Wicked 3 é confirmado pela Universal Pictures, que já planeja expandir o universo da franquia musical

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O fenômeno de Wicked continua rendendo frutos. Após o sucesso de Wicked (2024) e de sua continuação, Wicked: Parte 2, a Universal Pictures confirmou que está desenvolvendo novos projetos ambientados nesse universo. A notícia surge no embalo da estreia de segunda parte, que chegou aos cinemas acumulando US$ 150 milhões e se tornou a maior adaptação da Broadway nas telonas, superando o desempenho do primeiro filme. As informações são do The Ankler.

Essa expansão do universo não é apenas desejo do estúdio. Stephen Schwartz, compositor e letrista do musical original, revelou que ele e Winnie Holzman, coautora do espetáculo e roteirista dos filmes, já trabalham em novas ideias que não serão uma continuação direta da história de Elphaba e Glinda. A declaração reacendeu o entusiasmo dos fãs e abriu especulações sobre qual será o próximo capítulo de Oz no cinema.

Entenda o caminho da adaptação

A Parte 2 mantém a fusão de fantasia, drama e musical sob a direção de Jon M. Chu. A produção adapta a segunda metade do famoso musical da Broadway, inspirado no romance de Gregory Maguire. Cynthia Erivo e Ariana Grande voltam aos papéis centrais, acompanhadas por Michelle Yeoh, Jeff Goldblum, Jonathan Bailey, Ethan Slater e outros nomes de destaque.

A chegada do filme às telas foi resultado de uma longa trajetória iniciada ainda em 2012, quando a Universal e o produtor Marc Platt anunciaram oficialmente a adaptação. Entre atrasos, mudanças criativas e dificuldades impostas pela pandemia, o projeto ganhou forma definitiva apenas em 2021, quando Jon M. Chu assumiu a direção e as protagonistas foram escaladas. As filmagens ocorreram entre 2022 e 2024 na Inglaterra, com uma interrupção durante a greve do SAG-AFTRA em 2023.

Wicked: For Good, título da versão exibida no Brasil, fez sua primeira apresentação no Suhai Music Hall, em São Paulo, antes de chegar aos cinemas em 20 de novembro de 2025. Já nos Estados Unidos, o lançamento ocorreu no dia seguinte. A recepção crítica foi mista, com elogios ao visual e às performances, mas de forma mais contida do que no filme anterior.

Ainda assim, a força emocional do musical e seu impacto cultural permanecem evidentes, especialmente entre o público mais jovem, que encontrou nos filmes uma porta de entrada para o universo criado originalmente nos palcos da Broadway.

Cinco anos após desafiar o Mágico de Oz, Elphaba Thropp vive escondida na floresta e continua lutando pelos direitos dos animais. Glinda Upland assume o papel de porta-voz oficial do Mágico e mantém um noivado arranjado com Fiyero Tigelaar, que ainda guarda sentimentos por Elphaba. Enquanto isso, a tensão política em Oz aumenta e antigas feridas começam a se abrir.

A história aprofunda a relação de Elphaba com a irmã Nessarose, agora governante de Munchkinland. Em uma das sequências mais marcantes, Elphaba usa seus poderes para encantar os sapatos de Nessa, tentando devolver a ela alguma independência. A tentativa de Nessarose de lançar um feitiço de amor acaba mal e transforma Boq no Homem de Lata, uma tragédia que redefine o destino dos personagens.

O conflito atinge seu ápice quando Elphaba confronta o Mágico e testemunha a crueldade com que os animais são tratados. A fuga dramática do casamento de Glinda e Fiyero marca o início da ruptura definitiva entre os dois lados. Fiyero então se sacrifica para salvar Elphaba e acaba transformado em espantalho.

No clímax, Glinda descobre que o tornado que matou Nessarose foi criado por Morrible. Ao mesmo tempo, Elphaba decide se entregar para proteger seus aliados e pede que Glinda guarde o segredo de sua sobrevivência. A aproximação entre Dorothy e Elphaba culmina na famosa cena da água, que o público acredita ser o fim da Bruxa Má.

Ao final, Glinda expõe a verdade sobre o Mágico, que foge de Oz em um balão. Ela assume o comando e restaura os direitos dos animais. Em segredo, Elphaba foge com Fiyero, agora o Espantalho, deixando Oz para sempre.

Qual será o futuro da franquia?

Com o encerramento da história principal, o caminho está aberto para novas produções que explorem diferentes recantos de Oz. Stephen Schwartz e Winnie Holzman já confirmaram que trabalham em novos conceitos que não seguem diretamente o final de Wicked: Parte 2. Isso indica uma ampliação do universo, e não apenas uma continuação.

