por produções como Guerras de Verão (2009), Crianças Lobo (2012) e o visualmente deslumbrante BELLE (2021), que foi indicado ao Oscar e consolidou Hosoda como um dos grandes contadores de histórias da atualidade.

Em Scarlet, ele assina tanto o roteiro quanto a direção, mergulhando novamente em suas obsessões criativas: o choque entre mundos, o amadurecimento emocional e as relações humanas diante do impossível. “Quis explorar o que resta de nós quando tiramos tudo — a glória, o poder e o tempo. Scarlet é sobre o que sobra: a alma”, declarou o diretor em entrevista recente à imprensa japonesa.

Recepção antecipada e trilha sonora poderosa

Apresentado fora de competição no 82º Festival de Veneza, o longa arrancou aplausos de pé e elogios por sua direção artística e pela performance vocal de Mana Ashida, que já havia trabalhado com Hosoda em O Menino e o Mundo dos Demônios. A canção “Hateshi naki”, composta especialmente para o filme, tem sido descrita como um hino de esperança após a dor, e promete marcar presença entre as trilhas mais memoráveis do cinema japonês recente.

Lançamento internacional e planos futuros

A distribuição japonesa ficará por conta da Toho, enquanto a Sony Pictures Classics será responsável pelo lançamento internacional, com uma exibição especial de qualificação a prêmios prevista para o fim de 2025. O lançamento comercial fora do Japão deve ocorrer em fevereiro de 2026, com forte aposta em festivais e indicações.

No Programa Silvio Santos de domingo (03/08), Patrícia Abravanel recebe Alexandre Pires, homenageia o grupo Raça Negra e lança nova estrela

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Neste domingo, 3 de agosto de 2025, o público de todo o Brasil tem um encontro marcado com a tradição, a música e a emoção em mais uma edição especial do “Programa Silvio Santos”. Sob o comando de Patrícia Abravanel, que vem ganhando cada vez mais espaço e desenvoltura no palco herdado do pai, a atração promete uma noite recheada de surpresas, homenagens e momentos que celebram a música popular brasileira em suas mais diversas formas. As informações são do O Planeta TV.

Desde a estreia do comando de Patricia, o programa tem passado por uma revitalização sutil, mas consistente, que mantém a essência que consagrou o formato, mas também imprime uma nova identidade, feita para um público mais jovem, sem perder o charme das gerações que acompanham o “Programa Silvio Santos” há décadas.

Alexandre Pires

Um dos grandes nomes confirmados para esta edição é o cantor Alexandre Pires, que retorna ao palco da atração para uma participação especial, trazendo sua voz única e um repertório que faz todo mundo cantar junto. Para quem cresceu nos anos 1990 e início dos anos 2000, o nome Alexandre Pires é sinônimo de sucesso, ritmo e emoção.

O cantor ficou mundialmente conhecido à frente do grupo Só Pra Contrariar (SPC), uma das maiores bandas de pagode da história do Brasil, responsável por clássicos que marcaram época e até hoje embalam festas, rádios e playlists. Músicas como “Depois do Prazer”, “Que Se Chama Amor” e “Mineirinho” são verdadeiros hinos para diferentes gerações, e nesta edição do programa, o público terá a oportunidade de reviver esses momentos com uma apresentação ao vivo, repleta de energia e emoção.

Além dos grandes sucessos que marcaram sua carreira com o SPC, Alexandre também aproveita a ocasião para apresentar novidades de sua trajetória solo, como a música “Beijo de Outro Ângulo”, parceria recente com o cantor sertanejo Murilo Huff. Essa mistura de estilos reforça a versatilidade do artista, que transita com naturalidade entre o samba, o pagode, o pop e o sertanejo, conquistando fãs de diferentes públicos.

Entre uma música e outra, Alexandre Pires participará dos quadros do programa, que são a marca registrada do “Silvio Santos”. Com muito bom humor e carisma, ele interage com Patricia Abravanel, contando histórias de bastidores, desafios da carreira e momentos curiosos que viveu ao longo dos anos. Essa troca descontraída faz parte do charme do programa e aproxima o artista do público, criando uma atmosfera intimista e divertida.

Raça Negra: a história de um ícone da música brasileira em homenagem emocionante

Outro ponto alto da edição será a homenagem ao grupo Raça Negra, um dos nomes mais respeitados e queridos da música popular brasileira. Com quase 40 anos de carreira, a banda tem uma trajetória marcada por sucessos incontestáveis e uma legião de fãs fiéis espalhados por todo o país.

Formado na década de 1980, o Raça Negra é reconhecido por ter popularizado o pagode romântico, com canções que falam diretamente ao coração e que se tornaram trilhas sonoras de histórias de amor, festas e encontros familiares. Hits como “Cheia de Manias”, “Cigana” e “É Tarde Demais” atravessam décadas e continuam em alta, seja nas rádios, nas plataformas digitais ou nas apresentações ao vivo.

A homenagem no programa promete ser uma celebração da carreira e do legado do grupo, com uma retrospectiva que inclui imagens raras, depoimentos emocionados dos integrantes e convidados especiais, além de manifestações dos fãs. A produção preparou ainda surpresas ao vivo, que certamente vão comover a plateia e quem assiste de casa.

Não Erre a Letra

Para os fãs dos quadros tradicionais do programa, uma novidade que promete divertir é a estreia do influenciador e cantor André Marinho no quadro “Não Erre a Letra”. Ex-integrante do grupo pop Br’oz, André traz seu carisma e talento para um desafio que mistura música, memória e bom humor.

