Vale a pena assistir O Agente Secreto? O novo thriller político de Kleber Mendonça Filho é uma experiência poderosa, densa e imperdível

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Se tem um diretor no Brasil que nunca joga seguro, esse é Kleber Mendonça Filho. E em O Agente Secreto, seu novo filme, ele prova mais uma vez que está interessado em muito mais do que apenas contar uma história — ele quer nos colocar dentro dela, nos fazer desconfortáveis, atentos, e, de alguma forma, cúmplices.

O longa, que fez sua estreia mundial em Cannes e saiu de lá coroado com prêmios importantes — incluindo Melhor Direção para Mendonça e Melhor Ator para Wagner Moura — chega aos cinemas brasileiros cercado de expectativa. E com razão. O filme é um daqueles que dividem opiniões, mas dificilmente deixam alguém indiferente.

Recife, 1977: onde tudo ferve

Recife volta a ser o coração pulsante do cinema de Mendonça Filho, mas dessa vez a cidade é outra. A capital pernambucana retratada no filme é sombria, densa, cheia de segredos e câmeras imaginárias. É 1977, época de ditadura, censura e paranoia — e o ar parece pesar a cada esquina.

É nesse cenário que conhecemos Marcelo, um ex-acadêmico que tenta sobreviver à margem do sistema. Só que logo descobrimos que ele também é Armando — e que as identidades, no mundo que o cerca, são tão instáveis quanto a própria noção de verdade.
Wagner Moura dá vida a esse homem dividido com uma intensidade impressionante. Ele é calado, mas fala muito com o olhar. É o tipo de personagem que carrega o peso do país inteiro nos ombros — e de algum modo, a gente sente junto.

Um thriller político que não entrega o jogo

Quem for ao cinema esperando um suspense com tiros, perseguições e conspirações no estilo hollywoodiano pode se frustrar. O longa-metragem é outro tipo de thriller. Aqui, a tensão não vem da ação — vem do não dito, do olhar desconfiado, da sensação de estar sendo observado o tempo todo.

Kleber Mendonça Filho brinca com os códigos do gênero, mas os vira do avesso. Nada é simples, nada é direto. Há momentos em que a trama parece se perder em digressões, em lembranças, em detalhes aparentemente banais — mas é aí que o diretor encontra a força de seu cinema. Cada fragmento, cada corte, cada silêncio constrói algo maior: o retrato de um país tentando se entender.

E é impossível não notar o paralelo com o presente. Ainda que a história se passe em 1977, há ecos que ressoam até hoje — o controle, o medo, a manipulação da verdade. Mendonça parece dizer, com ironia e tristeza: o tempo passa, mas o jogo continua o mesmo.

Wagner Moura, em estado de arte

É impossível falar de O Agente Secreto sem destacar Wagner Moura. O ator, que há tempos vem equilibrando grandes produções e projetos autorais, entrega aqui uma de suas performances mais complexas. Seu personagem é um enigma: intelectual, fugitivo, idealista e, ao mesmo tempo, cúmplice de seu próprio silêncio.

Há uma cena — sem spoilers — em que Armando simplesmente observa o reflexo de si mesmo em uma janela suja, enquanto uma rádio toca notícias do regime. É um momento de puro cinema, onde nada acontece e tudo acontece. Moura segura a câmera com o olhar, e a gente entende por que ele saiu de Cannes com o prêmio de Melhor Ator.

O elenco de apoio também se destaca: Maria Fernanda Cândido é pura elegância e firmeza; Gabriel Leone traz juventude e inquietação; Alice Carvalho surpreende em uma presença breve, mas intensa; e Udo Kier empresta ao filme aquela aura enigmática que só ele tem.

Um espelho, não um retrato

No fundo, a trama é menos sobre espionagem e mais sobre memória. É um filme que nos faz pensar sobre o que escondemos, o que preferimos não ver, e o que fingimos ter esquecido.
É cinema que pede envolvimento — o tipo de obra que não acaba nos créditos finais, mas continua ecoando depois, nas conversas, nos silêncios, na sensação de que há algo de nós ali.

Talvez por isso o público saia do cinema com sentimentos mistos: fascínio, confusão, angústia. E isso é ótimo. Porque Mendonça não quer respostas. Ele quer diálogo. Quer que a gente se perca um pouco — para se encontrar em outro lugar.

Vale a pena assistir?

Vale — e muito.
Mas não vá esperando um passatempo. O Agente Secreto é daqueles filmes que pedem tempo, atenção e entrega. Ele não facilita, não explica, não embala. E é justamente isso que o torna tão poderoso.

