“Além do Direito” | Netflix divulga trailer oficial e revela estreia do novo drama jurídico coreano

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Logo nos primeiros minutos de “Além do Direito”, nova série sul-coreana da Netflix, a gente entende que não se trata de mais um K-drama bonitinho sobre justiça, advogados geniais e discursos moralistas em tribunais. Nada disso. O que vemos ali, na tensão silenciosa entre uma recém-formada e seu mentor impiedoso, é um retrato nu e cru do que significa entrar no mundo jurídico — onde não basta entender de leis, é preciso aprender a engolir o orgulho, mascarar a insegurança e sobreviver aos jogos de poder. Abaixo, confira o trailer oficial:

Com todos os episódios lançados globalmente no dia 2 de agosto, a produção dirigida por Kim Kyung-tae e roteirizada por Park Min-jung chega para ocupar um lugar de destaque entre os dramas jurídicos coreanos. Mas, ao contrário do que se espera, ela se distancia dos clichês e mergulha num universo de dilemas morais, ambientes tóxicos e amadurecimento emocional forçado. É sobre Direito, sim. Mas é, acima de tudo, sobre o preço de continuar acreditando na justiça quando o sistema insiste em esmagar quem tenta fazer diferente. As informações são do Mix de Séries.

Quem é Oh Yoon-seo? E por que ela merece nossa atenção?

Interpretada com uma honestidade tocante por Jung Chae-yeon, Yoon-seo é uma jovem advogada vinda de origens simples, que sempre acreditou no Direito como uma ferramenta de transformação. Não por ingenuidade, mas por convicção. Ela estudou duro, abriu mão de muitas coisas e agora conseguiu algo que parecia um sonho: uma vaga no prestigiado (e temido) escritório KWN Law Firm, em Seul.

Só que o sonho logo vira pesadelo.

O que deveria ser o começo de uma carreira promissora vira uma espécie de campo minado emocional. Lá dentro, as regras não estão nos livros. Estão nos olhares, nos silêncios e nas humilhações veladas. Ninguém explica como se deve agir. Ou você aprende observando e engolindo sapos, ou vira alvo.

É nesse cenário que ela encontra seu mentor: Han Ki-joon (vivido por Lee Jin-uk, em atuação contida e magnética), um advogado sênior respeitadíssimo, cuja frieza é tão famosa quanto sua eficácia. Ki-joon não sorri. Não elogia. Não protege. Ele testa. Ele cobra. Ele observa. Para ele, ensinar é colocar o aprendiz contra a parede — e ver se sobrevive.

A relação entre os dois é o coração da série. Uma dança delicada entre admiração e conflito, aprendizado e frustração. Enquanto Yoon-seo ainda acredita na ética, Ki-joon já desistiu disso há tempos. O jogo agora é outro. E é perigoso.

Advogar é sobreviver: o retrato impiedoso dos grandes escritórios

Quem já viveu o dia a dia de um escritório grande — seja no Brasil, na Coreia ou em qualquer outro lugar — vai se reconhecer (e talvez até sentir um certo desconforto) com o realismo de “Além do Direito”. Aqui, o glamour dos processos milionários dá lugar a uma rotina sufocante de prazos, noites viradas, cafeína, e-mails ásperos e decisões éticas desconfortáveis.

A pirâmide é clara: sócios veteranos mandam. Associados tentam não escorregar. Estagiários torcem para não serem ignorados. As relações são movidas a interesse, e qualquer erro pode ser fatal. A meritocracia, claro, é uma ilusão. E isso é mostrado sem dó.

Yoon-seo não sofre apenas por ser novata. Ela sofre por ser mulher, idealista e por não saber disfarçar seu desconforto diante das contradições do sistema. E a série deixa isso evidente. Mas sem panfletar. É tudo na sutileza: um comentário atravessado aqui, um olhar que não se desvia ali, uma reunião em que sua voz não é ouvida — até o dia em que ela explode. E a gente explode junto com ela.

Casos que doem mais fora do tribunal

O que também diferencia a produção de outras séries jurídicas é como os casos apresentados não são apenas desafios legais, mas espelhos dos conflitos internos dos personagens. Cada episódio traz um novo dilema — mas o que está em jogo, no fundo, é sempre algo pessoal.

Em um episódio tenso, o escritório assume a defesa de uma multinacional farmacêutica acusada de esconder efeitos colaterais perigosos de um remédio. Ki-joon comanda a estratégia como quem joga xadrez. Yoon-seo, ao contrário, se envolve emocionalmente ao conhecer uma das vítimas. A frieza do Direito contra a empatia de quem ainda acredita no certo. Quem vence?

Outro arco potente gira em torno da acusação de assédio moral e psicológico contra um professor universitário renomado. A defesa parte da dúvida razoável. Mas as alunas contam histórias parecidas demais para serem ignoradas. E aí, onde está a linha entre presunção de inocência e conivência?

Esses casos são tratados com cuidado. Não há soluções fáceis. Nem respostas confortáveis. E essa complexidade é um dos maiores méritos da série.

Um elenco que não atua — vive os papéis

Além de Jung Chae-yeon e Lee Jin-uk, o elenco de apoio dá vida a um universo rico em tensões, alianças e traições:

Jeon Hye-bin, como a sócia Seo Hye-jin, é uma presença forte. Ela já esteve no lugar de Yoon-seo, mas fez escolhas diferentes. Lee Hak-joo interpreta Jung Woo-shik, o típico oportunista de escritório: escorregadio, ambicioso e sempre pronto para puxar tapetes com elegância. Kim Yeo-jin brilha como a juíza Park Young-sook, uma mulher que chegou ao topo sem perder sua integridade — mas que paga caro por isso.

Cada personagem tem espaço para respirar, errar, se contradizer. Não há vilões caricatos nem heróis perfeitos. Há pessoas tentando dar conta. E falhando, às vezes.

Silêncio como linguagem: uma série que diz muito com pouco

A direção de Kim Kyung-tae é sensível e inteligente. Não há pressa. Os episódios têm ritmo próprio. A câmera se demora em silêncios, olhares, gestos pequenos. O barulho do ar-condicionado no escritório vira trilha sonora. O café que esfria, a lágrima que não cai, o SMS que não é respondido — tudo tem peso.

A fotografia é fria, quase clínica. Tons de cinza, azul e branco dominam. Mas em momentos de fragilidade, vemos cores quentes surgirem timidamente, como quando Yoon-seo visita a casa da infância ou encontra refúgio em um café à noite.

A trilha sonora acompanha esse minimalismo emocional. As músicas compostas especialmente para a série — com destaque para a lindíssima “Gray Horizon”, de Baek Yerin — são quase sussurros de esperança ou desilusão. Em uma cena emblemática, Yoon-seo caminha sozinha pela cidade ao som de Seori, e a gente sente o peso que ela carrega mesmo sem que ela diga uma palavra.

