Adeus, Hawkins! Última temporada de Stranger Things tem teaser divulgado e datas confirmadas pela Netflix

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Foto: Divulgação/ Netflix

A Netflix anunciou nesta quarta-feira (16) o lançamento do teaser oficial da quinta e última temporada da série que se tornou um verdadeiro fenômeno cultural desde sua estreia em 2016. O desfecho tão aguardado de Stranger Things será dividido em três partes: o Volume 1 estreia em 26 de novembro, o Volume 2 chega em 25 de dezembro, e o episódio final será disponibilizado no dia 31 de dezembro, todos às 22h (horário de Brasília). Essa estratégia de lançamento fragmentado promete manter a expectativa dos fãs até o último minuto. Abaixo, confira o vídeo divulgado pela plataforma de streaming

O que esperar do desfecho? Hawkins no limite da sobrevivência

Ambientada no outono de 1987, a nova temporada retoma a história em Hawkins, ainda abalada pela abertura dos portais para o Mundo Invertido. Vecna, o antagonista que marcou a última fase da trama, desapareceu sem deixar rastros, enquanto o governo impõe quarentena militar na cidade. Onze, mais uma vez perseguida, precisa se esconder para proteger aqueles que ama. Com a proximidade do aniversário do desaparecimento de Will Byers, uma ameaça antiga retorna, preparando o terreno para a batalha final entre o bem e o mal.

Foto: Divulgação/ Netflix

Quem volta para o último capítulo?

O elenco, que cativou o público com interpretações memoráveis, retorna praticamente completo. Winona Ryder, conhecida por clássicos como Beetlejuice e Garota, Interrompida, dá vida novamente a Joyce Byers, enquanto David Harbour, visto em Hellboy e Black Widow, retorna como Jim Hopper. Millie Bobby Brown, estrela de Enola Holmes, segue como Onze, acompanhada por Finn Wolfhard (It: A Coisa), Gaten Matarazzo (Broadway), Caleb McLaughlin (The Lion King), Noah Schnapp (Waiting for Anya), Sadie Sink (Fear Street), Natalia Dyer (Velvet Buzzsaw), Charlie Heaton (The New Mutants), Joe Keery (Free Guy), Maya Hawke (Once Upon a Time in Hollywood), entre outros talentos que completam o time.

Impacto e legado: mais que uma série, um fenômeno

Além de impulsionar a nostalgia dos anos 80, a produção estadunidense também teve impacto cultural significativo, revivendo o interesse por itens da época como os waffles Eggo e a New Coke, e colocando a música “Running Up That Hill”, de Kate Bush, de volta ao topo das paradas após quase quatro décadas. Ao longo de sua trajetória, acumulou mais de 70 prêmios, incluindo Emmys® e o Screen Actors Guild Award de Melhor Elenco em Série Dramática, além de somar mais de 230 indicações, consolidando seu lugar na história do entretenimento.

Temporada final dividida em três volumes

A decisão de dividir a temporada final em três volumes, com episódios mais longos e uma narrativa que se assemelha a capítulos de um filme, indica uma ambição maior para encerrar essa saga. Os fãs podem esperar um desfecho repleto de emoções, respostas para os mistérios que permeiam a trama e o fortalecimento dos laços entre os personagens que cresceram e conquistaram gerações ao longo dos anos.

Capítulo final de Hawkin

O encerramento dessa jornada promete ser uma experiência única para quem acompanhou cada reviravolta e se emocionou com a coragem, a amizade e a resistência dos protagonistas. Hawkins está prestes a viver seu capítulo final — e o mundo todo estará de olho para ver como essa história lendária será concluída.

Rodrigo Sant’Anna e Flávia Reis prometem emoção e gargalhadas no Conversa com Bial desta quinta (17)

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta quinta-feira, 17 de julho, o Conversa com Bial abre espaço para uma dupla que domina a arte do riso com talento, verdade e generosidade: Rodrigo Sant’Anna e Flávia Reis. Em um bate-papo inédito que vai ao ar na TV Globo e no GNT, os dois humoristas compartilham histórias que ultrapassam os palcos e refletem sobre o impacto do humor na construção de suas trajetórias pessoais e profissionais.