É cinema feito com coragem, com inteligência e com amor pelo que o cinema pode ser: um instrumento de reflexão, de resistência e de arte.

Amazon encomenda Escorted, nova comédia romântica estrelada e criada por Brett Goldstein

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A Amazon Studios confirmou oficialmente a produção de Escorted, nova série de comédia estrelada, roteirizada e produzida por Brett Goldstein, astro britânico consagrado por sua atuação em Ted Lasso. A produção, desenvolvida em parceria com a Warner Bros. Television, promete trazer uma abordagem espirituosa e emocional sobre amor, paternidade e segundas chances — temas que dialogam com o humor inteligente e sensível que consagrou o ator. As informações são do Deadline.

Descrita como uma comédia romântica moderna, a série acompanha a vida de um pai divorciado em Manhattan (interpretado por Goldstein) que, após uma série de equívocos, acaba se tornando acompanhante masculino. A partir dessa reviravolta inusitada, o protagonista mergulha em um processo de autoconhecimento enquanto tenta equilibrar os desafios da criação compartilhada dos filhos, o caos da vida urbana e a busca por novas formas de intimidade.

A sinopse, divulgada pela Amazon, define o tom da série como “uma reflexão bem-humorada sobre segundas chances e sobre a possibilidade — ou não — de comprar a verdadeira intimidade”. Filmada no formato de meia hora, com câmera única, a produção faz parte do contrato de exclusividade que Goldstein mantém com a Warner Bros. Television, e será distribuída globalmente pelo Prime Video.

Brett Goldstein: do humor britânico ao sucesso internacional

Com uma carreira marcada pela versatilidade, Brett Goldstein é hoje um dos nomes mais respeitados da comédia televisiva. Nascido em Sutton, Londres, em 17 de julho de 1980, o ator, roteirista e comediante começou sua trajetória nos palcos de stand-up e em curtas-metragens independentes antes de ganhar projeção internacional.

Seu talento para unir drama e humor ficou evidente em Ted Lasso (Apple TV+), série em que interpreta Roy Kent, um ex-jogador de futebol de temperamento explosivo e coração sensível. Além de atuar, Goldstein também integrou a equipe de roteiristas da produção — um trabalho que lhe rendeu dois prêmios Emmy consecutivos de Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia, em 2021 e 2022.

Conhecido pelo humor ácido e por personagens que oscilam entre a dureza e a ternura, Goldstein construiu uma carreira sólida não apenas na frente das câmeras, mas também nos bastidores. Além de atuar, ele assina produções de sucesso como Shrinking (Apple TV+), estrelada por Jason Segel e Harrison Ford, e o aclamado podcast Films To Be Buried With, no qual conversa com convidados sobre filmes que marcaram suas vidas.

Da experiência pessoal à criação artística

Curiosamente, parte da inspiração de Goldstein como criador vem de experiências bastante improváveis. Antes da fama, o ator viveu uma temporada em Marbella, na Espanha, onde trabalhou em um clube de striptease comprado por seu pai durante uma “crise de meia-idade”.

A situação, inusitada por si só, se transformou em material para seu show de stand-up Brett Goldstein Grew Up in a Strip Club, apresentado no Festival Fringe de Edimburgo. Desde então, ele vem explorando em sua obra a fronteira entre vergonha, empatia e humor, características que prometem marcar também a narrativa de Escorted.

Um olhar contemporâneo sobre o amor e a paternidade

A trama da série parte de uma ideia aparentemente cômica — um pai que se torna acompanhante por acidente — para explorar temas mais profundos e atuais, como o isolamento emocional, as transformações nas dinâmicas familiares e a vulnerabilidade masculina.

O protagonista, um homem que tenta reorganizar sua vida após o divórcio, encontra na nova profissão uma forma inesperada de se reconectar com os outros e, principalmente, consigo mesmo. Entre encontros constrangedores, reflexões sobre paternidade e tentativas de recomeço, Escorted busca equilibrar o riso e a emoção em doses iguais.

A proposta reflete o estilo que Brett Goldstein consolidou ao longo de sua carreira: comédias que fazem rir, mas também provocam reflexão. Como em Ted Lasso e Shrinking, o humor em Escorted promete vir acompanhado de camadas de humanidade, explorando o amor sob uma ótica mais realista e imperfeita.

O que esperar da série

Se há algo que Brett Goldstein provou ao longo de sua carreira, é sua habilidade em contar histórias sobre pessoas comuns de maneira extraordinária. Em Escorted, a promessa é de uma comédia inteligente e emocional, que questiona a maneira como nos relacionamos e o que realmente buscamos quando falamos de amor e conexão.

