Top Gun 3 acelera motores! O novo capítulo da franquia ganha forma enquanto a memória de Maverick ecoa no cinema moderno

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Existe um tipo de nostalgia que não envelhece: aquela que vem acompanhada do som de motores rugindo, da vibração metálica de um caça rasgando o céu e do silêncio absoluto que antecede uma manobra impossível. É uma sensação que pertence a uma geração inteira — e que, de algum modo, continua viva dentro de cada espectador que se apaixonou por Top Gun desde 1986. Agora, com o terceiro filme oficialmente decolando dos bastidores e ganhando contornos mais concretos, a sensação é de reencontro. Um reencontro com Maverick, com o cinema clássico, com o tipo de emoção que não precisa ser explicada — apenas sentida.

Segundo informa o Omelete, quem trouxe essa fagulha ao mundo foi Joseph Kosinski, o diretor que ajudou Tom Cruise a reescrever a história do cinema moderno em 2022. Em meio ao brilho discreto do Academy Governors Awards, Kosinski confirmou que o terceiro filme está em andamento. Não houve espetáculo, nem discurso triunfal, apenas uma frase dita com a sinceridade de quem sabe o peso que carrega nas mãos:
“Estamos trabalhando no filme, empolgados… Devemos ter a primeira versão do roteiro em breve.”
E isso bastou para incendiar o imaginário dos fãs.

A revelação surgiu na mesma noite em que Tom Cruise recebeu um Oscar honorário, criando uma espécie de simetria emocional: enquanto a Academia celebrava sua carreira, Kosinski apontava para o futuro — mostrando que Maverick ainda tem história para contar.

O que sabemos de Top Gun 3

Se há uma palavra que define o terceiro filme, segundo Kosinski, é ambição. Mas não aquela ambição grandiosa e ruidosa dos blockbusters tradicionais — e sim algo mais íntimo, mais existencial, mais silencioso. O diretor deixou claro que o novo capítulo deve mergulhar em questões profundas do personagem de Cruise, explorando um conflito que vai além de velocidade e manobras aéreas.

“A crise existencial que Maverick enfrenta é muito maior do que ele mesmo”, disse Kosinski.
Essa frase, por si só, já desenha um novo horizonte para a franquia — talvez mais melancólico, talvez mais humano.

Se Maverick foi sobre legado, Top Gun 3 parece querer falar sobre permanência: o que fica depois que toda a fumaça baixa? O que sobra quando o mundo avança, e você começa a se perguntar se ainda pertence a ele?

Com Ehren Kruger novamente no roteiro, há uma expectativa natural de continuidade emocional. Mas há também a sensação de que algo novo está sendo moldado. Algo que dialoga com os dilemas do nosso tempo — drones, automação, inteligência artificial — e com os dilemas internos de um homem que sempre viveu para voar.

Maverick antes de Maverick: como o segundo filme entrou para a história

Para entender o peso desse terceiro capítulo, é preciso revisitar a explosão que foi Top Gun: Maverick. Lançado em maio de 2022, o filme faz parte de uma daquelas histórias improváveis de Hollywood: um projeto que parecia condenado a nostalgia vazia e que, surpreendentemente, se transformou em símbolo de renascimento do cinema pós-pandemia.

Ele ultrapassou 1,49 bilhão de dólares em bilheteria mundial, mas o número diz menos do que deveria. Mais do que lucro, o longa devolveu às pessoas a vontade de sentir — de estar em uma sala escura, compartilhando emoções com desconhecidos. Maverick se tornou um evento coletivo, quase um manifesto em defesa da experiência cinematográfica.

E Tom Cruise, com sua teimosia romântica em recusar o streaming, assumiu o papel de guardião dessa proposta. Ele queria que o filme fosse visto como cinema de verdade — e conseguiu. Houve lágrimas, risos, aplausos espontâneos. Foi mais do que uma sequência: foi um reencontro com tudo aquilo que nos faz amar grandes histórias.

Um retorno marcado pelo tempo

Em Maverick, é impossível não sentir o peso do tempo. Pete Mitchell continua ousado, continua intenso, continua vibrando na fronteira entre coragem e imprudência. Mas há algo no olhar dele que não havia no filme de 1986: a consciência de que o mundo está mudando rápido demais — e que talvez ele esteja ficando para trás.

Quando ele ultrapassa o limite do Darkstar, rompendo barreiras que nenhum piloto ousaria testar, o gesto não é apenas rebeldia. É uma tentativa desesperada de provar que ainda existe espaço para pilotos humanos num mundo dominado por máquinas. E, por algum motivo, é um dos momentos mais humanos do filme inteiro.

Ser enviado de volta à Top Gun como instrutor é quase um choque emocional. Maverick sabe ensinar, mas nunca soube envelhecer. Ele entende aviões, mas não entende política. Ele domina o céu, mas continua travado no chão.