O quadro “Não Erre a Letra” é conhecido por colocar artistas e convidados à prova para que eles cantem músicas populares, mas com letras embaralhadas, desafiando o conhecimento e a rapidez de raciocínio dos participantes. É um momento que sempre gera risadas, momentos espontâneos e muita interação com a plateia.

André, que hoje atua também como influenciador digital, promete trazer uma energia nova e leve para o quadro, encantando o público com sua simpatia e capacidade de improvisação. A participação dele traz ainda uma conexão especial para quem acompanha a música pop brasileira dos anos 2000, pois o Br’oz marcou época com seus hits e impacto na cultura jovem daquela época.

Patricia Abravanel: construindo seu espaço com carisma e naturalidade

Desde que assumiu o comando do programa, a filha de Silvio Santos vem mostrando sua habilidade natural para conduzir a atração sem perder a leveza, o humor e a emoção que são marcas registradas da atração. Mais do que herdeira do nome e do legado, a apresentadora tem conquistado o público com sua espontaneidade, carisma e capacidade de lidar com diferentes momentos, do humor descontraído às homenagens emocionantes.

Patricia conversa com o público e os convidados de um jeito simples e direto, como se estivesse falando com amigos em casa, o que deixa o clima do programa sempre leve e acolhedor — uma das maiores qualidades do “Programa Silvio Santos”. E, ao mesmo tempo, ela dá sua cara ao programa, mostrando que está no comando com segurança e que o legado está em boas mãos para continuar conquistando gerações.

Nova temporada de Os Feiticeiros Além de Waverly Place ganha teaser e revela novos personagens

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No universo da televisão infantojuvenil, poucas séries conseguiram deixar uma marca tão sólida quanto Os Feiticeiros de Waverly Place. Lançada em 2007, a produção da Disney conquistou fãs ao redor do mundo por sua mistura inteligente de humor, fantasia e histórias de família. Mais de uma década após o fim da série original, chega agora Os Feiticeiros Além de Waverly Place, que retoma a magia, os mistérios e os personagens que conquistaram gerações — mas com uma abordagem atualizada para os desafios do século 21.

A segunda temporada acaba de ganhar um teaser inédito, que você pode conferir logo abaixo, e está deixando os fãs curiosos, oferecendo um gostinho do que está por vir. Para aumentar ainda mais a expectativa, o elenco foi reforçado com novos personagens cheios de carisma e energia, que prometem agitar o universo mágico dos Russo.

A nova temporada, que estreia no Disney+ em 8 de outubro de 2025, traz um olhar mais maduro, com novos personagens que expandem o universo mágico dos Russo, ao mesmo tempo em que oferece reencontros com os rostos queridos da série original, como Alex e Justin Russo, interpretados novamente por Selena Gomez e David Henrie.

A série original sempre se destacou por sua capacidade de equilibrar elementos fantásticos e cotidianos. Os protagonistas não eram apenas jovens feiticeiros poderosos, mas também adolescentes lidando com as complicações da escola, amizades, primeiros amores e conflitos familiares. Isso criou uma conexão genuína com o público jovem que cresceu acompanhando suas histórias.

A nova temporada mantém essa essência, mas também a amplia para refletir as complexidades de uma geração que vive em um mundo digitalizado, globalizado e repleto de novas perspectivas sobre identidade, diversidade e responsabilidades. Além disso, o amadurecimento dos personagens originais, agora adultos, adiciona camadas emocionais e dramáticas que enriquecem o enredo.

Reencontros que emocionam

Para os fãs de longa data, rever Alex e Justin Russo em cena é uma oportunidade para relembrar a jornada de crescimento deles, agora em novos estágios da vida. Alex, que na série original era a feiticeira rebelde e destemida, retorna com sua energia vibrante, porém mais sábia, pronta para enfrentar os novos desafios e ajudar uma nova geração a descobrir seus poderes.

Justin, por sua vez, escolheu abrir mão da magia para levar uma vida normal, dedicando-se à família. Essa escolha traz um contraste fascinante entre os irmãos: um abraçando o mundo mágico, o outro preferindo o ordinário. Essa dinâmica familiar, construída em torno de decisões e consequências, aproxima o público ao mostrar que cada escolha tem seus prós e contras, especialmente quando se trata de equilibrar dons especiais com responsabilidades pessoais.

Outro momento que aquece o coração dos fãs é o retorno de Jerry Russo, o patriarca e mentor da família, interpretado por David DeLuise. Sua presença reafirma a importância da herança e das raízes na construção do mundo mágico dos Russo, ao mesmo tempo em que oferece humor e sabedoria.

Personagens novos

A nova geração de feiticeiros chega para dar continuidade à saga, mas também para renovar a trama com suas próprias histórias e conflitos. Billie, interpretada por Janice LeAnn Brown, é o grande destaque — uma jovem feiticeira rebelde que desafia as regras e os costumes do mundo mágico. Sua chegada ao universo dos Russo coloca em movimento uma série de acontecimentos que prometem balançar as estruturas estabelecidas.

Billie representa a inquietude e o desejo de liberdade que muitos jovens sentem, e a série utiliza sua jornada para abordar temas importantes como autodescoberta, identidade e pertencimento. Sua relação com Winter (Taylor Cora), melhor amiga e confidente, reforça a importância da amizade e do apoio em tempos de transformação.

Os filhos de Justin, Roman (Alkaio Thiele) e Milo (Max Matenko), também trazem uma visão fresca sobre crescer entre o mundo mágico e o mundano. Suas experiências mostram as dúvidas e alegrias de crescer num lar onde a magia faz parte da rotina, mas onde as responsabilidades comuns também têm seu espaço.