No fim das contas, o que está em jogo é o que você está disposto a perder

O drama é uma série que vai mexer com quem já enfrentou ambientes profissionais hostis, com quem já teve que abrir mão de si para caber em algum lugar, com quem já duvidou se ainda vale a pena lutar pelos próprios valores. Mais do que sobre leis e tribunais, é uma história sobre gente. Sobre crescer. Sobre ceder e resistir. Sobre tentar — mesmo quando tudo empurra para desistir. É o tipo de série que fica com você. Que faz pensar. Que dá vontade de recomendar para aquele amigo que está sofrendo no primeiro emprego, ou para aquela colega que sempre acreditou que dava para fazer diferente.

Netflix confirma renovação de Dept. Q para segunda temporada, reforçando sucesso da série policial

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A Netflix anunciou nesta segunda-feira (18) que a série Dept. Q foi oficialmente renovada para a segunda temporada, consolidando seu sucesso desde a estreia em 29 de maio de 2025. Inspirada nos livros do autor dinamarquês Jussi Adler-Olsen, a série britânica criada por Scott Frank e Chandni Lakhani conquistou o público ao unir suspense policial, dramas pessoais e personagens fora do padrão, permanecendo seis semanas consecutivas no Top 10 da plataforma.

Em comunicado, as executivas da Netflix, Mona Qureshi e Manda Levin, celebraram a renovação: “Estamos ansiosos para retornar com Carl Morck e seu bando de gloriosos desajustados em ‘Dept. Q’. Scott Frank nos trouxe uma narrativa envolvente que emocionou o público no mundo todo. Mal podemos esperar para ver o que Morck e sua equipe descobrirão na segunda temporada. Edimburgo, estamos de volta.”

No centro da trama está Carl Morck, detetive brilhante, mas marcado por traumas e comportamento antissocial. Após um violento tiroteio que deixou seu parceiro James Hardy paraplégico e outro policial morto, Morck retorna ao trabalho liderando o Departamento Q, unidade dedicada a casos arquivados.

O governo escocês decidiu priorizar crimes não resolvidos para melhorar a imagem da polícia. Para Morck, essa missão representa uma oportunidade de enfrentar tanto casos complexos quanto seus próprios traumas. O Departamento Q funciona em um porão improvisado, refletindo a ideia de que, mesmo em condições adversas, soluções e heróis improváveis podem surgir. É nesse ambiente que ele forma uma equipe de desajustados com talentos e histórias de vida únicas.

O elenco da série equilibra atores consagrados e jovens promissores. Matthew Goode interpreta Morck com intensidade e vulnerabilidade. Chloe Pirrie é Merritt Lingard, promotora cujo desaparecimento motiva a primeira investigação do departamento. Jamie Sives vive Hardy, parceiro de Morck que apoia remotamente as investigações. Alexej Manvelov interpreta Akram Salim, ex-policial sírio em busca de recomeço, enquanto Leah Byrne é Rose Dickson, jovem policial determinada. Kelly Macdonald, veterana de Valente, assume a Dra. Rachel Irving, terapeuta responsável por ajudar Morck a lidar com traumas.

Personagens secundários como a comandante Moira Jacobson (Kate Dickie), o promotor Liam Taylor (Patrick Kennedy) e o Lord Advocate Stephen Burns (Mark Bonnar) enriquecem a narrativa, tornando a história mais complexa e envolvente.

O diferencial de Dept. Q é a profundidade emocional. Cada episódio vai além da resolução de crimes, explorando o impacto psicológico de traumas e dilemas morais. Morck não segue apenas protocolos: enfrenta suas dores enquanto protege vítimas, resolve mistérios e mantém a equipe unida.

Os casos arquivados, como o desaparecimento de Merritt Lingard, permitem explorar diferentes perspectivas humanas, oferecendo suspense, tensão e reflexões sobre justiça e ética. Cada personagem enfrenta desafios próprios, mostrando que o heroísmo nem sempre é perfeito.

Edimburgo fornece o cenário perfeito, com sua atmosfera melancólica e misteriosa. A fotografia, a trilha sonora e o design de produção criam um clima de tensão e urgência que acompanha cada investigação. Scott Frank e Chandni Lakhani adaptaram os livros de Adler-Olsen de forma que a narrativa literária se transforma em um drama televisivo envolvente, aproveitando recursos audiovisuais para criar suspense, emoção e dinamismo.

Expectativas para a segunda temporada

A segunda temporada promete novos casos, desafios e desenvolvimento emocional da equipe. A Netflix garante que o equilíbrio entre suspense e humanização será mantido, garantindo histórias ainda mais envolventes. Fãs podem esperar reviravoltas, aprofundamento de relações entre personagens e mistérios mais complexos.

Lee Taylor estreia como diretor de cinema em “O Chá”, drama histórico com protagonismo feminino

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Foto: Reprodução/ Internet

Conhecido do grande público por suas atuações marcantes em novelas como Velho Chico, Onde Nascem os Fortes e A Dona do Pedaço, além da elogiada série Irmandade, da Netflix, o ator Lee Taylor agora se prepara para um novo desafio artístico: a direção de seu primeiro longa-metragem. O projeto em questão se chama O Chá e marca um momento especial tanto para a carreira do artista quanto para o cinema brasileiro feito fora do eixo Rio-São Paulo.

Com roteiro assinado pelo Núcleo Artemísia — coletivo formado por três roteiristas da cidade de São José dos Campos, no interior de São Paulo — o filme é uma produção da Master Shot, com financiamento via Lei Paulo Gustavo e ProAC ICMS. O Chá ainda está em fase de pré-produção, mas já chama atenção por sua proposta sensível e por uma abordagem que mistura drama histórico, questões de gênero, identidade e poder.

Uma história de mulheres, memórias e silêncios

Ambientado na São José dos Campos dos anos 1940, o filme gira em torno de Alice, uma arquiteta talentosa cujos projetos urbanos moldaram os caminhos da industrialização local — embora, oficialmente, quem assine as obras seja seu marido. Ao voltar à antiga fazenda da família, Alice reencontra Wilda, mulher que a criou, e se depara com lembranças que há muito estavam soterradas pelo tempo. É nesse retorno que o passado e o presente começam a colidir.

A protagonista será vivida por Marcella Arnulf, que também é uma das roteiristas do filme. No elenco, nomes já conhecidos do público se juntam ao projeto: Luci Pereira, veterana da televisão com passagens por novelas como Caminho das Índias e Travessia; Larissa Nunes, em ascensão com trabalhos recentes em Vidas Bandidas (Disney) e Arcanjo Renegado (Globo); Maurício Destri, lembrado por suas atuações em I Love Paraisópolis e Rensga Hits!; e Marat Descartes, ator de longa trajetória no cinema e nas séries, com destaque recente em Beleza Fatal (Max).

Por que Lee Taylor decidiu dirigir

Em entrevista recente, Lee Taylor explicou os motivos que o levaram a aceitar o convite para dirigir o filme. Segundo ele, foi uma junção de inquietação artística com a força do roteiro. “Me senti provocado, em um bom sentido. Era o tipo de história que eu gostaria de ver no cinema. E também era a chance de me testar, de sair da zona de conforto como ator e assumir esse papel de guia criativo de uma equipe”, afirmou.