Na Sessão da Tarde desta quarta (26), Globo exibe MIB – Homens de Preto 3, estrelado por Will Smith e Tommy Lee Jones

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Foto: Reprodução/ Internet

A tarde desta quarta-feira, 26 de novembro, promete despertar nostalgia, risadas e até algumas surpresas emocionais para quem acompanhar a Sessão da Tarde na TV Globo. O filme escolhido foi “MIB – Homens de Preto 3”, terceiro capítulo da franquia que marcou gerações e ajudou a consolidar a imagem de Will Smith como um dos atores mais carismáticos do cinema de ação moderno. Lançado em 2012, o longa dirigido por Barry Sonnenfeld retoma o universo excêntrico e divertido da agência secreta responsável por monitorar a presença alienígena na Terra, mas desta vez a narrativa não se contenta apenas com o humor característico da série. Ela mergulha em sentimentos até então inexplorados nos filmes anteriores, especialmente a relação entre os agentes J e K.

Quem acompanha a franquia sabe que Homens de Preto sempre combinou humor inteligente com ficção científica leve, situações absurdas e uma estética visual marcante: os ternos pretos, os óculos escuros e os alienígenas escondidos em plena Nova York. Em MIB 3, porém, algo diferente acontece. Mais de uma década após o lançamento do segundo filme e com um hiato prolongado na carreira de Will Smith como protagonista, o terceiro capítulo chega com uma proposta mais sensível. Ele se distancia de um mero reencontro com personagens icônicos para entregar uma história sobre tempo, memória e laços invisíveis que moldam nossa vida. Ao revisitar a franquia, Barry Sonnenfeld não apenas resgata o que deu certo anteriormente, como amplia o universo narrativo, aprofunda personagens e coloca o coração no centro da aventura, tudo isso sem abrir mão do humor que tornou os filmes tão populares.

O enredo tem início com a fuga espetacular de Boris, o Animal, interpretado por Jemaine Clement, um dos vilões mais perigosos que já passaram pela MIB. Ele estava preso há décadas em uma colônia penal na Lua, a Lunar Max, cenário à altura de sua reputação. Boris não é apenas cruel: é inteligente, vingativo e paciente. Depois de escapar, decide voltar a 1969, ano em que foi capturado pelo Agente K, interpretado por Tommy Lee Jones. Sua intenção é impedir sua prisão e eliminar K antes que o agente ative o ArcNet, sistema que protege a Terra de uma invasão alienígena. O efeito dessa viagem temporal é imediato. De um dia para o outro, o Agente J, interpretado com o carisma de sempre por Will Smith, percebe que o amigo e parceiro simplesmente deixou de existir. Na nova linha do tempo, K morreu há mais de 40 anos e o planeta está prestes a sofrer uma invasão que ninguém mais parece capaz de deter. A partir desse ponto, o filme deixa claro que não é apenas uma nova aventura, mas uma jornada emocional que vai obrigar J a encarar não apenas o passado da MIB, mas o próprio passado.

É nesse contexto que surge a Agente O, vivida por Emma Thompson, que agora lidera a organização após a morte de Zed. É ela quem percebe que os lapsos temporais de J são sinais de uma ruptura na linha do tempo. J, impulsivo e movido pela intuição, decide que não vai aceitar um mundo sem K. Ele procura o negociante Obadias Prince para conseguir um dispositivo ilegal de viagem temporal e, em uma das cenas mais memoráveis do filme, se lança do topo do Chrysler Building para ativar o equipamento e voltar a 1969. A escolha não é apenas tática; é afetiva. J não está tentando salvar apenas um parceiro de trabalho, mas alguém que moldou sua vida de maneiras que ele ainda não compreendia.

Ao chegar ao passado, a narrativa ganha um charme especial. A Nova York de 1969 não é apenas cenário, mas personagem. Das roupas aos carros, dos diálogos aos costumes, tudo transporta o público para aquela época. É lá que J encontra a versão jovem de K, interpretada por Josh Brolin em uma performance surpreendente. Brolin não imita Tommy Lee Jones; ele absorve suas nuances, o jeito contido de falar, a postura rígida e o olhar calculado. É como ver K rejuvenescido, embora mais acessível e menos endurecido. O contraste entre J, um homem de 2012, e K, um agente novato de 1969, rende momentos divertidos e profundos. Naquele tempo, nada ainda foi perdido, inclusive segredos que J jamais imaginou.

Um dos personagens mais marcantes desta aventura é Griffin, interpretado por Michael Stuhlbarg com uma mistura de doçura e estranheza. Griffin possui a habilidade de enxergar vários futuros possíveis ao mesmo tempo. Sua presença traz ao filme uma camada inesperada de sensibilidade. Ele não é apenas uma peça-chave para recuperar o ArcNet, mas também um lembrete de que o futuro depende de pequenas escolhas. Suas falas poéticas dialogam com o tema central da narrativa: o que molda nossas vidas muitas vezes não são grandes acontecimentos, mas decisões diárias que tomamos sem perceber seu impacto. Essa filosofia permeia toda a história e faz de MIB 3 o capítulo mais reflexivo da franquia.

A reta final leva J, K e Griffin ao Cabo Canaveral, local do lançamento do Apollo 11. A trama se entrelaça à história real da chegada do homem à Lua, criando um pano de fundo grandioso para o confronto decisivo contra Boris. Ali, duas linhas temporais se chocam literalmente: J enfrenta o Boris do futuro enquanto K encara o Boris de 1969. A montagem ágil e carregada de tensão transforma essa sequência em um dos momentos mais eletrizantes da trilogia. E é nesse ponto que o filme entrega sua maior reviravolta emocional.