Miá Mello e Danton Mello vivem as delícias e os caos da vida em Mãe Fora da Caixa, comédia que estreia nos cinemas em novembro

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A maternidade e a paternidade nunca foram assuntos simples — e é justamente por isso que Mãe Fora da Caixa promete conquistar o público com uma mistura deliciosa de humor, afeto e identificação. O longa-metragem é inspirado no livro best-seller de Thaís Vilarinho.

Estrelado por Miá Mello (Meu Passado Me Condena: O Filme, Vai Que Cola, Tô Ryca!, Anitta Entrou no Grupo) e Danton Mello (Amazônia: O Despertar da Florestania, Um Lugar ao Sol, Sessão de Terapia, De Pernas pro Ar 2), o longa chega aos cinemas de todo o Brasil em 27 de novembro, com direção de Manuh Fontes (De Pernas pro Ar 3) e distribuição da +Galeria.

Na história, Miá Mello interpreta Manu, uma mulher acostumada a ter o controle de tudo — o trabalho, o corpo, a casa, o tempo, a vida. Tudo funcionava, até que… nasce sua primeira filha. De repente, o relógio parece não dar conta, as prioridades mudam, e Manu precisa se redescobrir entre mamadeiras, noites mal dormidas e momentos de pura doçura.

É uma montanha-russa emocional — ora caótica, ora linda — que reflete o que tantas mães sentem, mas nem sempre dizem em voz alta: a culpa, o cansaço, o medo de errar, e também o amor que transborda. Ao lado dela está André, vivido por Danton Mello (Haja Coração, Malhação, O Segredo de Davi, Cine Holliúdy), um cara de espírito livre, apaixonado pela esposa e entusiasmado com a ideia de ser pai. Ele é o tipo de homem que mergulha de cabeça na aventura da paternidade, mesmo sem ter manual algum para isso.

O longa-metragem vai além da maternidade: é também um olhar divertido e sincero sobre a vida a dois após a chegada dos filhos. Manu e André representam aquele casal moderno que tenta equilibrar as contas, dividir as tarefas e manter o amor vivo no meio do caos — algo que qualquer pai ou mãe vai reconhecer com um sorriso (ou um suspiro cansado).

A química entre Miá Mello (220 Volts, As Seguidoras, Os Farofeiros 2) e Danton Mello é um dos pontos altos do filme. Mesmo sendo a primeira vez que atuam juntos, os dois criam uma sintonia natural, com uma cumplicidade que transborda na tela.

O filme é inspirado no livro Mãe Fora da Caixa, de Thaís Vilarinho, que se tornou um fenômeno entre mães de todo o país. A obra já havia ganhado uma adaptação para os palcos, estrelada pela própria Miá Mello, e agora chega aos cinemas com um olhar ainda mais amplo — incluindo a perspectiva da paternidade e os desafios da vida a dois.

Com roteiro assinado por Patrícia Corso (Carrossel: O Filme), Clara Peltier (Meu Álbum de Amores) e Tita Leme (Vai Que Cola: O Começo), o longa mergulha nas dores e delícias de um período de grandes transformações. É sobre rir das próprias falhas, abraçar o improviso e entender que ninguém nasce sabendo ser pai ou mãe.

Além da dupla principal, o elenco traz nomes como Xando Graça (Vai Que Cola, A Dona do Pedaço, Guerra dos Sexos), Malu Valle (Cheias de Charme, Verdades Secretas 2, Flor do Caribe), Ester Dias (Segunda Chamada, Aruanas, O Rei da TV), Lidiane Ribeiro (De Perto Ela Não é Normal, Família Paraíso, Nosso Lar 2: Os Mensageiros) e Welder Rodrigues (Tá no Ar: A TV na TV, Zorra, Porta dos Fundos, Detetive Madeinusa), que ajudam a compor esse retrato divertido (e por vezes caoticamente real) da parentalidade.

Jovens Mães | Novo filme dos irmãos Dardenne ganha trailer e chega aos cinemas brasileiros em janeiro de 2026

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A Vitrine Filmes revelou o trailer oficial de Jovens Mães, o novo longa dos consagrados irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne — dois dos nomes mais respeitados do cinema europeu. Premiado no Festival de Cannes 2025 e escolhido para representar a Bélgica no Oscar 2026, o filme estreia nos cinemas do Brasil janeiro de 2026. Abaixo, assista ao vídeo:

Conhecidos por transformar histórias simples em experiências emocionais profundas, os Dardenne voltam a explorar o olhar humano sobre quem vive à margem da sociedade. Dessa vez, o foco recai sobre jovens mulheres que encaram a maternidade antes mesmo de descobrirem quem são — um tema delicado que os cineastas abordam com a sensibilidade e o realismo que sempre marcaram sua filmografia.