Rooster, Hangman e a nova geração

Se Maverick carrega seus próprios fantasmas, Rooster carrega cicatrizes. A relação entre Bradley Bradshaw e o protagonista é construída com um cuidado impressionante, quase artesanal. Há dor não dita, mágoa acumulada, amor enterrado em silêncio. Miles Teller entrega um Rooster que é, ao mesmo tempo, herdeiro e prisioneiro do passado — e que precisa encontrar seu próprio caminho sem repetir os erros de Maverick.

E então há Hangman, um antagonista moderno com carisma de sobra. Ele faz o papel que Maverick fez no primeiro filme: provoca, desafia, irrita, mas também cresce. Phoenix e Bob completam um time que carrega frescor, energia e humanidade, sem jamais apagar o brilho dos veteranos.

Essa nova geração não existe apenas para preencher espaço — ela é o coração pulsante que permite que o filme fale com o presente sem trair seu passado.

A missão impossível que virou realidade

O plano criado para destruir a usina de urânio beira o absurdo — e talvez seja por isso que funciona tão bem. A missão é tão arriscada que se transforma numa metáfora para o que Maverick representa: o impossível que se torna possível quando o humano supera a máquina.

A sequência clandestina em que ele demonstra que o ataque pode ser executado é quase um grito de resistência. Um grito que diz: “Eu ainda estou aqui. Eu ainda posso.”
E é impossível não sentir algo ao ver isso.

A queda, o reencontro e o resgate improvável

A queda de Maverick e Rooster em território inimigo cria uma das sequências mais emocionantes de todo o filme — não pela ação em si, mas pela vulnerabilidade que surge entre os dois. Perdidos, machucados, discutindo e rindo do caos, eles finalmente voltam a se encontrar como seres humanos, não apenas como piloto e instrutor.

O reencontro com o F-14 Tomcat é quase um milagre cinematográfico. Uma lembrança esquecida no hangar, um ícone ressuscitado. E, de repente, pai e filho simbólicos estão juntos, voando lado a lado. Quando Hangman aparece para salvá-los, o círculo emocional se completa.

O adeus a Iceman

A despedida entre Maverick e Iceman é um daqueles raros momentos que o cinema entrega com a delicadeza de um segredo. Val Kilmer, enfrentando limitações reais de saúde, trouxe para a tela uma verdade dolorosa e linda. Não era apenas o fim de um personagem. Era o fim de uma era, de uma amizade, de um pedaço do cinema dos anos 80 que insistia em sobreviver.

É impossível não sentir o coração pesar naquele encontro.

Por que Maverick tocou tão fundo?

Porque não era sobre aviões.
Era sobre o tempo.
Sobre culpa.
Sobre segundas chances.
Sobre homens que aprendem tarde demais a pedir perdão.
Era sobre o medo de ser substituído — e sobre a coragem de continuar mesmo assim.

Maverick tem ação perfeita, mas é sua humanidade que mantém o público preso. É o tipo de filme que não se assiste: se sente.

E agora? O que esperar de Top Gun 3?

Kosinski promete uma história grande, talvez maior que tudo o que veio antes. Mas grande não no espetáculo — e sim na profundidade. Há uma expectativa de que o terceiro filme explore a mortalidade de Maverick, o avanço incontrolável da tecnologia e a difícil transição entre gerações.

Miles Teller e Glen Powell ainda não foram confirmados oficialmente, mas seria quase inimaginável seguir sem Rooster e Hangman. E Tom Cruise — agora ainda mais consolidado como um dos últimos astros clássicos de Hollywood — dá sinais de que está pronto para enfrentar o desafio.

It: Bem-Vindos a Derry | O palhaço retorna para assombrar uma nova geração em trailer tenso dos episódios finais

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Existem histórias que nunca nos abandonam. Algumas continuam ecoando anos depois, como se esperassem apenas o momento certo para ressurgir das sombras. Quando a HBO divulgou o novo trailer dos episódios finais de It: Bem-Vindos a Derry, essa sensação voltou com força total. De repente, parecia que todos estávamos novamente diante daquele frio na espinha que só Pennywise é capaz de provocar.

O vídeo traz o retorno triunfal — e perturbador — de Bill Skarsgård (Barbarian, Hemlock Grove) como o palhaço mais sinistro da cultura pop moderna. Em poucos segundos, fica claro que o ator retomou não apenas o personagem, mas a energia cruel e imprevisível que marcou seus filmes anteriores. O trailer não apenas atiça a nostalgia dos fãs de Stephen King; ele confirma que a série quer ir ainda mais fundo na mitologia que liga Derry ao mal absoluto. Abaixo, confira o vídeo:

Quando o projeto da série foi anunciado, as dúvidas sobre o retorno de Skarsgård dominaram as redes. O ator havia dito em entrevistas que apoiaria outro intérprete assumir o papel, mas o convite dos produtores Andy Muschietti (A Coisa, The Flash), Barbara Muschietti (Mama) e Jason Fuchs (Mulher-Maravilha) falou mais alto.