Após derrotar o vilão, K presencia a trágica morte de um coronel militar que parecia apenas mais um personagem secundário envolvido na missão. Quando um garoto sai de uma van procurando pelo pai, tudo se encaixa. O menino é James, a versão infantil do próprio Agente J. É nesse instante que o público e o personagem entendem algo poderoso: K estava presente no momento mais traumático da vida de J. Ele testemunhou a morte do pai do futuro agente e, para poupá-lo de carregar aquela dor, usou o neuralizador para criar uma memória mais suave. Esse gesto silencioso, guardado por mais de quatro décadas, redefine completamente a dinâmica entre os dois. O que sempre pareceu uma parceria rígida revela-se um laço profundo, quase paternal.

De volta à linha correta do tempo, J reencontra K no presente, vivo e com o mesmo semblante enigmático de sempre, mas agora existe uma compreensão diferente entre eles. A distância emocional que parecia natural começa a desaparecer. A cena em que J mostra o relógio que era de seu pai é simples, mas cheia de significado. K, por sua vez, deixa escapar uma sinceridade rara ao dizer que foi uma honra ter conhecido o pequeno James naquele dia de 1969. É um fechamento delicado para uma história que começou com ação, passou pela comédia e encontrou seu ponto mais alto na emoção.

HBO Max anuncia chegada da terceira temporada de Black Clover e reacende o entusiasmo dos fãs do anime

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A semana começou aquecendo o coração dos fãs de anime. A HBO Max confirmou, na última segunda-feira, 24, a data de estreia da terceira temporada de Black Clover no catálogo da plataforma. Os episódios chegam no dia 28 de novembro e marcam mais um capítulo importante na jornada de Asta, Yuno e dos Cavaleiros Mágicos, além de representar o reencontro do público com uma história que nunca perdeu sua força emocional. Para quem acompanha a saga desde os primeiros dias ou para quem está descobrindo o título agora, a novidade não significa apenas novos conteúdos, mas a oportunidade de revisitar um anime que cresceu enormemente ao longo dos anos, conquistando uma legião de fãs com sua combinação de ação frenética, humor leve, emoção e um protagonista cuja perseverança sempre foi sua maior arma.

A terceira temporada de Black Clover foi exibida originalmente entre 2019 e 2020. A produção, entretanto, enfrentou dificuldades devido à pandemia de COVID-19, que interrompeu cronogramas de diversas obras no mundo inteiro. Mesmo assim, o estúdio Pierrot conseguiu retomar os trabalhos e continuar exibindo a temporada a partir de julho de 2020. Esse retorno teve um significado especial. Em um período global marcado por incertezas, ver Black Clover de volta representou mais do que entretenimento: tornou-se um lembrete do conforto que as histórias podem oferecer e da força simbólica que elas carregam ao nos acompanhar em momentos desafiadores. Depois disso, o anime ganhou uma quarta temporada, mas novas adaptações não chegaram a ser produzidas — até agora.

Segundo informações já confirmadas, uma nova produção de Black Clover está prevista para 2026 e terá como objetivo adaptar os arcos finais do mangá. A obra de Yūki Tabata, publicada desde 2015 na revista Weekly Shōnen Jump, entrou recentemente em sua fase conclusiva. Isso indica que estamos nos aproximando do fim de uma das narrativas shounen mais importantes da última década. O anúncio reacende as expectativas de que o anime receba um desfecho digno de seu impacto, respeitando uma história que sempre soube equilibrar fantasia, amizade, superação, batalhas cheias de energia e um universo mágico em constante expansão.

Antes de se tornar o fenômeno global que é hoje, a história começou como um mangá ilustrado e escrito por Yūki Tabata. A obra rapidamente conquistou espaço na Weekly Shōnen Jump, dividindo páginas com gigantes como One Piece, Naruto e Bleach. O enredo acompanha Asta, um jovem órfão cheio de energia que nasceu sem habilidades mágicas, algo completamente fora do comum no reino de Clover, onde magia é uma parte essencial da vida. Mesmo assim, seu sonho é ambicioso: tornar-se o Rei Mago, o maior cavaleiro mágico do reino. Ao lado dele está Yuno, também órfão, mas dono de talentos extraordinários. Desde criança, Yuno demonstra controle impressionante sobre a magia do vento e é visto como um prodígio natural. Entre eles surge uma rivalidade saudável, construída sobre respeito, objetivos compartilhados e a vontade incessante de superar limites.

Com o tempo, a jornada dos dois evolui para uma saga épica que envolve batalhas intensas, mistérios ancestrais, intrigas políticas e um mundo mágico que se amplia a cada arco. Antes da série animada estrear oficialmente, Black Clover ganhou uma OVA produzida pelo estúdio Xebec em maio de 2017, que funcionou como um primeiro contato com o universo da obra. A adaptação completa, porém, ficou nas mãos do estúdio Pierrot, responsável por animes marcantes como Naruto e Bleach. A série estreou em outubro de 2017 na TV Tokyo e logo ganhou transmissão simultânea ao redor do mundo pela Crunchyroll.