A produção por trás da magia

O retorno dos Feiticeiros de Waverly Place não aconteceu por acaso. Os criadores Jed Elinoff e Scott Thomas foram cuidadosos para que a série mantivesse o espírito original, ao mesmo tempo em que se adaptasse às demandas atuais do público e do mercado.

Dirigido por Andy Fickman no piloto, o projeto ganhou uma equipe diversa e experiente, incluindo a presença de nomes como Raven-Symoné e Danielle Fishel na direção de alguns episódios, trazendo experiências variadas que enriquecem o universo da série.

A produção, filmada em Los Angeles, contou com cuidados especiais na criação dos efeitos visuais e na ambientação, para oferecer um espetáculo que agrade tanto aos fãs antigos quanto às novas gerações. A diversidade no elenco é outra conquista importante, refletindo um mundo mais plural e inclusivo.

Temas que atravessam gerações

Embora a magia seja o elemento central, a produção não se limita ao fantástico. A série aborda temas universais como a importância da família, o valor da amizade, o desafio de crescer e fazer escolhas, além de questões contemporâneas, como a busca por identidade, a aceitação das diferenças e o equilíbrio entre o tradicional e o moderno.

A trama também explora o dilema de viver entre dois mundos: o mágico e o comum. Muitos personagens se veem divididos entre aceitar seus dons ou tentar levar uma vida “normal”, tema que ecoa as dúvidas reais de jovens que enfrentam pressões para se conformar ou se destacar.

Sessão da Tarde de Natal aposta em emoção e magia com “Genie – A Magia do Natal” nesta quarta (24)

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Na véspera de Natal, a Sessão da Tarde desta quarta-feira, 24 de dezembro, convida o público a desacelerar e refletir sobre o verdadeiro significado das festas de fim de ano com a exibição de Genie – A Magia do Natal. Mais do que uma fantasia leve, o filme propõe uma jornada sensível sobre escolhas, prioridades e a importância de valorizar o que realmente importa quando o tempo parece sempre insuficiente.

Lançado em 2023, o longa é dirigido por Sam Boyd e tem roteiro assinado por Richard Curtis, conhecido mundialmente por histórias que equilibram humor, afeto e humanidade. Ambientado em uma Nova York moderna e agitada, o filme atualiza um antigo conto natalino para os dilemas contemporâneos, especialmente aqueles vividos por quem se vê consumido pelo trabalho e pela busca incessante por sucesso.

O protagonista da história é Bernard, interpretado por Paapa Essiedu, um homem competente e ambicioso que trabalha em uma prestigiada casa de leilões. À primeira vista, sua vida profissional parece bem-sucedida, mas o preço cobrado é alto. Bernard vive sob pressão constante, tenta atender às exigências exageradas de seu chefe e acaba abrindo mão de momentos essenciais ao lado da família. O trabalho deixa de ser apenas uma ocupação e passa a dominar completamente sua rotina e seus pensamentos.

Esse desequilíbrio se torna evidente no aniversário de sua filha, Eve, quando Bernard chega atrasado, esgotado e sem sequer lembrar do presente prometido. O constrangimento daquele momento é mais do que um detalhe: ele simboliza a distância emocional que se formou entre pai e filha. Sua esposa, Julie, interpretada por Denée Benton, já cansada das ausências e promessas não cumpridas, se sente invisível dentro do próprio casamento. Pouco depois, a família se fragmenta, e Bernard se vê sozinho, tentando entender onde tudo começou a dar errado.

Como se não bastasse o colapso familiar, o protagonista também perde o emprego. A demissão surge como um golpe duro, mas necessário, desmontando a falsa sensação de segurança que ele acreditava ter construído. É nesse momento de fragilidade que o elemento fantástico surge de forma inesperada. Ao mexer em uma antiga caixa guardada em casa, Bernard liberta Flora, uma gênia com mais de dois mil anos de existência, interpretada com carisma por Melissa McCarthy.

Diferente da imagem clássica de gênios obedientes e silenciosos, Flora é expansiva, irônica, emotiva e cheia de personalidade. Ela explica que pode realizar desejos sem limites, mas deixa claro que a magia não substitui decisões conscientes. Ainda assim, Bernard, tomado pelo desespero de consertar tudo rapidamente, passa a usar os desejos de forma impulsiva, acreditando que soluções mágicas resolverão problemas construídos ao longo de anos.

Os resultados, como era de se esperar, nem sempre saem como o planejado. Alguns desejos acabam gerando situações caóticas e cômicas, criando momentos de humor que aliviam o tom dramático da narrativa. No entanto, por trás das trapalhadas, o filme constrói uma crítica clara à ideia de que felicidade pode ser alcançada por atalhos. Cada erro de Bernard reforça que não existe magia capaz de substituir presença, diálogo e responsabilidade emocional.

Com o passar do tempo, Bernard começa a enxergar além de seus próprios interesses. Ele se reaproxima da filha, passa a ouvir mais e a participar de pequenos momentos que antes ignorava. Paralelamente, decide usar alguns desejos para ajudar outras pessoas, realizando sonhos simples de Natal e oferecendo acolhimento a quem vive à margem da sociedade. Esses gestos, embora mágicos em sua execução, são profundamente humanos em sua intenção.