Para o diretor estreante, o que mais o tocou no roteiro foi a forma como o enredo lida com temas como memória, pertencimento e poder — tudo isso através da perspectiva de uma protagonista complexa e multifacetada. “É uma história sobre o que deixamos para trás, o que escolhemos esquecer, e o que ressurge quando voltamos aos lugares que moldaram quem somos”, comenta Lee.

Um filme pensado por mulheres

Outro elemento que pesou na decisão de Taylor foi o fato de O Chá ser uma narrativa concebida por mulheres, protagonizada por mulheres e com um olhar profundamente feminino. “Eu sempre tive uma inclinação muito forte por trabalhar com atrizes e dramaturgias femininas. No teatro, quase todas as peças que dirigi tinham mulheres no centro da narrativa. E acho que isso diz muito sobre meu interesse por esse tipo de sensibilidade”, ele confessa.

A parceria com o Núcleo Artemísia — formado por Marcella Arnulf, Lívia de Paiva e Thamyra Thâmara — foi construída com base em diálogo e respeito mútuo. Para Lee, um dos grandes trunfos do projeto é justamente a escuta: “Elas me confiaram a direção de um roteiro que é, antes de tudo, muito íntimo. A responsabilidade é grande, mas também é um presente.”

Cinema feito no interior (com cara de Brasil inteiro)

Gravado em São José dos Campos, o longa tem uma ambição que vai além das fronteiras geográficas da cidade. A ideia é mostrar que o interior também pode ser palco de histórias universais, sem cair em estereótipos ou caricaturas.

“A cidade está no DNA do filme, mas não como pano de fundo. Ela é personagem”, explica Lee. “Queremos que o espectador se conecte com o drama de Alice e perceba que aquele lugar, com seus silêncios, suas tradições e seus conflitos, representa muitas outras cidades brasileiras que viveram ou ainda vivem processos parecidos de transformação.”

E para isso, o time de criação está apostando em uma estética que une o realismo da época com um toque poético. A ideia é usar locações históricas, figurinos de época e fotografia naturalista para recriar os anos 1940 sem abrir mão de uma linguagem moderna e acessível.

Financiamento coletivo e incentivos públicos

O filme está sendo viabilizado através de uma soma de esforços públicos e privados. O projeto foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo em nível municipal e também pelo ProAC ICMS, permitindo que empresas de São Paulo redirecionem parte de seus impostos para apoiar a obra. Mas, além disso, a equipe lançou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse, aberta a qualquer pessoa que queira contribuir para tirar o filme do papel.

“A gente acredita que o cinema precisa se abrir mais à participação da sociedade, e o financiamento coletivo é uma forma de criar esse vínculo desde o começo”, comenta uma das roteiristas, Lívia de Paiva. Os apoiadores poderão receber recompensas que vão desde agradecimentos nos créditos até visitas ao set e convites para a pré-estreia.

Quem quiser colaborar pode acessar o link: catarse.me/o_cha_filme.

Trailer de Casa de Dinamite revela suspense político tenso dirigido por Kathryn Bigelow

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O suspense político que promete se destacar em 2025 ganhou nesta quarta-feira, 3 de setembro, seu primeiro teaser oficial, revelando a intensidade dramática e a tensão eletrizante que Kathryn Bigelow entrega mais uma vez ao público. O longa Casa de Dinamite, com estreia limitada nos cinemas brasileiros em 9 de outubro, estará disponível globalmente na plataforma de streaming Netflix a partir de 24 de outubro, apresentando uma narrativa marcada por crises e decisões extremas diante de uma ameaça nuclear iminente.

O trailer, que você confere logo abaixo, já vem provocando grande repercussão entre os fãs de thrillers. Ele apresenta o início de uma trama carregada de urgência e tensão: um míssil não identificado atinge o território norte-americano, desencadeando uma série de ações imediatas dentro do governo. Entre salas de situação, bases militares e reuniões de emergência, cada segundo se transforma em um dilema estratégico e ético, em que decisões precipitadas podem ter consequências catastróficas.

O filme acompanha como líderes políticos e especialistas em segurança tentam descobrir a origem do ataque e definir a resposta adequada antes que a situação se torne catastrófica. Mais do que cenas de ação, o material expõe o lado humano da crise. A tensão não está apenas nos números e nas decisões, mas nas pessoas responsáveis por salvar milhões de vidas, revelando medos, pressões e dilemas morais que tornam o conflito plausível e palpável.

Elenco reúne estrelas e talentos em ascensão

A obra conta com um elenco robusto e diversificado, reunindo atores consagrados e nomes em ascensão. Idris Elba assume o papel do presidente, representando liderança, firmeza e vulnerabilidade ao mesmo tempo. Rebecca Ferguson vive a capitã responsável pela comunicação com a cúpula militar, tornando-se um elo vital entre informação e ação.

Gabriel Basso interpreta o conselheiro de segurança Jake Baerington, personagem que enfrenta tensões éticas e decisões críticas, enquanto Jared Harris, Tracy Letts, Anthony Ramos e Moses Ingram completam o núcleo central de oficiais e especialistas. O elenco também inclui Jonah Hauer-King, Greta Lee, Jason Clarke, Brittany O’Grady e Kaitlyn Dever, cada um trazendo perspectivas diferentes sobre a crise, desde análises estratégicas até impactos pessoais e familiares.

Direção e produção com foco no realismo

Com Bigelow na direção, o filme explora a tensão de decisões políticas e militares com realismo e precisão. A cineasta é reconhecida por transformar contextos complexos em narrativas intensas, e aqui não é diferente: o público acompanha cada passo, cada reunião e cada decisão estratégica com detalhes que ampliam a imersão.

O roteiro de Noah Oppenheim, que também assina a produção, contribui para uma narrativa equilibrada, que une política, ação e drama humano. A produção conta ainda com Greg Shapiro, enquanto Brian Bell e Sarah Bremner assumem a produção executiva. A direção de fotografia de Barry Ackroyd garante imagens vibrantes e tensas, enquanto Jeremy Hindle cria cenários que refletem fielmente o ambiente governamental e militar, transportando o espectador diretamente para o centro da crise.

As filmagens ocorreram em Trenton, Nova Jersey, e o filme passou por pós-produção intensa no final de 2024, resultando em um produto cuidadosamente lapidado, com ritmo ágil e narrativa coesa.

Estreia e reconhecimento internacional

O longa teve sua estreia mundial na competição principal do 82º Festival de Veneza, em 2 de setembro de 2025, sendo indicado ao Leão de Ouro, uma das maiores honrarias do cinema internacional. A exibição inicial nos cinemas do Reino Unido acontece em 3 de outubro, seguida pelo lançamento nos Estados Unidos em 10 de outubro, antes da disponibilidade em plataformas digitais em 24 de outubro.

Esse lançamento estratégico evidencia a intenção de conciliar prestígio cinematográfico com ampla acessibilidade, permitindo que audiências ao redor do mundo acompanhem o suspense político e as decisões de alto risco em tempo real.