No Brasil, a trama se tornou ainda mais popular ao ser exibida na TV aberta por emissoras como Rede Brasil, Loading e Jadetoon. Muitos fãs tiveram seu primeiro contato com a história graças a essas transmissões. Atualmente, estão disponíveis 170 episódios dublados em português brasileiro, o que reforça o investimento crescente e o carinho do público pela obra no país.

A força de Black Clover está, sobretudo, em sua narrativa humana. Asta e Yuno cresceram juntos em uma igreja humilde no interior do reino de Clover, dividindo sonhos e dificuldades e alimentando a promessa de se tornarem grandes cavaleiros mágicos. Enquanto Yuno parecia naturalmente destinado à grandeza, Asta carregava o peso de nascer sem mana. Em um mundo onde magia define tudo, ele precisou construir sua força a partir da determinação e do esforço físico, características que moldaram sua identidade desde cedo.

Quando ambos completam 15 anos e recebem seus grimórios, livros mágicos que refletem a essência de cada usuário, Asta é surpreendido por um grimório de cinco folhas, o portador da antimagia — uma habilidade capaz de anular qualquer feitiço. Esse poder o transforma em uma exceção absoluta dentro do universo mágico e dá início a uma jornada que desafia sistemas, preconceitos e expectativas.

Crítica – Sonho de Trem reafirma a potência cinematográfica da simplicidade poética

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Sonho de Trem surge como uma adaptação de notável maturidade estética, que respeita a densidade literária do conto de Denis Johnson e a converte em uma obra cinematográfica de rara delicadeza. O filme encontra seu vigor na atenção aos detalhes, no ritmo contemplativo e na capacidade de transformar gestos mínimos em acontecimentos carregados de significado. É um cinema que não se apressa e, justamente por isso, alcança profundidade emocional e rigor artístico.

A atuação de Joel Edgerton como Robert Grainier é construída com precisão e sutileza. Ele interpreta um homem ordinário que atravessa tempos extraordinariamente duros, marcado pela força do trabalho, pela solidão das longas distâncias e pelas transformações abruptas da modernização. Edgerton conduz o personagem com intensidade contida, estabelecendo um retrato verossímil de alguém que tenta preservar sua humanidade diante de um mundo cada vez mais impessoal e hostil. Sua performance sustenta o eixo emocional do filme e oferece ao público um protagonista silencioso, mas profundamente expressivo.

A narração que permeia a narrativa cumpre um papel essencial. Longe de ser apenas um recurso adaptativo, ela funciona como elemento estruturante, ampliando a dimensão histórica, social e afetiva da obra. A voz serena do narrador costura passado e presente com precisão, oferecendo ao espectador uma compreensão mais ampla do que está em jogo. Ao estabelecer esse diálogo entre memória individual e memória coletiva, o filme reforça sua ligação com a literatura e alcança um equilíbrio raro entre intimismo e crítica social.

A representação da expansão ferroviária é um dos elementos mais contundentes do filme. Sonho de Trem não ignora a violência inscrita no processo de modernização do início do século XX. A devastação ambiental, o deslocamento de comunidades inteiras e a exploração de trabalhadores imigrantes aparecem com clareza e sobriedade. O longa evidencia como o progresso, muitas vezes celebrado, foi construído às custas de vidas invisibilizadas e territórios feridos. Essa crítica se integra organicamente à narrativa, sem perder o foco humano que permeia toda a história.

No coração da trama, Felicity Jones entrega uma interpretação comovente como Gladys Grainier. Sua presença introduz ao filme uma camada de ternura, estabilidade e profundidade emocional. A relação entre Gladys e Robert é construída com cuidado e realismo, sem artifícios melodramáticos, e traduz de forma precisa o afeto que sobrevive aos desafios de uma vida marcada por ausências, trabalho árduo e incertezas. É nesse vínculo afetivo que a obra encontra sua porção mais luminosa.

A fotografia é um espetáculo à parte. A luz natural domina a composição das cenas, preenchendo-as com textura, poesia e autenticidade. Cada tomada parece buscar o encontro entre a beleza da paisagem e a fragilidade humana que nela habita. Essa abordagem estética reforça o tom contemplativo e eleva o filme a uma experiência visual que permanece na memória do espectador.

Sonho de Trem é, acima de tudo, um estudo sensível da condição humana em tempos de mudança. A obra celebra o poder dos silêncios, a importância das pequenas histórias e a força de quem vive às margens do grande curso da história. Com elegância narrativa, precisão técnica e profundidade emocional, o filme se estabelece como uma das adaptações mais refinadas de sua categoria, capaz de honrar o texto original ao mesmo tempo em que cria sua própria identidade cinematográfica.

Crítica – Frankenstein, de Guillermo Del Toro é um filme que transforma dor e beleza em um espetáculo gótico inesquecível

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Guillermo Del Toro sempre caminhou na fronteira entre fantasia e dor, entre o belo e o grotesco. Em sua releitura de Frankenstein, esse território híbrido não é apenas cenário; é alma. Desde os primeiros fotogramas, o diretor deixa claro que não pretende apenas revisitar Mary Shelley, mas reinterpretar suas provocações mais profundas com o olhar de um cineasta que compreende a monstruosidade como metáfora da solidão humana.