E que sorte para o público.

Ter Skarsgård novamente dá ao projeto uma consistência rara. Ele não interpreta Pennywise — ele encarna o mal em sua forma mais teatral, desconfortável e atraente. No trailer final, seu olhar deslocado, o sorriso que nunca chega aos olhos e a fisicalidade quase animal voltam com ainda mais intensidade, como se Pennywise estivesse em seu auge de poder nos anos 1960.

A série ganha outra dimensão com sua presença. A ponte entre os filmes e a narrativa seriada deixa de ser apenas estética e se torna emocional.

Welcome to Derry se passa em 1962 e acompanha um casal afro-americano que chega à cidade em busca de um recomeço. O marido, Jovan Adepo (Watchmen, Babylon), entrega uma atuação sólida e dolorosa como Leroy Hanlon, um homem que tenta proteger a família enquanto percebe que a cidade guarda algo profundamente errado. Ao seu lado, Taylour Paige (Zola, Ma Rainey’s Black Bottom) interpreta Charlotte Hanlon com uma mistura poderosa de fragilidade e força, capturando o impacto emocional de viver num ambiente hostil — e não apenas por causa de Pennywise.

A trama ganha camadas ao combinar o sobrenatural com o terror social da época. 1962 foi um ano marcado por tensões raciais, e a série retrata isso de maneira sensível e contundente. O preconceito, o medo do outro, o silêncio desconfortável dos vizinhos — tudo contribui para uma atmosfera sufocante.

O desaparecimento de uma menina logo após a chegada da família funciona como gatilho para que os horrores de Derry comecem a emergir. E à medida que a cidade se fecha, o público percebe que essa hostilidade humana é tão perigosa quanto o palhaço que espreita nos cantos escuros.

Além dos protagonistas, Welcome to Derry conta com um elenco que amplia o mistério e a densidade dramática. Chris Chalk (Perry Mason, Narcos) interpreta Dick Hallorann em sua juventude — um aceno delicioso para os fãs de O Iluminado. Sua presença sugere que o universo de Stephen King pode estar mais interligado do que imaginávamos.

James Remar (Dexter, Gotham) surge como uma figura sombria da cidade, alguém que sabe mais do que diz. Stephen Rider (Daredevil, Instinto Selvagem) adiciona tensão com seu personagem moralmente ambíguo, enquanto Madeleine Stowe (Revenge, O Último dos Moicanos) entrega uma performance carregada de melancolia, típica das mães e viúvas que povoam as histórias de King. Já Rudy Mancuso (Música, The Flash) traz um contraste interessante ao elenco, com uma energia jovem que rapidamente é engolida pela escuridão crescente da cidade.

Cada um deles parece carregar um fragmento de Derry consigo — como se a cidade estivesse moldando seus habitantes há décadas.

A cidade como personagem — e a longa jornada para as telas

Um dos maiores trunfos de Welcome to Derry é transformar o próprio espaço geográfico em personagem. As fachadas antigas, as ruas vazias, a neblina que invade as manhãs — tudo parece estar sempre à beira de revelar algo terrível.

As filmagens começaram em maio de 2023 em Toronto, Hamilton e Port Hope, cidade que já havia servido de “Derry” nos filmes anteriores. Port Hope, com suas lojas antigas e arquitetura pitoresca, retorna aqui mais sombria, mais silenciosa, mais decadente.

Mas a produção enfrentou um obstáculo gigantesco: a greve da SAG-AFTRA de 2023. O trabalho foi interrompido por meses, criando um hiato que deixou fãs e equipe ansiosos. Só em agosto de 2024 surgiram as primeiras confirmações de que a temporada havia sido concluída — e que o título oficial seria It: Bem-Vindos a Derry.

A espera foi longa, mas não em vão. A série chegou à HBO e HBO MAX em 26 de outubro de 2025 com seus nove episódios, e rapidamente se tornou um dos lançamentos mais comentados do ano.

Crítica – Frankenstein, de Guillermo Del Toro é um filme que transforma dor e beleza em um espetáculo gótico inesquecível

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Guillermo Del Toro sempre caminhou na fronteira entre fantasia e dor, entre o belo e o grotesco. Em sua releitura de Frankenstein, esse território híbrido não é apenas cenário; é alma. Desde os primeiros fotogramas, o diretor deixa claro que não pretende apenas revisitar Mary Shelley, mas reinterpretar suas provocações mais profundas com o olhar de um cineasta que compreende a monstruosidade como metáfora da solidão humana.