Temas atuais e relevância social

O filme explora questões de enorme relevância contemporânea: ameaças nucleares, decisões de retaliação e segurança global, além da responsabilidade moral que recai sobre líderes e especialistas em momentos críticos. Cada cena reforça o peso da decisão individual e coletiva, mostrando que, mesmo diante de estruturas de poder e protocolos militares, a dimensão humana é central.

O trailer já sugere que o longa vai além de um simples thriller de ação: trata-se de uma reflexão sobre liderança, coragem, ética e sobrevivência. A narrativa também enfatiza a importância da comunicação clara, da colaboração entre diferentes setores e da preparação estratégica diante de ameaças inesperadas.

Suspense que conecta ação e drama

O material divulgado mostra sequências de ação, reuniões de emergência, mapas estratégicos e momentos de tensão emocional, destacando a habilidade de Bigelow em combinar dinamismo visual e profundidade psicológica. Ao invés de focar apenas no efeito de destruição, a história prioriza o impacto das escolhas sobre indivíduos e nações, criando uma experiência de suspense completa, capaz de engajar o espectador do início ao fim.

Essa abordagem torna o filme mais do que entretenimento: ele se transforma em um estudo sobre como decisões de liderança podem moldar o destino de milhões de pessoas, explorando não apenas a ação, mas também a ética e a moral envolvidas em cada passo.

Expectativas do público e crítica

O teaser já provocou grande expectativa, com comentários de fãs e especialistas destacando o equilíbrio entre tensão, realismo e personagens bem construídos. Analistas de cinema apontam que o longa tem potencial para se tornar referência no gênero de suspense político, combinando entretenimento e reflexão, algo raro em produções contemporâneas. Além disso, o alcance global proporcionado pelo streaming garante que diferentes públicos possam acompanhar e debater a obra, ampliando discussões sobre liderança, segurança e decisões em cenários de crise.

Paramount+ lança novo trailer de Star Trek: Academia da Frota Estelar – A nova era de esperança no universo Star Trek

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O universo de Star Trek sempre foi, antes de tudo, um convite. Um chamado para olhar o futuro com coragem, curiosidade e serenidade — três elementos que sustentaram a franquia por quase seis décadas. Agora, esse chamado retorna com uma força renovada com o lançamento do novo trailer de Star Trek: Academia da Frota Estelar, série que chega ao Paramount+ no próximo 15 de janeiro e promete uma experiência que mistura emoção, juventude e um profundo respeito pelo legado da saga.

Diferente das últimas produções da franquia, que exploraram guerras intergalácticas, dilemas temporais e discussões filosóficas complexas, a nova série escolhe outro território: o da formação. Ela apresenta o universo não pelos olhos de comandantes experientes, mas pelos de cadetes que ainda tropeçam, ainda sonham, ainda buscam entender quem são e qual papel podem desempenhar em uma galáxia tão vasta e imprevisível. Essa decisão narrativa, tão simples quanto poderosa, dá à série um frescor raro e ao mesmo tempo uma forte conexão com a essência de Star Trek — a de acreditar no potencial humano.

Uma nova geração no centro da narrativa

O trailer recém-lançado deixa muito claro que o coração da série será o grupo de jovens cadetes que ingressam na Academia da Frota Estelar movidos por um ideal comum: a esperança de participar de algo maior do que eles mesmos. Esses personagens — interpretados por Sandro Rosta, Holly Hunter, Karim Diane, Kerrice Brooks, George Hawkins, Bella Shepard e Zoë Steiner — representam a diversidade de experiências, origens, temperamentos e expectativas que compõem o universo da Federação.

Desde a primeira cena, percebe-se que cada um deles chega com uma história que deixou marcas. Há os confiantes demais, os inseguros demais, os que carregam um senso de responsabilidade que os sufoca e aqueles que mal entendem o peso da farda que vestem. Mas todos, de alguma forma, são guiados pela mesma força: a ideia de que suas ações podem transformar mundos, culturas e o próprio destino da humanidade.

A presença de Robert Picardo e Tig Notaro, rostos já queridos pelos fãs da franquia, reforça a ponte entre o passado e o presente. Eles aparecem como figuras de referência, instrutores experientes que conhecem a dureza da vida na Frota Estelar e compreendem o quanto cada decisão pode moldar o futuro de um cadete — para o bem ou para o mal.

O impacto emocional de uma formação rigorosa

A Academia da Frota Estelar nunca foi um ambiente simples. É ali que mentes brilhantes são lapidadas. É ali que futuros comandantes, engenheiros, diplomatas e exploradores descobrem seus limites — e aprendem a ultrapassá-los. E é justamente nessa atmosfera de pressão e descoberta que a nova série se aprofunda.

O trailer revela cenas de treinamentos intensos, simulações perigosas e aulas que exigem foco absoluto. Mas, ao mesmo tempo, mostra momentos de carinho, de empatia e de vulnerabilidade. Nos corredores da Academia, os cadetes não enfrentam apenas provas técnicas, mas também batalhas internas: a sensação de não pertencimento, o medo de fracassar, a culpa de um erro que poderia ter custado vidas.

Esses elementos aproximam Academia da Frota Estelar de um drama de amadurecimento mais sensível e emocional. Não se trata apenas de ver jovens aprendendo a operar naves estelares, mas de observá-los lidando com a vida, com as próprias escolhas e com a responsabilidade de representar valores que, dentro da Federação, são quase sagrados.

Entre amizades, rivalidades e primeiros amores

Para além dos conflitos acadêmicos, a série se compromete a explorar a dimensão mais íntima e humana da experiência de cada cadete. E o trailer evidencia isso de forma clara: amizades surgem nos momentos mais improváveis; rivalidades nascem por orgulho, insegurança ou competição; e os primeiros amores despontam com aquela mistura de intensidade e fragilidade tão característicos da juventude.

A maneira como os cadetes se relacionam parece ser uma das forças centrais da narrativa. As conversas sussurradas no refeitório, as confissões trocadas entre as luzes de alerta da nave de treinamento, os confrontos impulsivos seguidos de arrependimento silencioso — tudo isso aparece no trailer como parte essencial da formação desses personagens.

Essas conexões humanas são fundamentais para que o público se identifique com a trama. Não importa quão futurista seja a estética da série ou quão grandiosas sejam as ameaças enfrentadas: no fundo, os espectadores também já foram jovens tentando encontrar seu lugar no mundo.

Uma nova ameaça paira sobre a Federação

Apesar de focar no amadurecimento dos cadetes, Academia da Frota Estelar não se afasta do elemento de aventura e perigo que sempre caracterizou Star Trek. O trailer revela que um novo inimigo misterioso surge no horizonte, ameaçando não apenas a Academia, mas a própria Federação.

Pouco se sabe sobre ele até agora. Não há pistas óbvias sobre sua origem, intenções ou método de ataque. E talvez seja justamente essa ausência de informações que torne a ameaça mais intrigante. A escolha narrativa cria uma tensão que deve acompanhar toda a primeira temporada, servindo como pano de fundo para as mudanças internas que cada cadete enfrentará.