O filme se abre com uma força visual avassaladora. É Del Toro em seu estado mais puro: meticuloso, artesanal e apaixonado por cada textura. Os salões iluminados por chamas vacilantes, o laboratório úmido e claustrofóbico, a extensão gelada do Ártico que parece engolir a humanidade, tudo compõe um quadro que ultrapassa a mera direção de arte. Cada ambiente funciona como um espelho psicológico, refletindo a deterioração emocional dos personagens. Não é estética pela estética; é narrativa construída a partir da atmosfera.

O que torna Frankenstein de Del Toro mais potente do que uma simples homenagem é sua decisão de humanizar não apenas a Criatura, mas também Victor Frankenstein. Oscar Isaac entrega uma atuação precisa e modulada, que recusa a visão tradicional do cientista como vilão absoluto. Aqui, Victor é ambicioso, mas também vulnerável, aflito e incapaz de lidar com o próprio fracasso moral. Sua arrogância científica não nasce da maldade, e sim da ilusão de que pode controlar a vida sem enfrentar suas implicações. Essa humanidade falha o arrasta para a ruína, e ao vê-lo se desmontar emocionalmente diante daquilo que criou, o espectador testemunha um dos grandes acertos da adaptação: a compreensão de que o verdadeiro horror não está na Criatura, e sim na recusa do criador em assumir o que trouxe ao mundo.

Jacob Elordi reinventa a Criatura como um ser que oscila entre força e fragilidade. Seu corpo imenso contrasta com uma doçura inesperada, reforçando a ideia de que sua monstruosidade é produto da rejeição e não de sua essência. Há momentos em que ele parece quase infantil em sua curiosidade, cenas que Del Toro filma com uma ternura silenciosa e que servem como respiradouros emocionais entre os grandes conflitos. Essa sensibilidade torna a tragédia ainda mais dolorosa: a Criatura se torna monstruosa porque é privada daquilo que qualquer ser precisa para viver, como afeto, acolhimento e pertencimento.

A participação de Mia Goth adiciona sutileza à narrativa. Sua personagem oferece um contraponto à rejeição que persegue a Criatura e suas cenas em conjunto estão entre as mais delicadas do filme. Elas revelam a capacidade de Del Toro de encontrar poesia nos espaços onde o horror costuma dominar. Não são apenas momentos de conexão; são fagulhas de humanidade que contrastam com a violência do mundo ao redor.

Narrativamente, o filme é denso, introspectivo e, por vezes, deliberadamente lento. Del Toro não tem pressa de chegar às grandes revelações. Prefere construir tensões por meio de silêncios, olhares e gestos, deixando que a relação entre criador e criação se torne um espelho rachado. Esse ritmo contemplativo pode não agradar quem espera algo mais explosivo, mas para o público disposto a entrar na cadência emocional proposta, a experiência é imersiva e devastadora.

No desfecho, Frankenstein se consolida como uma tragédia operística sobre culpa e abandono. Del Toro resgata o espírito da obra de Shelley, não o terror superficial, mas o coração filosófico que questiona até que ponto o ser humano está preparado para lidar com aquilo que deseja dominar. A Criatura busca um lugar no mundo; Victor busca escapar da responsabilidade. Dessa colisão entre carência e negação nasce uma destruição inevitável.

É um filme sobre criação, mas também sobre a morte simbólica de quem não sabe amar o que traz à vida. Um conto sobre monstros que surgem, sobretudo, da incapacidade humana de cuidar.

A estética impecável, as atuações poderosas e a profundidade emocional fazem desta versão de Frankenstein uma das interpretações mais ricas e sensíveis dos últimos anos. Não é apenas um espetáculo visual; é um lamento trágico que continua ecoando muito depois que a tela escurece.

Filmagens de Superman: O Homem do Amanhã começam em abril, confirma Nicholas Hoult

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Foto: Reprodução/ Internet

O universo cinematográfico da DC voltou a ganhar força entre os fãs após uma revelação direta de Nicholas Hoult, intérprete de Lex Luthor. Durante a Peru Con 25, o ator contou, em tom bem-humorado, que as filmagens de O Homem do Amanhã começam em abril. Sem adiantar detalhes para evitar problemas com o estúdio, Hoult apenas confirmou o essencial: a produção engrena em poucos meses. O longa está previsto para chegar aos cinemas em 2027, depois das estreias de Supergirl e da série Lanternas, que devem preparar o terreno para a nova fase do DCU. As informações são do Omelete.

A sequência se inspira na HQ Superman: Man of Tomorrow, uma das versões mais modernas da origem do herói. A trama do quadrinho acompanha um Clark Kent ainda em construção, dividido entre sua vida simples em Smallville, seus primeiros passos como estagiário no Planeta Diário e a responsabilidade crescente de ser alguém capaz de salvar o mundo. Conhecido inicialmente pela imprensa como “Homem Voador”, Clark vive essa fase de descobertas e erros enquanto tenta entender seu papel na Terra.