O filme se abre com uma força visual avassaladora. É Del Toro em seu estado mais puro: meticuloso, artesanal e apaixonado por cada textura. Os salões iluminados por chamas vacilantes, o laboratório úmido e claustrofóbico, a extensão gelada do Ártico que parece engolir a humanidade, tudo compõe um quadro que ultrapassa a mera direção de arte. Cada ambiente funciona como um espelho psicológico, refletindo a deterioração emocional dos personagens. Não é estética pela estética; é narrativa construída a partir da atmosfera.

O que torna Frankenstein de Del Toro mais potente do que uma simples homenagem é sua decisão de humanizar não apenas a Criatura, mas também Victor Frankenstein. Oscar Isaac entrega uma atuação precisa e modulada, que recusa a visão tradicional do cientista como vilão absoluto. Aqui, Victor é ambicioso, mas também vulnerável, aflito e incapaz de lidar com o próprio fracasso moral. Sua arrogância científica não nasce da maldade, e sim da ilusão de que pode controlar a vida sem enfrentar suas implicações. Essa humanidade falha o arrasta para a ruína, e ao vê-lo se desmontar emocionalmente diante daquilo que criou, o espectador testemunha um dos grandes acertos da adaptação: a compreensão de que o verdadeiro horror não está na Criatura, e sim na recusa do criador em assumir o que trouxe ao mundo.

Jacob Elordi reinventa a Criatura como um ser que oscila entre força e fragilidade. Seu corpo imenso contrasta com uma doçura inesperada, reforçando a ideia de que sua monstruosidade é produto da rejeição e não de sua essência. Há momentos em que ele parece quase infantil em sua curiosidade, cenas que Del Toro filma com uma ternura silenciosa e que servem como respiradouros emocionais entre os grandes conflitos. Essa sensibilidade torna a tragédia ainda mais dolorosa: a Criatura se torna monstruosa porque é privada daquilo que qualquer ser precisa para viver, como afeto, acolhimento e pertencimento.

A participação de Mia Goth adiciona sutileza à narrativa. Sua personagem oferece um contraponto à rejeição que persegue a Criatura e suas cenas em conjunto estão entre as mais delicadas do filme. Elas revelam a capacidade de Del Toro de encontrar poesia nos espaços onde o horror costuma dominar. Não são apenas momentos de conexão; são fagulhas de humanidade que contrastam com a violência do mundo ao redor.

Narrativamente, o filme é denso, introspectivo e, por vezes, deliberadamente lento. Del Toro não tem pressa de chegar às grandes revelações. Prefere construir tensões por meio de silêncios, olhares e gestos, deixando que a relação entre criador e criação se torne um espelho rachado. Esse ritmo contemplativo pode não agradar quem espera algo mais explosivo, mas para o público disposto a entrar na cadência emocional proposta, a experiência é imersiva e devastadora.

No desfecho, Frankenstein se consolida como uma tragédia operística sobre culpa e abandono. Del Toro resgata o espírito da obra de Shelley, não o terror superficial, mas o coração filosófico que questiona até que ponto o ser humano está preparado para lidar com aquilo que deseja dominar. A Criatura busca um lugar no mundo; Victor busca escapar da responsabilidade. Dessa colisão entre carência e negação nasce uma destruição inevitável.

É um filme sobre criação, mas também sobre a morte simbólica de quem não sabe amar o que traz à vida. Um conto sobre monstros que surgem, sobretudo, da incapacidade humana de cuidar.

A estética impecável, as atuações poderosas e a profundidade emocional fazem desta versão de Frankenstein uma das interpretações mais ricas e sensíveis dos últimos anos. Não é apenas um espetáculo visual; é um lamento trágico que continua ecoando muito depois que a tela escurece.

Quase Deserto marca nova fase de José Eduardo Belmonte e estreia nos cinemas em 27 de novembro

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Após uma passagem elogiada por dois dos maiores eventos de cinema do país, a Première Brasil do Festival do Rio 2025 e a 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Quase Deserto finalmente chega às salas brasileiras em 27 de novembro. O novo longa-metragem de José Eduardo Belmonte carrega o espírito de descoberta que sempre acompanhou sua filmografia, mas desta vez amplia fronteiras, geográficas e simbólicas.

A produção foi inteiramente filmada em Detroit, cidade que se tornou quase um personagem dentro da história. Ali, entre prédios vazios e ruas que parecem suspensas no tempo, o diretor constrói um cenário que dialoga com abandono, memória e sobrevivência. A narrativa ganha vida através do trio formado por Angela Sarafyan, atriz armênio-americana conhecida por sua presença magnética em Westworld, pelo uruguaio Daniel Hendler, lembrado por seu trabalho sensível em O Abraço Partido, e pelo brasileiro Vinícius de Oliveira, que marcou gerações com Central do Brasil e aqui apresenta um novo amadurecimento artístico.