Flora também passa por uma transformação significativa. Após séculos sendo usada apenas como ferramenta para satisfazer vontades alheias, ela experimenta algo novo: pertencimento. Pela primeira vez, alguém demonstra preocupação genuína com seus sentimentos. A gênia desenvolve laços, cria conexões e até se permite viver um romance inesperado, mostrando que o desejo de amar e ser amada atravessa o tempo, a idade e até a imortalidade.

O ponto mais tocante da história acontece quando Bernard percebe que Flora carrega uma solidão silenciosa. Em um gesto de empatia e amadurecimento, ele faz um desejo que não beneficia diretamente a si mesmo: libertá-la. Esse momento marca a verdadeira mudança do personagem, que finalmente entende que amar também é saber abrir mão e pensar no bem do outro.

Mesmo após libertar Flora, Bernard ainda tem desejos restantes. Ao invés de buscar riqueza ou status, ele decide voltar no tempo e reviver um momento crucial: o aniversário da filha. Desta vez, faz escolhas diferentes. Abandona o emprego que o consumia, coloca a família em primeiro lugar e oferece à filha um presente simples, mas carregado de significado. O filme deixa claro que o valor daquele gesto não está no objeto, mas na intenção e no tempo dedicado.

Genie – A Magia do Natal encerra sua história com uma mensagem acolhedora e necessária, especialmente em tempos acelerados. O longa lembra que sucesso profissional perde o sentido quando não há alguém com quem compartilhá-lo e que o verdadeiro espírito natalino está nos encontros, no cuidado e na capacidade de recomeçar.

John Malkovich protagoniza a delicada comédia francesa Sr. Blake ao Seu Dispor, que estreia nos cinemas em setembro

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Não é fácil recomeçar depois de uma grande perda. Ainda mais quando se carrega a impressão de que já se viveu tudo o que havia para ser vivido. Em Sr. Blake ao Seu Dispor, o personagem principal não está em busca de aventura, sucesso ou redenção. Ele só quer, de algum modo, continuar existindo – mesmo que do outro lado do mar, fingindo ser alguém que nunca foi. E é exatamente nesse impulso silencioso que nasce uma das comédias dramáticas mais delicadas do ano, que estreia no Brasil no dia 18 de setembro, com distribuição da Mares Filmes.

O luto que transborda no silêncio

Andrew Blake é um senhor britânico como tantos outros. Elegante, educado, eficiente. Por fora, é o tipo de homem que já aprendeu a esconder tudo o que sente. Mas, por dentro, está estilhaçado. Desde a morte da esposa, Diane, ele se arrasta pelos dias com o peso do vazio. O lar se transformou em mausoléu. O trabalho, em repetição sem sentido. Então, ele toma uma decisão: voltar à França, ao lugar onde conheceu Diane e foi feliz.

Mas o reencontro com as memórias não acontece como ele imagina. Para permanecer na propriedade que hoje pertence a outra pessoa, Blake precisa aceitar o cargo de mordomo. É nesse gesto simples — o de servir — que ele encontra, quase sem querer, um novo caminho para viver.

Uma casa, seus habitantes e os afetos possíveis

A mansão para a qual Blake vai trabalhar não é apenas um cenário bonito. Ela pulsa. Como ele, é uma estrutura que já viu tempos melhores. Dentro dela, vivem personagens tão machucados quanto gentis, cada um à sua maneira. Nathalie (interpretada pela inesquecível Fanny Ardant), a dona da casa, esconde uma alma fraturada por trás de uma fachada firme. Odile (Émilie Dequenne), a governanta, tenta manter a ordem enquanto o caos lhe habita. Philippe (Philippe Bas), o jardineiro, cultiva mais do que plantas — cultiva feridas antigas. E Manon (Eugénie Anselin), jovem e intensa, desafia a rigidez com sua espontaneidade.

Juntos, eles formam uma espécie de família torta. Não por laços de sangue, mas por necessidade. Uma necessidade mútua de acolhimento, mesmo que silencioso. E Blake, que chegou ali para fugir do mundo, começa a fazer parte dele outra vez.

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John Malkovich em seu papel mais vulnerável

É surpreendente que, depois de tantas décadas de carreira e performances marcantes, John Malkovich nunca tenha protagonizado um filme francês. Em Sr. Blake ao Seu Dispor, ele não só fala francês com naturalidade (ainda que com sotaque), como entrega uma atuação de uma ternura que não se vê todos os dias. Há algo no jeito contido com que ele vive Blake que nos toca profundamente. Não porque ele dramatize a dor, mas porque a deixa escorrer pelas entrelinhas.

Há momentos em que ele olha pela janela, ou limpa a louça, ou apenas respira — e tudo isso diz mais do que muitos roteiros inteiros. Não é o tipo de performance que grita para ser notada. É a performance que se planta devagar, cresce aos poucos, e floresce depois que o filme termina.

Gilles Legardinier e a coragem de contar histórias pequenas

Gilles Legardinier é um nome conhecido na literatura francesa. Seu livro Complètement Cramé!, lançado em 2012, foi traduzido para 17 idiomas e tocou milhares de leitores com seu tom caloroso. Agora, pela primeira vez, ele se aventura na direção de um longa. E acerta, justamente, por não querer impressionar.

A trama não é um filme para premiações grandiosas ou bilheterias estrondosas. É um filme para quem tem tempo. Para quem topa desacelerar. Para quem sabe que algumas das maiores transformações acontecem no silêncio de uma cozinha, num passeio pelo jardim ou em uma conversa sem palavras.

Legardinier filma com amor. Amor pelas pessoas comuns, pelos gestos cotidianos, pelas casas antigas, pelas relações improváveis. Ele nos lembra que viver é, muitas vezes, simplesmente estar disponível — ao outro, ao acaso, àquilo que a gente não entende de primeira.