O ponto de virada acontece quando Clark acompanha o lançamento de um telescópio espacial criado pela LexCorp. Lois Lane, sempre incisiva, expõe falhas gravíssimas no projeto, acusando Lex Luthor de negligência. A revelação coloca Metrópolis em perigo e termina com o empresário sendo preso, consolidando o início da rivalidade entre os dois. Paralelamente, Clark faz amizade com Rudy Jones, zelador dos Laboratórios STAR, que lhe revela pesquisas envolvendo tecnologia alienígena, informações que acabarão tendo consequências desastrosas.

O rumo da história muda de vez quando os Laboratórios STAR detectam um objeto extraterrestre. Clark investiga o caso e acaba enfrentando Lobo, um caçador de recompensas intergaláctico que aparece disposto a capturá-lo. Ele revela que há uma recompensa pela cabeça do “último kryptoniano”. No confronto, Clark descobre sua fraqueza à kryptonita enquanto Rudy acaba exposto a uma substância alienígena que altera completamente seu corpo e destino. A luta também desperta a atenção de uma figura misteriosa, observando tudo à distância.

Essa figura logo se revela como J’onn J’onzz, o Caçador de Marte. Ele se apresenta aos Kents e conta a Clark sua versão sobre a destruição de Krypton, oferecendo respostas que o jovem kryptoniano jamais teve. J’onn acredita que a humanidade ainda não está pronta para um herói tão poderoso, um conflito que coloca os dois em lados opostos quanto ao futuro da Terra e ao papel de Clark no mundo.

Enquanto tenta entender quem é e o que representa, Clark recebe de Martha Kent o traje que se tornaria icônico. É nesse momento que a imprensa passa a chamá-lo oficialmente de Superman. Mas antes que ele possa assumir plenamente esse título, Rudy Jones desperta transformado em uma criatura capaz de absorver energia vital. O acidente o transforma no temido Parasita, um vilão poderoso o bastante para enfrentar Superman e ameaçar toda Metrópolis.

A batalha com o Parasita é devastadora. J’onn aparentemente morre queimado após tentar impedir o vilão, e Superman, enfraquecido, precisa buscar ajuda de quem menos esperava: Lex Luthor, ainda preso. A improvável aliança que também envolve Lobo monta um plano arriscado para deter o Parasita, explorando sua vulnerabilidade à kryptonita. Porém, quase tudo sai do controle, culminando em sacrifícios, mortes aparentes e uma destruição quase total da cidade.

No final, J’onn revela que fingiu sua morte usando seus poderes psíquicos, e Rudy, em um último gesto de humanidade, se sacrifica para impedir uma explosão na usina de Metrópolis, salvando milhares de vidas. A história se encerra com Superman finalmente se apresentando ao mundo como Kal-El, enquanto Lobo insinua que outros kryptonianos e marcianos podem estar vivos em algum lugar do universo. J’onn parte para buscá-los, deixando Clark diante de novas possibilidades e responsabilidades.

Com a excelente recepção do primeiro filme de Superman, que ultrapassou a marca de 610 milhões de dólares mundialmente, a expectativa para O Homem do Amanhã é alta. James Gunn retorna na direção e no roteiro, trazendo de volta David Corenswet como Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como Lex Luthor. Além deles, a Gangue da Justiça também deve retornar, com Nathan Fillion, Isabela Merced, Edi Gathegi e Anthony Carrigan reprisando seus papéis.

Zoey Deutch e Jonah Hauer-King estrelam o novo trailer de Entre Nós – Uma Dose Extra de Amor

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Foto: Reprodução/ Internet

Se você adora comédias românticas cheias de diversão, romance e surpresas inesperadas, vai querer prestar atenção nisso. O novo trailer de Entre Nós – Uma Dose Extra de Amor acabou de sair, e já dá para sentir que o filme vai arrancar risadas, emocionar e fazer o público se enxergar nas aventuras dos protagonistas. O filme chega em todos os cinemas brasileiros no dia 11 de dezembro. Confira o vídeo abaixo:

A história gira em torno de Connor, interpretado por Jonah Hauer-King (conhecido por A Pequena Sereia e My Policeman), um jovem carismático, mas um pouco perdido quando o assunto é amor. Ele vive uma relação sem rótulos com Olivia, papel de Zoey Deutch (Set It Up e Everything, Everywhere, All at Once), sua paixão de longa data, mas que não se define. Tudo parecia tranquilo, até que seu amigo Greg, vivido por Jaboukie Young-White (Booksmart e Saturday Night Live), surge com uma ideia maluca: provocar ciúmes em Olivia envolvendo uma desconhecida chamada Jenny, interpretada por Ruby Cruz (Do Revenge e The Summer I Turned Pretty), durante uma noite em um bar. O que parecia uma brincadeira inocente rapidamente se transforma em uma noite que ninguém vai esquecer.

No trailer, vemos Olivia percebendo a aproximação entre Connor e Jenny e, em vez de sair de cena, ela entra na história com toda sua personalidade, provocando uma dinâmica inesperada entre os três. O que começa como uma aventura de uma noite acaba ganhando contornos muito mais sérios e surpreendentes: ambas acabam grávidas. De repente, Connor, Olivia e Jenny precisam lidar com escolhas que nunca imaginaram enfrentar, e suas vidas dão uma guinada completa.