Belmonte descreve o filme como um “noir distorcido”, uma expressão que traduz a mistura de sombras, silêncios e tensões que compõem o enredo. Quase Deserto acompanha dois imigrantes latinos sem documentos e uma mulher americana que, por acaso, testemunham um assassinato em uma Detroit pós-pandemia. A cidade parece desprovida de vida humana, como se observasse seus próprios fantasmas. Diante da violência inesperada, os três personagens partem em uma jornada de fuga e reinvenção, carregando segredos, medos antigos e um desejo silencioso de recomeçar.

A força emocional do longa nasce tanto de sua trama quanto do significado que ele representa dentro da trajetória do diretor. Belmonte vive um momento de virada artística e profissional, motivado pela busca por novos modelos de coprodução que aproximem criadores de países diferentes. Essa ideia surge do desejo de expandir o alcance das histórias brasileiras, permitindo que temas, conflitos e sensibilidades do país encontrem ressonância em outros territórios. O diretor explica que compreender o Brasil de fora pode revelar nuances que, de perto, muitas vezes passam despercebidas. Para ele, comentar o país a partir de outra geografia amplia o olhar e cria pontes culturais que antes pareciam distantes.

Essa proposta de integração está presente em cada etapa do filme. A produção foi realizada em três idiomas, português, espanhol e inglês, refletindo os encontros e desencontros dos personagens. O longa é produzido por Rodrigo Sarti Werthein e Rune Tavares, com assinatura da ACERE, e conta com a participação da norte-americana We Are Films, da Filmes do Impossível e da Paramount Pictures. O roteiro, por sua vez, nasceu de uma colaboração criativa entre Belmonte, Carlos Marcelo e Pablo Stoll, roteirista conhecido pelo sucesso uruguaio Whisky.

Warner Bros. divulga material inédito de Digger, novo filme de Tom Cruise dirigido por Alejandro G. Iñárritu

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A Warner Bros. Pictures revelou na últtima quinta-feira, 18 de zembro, material inédito de Digger, longa-metragem que marca a nova parceria do estúdio com Tom Cruise (Top Gun: Maverick, Missão: Impossível). A divulgação ganhou repercussão imediata após o próprio ator compartilhar o conteúdo em suas redes sociais, antecipando para o público detalhes do projeto que vem sendo tratado como uma das produções mais aguardadas do estúdio.

Ainda envolto em sigilo, Digger promete levar aos cinemas uma comédia de escala ambiciosa, descrita como uma história de consequências catastróficas. O filme não teve data de estreia anunciada até o momento, mas a revelação inicial já indica um projeto que busca fugir do convencional, tanto pela proposta narrativa quanto pela combinação criativa envolvida.

Rodado no Reino Unido, o longa marca o retorno do cineasta Alejandro G. Iñárritu (Birdman, Babel) ao cinema falado em inglês desde O Regresso (2015). Conhecido por sua abordagem autoral e por explorar personagens em situações extremas, o diretor também assina o roteiro ao lado de Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris e Sabina Berman, equipe responsável por trabalhos anteriores de grande reconhecimento crítico.

A escolha de Tom Cruise para o papel principal ocorreu após uma reunião direta entre o ator e Iñárritu, consolidando uma colaboração inédita entre duas figuras centrais do cinema contemporâneo. O projeto também reforça a parceria estratégica de Cruise com a Warner Bros. Pictures, enquanto a Legendary Pictures atua como produtora do longa, ampliando o alcance e a robustez da produção.

O elenco reúne nomes de destaque do cinema e da televisão internacional. Além de Cruise, Digger conta com Jesse Plemons (Ataque dos Cães), Sandra Hüller (Anatomia de uma Queda), Riz Ahmed (O Som do Silêncio), Sophie Wilde (Fale Comigo), Emma D’Arcy (A Casa do Dragão), Robert John Burke (Lei & Ordem), Burn Gorman (Círculo de Fogo), Michael Stuhlbarg (Me Chame Pelo Seu Nome) e John Goodman (O Grande Lebowski). A diversidade e o prestígio do elenco indicam uma narrativa centrada em personagens complexos e performances marcantes.

O desenvolvimento de Digger teve início em fevereiro de 2024, quando foi anunciado oficialmente como o novo projeto de Iñárritu após seu último longa. Ao longo do mesmo ano e no início de 2025, o elenco foi sendo gradualmente revelado, reforçando o caráter estratégico da produção e mantendo a expectativa elevada em torno do filme.