O humor que aquece, não escapa

Apesar de ser rotulado como comédia dramática, o riso em Sr. Blake ao Seu Dispor nunca vem da zombaria. Ele nasce do constrangimento, da falha, do não saber. Rimos porque reconhecemos aqueles tropeços em nós mesmos. Rimos com ternura, nunca com crueldade.

Há algo profundamente humano nas situações pelas quais Blake passa. Ele erra a ordem dos talheres, confunde nomes, fica sem saber onde colocar as mãos. Mas, no fundo, tudo isso fala sobre outra coisa: a dificuldade que todos temos de encontrar nosso lugar quando a vida muda sem pedir licença.

Uma história que cruza fronteiras com gentileza

O filme estreou na França em novembro de 2023 e já passou por festivais na Polônia, nos Estados Unidos e em outros países da Europa. Sua bilheteria, de pouco menos de US$ 3 milhões, não reflete sua importância. E talvez seja isso que o torne tão necessário hoje. Em tempos de urgência, de barulho, de exagero, este é um filme que fala baixo. Que acolhe. Que nos convida a cuidar — dos outros e de nós mesmos.

Festival Ilustra Plaza inicia hoje (4) no Plaza Shopping com muita cultura geek e K-pop

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O Plaza Shopping se transforma a partir de hoje, 4 de setembro, em um verdadeiro ponto de encontro da cultura pop. Começa oficialmente a primeira edição do Festival Ilustra Plaza, evento que promete encantar fãs de cultura geek, animes, doramas e K-pop, reunindo arte, música, gastronomia e experiências interativas até o dia 14 de setembro. E o melhor: a entrada é totalmente gratuita.

O festival é a evolução do projeto Ilustra Plaza, que vem acontecendo desde 2017, e ganha agora uma estrutura completa, pensada para acolher tanto o público quanto os artistas com conforto e variedade de atrações. Mais de 20 ilustradores e artistas independentes de Recife, João Pessoa e Fortaleza participam do evento, oferecendo quadrinhos, prints, action figures e obras originais, em um espaço que se transforma em um verdadeiro corredor de criatividade e inspiração.

Segundo Bianca Branco, produtora e responsável pela curadoria do festival, “o objetivo é criar um ambiente de interação direta entre artistas e público, valorizando o talento local e mostrando a diversidade da arte contemporânea”. Ela também é responsável pela curadoria gastronômica do evento, ao lado de Pedro Figueiredo, conhecido por organizar eventos culturais de grande porte, como a Feira Japonesa e o Festival Orgulho Nerd.

Entretenimento diversificado para todas as idades

O evento contará com uma game zone equipada com fliperamas clássicos e modernos, karaokês, quizzes interativos sobre doramas e K-pop, desafios de Just Dance e exibições de AMVs de animes e MVs de K-pop. Tudo isso de maneira gratuita, permitindo que fãs de diferentes idades e interesses aproveitem cada atração.

Palco ao vivo com música e performances

O palco do festival será um dos principais pontos de encontro, com apresentações de quinta a domingo, das 15h às 22h. Entre as atrações confirmadas estão Faster Z (BTS Cover), Banda Izanagi e Rentaiko – Percussão Japonesa, garantindo um mix de música ao vivo que agrada aos fãs de diferentes estilos. Além disso, o espaço também receberá bate-papos com ilustradores, performances de dança K-pop e atividades interativas, promovendo a aproximação entre público e artistas.

Cosplays: expressão e criatividade

O Festival Ilustra Plaza também dá destaque à tradição dos cosplays. Os interessados podem participar de um desfile especial marcado para o domingo, 14 de setembro. Antes disso, haverá uma triagem no sábado, 6 de setembro, para avaliar interpretação, figurino e performance. Os aprovados terão a oportunidade de subir ao palco e mostrar toda a criatividade e paixão pelos personagens.

“Os cosplays são uma forma de expressão artística e cultural, permitindo que os fãs compartilhem sua paixão por animes, mangás, games e K-pop, além de interagir com outros entusiastas”, afirma Bianca Branco.

Gastronomia asiática para completar a experiência

O Ilustra Plaza também investe em uma experiência gastronômica completa, inspirada na culinária asiática em formato street food. Entre os destaques estão Wassabi Sushi Store (onigiri), Hakata (lámen, yakisoba e guioza), Pandas (culinária coreana), Tokoyaki Brothers (tokoyaki), Kokay (taiyaki, dango e mochi), Takayuki Sushi (donburi oishi e maguro oishi) e Doce Nuvem (algodão doce). A diversidade de sabores garante que o público desfrute de uma verdadeira imersão nos sabores do universo geek e asiático.

Lojas especializadas e produtos geek

O festival também contará com lojas dedicadas à cultura pop, como Geek Mundo, Bakamoon, Korea Shop, Sebo do Anderson, Banca Zapp e Top Games, oferecendo quadrinhos, action figures, jogos e produtos de K-pop para colecionadores e fãs de todas as idades.

Uma experiência completa

Com arte, música, performances, gastronomia e atividades interativas, o Festival Ilustra Plaza chega para consolidar o Plaza Shopping como um ponto de encontro da cultura pop e geek no Recife. O evento começa hoje, e quem passar pelo shopping poderá vivenciar uma programação intensa e diversificada, perfeita para reunir amigos, família e fãs em torno da cultura geek e asiática.