A presença de um inimigo externo obriga esses jovens a amadurecer rapidamente. Não há tempo para hesitações, e a fronteira entre um erro acadêmico e uma catástrofe real é muito mais tênue do que eles imaginam. Assim, a nova série não apenas constrói um arco emocional, mas também mantém a tradição de Star Trek de explorar conflitos complexos que colocam à prova a estabilidade da galáxia.]

Star Trek e sua vocação para o otimismo

Um dos pilares mais antigos de Star Trek é o otimismo. Desde 1966, quando Gene Roddenberry criou a Série Clássica, a franquia imaginou um futuro em que diferentes culturas, espécies e ideologias conseguem coexistir com respeito e colaboração. A Federação é uma metáfora sobre o melhor que a humanidade pode ser — e nunca um retrato de um mundo perfeito, mas de um mundo sempre em construção.

Academia da Frota Estelar honra essa tradição. A série mostra que esperança não é um sentimento vazio, mas uma decisão diária. Uma escolha que exige esforço, disciplina e, acima de tudo, coragem. Ao acompanhar cadetes em formação, a produção reafirma algo essencial: ninguém nasce pronto. Heróis são moldados, não criados.

E isso é o que torna esta nova série tão importante dentro do catálogo do Paramount+: ela oferece uma narrativa capaz de inspirar, especialmente num momento em que o público busca histórias que falem sobre superação, propósito e comunidade.

A influência do legado recente: Discovery e Strange New Worlds

Para compreender o momento atual da franquia, é impossível ignorar o impacto das séries mais recentes, em especial Star Trek: Discovery e Star Trek: Strange New Worlds.

Discovery, que estreou em 2017, abriu caminho para a nova fase do universo expandido idealizado por Alex Kurtzman, trazendo uma abordagem mais séria, emocional e cinematográfica para Star Trek. Foi também a série que introduziu novos atores em papéis clássicos — como Ethan Peck como Spock — reacendendo o interesse do público em personagens da Série Clássica.

O sucesso dessa iniciativa abriu as portas para Strange New Worlds, criada por Akiva Goldsman, Alex Kurtzman e Jenny Lumet. A série estreou em 2022 com Anson Mount, Rebecca Romijn e Ethan Peck reprisando seus papéis como Pike, Número Um e Spock, mergulhando novamente na proposta de episódios independentes, com forte apelo visual e narrativo.

Essa combinação de nostalgia e originalidade fez de Strange New Worlds uma das produções mais celebradas do universo Star Trek moderno. Suas temporadas lançadas em 2022, 2023 e 2025 consolidaram uma identidade própria e revitalizaram o formato episódico clássico. Uma quarta temporada já está confirmada para 2026, e uma quinta — anunciada como a última — está em produção.

O clima de renascimento e expansão que essas séries criaram abre espaço para que Academia da Frota Estelar possa se desenvolver com segurança, sabendo que o público está aberto a novas abordagens, novos personagens e novas formas de explorar o legado da franquia.

Demon Slayer: Castelo Infinito | Tanjiro enfrenta Akaza novamente em novo vídeo divulgado

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O universo do anime se prepara para um momento decisivo. Foi divulgado recentemente um novo comercial de Demon Slayer: Castelo Infinito, trazendo à tona a aguardada batalha entre Tanjiro Kamado, protagonista da série, e Akaza, o temido demônio conhecido como Lua Superior 3. Esse confronto promete intensificar ainda mais a narrativa da franquia, que já conquistou fãs no mundo inteiro com sua combinação única de emoção, ação e arte visual impecável. Abaixo, confira o vídeo:

O reencontro de Tanjiro e Akaza

O embate entre Tanjiro e Akaza não é novidade para os fãs da série, mas sua retomada traz consigo uma carga emocional muito maior. Na luta anterior, o poderoso hashira Kyojuro Rengoku sucumbiu diante de Akaza, deixando uma marca profunda no grupo dos Exterminadores de Demônios. Agora, Tanjiro volta a enfrentar esse adversário, determinado a vingar o amigo e proteger seus entes queridos. O comercial mostra ainda a presença de Giyu Tomioka, o primeiro hashira que Tanjiro conheceu e que atua como um importante suporte durante esse embate, fortalecendo o time na batalha que se avizinha.

Um filme aguardado e sua importância na franquia

O longa-metragem é uma adaptação do arco homônimo do mangá criado por Koyoharu Gotouge, publicado entre 2016 e 2020. Diferente dos lançamentos anteriores, que foram mais voltados a compilações como Swordsmith Village e Hashira Training, este filme será uma produção cinematográfica completa em formato de longa-metragem, assim como foi Mugen Train em 2020. Essa decisão se justifica pelo ritmo acelerado e pela densidade dramática da história, que exigem um tratamento especial para transmitir a intensidade dos acontecimentos.

Anunciado em junho de 2024, logo após o fim da quarta temporada do anime, a produção se posiciona como a primeira parte de uma trilogia que promete dar continuidade a uma das sagas mais populares dos últimos anos. A estreia está programada para 18 de julho de 2025 no Japão, sob a responsabilidade da Aniplex e da Toho, duas das maiores distribuidoras do país.

O enredo do filme gira em torno de Tanjiro Kamado, um jovem que decide se juntar ao Demon Slayer Corps após sua irmã Nezuko ser transformada em demônio. Essa decisão impulsiona uma jornada repleta de desafios e batalhas épicas. No arco do Castelo Infinito, o cenário é um campo de batalha sombrio onde a tensão atinge seu ápice.

Durante um treinamento especial, conhecido como Treinamento dos Hashira, os principais exterminadores de demônios se preparam para um confronto final contra as forças malignas lideradas por Muzan Kibutsuji, o demônio mais poderoso e temido. Quando Muzan ataca o quartel-general da corporação, Tanjiro e seus aliados são transportados para o Castelo Infinito — um local onde os demônios mais perigosos se escondem, estabelecendo o palco para a batalha decisiva entre o bem e o mal.

Qualidade técnica e equipe de produção

Um dos grandes destaques da franquia é sua excelência técnica, que vem impressionando fãs e críticos ao redor do mundo. O filme está sob a direção de Haruo Sotozaki, que já havia conduzido as temporadas anteriores e o filme Mugen Train. Com o estúdio Ufotable à frente da produção, o longa-metragem promete manter a qualidade visual primorosa, mesclando animação tradicional com técnicas digitais que elevam a experiência do público a outro nível.

O roteiro é cuidadosamente elaborado pela equipe de produção interna do estúdio, que adapta com fidelidade o mangá original de Koyoharu Gotouge, preservando a essência dos personagens e os elementos centrais da trama, enquanto ajusta o ritmo para o formato cinematográfico.