Um retrato íntimo e sensível da maternidade adolescente

O longa-metragem acompanha cinco adolescentes — Jessica, Perla, Julie, Ariane e Naïma — que vivem juntas em um abrigo para gestantes na cidade de Liège, na Bélgica. Cada uma traz nas costas uma história diferente, mas todas compartilham o mesmo desafio: aprender o que significa cuidar, tanto dos bebês que estão por vir quanto delas mesmas.

O abrigo, longe de ser um espaço idealizado, é um microcosmo de emoções intensas. Há amizade, ciúme, cumplicidade e conflito. São meninas tentando se entender como mulheres, mães e, principalmente, como pessoas. Entre trocas de olhares, gestos silenciosos e pequenas demonstrações de afeto, o filme constrói um mosaico de humanidade — daqueles que tocam fundo, sem precisar levantar a voz.

Reconhecimento em Cannes e recepção calorosa

Apresentado em Cannes 2025, o longa-metragem emocionou o público e arrancou longos aplausos. O longa levou dois prêmios importantes: Melhor Roteiro e o Prêmio do Júri Ecumênico, dedicado a obras com profundidade ética e humanista.

A crítica internacional destacou o retorno dos Dardenne ao que eles sabem fazer de melhor: unir uma narrativa precisa à empatia por pessoas invisíveis aos olhos da sociedade. O jornal francês Le Monde descreveu o filme como “um poema visual sobre a coragem feminina diante do desamparo”, enquanto a revista Variety destacou que “a simplicidade formal dos Dardenne esconde uma força emocional devastadora”.

O filme também marcou presença na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, onde foi recebido com entusiasmo pelo público brasileiro. Na ocasião, os irmãos receberam o Prêmio Humanidade, reconhecimento concedido a cineastas cuja obra reflete compromisso ético, coerência artística e sensibilidade social — três qualidades que definem bem o cinema da dupla.

Elenco de novos rostos e interpretações reais

Fieis ao estilo que consagrou sua carreira, os Dardenne optaram por um elenco formado majoritariamente por atrizes estreantes. Essa escolha reforça o realismo das cenas e a naturalidade das atuações, aproximando o filme mais de um documentário do que de uma ficção tradicional.

As jovens intérpretes foram descobertas em oficinas e pesquisas realizadas na Bélgica. Cada uma delas traz um pouco de si para o papel, transformando a experiência de assistir Jovens Mães em algo quase palpável. As emoções estão na superfície — um olhar que vacila, um abraço que hesita, um silêncio que diz mais que mil palavras.

Um retorno às origens com olhar renovado

Depois de filmes marcantes como O Filho (2002), A Criança (2005) e O Jovem Ahmed (2019), os Dardenne voltam a mergulhar no cotidiano dos excluídos — mas agora com um foco novo: o poder feminino em meio à vulnerabilidade. A câmera, sempre próxima e discreta, capta gestos pequenos que revelam mundos inteiros.

Estreia no Brasil

Distribuído pela Vitrine Filmes, o filme estreia nos cinemas brasileiros em 1º de janeiro de 2026, abrindo o novo ano com uma história sobre empatia, juventude e coragem. Um filme que, fiel ao espírito dos Dardenne, nos faz olhar o mundo com mais cuidado — e, talvez, com um pouco mais de ternura.

The Assassin | Sucesso do Prime Video ganha segunda temporada após se tornar fenômeno no Reino Unido

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A Amazon Prime Video acaba de confirmar oficialmente a segunda temporada de The Assassin, uma das séries de suspense mais comentadas de 2025. A notícia foi revelada com exclusividade pelo portal Deadline e chega em um momento de grande expectativa do público: a produção, criada pelos irmãos Harry e Jack Williams (Fleabag, The Tourist), tornou-se o drama mais assistido da plataforma no Reino Unido neste ano.

Com uma trama que mistura drama familiar, ação e intriga política, a série conquistou espectadores ao redor do mundo com sua narrativa envolvente e atuações intensas de Keeley Hawes (Dupla Identidade, Finding Alice e O Mistério de Midwich) e Freddie Highmore (A Fantástica Fábrica de Chocolate, As Crónicas de Spiderwick e Arthur e os Minimoys). A série, que estreou no Reino Unido e na Austrália em 25 de julho de 2025, rapidamente se transformou em um fenômeno de audiência — e, agora, promete expandir seu universo na aguardada segunda temporada.