Felca quebra o silêncio no Altas Horas e comenta vídeo sobre denúncia de exploração de menores na internet

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Na manhã desta sexta-feira (15), o influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Nata Vicente, foram detidos pela polícia em um caso que rapidamente ganhou repercussão nacional. A prisão acontece após denúncias de exposição de crianças e suspeita de exploração em vídeos compartilhados na internet, e despertou debates sobre os limites da exposição infantil, ética digital e responsabilidade dos adultos nas redes sociais. O episódio que desencadeou a prisão começou com a publicação de um vídeo pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, de 26 anos, mais conhecido como Felca. Intitulado “Adultização”, o conteúdo critica a forma como crianças são expostas em plataformas digitais, muitas vezes com atitudes ou roupas que remetem a comportamentos de adultos.

“Quando eu vi o que estava acontecendo, senti uma indignação imediata. Não podia ficar calado”, disse Felca durante entrevista ao programa Altas Horas, onde falou pela primeira vez sobre o caso em televisão aberta. “Se você não sente indignação, você não é um ser humano. Eu, como senti e tinha um público, simplesmente liguei a câmera e falei.” Segundo ele, a indignação diante do que considerava uma violação da infância o motivou a agir, mesmo sabendo que enfrentaria críticas e ameaças.

No vídeo que viralizou, o influenciador alerta para o que chamou de adultização das crianças nas redes sociais, expondo menores em contextos inadequados. Ele explicou que, mesmo quando não há intenção direta de sexualização, a simples exposição repetida torna os jovens vulneráveis a assédios, exploração e comentários maliciosos. “Não é só um vídeo engraçado. São crianças que estão sendo colocadas em um palco público sem entender os riscos. Quem tem que cuidar disso somos nós, adultos responsáveis”, afirmou. Ele destacou que a repercussão foi intensa: “Algumas pessoas tentaram me difamar, me ameaçaram, mas eu sabia que era um assunto sério e que precisava ser exposto. Não é fácil, mas a prioridade é proteger essas crianças. Quem deve ter medo não é quem denuncia, mas quem explora crianças. Quem está errado precisa ser responsabilizado.”

O vídeo viralizou rapidamente e alcançou milhares de visualizações em poucos dias. Felca comentou que recebeu mensagens de apoio e relatos de famílias que assistiram ao conteúdo juntas, mostrando que o tema mexe com a sociedade de forma ampla. Ele observou que muitas pessoas enviaram fotos assistindo ao vídeo na horizontal, um formato incomum que indica consumo em telas maiores, possivelmente em grupos familiares. “Ver famílias assistindo juntas mostra que estamos gerando reflexão. Isso é raro na internet, onde a maioria do conteúdo é consumida de forma rápida e individual”, contou Felca. Ele destacou ainda que a repercussão contribuiu para que autoridades analisassem a situação e agissem de forma concreta, resultando na prisão do influenciador e de seu marido. “Quando a denúncia é feita de maneira responsável, ela pode gerar mudanças reais. Isso é muito gratificante”, disse.

Convidado por Serginho Groisman, o influenciador participou do Altas Horas, que vai ao ar na noite deste sábado (16). Durante o programa, ele explicou sua motivação e falou sobre os desafios de lidar com a exposição pública de um tema sensível. “Não é sobre buscar fama ou likes. É sobre proteger pessoas que não têm como se proteger sozinhas. Quando eu vi que crianças estavam em risco, eu sabia que precisava agir”, afirmou. Felca também comentou sobre as ameaças recebidas: “Alguns ficaram incomodados, algumas pessoas me ameaçaram ou tentaram me difamar. Mas, sinceramente, eu não tenho medo. Quem deve ter medo são aqueles que exploram crianças. Denunciar é o mínimo que podemos fazer.”

Felipe Bressanim Pereira nasceu em Londrina, no norte do Paraná. Aos 26 anos, ele construiu sua carreira como youtuber e humorista, combinando entretenimento e engajamento social. Recentemente, passou a usar sua visibilidade para discutir temas de relevância social, como exploração infantil e segurança digital. “Eu sempre quis usar meu canal para algo que faça sentido. Quando vejo injustiça, não posso ficar quieto. A internet é uma ferramenta poderosa, mas precisa ser usada com responsabilidade”, disse Felca.

O caso de Hytalo Santos e Israel Nata Vicente se insere em um contexto de crescente preocupação com a proteção de menores online. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a legislação sobre crimes cibernéticos permitem que autoridades investiguem e punam situações de exploração, abuso ou exposição indevida de crianças. Especialistas alertam que, mesmo quando vídeos são publicados pelos próprios pais ou responsáveis, a criança não tem capacidade para consentir plenamente sobre sua exposição. “A responsabilidade recai sempre sobre o adulto. A criança não pode entender todas as consequências de ter sua imagem exposta online”, explicou Mariana Castro, advogada especializada em direito digital.

Psicólogos também destacam que a adultização precoce pode gerar sérios impactos emocionais, sociais e psicológicos. Quando crianças são expostas de forma inadequada, elas podem desenvolver ansiedade, baixa autoestima, insegurança e até dificuldades de relacionamento. “A internet é uma vitrine muito grande e perigosa. Crianças não têm filtros emocionais para lidar com comentários ou olhares externos. Denúncias como a do Felca são fundamentais para proteger a infância”, afirmou a psicóloga infantil Carla Mendes. Felca reforça esse ponto: “Não é só sobre denunciar um caso. É sobre conscientizar todos que usam a internet. Crianças precisam de limites, e adultos têm que cuidar delas.”