O elenco de vozes que dá vida aos personagens

A voz dos personagens é uma peça fundamental na construção da empatia com o público. Para Castelo Infinito, o elenco de dubladores japoneses confirma nomes já consolidados na franquia. Natsuki Hanae, por exemplo, retorna como Tanjiro, trazendo toda a força e sensibilidade do protagonista. Akari Kitō dubla Nezuko, oferecendo um equilíbrio entre inocência e ferocidade. Outros nomes de peso como Hiro Shimono (Zenitsu), Yoshitsugu Matsuoka (Inosuke) e Takahiro Sakurai (Giyu Tomioka) completam o time, entregando performances que aprofundam a complexidade dos personagens.

Além deles, a presença dos Hashira — exterminadores de elite — é reforçada pelo trabalho de vozes que dão personalidade a figuras como Shinobu Kocho, Tengen Uzui e Mitsuri Kanroji, entre outros, enriquecendo o universo da história.

O significado do confronto entre Tanjiro e Akaza

Mais do que um combate físico, a luta contra Akaza carrega um peso simbólico e emocional intenso. Akaza não é um simples vilão; sua história traz nuances que revelam conflitos internos, motivados por seu passado humano antes de se tornar um demônio. Essa dualidade torna o personagem complexo e multifacetado, elevando o nível da narrativa.

Tanjiro, por sua vez, precisa enfrentar não apenas um inimigo poderoso, mas também os fantasmas de suas próprias perdas e dúvidas. O combate se torna uma prova de sua coragem, determinação e crescimento pessoal, ressoando com o público que acompanha sua trajetória desde o início da série.

Impacto cultural e a expansão global da franquia

Desde seu lançamento, o anime tem sido uma força transformadora no cenário do anime. O sucesso da série e do filme Mugen Train contribuiu para colocar o anime em destaque mundial, quebrando recordes de bilheteria e ampliando o interesse por produções japonesas. Demon Slayer: Castelo Infinito chega para fortalecer ainda mais essa posição, trazendo novidades que certamente atrairão não só os fãs antigos, mas também novos espectadores.

No clima do Natal, Supercine aposta em romance e representatividade com “Alguém Avisa?” neste sábado (20)

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Na noite deste sábado, 20 de dezembro, a TV Globo exibe no Supercine a comédia romântica “Alguém Avisa?” (Happiest Season), uma produção que une romance, humor, conflitos familiares e representatividade. O filme surge como uma alternativa às tradicionais histórias natalinas, trazendo uma narrativa contemporânea e sensível, capaz de dialogar com diferentes públicos sem perder o espírito acolhedor característico dessa época do ano.

Lançado em 2020, o longa marca a estreia de Clea DuVall na direção de um filme de estúdio e carrega forte influência autobiográfica. A cineasta se inspira em vivências pessoais para contar uma história que conversa diretamente com o público LGBTQIA+, mas que também toca qualquer espectador que já enfrentou o medo de não ser aceito pela própria família.

A trama acompanha Abby, interpretada por Kristen Stewart, uma mulher segura, determinada e profundamente apaixonada por sua namorada Harper, vivida por Mackenzie Davis. Decidida a dar um passo importante no relacionamento, Abby planeja pedir Harper em casamento durante a tradicional festa de Natal da família da companheira, acreditando que aquele seria o cenário perfeito para um momento inesquecível. No entanto, ao chegar à casa dos sogros, ela descobre que Harper nunca contou aos pais conservadores que é lésbica e que o relacionamento das duas permanece em segredo.

A revelação muda completamente o clima da viagem. O que deveria ser uma celebração se transforma em uma semana marcada por mentiras, silêncios constrangedores e situações desconfortáveis. O roteiro constrói esse conflito de forma gradual, equilibrando cenas de humor com momentos de forte carga emocional, mostrando como o medo da rejeição pode impactar escolhas e desgastar relações afetivas.

Kristen Stewart entrega uma atuação contida e sensível, dando profundidade a uma personagem que tenta manter a dignidade enquanto lida com frustrações e sentimentos de invisibilidade. Abby representa muitas pessoas que, em algum momento, precisaram esconder partes de si para se encaixar em ambientes familiares ou sociais. A atriz aposta em sutilezas, olhares e pausas que tornam sua personagem extremamente humana e fácil de se identificar.

Já Mackenzie Davis interpreta Harper como alguém dilacerada entre o amor que sente por Abby e o temor de decepcionar os pais. Criada em um lar conservador, ela construiu uma imagem perfeita para atender às expectativas familiares, mesmo que isso significasse negar sua própria identidade. Embora algumas atitudes da personagem possam gerar incômodo no público, o filme se preocupa em contextualizar suas escolhas, mostrando que o processo de se assumir nem sempre é simples ou imediato.

O elenco coadjuvante contribui de forma significativa para enriquecer a narrativa. Alison Brie se destaca como Sloane, a irmã de Harper, trazendo tensão e competitividade para a dinâmica familiar. Aubrey Plaza rouba a cena como Riley, uma antiga amiga que carrega suas próprias dores relacionadas à falta de aceitação. Dan Levy, no papel de John, melhor amigo de Abby, oferece leveza e carisma, funcionando como um apoio emocional fundamental e trazendo reflexões importantes sobre amor-próprio e limites nos relacionamentos.

Ambientado durante o Natal, o filme utiliza a data como um elemento simbólico, indo além da decoração e das tradições. A festividade aparece tanto como um momento de união quanto como um período de pressão emocional, no qual expectativas familiares ficam ainda mais evidentes. O roteiro propõe reflexões sobre até que ponto vale a pena esconder quem se é para manter aparências e destaca a importância do diálogo e da empatia nos processos de aceitação.

Para quem deseja assistir “Alguém Avisa?” fora da TV aberta, o filme também está disponível em diferentes plataformas digitais. No streaming por assinatura, a produção pode ser encontrada no Sony One, oferecendo acesso prático para quem já é assinante do serviço. Já no formato VOD, o longa pode ser alugado no Prime Video, com valores a partir de R$ 6,90.

Vale a pena assistir O Ritual? O filme de exorcismo que desafia sua fé e mexe com a sua mente

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Foto: Reprodução/ Internet

Filmes de exorcismo são como velhas orações: repetidos tantas vezes que, para funcionar, precisam ser ditos com algo novo na voz. O Ritual se propõe a fazer exatamente isso — revisitar um gênero saturado, mas com a promessa de trazer mais do que sustos fáceis. Dirigido por David Midell e estrelado por Al Pacino, Dan Stevens e Abigail Cowen, o longa parte de um caso real para explorar não apenas o sobrenatural, mas também o peso da dúvida, a fragilidade da fé e os limites da mente humana.

O filme leva o público a uma viagem intensa entre o sobrenatural e o psicológico. Inspirado em um caso real ocorrido em 1928, o longa acompanha Emma Schmidt, uma jovem de uma pequena cidade agrícola de Iowa que começa a apresentar sinais perturbadores: crises violentas, aversão a símbolos religiosos e a habilidade de falar idiomas que jamais estudou. Preocupada, sua família recorre à Igreja Católica, que designa o experiente padre Theophilus Riesinger e o jovem padre Joseph Steiger para ajudá-la. No isolamento de um convento, durante 23 dias de exorcismos, fé e dúvida se entrelaçam, revelando segredos sombrios e forçando todos os envolvidos a confrontar seus próprios limites.