Um thriller familiar entre o passado e o perigo

Criada pelos premiados roteiristas Harry e Jack Williams, a trama parte de uma premissa aparentemente simples: uma assassina aposentada, Julie Green (interpretada por Keeley Hawes), vive isolada em uma pequena vila na Grécia, tentando deixar para trás um passado repleto de segredos e violência. Sua vida muda completamente quando seu filho, Edward Green (Freddie), um jornalista investigativo que não a via há anos, decide procurá-la em busca de respostas sobre o misterioso passado da família.

No entanto, o reencontro entre mãe e filho desencadeia uma série de eventos perigosos. À medida que Edward descobre mais sobre quem realmente era sua mãe — e sobre as conexões obscuras de seu falecido pai —, antigos inimigos de Julie voltam à tona, colocando os dois em risco.

Personagens complexos e atuações marcantes

O sucesso da série deve-se, em grande parte, ao elenco afiado e à química entre seus protagonistas. Keeley entrega uma performance densa e multifacetada como Julie, retratando uma mulher dividida entre o instinto materno e o legado brutal de sua antiga profissão. Freddie, por sua vez, oferece um contraponto emocional poderoso. Como Edward, o ator encarna um homem que busca a verdade, mas que é constantemente desafiado a confrontar suas próprias crenças e limites.

Uma produção de peso internacional

The Assassin é fruto de uma colaboração entre grandes nomes da indústria televisiva. Produzida pela Two Brothers Pictures — empresa responsável por sucessos como Fleabag e The Tourist — em parceria com a ZDF (Alemanha), All3Media International e Stan (Austrália), a série se destaca pela qualidade cinematográfica.

A fotografia, assinada por Simon Richards, aposta em tons terrosos e luz natural, destacando a paisagem grega com uma estética melancólica que reflete o estado emocional dos personagens. Já a trilha sonora, composta por Hannah Peel, cria uma atmosfera tensa e introspectiva, alternando entre momentos de silêncio e explosões sonoras que intensificam o suspense.

O que esperar da segunda temporada

Com o anúncio da renovação, surgem muitas perguntas: o que acontecerá com Julie e Edward após os eventos da primeira temporada? Quais segredos ainda estão por vir sobre o passado da família Green? E quem realmente está por trás da rede de conspiração que ameaça suas vidas?

De acordo com fontes próximas à produção, a segunda temporada — que começará a ser filmada no primeiro semestre de 2026 — deve ampliar o escopo da história, explorando novos cenários e personagens. O roteiro, novamente escrito por Harry e Jack Williams, promete aprofundar as consequências das escolhas de Julie e Edward, levando os protagonistas a confrontos ainda mais intensos.

Hayley Atwell se junta a Gerard Butler no thriller de ação Empire City, dirigido por Michael Matthews

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Nova York será o cenário de mais um grande espetáculo de ação e emoção. Hayley Atwell, lembrada por seus papéis em Capitã Carter e Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte Um, acaba de ser confirmada ao lado de Gerard Butler (Invasão ao Serviço Secreto, Plane) no elenco de Empire City, novo thriller que promete unir adrenalina, drama e uma boa dose de humanidade em meio ao caos da metrópole.

De acordo com o Deadline, as filmagens começam ainda em novembro, com direção de Michael Matthews, o mesmo de Amor e Monstros (2020). O roteiro fica nas mãos de Brian Tucker (Black Bird) e S. Craig Zahler (Confronto no Pavilhão 99), dois roteiristas conhecidos por explorar tramas densas e cheias de tensão psicológica.

A história gira em torno de uma crise de reféns no imponente Edifício Clybourn, um dos marcos de Nova York. Quando uma operação de resgate dá errado e transforma o local em um campo de batalha, o bombeiro Rhett (Butler) é chamado para conter o incêndio e tentar salvar as vítimas. Mas o que começa como mais uma missão perigosa ganha contornos profundamente pessoais quando ele descobre que sua esposa, Dani (Atwell), uma policial do NYPD, está dentro do prédio tentando negociar com os criminosos.

A partir daí, o filme se transforma em uma corrida contra o tempo. Entre labaredas, explosões e dilemas morais, o casal precisa unir forças para sobreviver e libertar os reféns. A promessa é de sequências de ação intensas, mas com um olhar mais emocional, explorando os limites da coragem e o peso do sacrifício.