Sessão da Tarde | Saiba qual filme vai passar nesta quarta (20/08)

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Foto: Reprodução/ Internet

A Sessão da Tarde desta quarta-feira, 20 de agosto, promete tocar fundo o coração dos telespectadores com a exibição de “Megan Leavey”, também conhecido em alguns países como “Rex”. O drama biográfico norte-americano, lançado em 2017, vai muito além de um simples filme de guerra: ele traz para a tela a história verdadeira de uma jovem fuzileira naval e seu inseparável cão de combate, Rex, mostrando como a amizade, a lealdade e a esperança podem florescer mesmo nos cenários mais sombrios da vida.

A produção, dirigida por Gabriela Cowperthwaite, não se resume a narrar os horrores da guerra. Pelo contrário: ela encontra beleza e humanidade justamente na relação improvável entre uma militar em busca de propósito e um pastor alemão treinado para farejar explosivos. Essa parceria, construída em meio ao caos do campo de batalha, acabou se transformando em um laço eterno que inspirou milhões de pessoas ao redor do mundo.

O enredo que vai emocionar a tarde dos brasileiros

No longa, acompanhamos a trajetória de Megan Leavey, interpretada pela talentosa Kate Mara. A jovem, perdida em meio a conflitos pessoais e familiares, enxerga no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos uma forma de reconstruir sua vida. Ali, acaba sendo designada para trabalhar com cães farejadores de bombas, e é nesse contexto que conhece Rex, um cão militar considerado extremamente difícil de lidar por sua agressividade e temperamento explosivo.

Aos poucos, Megan conquista a confiança do animal e estabelece com ele uma ligação única. Juntos, eles são enviados para missões no Iraque, onde enfrentam situações de extremo risco. O filme não poupa o espectador das tensões da guerra, mas escolhe focar no aspecto humano: o medo, a dor e, sobretudo, o companheirismo que salva vidas e dá sentido à luta.

A história ganha contornos ainda mais emocionantes quando, após sofrerem ferimentos em combate, Megan precisa lutar também fora do campo de batalha — desta vez, para garantir que Rex não seja sacrificado e possa viver seus últimos anos ao lado dela.

Baseado em fatos reais: quem foi Megan Leavey?

Diferente de muitas produções de Hollywood, O filme não é fruto da ficção. A cabo da Marinha norte-americana realmente existiu e sua história é inspiradora. Megan nasceu em 1983, em Nova York, e, após enfrentar dificuldades pessoais na juventude, decidiu ingressar no Corpo de Fuzileiros Navais. Lá, encontrou não apenas uma carreira, mas também um propósito. Entre 2005 e 2006, ela foi enviada duas vezes ao Iraque, atuando como adestradora de cães da polícia militar.

Foi nesse período que se uniu ao cão Rex (E168), considerado um dos mais difíceis do canil militar. Juntos, formaram uma das duplas mais respeitadas da corporação. Em 2006, durante uma patrulha em Ramadi, ambos foram atingidos por um artefato explosivo improvisado (IED). Megan ficou gravemente ferida, mas sobreviveu. Rex também se recuperou, mas carregaria sequelas físicas que, anos depois, o afastariam das funções militares.

Pela bravura, Megan foi condecorada com a Medalha Coração Púrpura e a Medalha de Conquista da Marinha e do Corpo de Fuzileiros, ambas com o distintivo “V” que reconhece atos de heroísmo em combate.

Uma batalha além da guerra: adotar Rex

Após deixar o serviço ativo, Megan passou a travar uma nova luta: conseguir a custódia de Rex. Como cão militar, ele era propriedade do governo e, devido à sua saúde debilitada, corria o risco de ser sacrificado. A jovem iniciou uma campanha pública e contou com a ajuda de políticos, entre eles o senador Chuck Schumer, para garantir a adoção.

Finalmente, em 2012, Megan pôde levar Rex para casa. O pastor alemão viveu ao lado dela até dezembro do mesmo ano, quando faleceu. Para Megan, esse foi o encerramento de um ciclo que unia amor, coragem e gratidão.

O poder de uma história de amizade na tela

Ao transformar essa história em filme, a diretora Gabriela Cowperthwaite — conhecida pelo documentário Blackfish (2013), sobre a orca Tilikum — trouxe para o cinema não apenas a brutalidade da guerra, mas também um relato intimista e sensível sobre conexões humanas (e caninas). O elenco reforça a força dramática do longa. Além de Kate Mara, que entrega uma performance contida, mas intensa, destacam-se Edie Falco como a mãe de Megan, Common como o instrutor severo, e Ramón Rodríguez como o colega de farda que se torna um dos principais aliados da protagonista.

Um detalhe curioso é que a própria Megan Leavey real faz uma participação especial no longa, como instrutora de treinamento feminino, dando ainda mais autenticidade à obra.

Produção: filmando emoções em meio à realidade militar

As filmagens começaram em outubro de 2015 e tiveram locações variadas. Cenas de combate foram rodadas na Espanha, aproveitando paisagens áridas semelhantes às do Iraque, enquanto outras foram gravadas em Charleston (Carolina do Sul) e em Nova York, retratando tanto o ambiente militar quanto a vida pessoal da protagonista.

O cão Rex foi interpretado por Varco, um pastor alemão especialmente treinado para o papel. A produção teve a consultoria de veteranos militares e de adestradores para garantir que as cenas de treinamento e combate fossem fiéis à realidade.