Veteranos da comédia e amigos de longa data, Rodrigo e Flávia prometem emocionar o público com relatos de bastidores, memórias de superação e homenagens marcantes — em especial, a nomes como Paulo Gustavo e Maurício Sherman, figuras fundamentais na vida de ambos.

Do subúrbio ao estrelato: humor como ferramenta de ascensão

Rodrigo Sant’Anna, conhecido por personagens inesquecíveis como a Valéria do Zorra Total e atualmente no ar com Tô de Graça, no Multishow, relembra como o sucesso o surpreendeu de forma avassaladora. “Quando a Marília Gabriela me convidou para uma entrevista, eu entendi que aquilo era muito maior do que eu imaginava”, revela, em um dos trechos mais aguardados da conversa.

Ele também recorda o início da carreira no teatro, com a montagem de Os Suburbanos. “Era tudo feito na raça. A banda tocava ao vivo entre os esquetes e eu precisava pegar empréstimo com a minha mãe pra conseguir pagar a galera. Mas foi ali que tudo começou”, antecipa.

Flávia Reis: da palhaçaria hospitalar ao riso na televisão

A atriz e comediante Flávia Reis traz à tona uma visão delicada e profunda sobre o riso como acolhimento — especialmente em seu trabalho voluntário em hospitais. “No hospital, o limite do humor é o outro. Às vezes, o maior presente é só estar presente”, diz ela, em um dos momentos mais sensíveis do programa.

Além disso, Flávia compartilha os bastidores do convite de Maurício Sherman para integrar o Zorra, e também conta como Paulo Gustavo a impulsionou a criar a personagem Vanda da Van. “Ele disse: ‘Abre meu stand up com a Vanda’. Aquilo foi um divisor de águas pra mim”, revela.

Reconexão e identidade: o humor como espelho da vida

Tanto Rodrigo quanto Flávia falam sobre o desafio e a responsabilidade de fazer humor em um país com tantas realidades distintas. Rodrigo destaca a importância de se reconectar com as próprias raízes como forma de manter o humor autêntico. “Sempre que fico travado, volto pra minha infância. É onde tudo começa e tudo faz sentido”, diz.

Já Flávia destaca que o riso, quando nasce do afeto, é mais do que piada: é escuta. É presença. “Humor não é só fazer rir. É saber o que o outro precisa naquele momento.”

“Você Bem Melhor” deste sábado (19/07) exibe história emocionante de superação e alerta sobre sinais silenciosos do corpo

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Neste sábado, 19 de julho de 2025, às 16h, a TV Aparecida apresenta uma edição inédita do programa Você Bem Melhor que traz à tona um tema urgente e ainda pouco debatido com a profundidade que merece: como sintomas discretos podem ser a porta de entrada para diagnósticos mais sérios — e como o autoconhecimento pode salvar vidas.

Sob a condução do Dr. Rodrigo Gurgel, a atração dá voz à trajetória de Irati de Paula, convidada especial que compartilha sua experiência pessoal desde os primeiros sinais que pareciam inofensivos até a descoberta de uma condição de saúde que exigia atenção imediata.

Irati notou, ao longo de semanas, pequenas alterações: retração de pele na região das axilas, queda capilar persistente e unhas quebradiças. Em um primeiro momento, atribuiu tudo aos efeitos naturais da menopausa — uma etapa biológica que, muitas vezes, acaba por camuflar sintomas que poderiam acender alertas mais cedo.

No entanto, a insistência em ouvir o próprio corpo e buscar respostas a levou a uma bateria de exames, que revelou um diagnóstico mais complexo. Essa virada em sua jornada será o fio condutor do episódio, que convida o público a refletir sobre a importância da escuta corporal e da prevenção.