Mais do que um simples filme de ação, o longa-metragem quer ser uma história sobre amor, dever e resiliência. Matthews, que já demonstrou habilidade em equilibrar aventura e sensibilidade em Amor e Monstros, deve apostar novamente em personagens tridimensionais e em uma narrativa que coloca o espectador no centro da tensão.

Nos bastidores, Gerard Butler também assina a produção ao lado de Alan Siegel, seu parceiro de longa data na G-BASE Entertainment — produtora responsável por títulos como Invasão ao Serviço Secreto e Plane. O time se completa com Marc Butan (Plane), Paul Currie (Coração de Dragão 3) e o estúdio Leonine Studios, que cofinancia o projeto. Quirin Berg e Alexander Janssen atuam como produtores executivos.

Sem data de estreia confirmada, o longa já desperta forte expectativa entre os fãs de ação e suspense. Tudo indica que Empire City será um daqueles thrillers intensos que fazem o público prender a respiração — combinando cenas eletrizantes com um enredo de fundo humano e emocional.

Vingadores: Doomsday pode ter primeiro trailer lançado ainda em 2025, junto com Avatar: Fogo e Cinzas

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Os fãs da Marvel podem se preparar: o primeiro trailer de Vingadores: Doomsday deve ser revelado ainda este ano. Segundo o site americano Collider, a prévia do aguardado longa será exibida junto às cópias de Avatar: Fogo e Cinzas, que chega aos cinemas em 18 de dezembro de 2025. Embora a Disney ainda não tenha confirmado oficialmente a informação, a estratégia faz sentido — afinal, o terceiro capítulo da franquia de James Cameron promete repetir o sucesso dos anteriores e garantir que o trailer dos novos Vingadores seja visto por milhões de espectadores ao redor do mundo.

Ambientado catorze meses após os eventos de Thunderbolts (2025), o novo filme reunirá algumas das maiores equipes do Universo Cinematográfico da Marvel — incluindo os Vingadores, os Wakandanos, o Quarteto Fantástico, os Novos Vingadores e os X-Men originais — em uma batalha épica contra Doutor Destino, personagem que será interpretado por Robert Downey Jr. Dirigido pelos Irmãos Russo (Vingadores: Ultimato, Capitão América: O Soldado Invernal) e escrito por Michael Waldron (Loki, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura) e Stephen McFeely (Capitão América: Guerra Civil), Doomsday promete ser um dos maiores eventos cinematográficos da Fase Seis do MCU. Produzido pela Marvel Studios em parceria com a AGBO e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures, o longa será o quinto filme dos Vingadores, sucedendo Vingadores: Ultimato (2019), e o trigésimo nono título do universo compartilhado da Marvel.

O elenco é um verdadeiro encontro de gerações, reunindo Chris Hemsworth (Thor: Amor e Trovão, Resgate), Anthony Mackie (Falcão e o Soldado Invernal, Altered Carbon), Sebastian Stan (Pam & Tommy, Capitão América: O Soldado Invernal), Letitia Wright (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, Black Mirror), Paul Rudd (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, Friends), Florence Pugh (Viúva Negra, Não Se Preocupe, Querida), Simu Liu (Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, Barbie), Tenoch Huerta Mejía (Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, Narcos: México), Winston Duke (Nós, Pantera Negra), David Harbour (Stranger Things, Viúva Negra), Vanessa Kirby (Missão: Impossível – Acerto de Contas, Pieces of a Woman), Pedro Pascal (The Last of Us, The Mandalorian), Channing Tatum (Magic Mike, Anjos da Lei), Joseph Quinn (Stranger Things, Gladiador II), Kelsey Grammer (Frasier, X-Men: O Confronto Final), Patrick Stewart (Logan, Star Trek: A Nova Geração), Ian McKellen (O Senhor dos Anéis, X-Men), Alan Cumming (X2: X-Men United, The Good Wife), Rebecca Romijn (X-Men, Star Trek: Strange New Worlds), James Marsden (Westworld, Sonic: O Filme), Ebon Moss-Bachrach (The Bear, Andor), Wyatt Russell (Falcão e o Soldado Invernal, Monarch: Legacy of Monsters), Lewis Pullman (Top Gun: Maverick, Bad Times at the El Royale), Hannah John-Kamen (Homem-Formiga e a Vespa, Resident Evil: Bem-Vindo a Raccoon City) e Danny Ramirez (Top Gun: Maverick, Falcão e o Soldado Invernal).

Quando o filme chega nos cinemas?