Recepção: crítica e público se emocionaram

O longa estreou em junho de 2017 nos Estados Unidos, recebendo elogios da crítica especializada. No Rotten Tomatoes, acumula 86% de aprovação, sendo descrito como um “drama sensível e edificante, cuja emoção honesta compensa qualquer abordagem suave da narrativa”. No Metacritic, alcançou 66 pontos, indicando críticas geralmente favoráveis. O público, por sua vez, abraçou o filme de imediato: no CinemaScore, recebeu nota “A”, refletindo a conexão emocional que conseguiu estabelecer.

Financeiramente, o longa arrecadou US$ 14 milhões, valor modesto, mas que reafirma o espaço de produções baseadas em histórias humanas em meio a blockbusters milionários.

Netflix inicia filmagens da nova série live-action de Scooby-Doo ainda em 2025

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Foto: Reprodução/ Internet

A turma mais famosa do mundo dos mistérios está prestes a voltar, desta vez em um formato completamente novo. A Netflix confirmou que as filmagens da sua nova série live-action de Scooby-Doo começarão ainda este ano, durante o outono americano, que vai de setembro a dezembro de 2025. Com produção acelerada, a expectativa é que o público possa conferir as aventuras da turma já no meio de 2026, dando continuidade a um legado que já dura mais de cinco décadas. As informações são da Variety.

A série promete trazer uma história inédita, focada em um grupo de jovens em um acampamento de verão que se une para desvendar o mistério do desaparecimento de um filhote de dogue alemão — um cachorro que pode ter testemunhado um assassinato com elementos sobrenaturais. Essa proposta traz um frescor à narrativa, combinando amizade, suspense e uma pitada de mistério além do natural, e que deve conquistar tanto os fãs antigos quanto as novas gerações.

O cenário escolhido para essa nova temporada da turma do Scooby-Doo é inspirador. O acampamento de verão é um espaço que simboliza descobertas, conexões e o desafio de enfrentar o desconhecido lado a lado com amigos. A série quer explorar essa dinâmica, mostrando como esses jovens se juntam para enfrentar um mistério que vai muito além do habitual vilão mascarado — agora com um toque de sobrenatural que eleva a tensão e o suspense.

Esse ambiente cria um espaço perfeito para o desenvolvimento dos personagens, revelando suas personalidades, medos e coragens. O filhote de dogue alemão perdido não é apenas um ponto central do mistério, mas também um elo emocional que une a turma e mostra a importância do cuidado, da amizade e da lealdade.

Os mestres por trás do mistério

A responsabilidade de dar vida a essa nova fase da franquia ficou nas mãos de profissionais experientes. Josh Appelbaum e Scott Rosenberg, conhecidos por seu trabalho em produções como “Citadel” e “Jumanji: Bem-Vindo à Selva”, assinam o roteiro e são produtores executivos da série. A dupla traz um olhar moderno e dinâmico para a narrativa, combinando ação, suspense e profundidade emocional.

Além deles, Greg Berlanti, produtor executivo pela Berlanti Productions — famosa por séries de sucesso da DC Comics na emissora CW — também faz parte do time. Sua experiência em criar universos ricos em personagens e histórias complexas é um diferencial que deve enriquecer ainda mais a produção.

Uma trajetória de sucesso e reinvenção

Scooby-Doo é muito mais do que um simples desenho animado; é uma verdadeira instituição da cultura pop que atravessou gerações, continentes e estilos de narrativa. Desde sua estreia em 1969, a turma formada por Fred, Daphne, Velma, Salsicha e, claro, o icônico Scooby-Doo, conquistou o público com uma fórmula única que mistura mistério, humor e aventura leve — elementos que, até hoje, continuam a encantar crianças e adultos.

Ao longo dos mais de cinquenta anos de existência, Scooby-Doo se reinventou inúmeras vezes para se manter relevante. Passou por diversas versões animadas, especiais para a TV, séries derivadas e longas-metragens, tanto animados quanto live-action. Cada uma dessas adaptações trouxe novas camadas para os personagens e para a narrativa, respeitando a essência da franquia mas também respondendo às demandas de seu tempo.

Nos anos 2000, os filmes live-action lançados pela Warner Bros. marcaram uma tentativa ousada de trazer a turma para o mundo real, com efeitos visuais que deram vida ao personagem canino e uma abordagem mais moderna, mas ainda assim familiar. Já em outras versões animadas mais recentes, a franquia explorou temas mais sombrios e complexos, como em “Scooby-Doo on Zombie Island” (1998), que adicionou uma atmosfera de horror quase real ao mistério tradicional, agradando um público mais velho.

O desafio de renovar uma lenda

Reinventar uma franquia com tanto peso cultural quanto Scooby-Doo não é uma tarefa simples. A expectativa dos fãs é alta, e a própria história da série impõe um desafio: como inovar e trazer frescor para a narrativa, sem trair a essência que tornou a turma tão querida? A série precisa encontrar o equilíbrio delicado entre o clássico e o contemporâneo, entre a aventura divertida e o suspense que prende a atenção do público.

O contexto atual do entretenimento, com uma audiência cada vez mais diversificada e exigente, demanda personagens mais complexos, histórias com múltiplas camadas emocionais e narrativas visuais impactantes. A nova produção tem a missão de traduzir isso para o universo de Scooby-Doo, que até hoje é associado a um mistério leve e descomplicado, com pitadas de humor.

Outro aspecto importante é a transição do desenho animado para o live-action. Trazer personagens que eram caricatos e estilizados para um formato mais realista requer adaptação no roteiro, na caracterização, e até mesmo no tom da história. É preciso preservar a química e as personalidades dos personagens, ao mesmo tempo em que se ajusta a linguagem para um público moderno, acostumado a narrativas mais densas e visuais sofisticados.

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