Para aprofundar a discussão, o programa contará com a presença do mastologista e ginecologista endócrino Dr. Matheus Galhardo. O especialista fará uma análise técnica do caso e orientará o público sobre os sinais menos óbvios de doenças relacionadas à saúde feminina, especialmente em fases hormonais de transição, como a menopausa.

“O corpo se comunica de forma precisa, mas muitas vezes ignoramos o que ele tenta dizer. Identificar essas pistas precocemente pode ser determinante entre um diagnóstico tardio e uma chance real de tratamento eficaz”, destaca Galhardo.

Além do depoimento e da análise clínica, o programa também exibirá o quadro interativo Plantão Saúde, espaço dedicado às dúvidas do público, com respostas ao vivo de profissionais da área médica. É uma oportunidade de tirar dúvidas diretamente com especialistas, tornando o conhecimento acessível, claro e confiável.

Com um formato que alia informação de qualidade, acolhimento e linguagem direta, Você Bem Melhor segue consolidando seu papel como referência em saúde e bem-estar na TV brasileira. A edição deste sábado, em especial, se destaca por transformar uma vivência real em ferramenta de conscientização — mostrando que prestar atenção aos sinais do corpo pode ser o primeiro passo para cuidar de si com responsabilidade.

“Retratos Femininos” visita pontos icônicos de São Paulo e recebe a psicóloga Pamela Magalhães em conversa inspiradora sobre saúde emocional

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Neste sábado, 19 de julho, às 13h, a TV Aparecida exibe uma edição exclusiva do Retratos Femininos, que destaca a trajetória da psicóloga e comunicadora Pamela Magalhães, em um passeio intimista por pontos históricos da capital paulista. Com condução de Abiane Souza, o episódio conecta a paisagem urbana de São Paulo ao percurso profissional de uma das vozes mais influentes na promoção da saúde emocional no Brasil.

Gravado entre a tradicional Estação da Luz e o emblemático Mercado Municipal, o programa utiliza a cidade como pano de fundo para uma conversa profunda sobre propósito, escuta terapêutica e o papel transformador da psicologia na vida cotidiana. A escolha dos cenários não é apenas estética — reflete a identidade multifacetada da própria convidada, que transita entre a clínica, a educação, os palcos e as redes sociais com fluidez e consistência.

Ao longo do episódio, Pamela revisita momentos-chave de sua formação e carreira, revelando como a vivência em contextos hospitalares contribuiu para desenvolver uma abordagem humanizada e centrada no vínculo com o paciente. A psicóloga compartilha, ainda, os desafios e aprendizados que marcaram sua expansão profissional para o campo do autoconhecimento em larga escala, através de cursos, palestras e iniciativas voltadas ao desenvolvimento pessoal.

Desde 2009, Pamela tem se dedicado a criar experiências formativas que unem embasamento técnico, empatia e linguagem acessível, dialogando com públicos diversos no Brasil e fora dele. Sua presença digital, que soma mais de três milhões de seguidores, é fruto de um trabalho estratégico de comunicação emocional, pautado pela escuta ativa e pelo incentivo à reflexão individual.

Além da atuação nas redes, a psicóloga também se destaca na mídia tradicional, com participações regulares em programas de rádio e TV, além da apresentação de um podcast de grande alcance, voltado às questões do comportamento humano e das emoções contemporâneas. É, ainda, autora de livros que figuram entre os mais vendidos do segmento de desenvolvimento pessoal.

Em um roteiro que mistura elementos biográficos, registros urbanos e reflexões sobre o bem-estar emocional, Retratos Femininos entrega ao público um conteúdo original, que vai além da entrevista convencional. Trata-se de um retrato construído com rigor jornalístico, sensibilidade visual e atenção ao protagonismo feminino.