Originalmente previsto para maio de 2025, o longa sofreu sucessivos adiamentos devido à greve dos roteiristas de 2023 e à complexidade da produção. Agora, o lançamento de Doomsday está marcado para 18 de dezembro de 2026, ocupando a cobiçada janela natalina — o que indica que a Marvel quer transformar o retorno dos heróis em um verdadeiro evento global.

Crítica | Até o Céu se Engana é uma sátira inteligente que transforma humor em crítica social

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Em Até o Céu se Engana, Aziz Ansari prova mais uma vez que o humor pode ser um instrumento poderoso para provocar reflexão. Dirigido, roteirizado e protagonizado por ele mesmo, o longa equilibra comédia, drama e fantasia para explorar um tema urgente: as desigualdades sociais e o autoengano que sustenta o mito da meritocracia.

A trama parte de uma premissa engenhosa: Gabriel (Keanu Reeves), um anjo encarregado de salvar motoristas distraídos, decide interferir na vida de um homem pobre e desiludido (Ansari). Movido pela curiosidade e por um impulso de compaixão, ele troca o destino do rapaz com o de um milionário inconsequente (Seth Rogen). O gesto, que deveria trazer justiça, acaba revelando as contradições do próprio sistema — e do céu que o observa de cima.

Ansari, com seu estilo característico de humor inteligente e autocrítico, constrói uma narrativa que lembra clássicos como Feitiço do Tempo e Quero Ser Grande, mas com uma pegada muito mais ácida e contemporânea. Aqui, a fantasia não serve como fuga, e sim como lente: por meio da troca de lugares, o filme desnuda a fragilidade dos discursos otimistas e a superficialidade das soluções mágicas para problemas estruturais.

Keanu Reeves é uma das grandes surpresas do elenco. Seu anjo Gabriel mistura serenidade e vaidade, o que o torna um personagem fascinante — um ser celestial que, ao tentar fazer o bem, acaba expondo o quanto até o altruísmo pode ser atravessado por ego. Já Seth Rogen, no papel do homem rico desconectado da realidade, encarna o privilégio com naturalidade desconcertante.

Mas é Keke Palmer quem oferece o contraponto mais potente da história. Como Elena, uma trabalhadora que tenta criar um sindicato e vê seus esforços frustrados, ela representa a voz da consciência coletiva. Em uma das cenas mais marcantes, quando o protagonista tenta consolá-la com frases de autoajuda, Elena o interrompe com uma resposta seca e lúcida: “É fácil falar quando se está no topo.” Essa fala resume o coração do filme — a crítica à ilusão de que basta acreditar para vencer um sistema que foi feito para poucos.

Visualmente, Até o Céu se Engana é simples e eficaz. Ansari evita o espetáculo e aposta em uma direção contida, focada nas relações e nos diálogos. A trilha sonora acompanha esse tom, alternando momentos de leveza e melancolia, enquanto o roteiro alterna o riso e o desconforto com precisão.

O grande mérito do filme está na sua coragem de rir daquilo que normalmente é doloroso. Ansari não oferece soluções fáceis, tampouco vilões caricatos — apenas pessoas tentando encontrar sentido em um mundo desigual. O resultado é uma comédia existencial, crítica e humana, que diverte sem deixar o público escapar ileso.

Até o Céu se Engana é uma sátira social disfarçada de comédia leve, uma fábula sobre empatia e poder que nos lembra: às vezes, o céu erra — mas é nos erros, e nas trocas improváveis, que a humanidade pode se reconhecer.

Dylan O’Brien e James Sweeney estrelam Twinless – Um Gêmeo a Menos, que ganha trailer e estreia em dezembro no Brasil

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O elogiado drama independente Twinless – Um Gêmeo a Menos, estrelado por Dylan O’Brien (Maze Runner, Amor(es) Verdadeiro(s), Teen Wolf) e James Sweeney (Straight Up), acaba de ganhar seu trailer oficial e data de estreia nacional. O longa-metragem chega aos cinemas brasileiros em 4 de dezembro, após conquistar o Prêmio do Público no Festival de Sundance 2025, onde foi aclamado por sua narrativa delicada e seu equilíbrio entre humor e emoção. Abaixo, confira o vídeo:

Escrito e dirigido por James Sweeney (Straight Up), o longa acompanha Dennis (Sweeney) e Roman (O’Brien), dois homens que se conhecem em um grupo de apoio para pessoas que perderam seus irmãos gêmeos. À medida que compartilham suas dores, eles constroem uma amizade improvável, repleta de ironia, afeto e momentos de autodescoberta. Entre risadas e silêncios, a trama mostra como o luto pode se transformar em um elo genuíno e curativo.