Com poucos detalhes revelados sobre a trama, Digger surge como um dos títulos mais enigmáticos do atual catálogo da Warner Bros. Pictures. A combinação entre um astro conhecido por grandes produções comerciais e um diretor reconhecido por narrativas provocativas sugere um filme que pode transitar entre o entretenimento de alto alcance e uma proposta artística mais ousada, consolidando-se como um lançamento de peso no cenário cinematográfico internacional.

Resumo da novela Reis de sexta-feira, 16/05/2025

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Capítulo 92 – Sexta-feira, 16 de maio de 2025 –

Davi, ainda se adaptando à sua nova condição de fugitivo, se emociona ao ver que, mesmo em meio à perseguição e ao perigo, diversas pessoas começam a se reunir ao seu redor. São homens simples, endividados, aflitos e marginalizados, mas que reconhecem nele um líder justo e ungido. Surpreso e tocado, Davi percebe que não está sozinho. Aos poucos, ele assume a liderança desse grupo de rejeitados, que vê nele a esperança de uma nova ordem.

Enquanto isso, no palácio, Jônatas se distancia cada vez mais das atitudes de seu pai, o rei Saul. Indignado, o príncipe confronta em pensamento as decisões impiedosas e desequilibradas do rei, lamentando o rumo que o trono de Israel tomou. Seu coração pesa, dividido entre a lealdade familiar e o amor fraterno por Davi, a quem reconhece como o verdadeiro escolhido de Deus.

Em Ramá, o profeta Samuel, em oração, recebe uma nova revelação divina. Convicto, ele anuncia que o Senhor entregou Israel nas mãos de Davi. A unção feita anos atrás, quando Davi ainda era um pastor de ovelhas, agora se aproxima de sua realização plena. Samuel compreende que a mão de Deus está sobre o jovem de Belém, e que o reinado de Saul está com os dias contados.

Determinado a proteger seu povo e buscar alianças estratégicas, Davi parte em uma jornada perigosa rumo à cidade de Moabe. Com coragem e humildade, ele se aproxima dos portões do reino vizinho e solicita uma audiência com o rei Mayon. Seu objetivo: garantir um refúgio seguro para seus pais e para os mais vulneráveis entre seus seguidores.

A presença de Davi em Moabe causa burburinho. Alguns o veem como um herói em ascensão, outros como uma ameaça política. O encontro com o rei Mayon promete ser decisivo — tanto para a proteção de sua família quanto para o destino de Israel.

Resumo da novela Força de Mulher de segunda, 19/05

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Segunda-feira, 19 de maio de 2025, já chega com o coração acelerado em Força de Mulher! O capítulo 219 promete tensão no ar, confissões inesperadas e uma farsa que quase desmorona…

👂 Sirin, sempre atenta (e bisbilhoteira como ninguém), escuta uma conversa entre Ceyda e Bahar — e percebe que tem coisa séria acontecendo. Ela se toca de que as duas estão metidas até o pescoço numa grande enrascada.

🍼 Enquanto isso, Emre leva um choque daqueles: descobre que tem um filho! A revelação promete virar a vida dele do avesso.

🚨 E os piores temores de Bahar se confirmam: ela e Ceyda se envolvem num esquema suspeito, daqueles que cheiram a problema de longe. Quando vão entregar uma encomenda de comida, acabam sendo pegas de surpresa com uma batida policial no local.

👮 Os agentes estavam prontos para levá-las como suspeitas, mas Ceyda — ágil e afiada como sempre — inventa, no susto, que estavam apenas levando comida para o vizinho do andar de cima. O problema? Eles teriam que provar isso na hora…

🔔 A dupla, então, bate na porta do tal vizinho, e o que acontece? Um golpe de sorte surreal salva as duas. Por um triz!

Prédio Vazio, novo terror de Rodrigo Aragão, ganha trailer sangrento e data de estreia

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Se você curte um bom filme de terror que mistura suspense, medo genuíno e aquele toque brazuca que só o Rodrigo Aragão sabe entregar, segura essa novidade: Prédio Vazio, o novo longa do diretor capixaba que ficou famoso com Mangue Negro, acaba de ganhar um trailer novinho, sangrento e cheio de mistérios — e já tem data certa para te deixar acordado à noite nos cinemas: 12 de junho!

O que rola em Prédio Vazio?

A trama acompanha Luna, uma jovem corajosa que está numa missão nada fácil: encontrar sua mãe, desaparecida no último dia de Carnaval em Guarapari, cidade litorânea linda, mas que nesse filme virou palco de um pesadelo. Logo no começo da busca, Luna esbarra num prédio antigo que parece abandonado, todo empoeirado, esquecido — só que nem de longe ele está vazio. No interior daquela construção rolam coisas muito estranhas, porque o local é habitado por almas atormentadas que guardam segredos obscuros, assombrações e histórias que grudam na pele.