O filme não é apenas sobre situações absurdas e cômicas. Ele explora a intimidade dos personagens e mostra que mesmo em momentos de confusão e humor, há espaço para sentimentos genuínos. Connor e Olivia tentam construir um relacionamento enquanto Jenny permanece presente, e cada um precisa descobrir como lidar com emoções complexas e responsabilidades inesperadas. Entre mal-entendidos, momentos de ternura e diálogos cheios de humor, a história se aproxima da realidade de muitas pessoas, mostrando que a vida raramente segue um roteiro previsível.

Chad Hartigan, diretor do longa (This Is Where I Leave You e Morris from America), consegue equilibrar muito bem as cenas engraçadas com momentos mais sensíveis. O roteiro de Ethan Ogilby (Big Mouth e The Catcher Was a Spy) contribui para que a narrativa flua de forma natural, cheia de diálogos afiados, situações inesperadas e emoção na medida certa. O resultado é um filme que diverte sem perder a autenticidade e faz o público torcer pelos personagens em cada decisão que eles precisam tomar.

O elenco ajuda a tornar tudo ainda mais cativante. Jonah Hauer-King entrega um Connor vulnerável e divertido, Zoey Deutch brilha como uma Olivia determinada, engraçada e apaixonante, e Ruby Cruz dá vida a Jenny com energia e leveza, tornando o triângulo amoroso interessante e crível. A química entre eles é um dos pontos altos do longa, fazendo com que cada cena carregue emoção e humor na medida certa.

Universal apresenta novo trailer de Song Sung Blue: Um Sonho a Dois, drama musical com Hugh Jackman e Kate Hudson

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Foto: Reprodução/ Internet

A Universal Pictures apresentou na manhã desta segunda, 24 de novembro, um novo trailer de “Song Sung Blue: Um Sonho a Dois”, produção que chega aos cinemas brasileiros em 29 de janeiro de 2026. A prévia reforça o clima emocional do longa e reposiciona o filme entre os lançamentos mais aguardados do início do próximo ano, especialmente para o público que acompanha dramas musicais com toque biográfico. Abaixo, confira o trailer divulgado:

A direção é assinada por Craig Brewer, cineasta que transita com naturalidade entre comédias, retratos culturais e histórias de reinvenção. Brewer, conhecido por trabalhos como “Meu Nome é Dolemite” e “Um Príncipe em Nova York 2”, assume aqui uma abordagem mais intimista. “Song Sung Blue: Um Sonho a Dois” acompanha a trajetória de Mike e Claire Sardina, um casal de músicos vivido por Hugh Jackman e Kate Hudson. Ambos cresceram acreditando que a carreira artística os levaria a grandes palcos, mas a vida adulta transformou o sonho em pequenas apresentações, contas acumuladas e a necessidade de seguir em frente mesmo quando o brilho parece ter apagado.

A guinada na história surge quando Mike e Claire decidem formar uma banda tributo dedicada ao icônico Neil Diamond. O gesto, que poderia soar como despedida de quem já desistiu de alcançar o estrelato, acaba funcionando como um recomeço inesperado. O filme investiga essa reinvenção, explorando a cumplicidade, os conflitos e os medos de um casal que tenta se reencontrar enquanto revive memórias musicais que marcaram a juventude.

O novo trailer destaca a delicadeza dessa transformação. As imagens mostram shows pequenos em bares, discussões domésticas que se misturam ao cansaço da estrada, momentos de humor espontâneo e aquele tipo de carinho silencioso que só existe entre pessoas que realmente se conhecem. A trilha sonora desponta como um dos principais atrativos. Neil Diamond autorizou pessoalmente o uso de clássicos como “Song Sung Blue”, o que fortalece a autenticidade do longa e já desperta grande apelo nostálgico.

Hugh Jackman e Kate Hudson lideram o elenco com química evidente, mas não estão sozinhos. Michael Imperioli, Fisher Stevens, Jim Belushi, Ella Anderson, King Princess, Mustafa Shakir e Hudson Hilbert Hensley completam o time. Juntos, constroem o ambiente de cidade pequena que o filme abraça — um cenário onde a rotina parece previsível, mas onde pequenas reviravoltas podem mudar tudo.

As filmagens ocorreram em diferentes cidades de Nova Jersey entre outubro e dezembro de 2024. Locais residenciais do condado de Monmouth e ruas tranquilas de Old Tappan foram escolhidas para criar uma atmosfera cotidiana, reforçando a ideia de que histórias marcantes também surgem em cenários aparentemente comuns. A fotografia teve início sob a responsabilidade de Amy Vincent e, posteriormente, passou para a direção de Erika Slezak, que assumiu a etapa final. A combinação de olhares promete entregar uma estética acolhedora, com foco no emocional e no realismo dos ambientes.