Um dos grandes destaques do filme é o desempenho de Dylan O’Brien, que interpreta não apenas Roman, mas também Rocky, o irmão gêmeo falecido — um desafio que revela diferentes facetas do ator e reforça sua versatilidade em papéis emocionalmente complexos.

O elenco conta ainda com Aisling Franciosi (O Homem do Norte, O Assassinato de Gianni Versace), Lauren Graham (Gilmore Girls, Parenthood), Chris Perfetti (Abbott Elementary, Looking), François Arnaud (Os Bórgias, Blindspot), Tasha Smith (Empire, Why Did I Get Married?), Susan Park (Station Eleven, Fresh Off the Boat) e Cree Cicchino (Mr. Iglesias, That ’90s Show), compondo um mosaico de personagens que refletem as múltiplas formas de lidar com a perda e reconstruir conexões.

Filmado em Portland, Oregon, o drama tem produção de David Permut (Hacksaw Ridge, Capitão Fantástico) e distribuição da Republic Pictures. Desde sua estreia em Sundance, o longa vem sendo elogiado pela crítica internacional pela sutileza da direção de Sweeney e pela química entre os protagonistas, que conferem naturalidade a uma história sobre vulnerabilidade e recomeço.

Antes de chegar aos cinemas, o filme terá sessões especiais no Festival MixBrasil de Cultura da Diversidade, em São Paulo, entre os dias 12 e 23 de novembro. As exibições devem atrair fãs de cinema independente e admiradores do trabalho de O’Brien, conhecido por unir sensibilidade e carisma em suas atuações.

Reconhecido pelo sucesso indie “Straight Up” (2020), Sweeney expande aqui sua visão artística, abordando o luto e a identidade de forma íntima e bem-humorada. Com diálogos inteligentes, momentos de introspecção e uma trilha sonora que equilibra melancolia e esperança, o longa-metragem se consolida como uma das produções mais emocionantes do circuito independente de 2025 — uma história sobre perder, encontrar e aprender a caminhar novamente.

Tiago Iorc é confirmado como apresentador da Première do Latin Grammy 2025 ao lado de Kany García

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O talento brasileiro vai brilhar em Las Vegas. A Academia Latina da Gravação anunciou que Tiago Iorc será o anfitrião da Première do Latin Grammy 2025, cerimônia que antecede o evento principal e revela a maior parte dos vencedores da noite. O cantor e compositor dividirá a apresentação com a porto-riquenha Kany García, reconhecida por sua carreira sólida e por suas letras marcadas por emoção e autenticidade. As informações são do OFuxico.

A Première do Latin Grammy acontece no próximo 13 de novembro, diretamente do hotel Mandalay Bay, em Las Vegas, e será transmitida ao vivo pelas plataformas digitais da Academia Latina, a partir das 17h (horário de Brasília). Além de anunciar os premiados de diversas categorias, Tiago e Kany também serão responsáveis por apresentar performances especiais de artistas convidados, que ainda serão revelados nos próximos dias.

Para Tiago, o convite chega como um reconhecimento à sua trajetória e à sua crescente conexão com a música latina. O cantor é dono de cinco prêmios Latin Grammy e já foi indicado nove vezes, conquistando destaque com seu estilo introspectivo, melódico e poético. Desde o lançamento do álbum “Troco Likes” (2015) — que rendeu sua primeira estatueta e consolidou sua carreira em língua portuguesa — o artista vem acumulando conquistas e admiradores por toda a América Latina.

Em 2019, Tiago alcançou um marco histórico com “Reconstrução”, álbum que colocou todas as faixas simultaneamente no Top 50 do Spotify Brasil e o consagrou com o prêmio de Melhor Canção em Língua Portuguesa por “Desconstrução”. Com um som que mistura sensibilidade, romantismo e experimentação, o músico conquistou não apenas o público brasileiro, mas também ouvintes em outros países.

A parceria com Kany García representa mais um capítulo dessa expansão. Os dois artistas se conheceram há cerca de dois anos, nos bastidores de um festival internacional, e desde então mantêm uma amizade pautada pelo respeito mútuo e pela admiração artística. Em março deste ano, eles lançaram a faixa “Quédate Otra Vez”, uma releitura bilíngue do sucesso “Amei Te Ver”. A nova versão, que une português e espanhol, destacou-se pela delicadeza e pelo entrosamento vocal entre os dois, conquistando ouvintes em vários países e reforçando a ponte cultural entre Brasil e o universo hispânico.

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