A tensão cresce enquanto Luna vai mergulhando mais fundo no mistério do prédio. E é nesse clima sufocante, de portas que rangem, corredores escuros e sussurros inesperados que o filme ganha força, trazendo aquele terror psicológico que te faz olhar para trás até quando você vai no banheiro de madrugada.

O toque Rodrigo Aragão

Quem já conhece o trabalho do Aragão sabe que o cara não brinca em serviço. Com Mangue Negro, ele mostrou que o horror nacional pode ser visceral, com sangue, monstros e efeitos práticos caprichados — tudo feito para deixar o espectador grudado na cadeira. Agora, com Prédio Vazio, ele eleva o nível, entregando um filme que não é só grito e susto, mas também um suspense que cresce a cada cena, com uma atmosfera pesada e uma história que se encaixa perfeitamente na cultura brasileira.

O trailer que saiu recentemente já deixa claro que o filme vai explorar o medo de um jeito intenso: imagens rápidas, muita sombra, sangue escorrendo e aquele clima claustrofóbico que deixa qualquer um de cabelo em pé. Se prepare para entrar em um mundo onde nada é o que parece e o perigo pode estar ali, bem ao lado, esperando o momento certo para atacar.

Um elenco de peso para sustentar o terror

O filme traz nomes que já são sinônimos de talento na nossa TV e cinema. Gilda Nomacce, conhecida pelo seu trabalho em Cidade Invisível, aparece como uma personagem fundamental, carregando uma presença forte e misteriosa. Ao lado dela, Rejane Arruda (Primavera) e Caio Macedo (Ruas da Glória) completam o trio principal com atuações que prometem dar ainda mais corpo ao suspense.

Juntos, eles ajudam a construir a tensão crescente da história, fazendo com que a gente sinta a angústia e o medo da Luna enquanto ela enfrenta o desconhecido.

Premiado e com verba para a estreia

E não é só o público que já está de olho em Prédio Vazio. O filme foi o grande vencedor do Prêmio Retrato Filmes na 28ª Mostra de Tiradentes, evento super importante para o cinema independente brasileiro, que aconteceu no começo deste ano. Além do troféu, o filme levou um contrato de distribuição e R$ 100 mil para a campanha de lançamento, um baita incentivo que deve garantir uma boa divulgação e uma estreia caprichada.

Isso mostra que o terror nacional tem crescido e ganhado espaço, provando que histórias brasileiras podem, sim, assustar e encantar no mesmo nível das produções gringas.

Prepare o coração (e a coragem)

Se você é daqueles que adora um bom filme de terror que não se limita só a sustos fáceis, Prédio Vazio é um prato cheio. A mistura de mistério, horror sobrenatural e aquela pitada cultural brasileira fazem o filme ser diferente e ao mesmo tempo aterrorizante.

Além disso, o fato da história ser ambientada em Guarapari, um lugar real que muitos conhecem e amam, dá um toque especial — o terror ali fica ainda mais próximo da gente, sabe? Dá aquela sensação de que a qualquer momento, aquele prédio abandonado da sua cidade pode esconder algo muito, muito estranho…

Fique de olho

Anote aí: 12 de junho de 2025 é o dia para marcar no calendário e garantir seu ingresso para uma das estreias mais aguardadas do cinema nacional neste ano. Depois de ver o trailer, duvido que você não fique com um frio na barriga só de pensar em andar por um corredor escuro.

Ah, e se você gosta de filmes que combinam suspense com aquela narrativa cheia de camadas e personagens fortes, Prédio Vazio promete não decepcionar. Bora se preparar para ter alguns pesadelos — porque o Rodrigo Aragão vai fazer você lembrar dele por muito tempo.

Mistério, FBI e pomada branca: Série documental A Mulher da Casa Abandonada ganha data de estreia no Prime Video

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O Prime Video acaba de confirmar que “A Mulher da Casa Abandonada”, série documental baseada no podcast que virou obsessão nacional, estreia no dia 15 de agosto. A adaptação promete levar ao público, com novos elementos visuais e ainda mais reviravoltas, a história real de uma mulher que parecia apenas excêntrica, mas carregava um passado digno de thriller internacional.

Narrada e investigada pelo jornalista Chico Felitti, a série parte de uma figura enigmática que assombrava — e ao mesmo tempo despertava curiosidade — dos moradores de Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Ela se apresentava como “Mari”, saía raramente de casa e, quando aparecia, estava sempre com o rosto lambuzado por uma pomada branca. Quem era ela? Uma reclusa excêntrica? Uma senhora com manias estranhas? Ou algo muito mais sombrio?

Bom… a resposta surpreendeu até os mais viciados em true crime.