O elenco do terror ainda conta com Ashley Greene como Irmã Rose, Patricia Heaton como a Madre Superiora, Patrick Fabian no papel de Bispo Edwards e María Camila Giraldo como Irmã Camila, cada um contribuindo para o retrato multifacetado da vida no convento.

Um caso que começou no interior dos Estados Unidos

A história é inspirada em eventos ocorridos em 1928, na cidade agrícola de Earling, Iowa. Emma Schmidt — interpretada com intensidade por Abigail Cowen — começou a apresentar comportamentos estranhos: falava idiomas que nunca estudou, tinha acessos de violência sem motivo, rejeitava qualquer símbolo sagrado e, segundo testemunhas, parecia conversar com “vozes” que não eram suas.

A família, profundamente religiosa, buscou ajuda na Igreja Católica. É assim que entram em cena dois padres com visões de mundo quase opostas: Theophilus Riesinger (Al Pacino), experiente, acostumado a rituais de exorcismo, e Joseph Steiger (Dan Stevens), jovem, cético e carregando traumas pessoais.

A dupla se encontra em um convento isolado, onde o ritual é conduzido ao longo de 23 dias. É um cenário perfeito para o terror: corredores estreitos, luz fraca, paredes que parecem absorver cada sussurro.

A dúvida como motor da narrativa

O diferencial do filme está no ritmo e na construção da história. Ao contrário de muitas produções do gênero, ele não joga o espectador de cara no caos demoníaco. O filme planta sementes de incerteza: será que Emma está realmente possuída, ou tudo não passa de um caso grave de distúrbio mental?

Cada nova cena reforça essa ambiguidade. Quando Emma grita em latim, isso pode ser interpretado como um sinal sobrenatural… ou como resultado de algum conhecimento inconsciente adquirido na infância. Quando ela demonstra força sobre-humana, é algo demoníaco… ou uma descarga extrema de adrenalina?

Essa abordagem faz com que a verdadeira “protagonista” seja a dúvida. O espectador é convidado a oscilar entre a ciência e a fé, sem saber em qual terreno está pisando.

O convento onde se passa a maior parte da trama é mais do que um cenário — é um personagem silencioso. Os corredores parecem estreitar à medida que a tensão aumenta. A luz das velas cria sombras que nunca estão quietas. O som de passos ecoa de forma quase imperceptível, fazendo o espectador se perguntar se há mais alguém ali.

Midell opta por um visual que flerta com o gótico: poucos elementos em cena, paleta de cores frias, e um jogo de luz e sombra que sugere mais do que mostra. Os efeitos especiais são sutis. Não há explosões visuais nem exageros de CGI. O terror nasce da sugestão, não da exposição.

Quando o terror tropeça

Nem tudo, no entanto, funciona. O maior deslize está na movimentação da câmera. Em várias cenas, principalmente nos momentos de maior tensão, o diretor usa uma câmera trêmula, tentando transmitir urgência e confusão. Mas o excesso dessa técnica prejudica a imersão e chega a provocar desconforto visual.

Além disso, o clímax do filme acaba cedendo a alguns clichês do gênero — olhos virando, vozes graves, levitações — que, embora bem executados, soam previsíveis. É como se, depois de construir algo diferenciado, o roteiro cedesse à pressão de entregar o que o público “espera” de um filme de possessão.

Vale a pena assistir?

A resposta depende do tipo de experiência que você procura.

Se a sua ideia de terror é baseada em sustos frequentes e efeitos exagerados, talvez o filme não seja o filme ideal. Ele exige paciência, atenção e disposição para lidar com incertezas.

Mas, se você aprecia histórias que exploram o lado psicológico do medo, que desafiam certezas e que se sustentam mais pela atmosfera do que pelo choque visual, O Ritual pode ser uma experiência recompensadora.

Justine Triet estreia na FILMICCA com A Batalha de Solferino, um retrato visceral entre o caos público e o drama pessoal

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta sexta-feira (07), a plataforma FILMICCA traz uma estreia que promete encantar os fãs do cinema francês contemporâneo: A Batalha de Solferino (2013), primeiro longa-metragem da premiada cineasta Justine Triet, vencedora do Oscar® de Melhor Roteiro Original por Anatomia de uma Queda (2023). Mais de uma década após seu lançamento, o filme retorna aos holofotes com a força de quem nunca perdeu atualidade — uma obra vibrante, caótica e profundamente humana, que já anunciava o talento arrebatador de sua diretora.

O nascimento de uma autora poderosa

Antes de se tornar um dos nomes mais comentados do cinema mundial, Justine Triet estreou atrás das câmeras com uma proposta ousada: filmar o caos da vida real sem filtros. Em A Batalha de Solferino, ela combina drama, humor e um toque documental para capturar a efervescência de um dia histórico na França — 6 de maio de 2012, data do segundo turno das eleições presidenciais que levaram François Hollande ao poder.

Triet aproveitou a atmosfera genuína das ruas de Paris tomadas por jornalistas, eleitores e manifestantes para construir um retrato de país em transformação. Mas o foco do filme não está na política, e sim em Laetitia, uma jornalista que tenta conciliar o trabalho em meio à multidão com a vida pessoal em ruínas.

Uma mulher entre o dever e o desespero

Interpretada pela talentosa Laetitia Dosch, a protagonista é uma repórter enviada para cobrir a movimentação do Partido Socialista no coração da capital francesa. Enquanto tenta manter a compostura profissional diante das câmeras, sua vida desaba fora do enquadramento: o ex-marido Vincent (vivido por Vincent Macaigne) aparece de surpresa, exigindo ver as filhas pequenas.

A partir daí, Triet transforma o filme num campo de batalha — não apenas político, mas emocional. De um lado, a mulher que precisa cumprir o trabalho; do outro, a mãe e ex-esposa que tenta impedir que o drama familiar invada o espaço público. Em meio a microfones, gritos e celulares tocando, a fronteira entre o íntimo e o coletivo se desfaz.

Filmado no calor dos acontecimentos

Um dos aspectos mais fascinantes de A Batalha de Solferino é o modo como foi produzido. Triet decidiu filmar as cenas durante o próprio dia das eleições, misturando atores, figurantes e cidadãos reais nas ruas tomadas pela euforia política. O resultado é um retrato de Paris em tempo real — vibrante, imprevisível e cheio de energia.

A câmera se move sem descanso, acompanhando Laetitia enquanto ela corre, tropeça, responde mensagens e tenta manter o controle em meio à multidão. Há algo de hipnótico em observar essa mulher sendo engolida pela própria rotina, cercada por câmeras e gritos, mas ainda assim tentando continuar. É o tipo de caos que só o cinema de Justine Triet consegue transformar em poesia.