Na Sessão da Tarde desta terça (25), Globo exibe “Incontrolável”, thriller explosivo inspirado em uma história real

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Foto: Reprodução/ Internet

A tarde desta terça-feira, 25 de novembro, será movida a pura tensão para quem sintonizar a Globo. O filme escolhido para a Sessão da Tarde é “Incontrolável” (Unstoppable), dirigido por Tony Scott e estrelado por dois gigantes: Denzel Washington (Chamas da Vingança, O Voo) e Chris Pine (Star Trek, A Qualquer Preço). Lançado em 2010, o longa virou um dos thrillers de ação mais elogiados de sua época, com narrativa enxuta, ritmo acelerado e atuações marcantes.

De acordo com a sinopse do AdoroCinema, a história parte de um cenário que assusta só de imaginar: um trem quase do tamanho de um prédio, carregado de substâncias altamente tóxicas, fica completamente desgovernado. Sem operador, sem freio e ganhando velocidade a cada quilômetro, a composição segue em direção a pequenas cidades, colocando milhares de vidas em risco. Não há tempo para erro e essa sensação de urgência permeia cada minuto do filme.

É nesse contexto extremo que entram os protagonistas. Denzel Washington, como Frank Barnes, entrega mais uma performance sólida, dando vida a um maquinista veterano, consciente da gravidade da situação. Ao lado dele está Chris Pine, interpretando Will Colson, um condutor mais jovem, cheio de conflitos pessoais e inseguranças, mas determinado a provar seu valor. O contraste entre experiência e impulsividade funciona como um motor emocional para o filme, mostrando como esses dois homens completamente diferentes precisam se unir para tentar evitar a tragédia iminente.

A equipe de apoio também reforça o impacto da narrativa. Rosario Dawson (Sete Vidas, Demolidor: A Série) brilha como Connie, a coordenadora de operações da ferrovia que acompanha o caos de longe, tentando criar um plano viável enquanto o trem avança sem controle. O time inclui ainda Ethan Suplee (Meu Nome é Earl), Kevin Dunn (Transformers) e Kevin Corrigan (Ilha do Medo), todos somando tensão e autenticidade à história.

O filme ganha ainda mais força ao revelar que foi inspirado no Incidente do CSX 8888, ocorrido em 2001, em Ohio, quando um trem real percorreu mais de 100 km sem condutor e carregando materiais perigosos. Tony Scott transforma esse episódio em um espetáculo cinematográfico eletrizante, fazendo com que o público se pergunte o tempo todo: “Como isso vai acabar?”

Onde assistir “Incontrolável”?

Além da exibição na Sessão da Tarde, quem quiser rever o filme ou assistir pela primeira vez fora do horário da TV aberta tem uma opção bem acessível. “Incontrolável” está disponível no catálogo do Disney+, dentro da categoria de filmes de ação. Basta ser assinante da plataforma para assistir quando quiser, sem custo adicional.

Too Much | Netflix encerra minissérie de Lena Dunham após uma temporada, mas seu impacto permanece

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A Netflix confirmou que Too Much não ganhará uma segunda temporada. A decisão, tomada pelo próprio time criativo por trás da produção, encerra oficialmente a comédia romântica criada por Lena Dunham e Luis Felber, lançada em 10 de julho de 2025. Mesmo com vida curta, a série deixou sua marca com um romance moderno, imperfeito e profundamente humano, exatamente o tipo de história que Dunham sabe contar. As informações são do Omelete.

Na trama, conhecemos Jessica, interpretada por Megan Stalter, uma produtora de comerciais de Nova York que tenta juntar os restos do coração depois de um término traumático. Em busca de novos ares (e talvez de si mesma), ela aceita uma transferência de trabalho para Londres. Só que o recomeço que parecia romântico na teoria rapidamente se revela um choque de realidade: apartamento apertado, rotina solitária, e uma cidade que não acolhe tão fácil quanto os filmes de época prometem.

É nesse cenário que Jessica, tentando se provar corajosa, sai sozinha para um pub e acaba cruzando caminhos com Felix, vivido por Will Sharpe, um músico indie londrino com charme tímido, talento evidente e seus próprios conflitos internos. O encontro, despretensioso no início, marca o início de um romance que cresce devagar, com hesitações, vulnerabilidades e aquela dose de confusão emocional que faz qualquer relação parecer real.

O coração de Too Much está justamente nesse crescimento lento. Jessica e Felix precisam enfrentar diferenças culturais, expectativas incompatíveis, feridas antigas e dinâmicas familiares complicadas. Não é um conto de fadas. É sobre aprender a gostar de alguém enquanto ainda se tenta reaprender a gostar de si mesmo.

Por isso, o cancelamento (mesmo planejado) deixa um certo gosto agridoce no público. A produção nunca prometeu se estender, mas sua sinceridade emocional, seu humor desajeitado e a química delicada entre Stalter e Sharpe fizeram a minissérie se destacar no catálogo da Netflix.

A série se despede como chegou: pequena, honesta e cheia de verdades incômodas sobre amar, recomeçar e se permitir ser vulnerável. Uma temporada foi suficiente para contar essa história, mas não para impedir que ela continue ecoando em quem se viu, mesmo que um pouquinho nos passos incertos de Jessica e Felix.

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