Por trás da fachada em ruínas de uma mansão tomada por limo e mistério, havia uma mulher que, duas décadas antes, fugiu dos Estados Unidos, onde era procurada por um crime grave — daqueles que envolvem tráfico humano e maus-tratos em condições análogas à escravidão. A investigação de Felitti, contada com maestria no podcast original da Folha de S.Paulo, revelou conexões com a capital norte-americana, o FBI, julgamentos abafados, e até uma empresa ligada à NASA, especializada em construir satélites e foguetes.

Sim, a história é real. E sim, é ainda mais absurda do que parece.

Com seis episódios, a série documental mergulha fundo nesse labirinto de identidade, silêncio, impunidade e choque cultural. E o mais perturbador: tudo isso estava acontecendo bem debaixo dos nossos narizes, em uma das regiões mais caras de São Paulo, onde ninguém desconfia de nada — ou prefere não desconfiar.

O sucesso estrondoso do podcast — que chegou a desbancar produções internacionais nos rankings brasileiros — transformou “A Mulher da Casa Abandonada” em um fenômeno. Agora, com imagens inéditas, entrevistas impactantes e a narração de Chico Felitti guiando os espectadores pelos bastidores da investigação, o mistério promete ganhar novas camadas e muito mais tensão.

Para quem já escutou o podcast, vale o retorno — com cenas reais e ângulos nunca antes vistos. Para quem não conhece, é a chance de embarcar em um dos casos mais bizarros e fascinantes da crônica policial brasileira recente.

“A Mulher da Casa Abandonada” estreia no Prime Video em 15 de agosto. E aí, vai encarar?

O que podemos esperar da segunda e última temporada de Sandman?

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Se você, assim como eu, ficou na ponta do sofá esperando a volta do Senhor dos Sonhos, a boa notícia é que o momento chegou — e já é hora de se preparar para a despedida definitiva dessa jornada insana. Sandman retorna em julho, dividido em dois volumes, para fechar de vez essa história que mistura fantasia, drama, misticismo e umas pitadas bem fortes de filosofia existencial.

Mas calma, não vai ser só nostalgia e reencontros bonitinhos não, hein? Pelo que o próprio showrunner Allan Heinberg revelou, Morpheus (aquele cara sombrio e cheio de segredos que a gente ama odiar) vai encarar o maior pepino da vida dele: encarar as consequências das tretas que arrumou ao longo dos séculos.

Dream: O Herói ou o Vilão da Própria História?

Dream vive numa bolha de autoimagem digna de protagonista de novela: ele se acha o herói do rolê, o cara que segura as pontas e mantém o equilíbrio dos sonhos e da realidade. Mas a real é que nem todo mundo vê ele assim. Para Nada, para Lyta e principalmente para o filho Orfeu, o Morpheus dos últimos milênios é, no mínimo, um baita vilão.

É nessa vibe meio “quem é o mocinho e quem é o bandido?” que a nova temporada vai mergulhar — e isso, meus amigos, promete fazer muita gente repensar tudo que viu até aqui. Afinal, será que o senhor dos sonhos é o salvador ou o carrasco dessa história toda?

Quadrinhos que Viram Vida: Estação das Brumas e Vidas Breves

Para os fãs de carteirinha, a Netflix vai adaptar dois arcos clássicos do Neil Gaiman: “Estação das Brumas” e “Vidas Breves”. São histórias cheias de mistério, emoções e confrontos que vão deixar qualquer um grudado na tela.

E não, o arco “Um Jogo de Você” não vai aparecer na íntegra, mas calma: várias partes dele foram sutilmente encaixadas para deixar o roteiro afiado, sem perder o foco no Dream. Heinberg deixa claro que a ideia é fazer o público sentir o pulso do personagem principal, porque, convenhamos, ele é o coração (e o caos) dessa história.

Como Vai Ser Essa Última Temporada?

  • Volume 1 (3 de julho): Seis episódios para preparar o terreno, revirar as feridas e soltar uns spoilers que vão fazer você querer maratonar tudo de uma vez.
  • Volume 2 (24 de julho): O desfecho, o finalzão, o grand finale com cinco episódios que prometem resolver pendências, fechar arcos e deixar aquele gostinho de “uau, que viagem!” — a cereja no bolo para uma série que já conquistou seu lugar na história.

Por Que A Série É Muito Mais Que Um Fantasia Qualquer?

Sandman não é só sobre mundos mágicos e criaturas sobrenaturais — é uma aula de como contar histórias densas e humanas, mesmo quando o personagem principal é um ser quase divino que controla os sonhos. A série fala de arrependimento, poder, perdas, amor e aquele velho dilema: até onde a gente pode controlar a vida dos outros?

Se você curte histórias que fazem a cabeça funcionar e o coração bater mais forte, pode preparar o balde de pipoca porque julho vai ser intenso.

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