Caos, humor e verdade

Triet tem uma habilidade rara de encontrar beleza na desordem. Seu olhar não julga os personagens — apenas os observa, com empatia e honestidade. Laetitia não é heroína nem vítima. Ela é humana: falha, cansada, contraditória. E é justamente essa humanidade que torna o filme tão poderoso.

Mesmo com um ritmo frenético, A Batalha de Solferino encontra espaço para momentos de humor e ternura. As discussões entre Laetitia e Vincent oscilam entre o trágico e o cômico, como se o filme nos lembrasse que a vida raramente cabe em um único tom.

Triet não suaviza o retrato da maternidade, tampouco idealiza a mulher moderna. Pelo contrário: mostra o peso da sobrecarga, o desespero silencioso e o cansaço físico e emocional de quem tenta fazer tudo ao mesmo tempo. É um filme que abraça o caos com afeto — e, por isso mesmo, emociona.

Reconhecimento internacional

Quando estreou na seção ACID do Festival de Cannes, A Batalha de Solferino foi imediatamente saudado pela crítica. O longa recebeu indicação ao Prêmio César de Melhor Primeiro Filme e foi incluído pela revista Cahiers du Cinéma entre os melhores títulos de 2013.

Esses reconhecimentos não foram apenas uma estreia promissora: foram o prenúncio de uma carreira brilhante. Em poucos anos, Justine Triet consolidou-se como uma das vozes mais originais do cinema francês, explorando as complexidades da vida urbana, das relações amorosas e da identidade feminina em filmes como Victoria (2016) e Sybil (2019), culminando com o sucesso mundial de Anatomia de uma Queda.

Zach Cregger abre o jogo: detalhes inéditos sobre o reboot original de Resident Evil

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Foto: Reprodução/ Internet

Para quem cresceu enfrentando zumbis e mistérios sombrios no universo de Resident Evil, a notícia de um novo filme da franquia costuma causar uma mistura de empolgação e um certo pé atrás. Afinal, as adaptações anteriores tiveram um caminho tortuoso, com elogios e críticas divididos, e um reboot recente, lançado em 2021, que não agradou muita gente — nem crítica nem público.

Mas a boa nova é que o diretor Zach Cregger, responsável pelo suspense com pitadas de humor do filme Noites Brutais, está à frente de uma nova versão de Resident Evil que promete uma pegada diferente: uma história original, autêntica, que busca trazer de volta o clima de tensão e terror que só os jogos conseguem oferecer.

Em uma entrevista recente ao The Hollywood Reporter, Cregger abriu o jogo e falou com sinceridade sobre seus planos. “Eu sou um fã antigo dos jogos”, disse. “Já joguei o quarto jogo tantas vezes que perdi a conta. E mais do que simplesmente replicar o que já existe, quero passar a sensação que os jogos trazem — o medo, o suspense, a adrenalina.”

Uma paixão de longa data, uma visão nova

O que chama atenção nas palavras de Cregger é a paixão genuína pelo material original. Diferente de muitos filmes que apenas tentam traduzir cenas em ação, ele quer capturar a essência da experiência de jogar Resident Evil. Isso significa um desafio e tanto: como passar para a tela uma sensação que se constrói no controle do jogador?

Para isso, ele e o roteirista Shay Hatten, que tem experiência em filmes de ação e suspense como Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, criaram um roteiro inédito. Não será uma adaptação fiel ponto a ponto dos jogos, nem uma repetição das histórias anteriores, mas sim um novo capítulo dentro desse universo.

“É um roteiro original. Uma história estranha, única. Quero que o público tenha uma experiência nova, sem se prender a versões antigas”, explicou o diretor. E isso é justamente o que muitos fãs esperam: inovação sem perder a alma da franquia.

O legado de Resident Evil

Para entender o tamanho do desafio, vale lembrar que Resident Evil é muito mais que um jogo ou um filme — é uma parte importante da cultura pop mundial. Criado em 1996 pela Capcom, com a visão de Shinji Mikami e Tokuro Fujiwara, o jogo original foi responsável por trazer o conceito de survival horror para um novo patamar.

Na época, a proposta era assustar de forma inteligente: ambientes sombrios, puzzles desafiadores e uma atmosfera carregada de mistério e medo. Mais do que isso, trouxe os zumbis de volta para a cultura popular, influenciando filmes, séries e outras mídias ao redor do mundo.

Ao longo dos anos, a franquia evoluiu em sua jogabilidade e narrativa, mesclando ação e horror, e se reinventando para agradar tanto os fãs antigos quanto uma nova geração. Com mais de 154 milhões de cópias vendidas, é o título mais bem-sucedido da Capcom e a série de jogos de terror mais vendida do mundo.

Uma história com altos e baixos

No cinema, a obra também tem uma história marcada por altos e baixos. Os primeiros filmes, iniciados em 2002, alcançaram sucesso comercial, especialmente por misturar ação com horror. No entanto, não agradaram muito os fãs mais puristas dos jogos, e foram criticados pela falta de fidelidade à mitologia da série.

O reboot de 2021, Resident Evil: Bem-vindo a Raccoon City, tentou se aproximar mais da origem dos jogos, mas não conseguiu conquistar a crítica nem o público. Com apenas 30% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma arrecadação de US$ 41,9 milhões, o filme passou longe de ser o sucesso esperado, deixando claro que o público quer mais do que simples nostalgia.

Por isso, o novo projeto de Cregger carrega uma grande responsabilidade — e também uma grande expectativa. A Constantin Film, que mantém os direitos da franquia desde os anos 90, junto com a PlayStation Productions, está apostando em uma abordagem mais moderna e, sobretudo, mais fiel ao espírito da franquia.

Por que esse reboot pode ser diferente?

Ao olhar para trás, fica claro que as adaptações anteriores tiveram dificuldades em encontrar um equilíbrio entre agradar fãs dos jogos e o público geral. Para muitos, o que faltava era justamente essa sensação de imersão, o medo palpável e a tensão constante que só o universo de Resident Evil pode oferecer.

Zach Cregger parece ter entendido esse ponto. Seu compromisso é criar uma experiência nova, mas que consiga transportar para o cinema a mesma sensação que sentimos ao jogar. “Não quero fazer uma cópia exata, mas uma história que seja autêntica para os fãs e para quem nunca jogou”, comentou.

Esse cuidado é essencial para revitalizar a franquia e abrir caminho para futuros projetos, sejam filmes, séries ou outras mídias. Afinal, Resident Evil é uma marca poderosa, mas que precisa se reinventar para não perder relevância em um mercado tão competitivo.

O que podemos esperar da estreia em 2026?

Com o lançamento previsto para 18 de setembro de 2026, o reboot do filme está na mira de todos que acompanham o universo do terror e dos games. Embora detalhes sobre elenco e enredo ainda sejam guardados a sete chaves, a promessa de uma história original e o envolvimento de profissionais que realmente entendem e amam o material são um sinal positivo. Além disso, a colaboração entre Constantin Film e PlayStation Productions deve garantir qualidade técnica e respeitabilidade, trazendo o melhor da produção audiovisual para esse projeto.

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