“A Odisseia” acumula US$ 1,5 milhão em pré-venda, um ano antes do lançamento

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Foto: Reprodução/ Internet

Falta pouco menos de um ano para a tão aguardada estreia de “A Odisseia”, novo filme do aclamado diretor Christopher Nolan, mas o entusiasmo já é palpável. Mesmo com a produção ainda em fases finais e o lançamento marcado para 17 de julho de 2026, o longa-metragem tem movimentado as bilheterias norte-americanas com uma pré-venda de ingressos para sessões exclusivas em IMAX 70mm — formato de projeção que Nolan costuma privilegiar em seus projetos para entregar uma experiência visual e sonora única.

Em pouco mais de uma hora, os ingressos se esgotaram, resultando em vendas que ultrapassaram a marca de US$ 1,5 milhão. A procura foi tanta que, em seguida, os bilhetes passaram a ser revendidos em sites como o eBay por valores que chegaram a multiplicar até dez vezes o preço original. Esse cenário já revela muito sobre a expectativa do público para o filme, que aposta em um dos maiores mitos da literatura ocidental para trazer à tona uma narrativa atemporal de coragem, sacrifício e humanidade.

Um clássico que atravessa os séculos

O poema épico “A Odisseia”, atribuído ao poeta grego Homero, é um dos pilares da literatura ocidental. Ele serve como uma continuação da “Ilíada”, narrando a saga de Odisseu — ou Ulisses, em algumas traduções — um guerreiro e rei da ilha de Ítaca, que tenta voltar para casa após a Guerra de Troia. São dez anos de aventuras, desafios quase inimagináveis e encontros com seres míticos e deuses, todos encarados com uma determinação que reflete a complexidade do ser humano diante do desconhecido e do perigo.

Essa jornada é mais do que uma aventura heroica. Ela é uma metáfora sobre a resistência do espírito, a importância da esperança e da fidelidade. Na história, a esposa de Odisseu, Penélope, representa a espera e a paciência diante da incerteza. Enquanto isso, o deus dos mares, Poseidon, usa sua fúria para tentar impedir o retorno do herói, criando obstáculos que testam cada fibra de sua vontade.

Christopher revisita a mitologia com visão única

Depois do sucesso e do impacto crítico de “Oppenheimer” (2023), Christopher Nolan mergulhou de cabeça na escrita e produção de seu novo filme, dessa vez trazendo para o grande público uma das histórias mais antigas da humanidade, mas com sua assinatura inconfundível.

Além de dirigir, Nolan é o roteirista e coprodutor do longa, que tem como protagonista Matt Damon no papel de Odisseu. A escolha do ator não é casual: Damon já havia trabalhado com Nolan em filmes como “Interestelar” e “Oppenheimer”, e traz a experiência necessária para dar vida a um personagem tão multifacetado, que combina bravura, inteligência e vulnerabilidade.

Um elenco de peso para dar vida à mitologia

O filme ainda conta com um time de estrelas que promete deixar a narrativa ainda mais rica. Entre os nomes estão Tom Holland (conhecido por Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Uncharted e O Diabo de Cada Dia), que interpreta Telêmaco, o filho de Odisseu; Anne Hathaway (O Diabo Veste Prada, Interestelar, Os Miseráveis); Zendaya (Euphoria, Duna, Homem-Aranha: Sem Volta para Casa); Lupita Nyong’o (12 Anos de Escravidão, Pantera Negra, Nós); Robert Pattinson (Crepúsculo, Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, Tenet); Charlize Theron (Mad Max: Estrada da Fúria, Atômica, Monster), que vive a deusa e bruxa Circe; e Jon Bernthal (O Justiceiro, The Walking Dead, O Lobo de Wall Street).

Essa diversidade e força no elenco evidenciam a ambição do projeto, que busca trazer humanidade e profundidade até mesmo para as figuras mitológicas, explorando suas emoções, dilemas e conflitos.

Produção de escala global e tecnologia de ponta

As filmagens do filme começaram em fevereiro de 2025 e aconteceram em diversas locações ao redor do mundo, como Marrocos, Grécia, Itália, Escócia e Islândia. Cada cenário foi escolhido para refletir a grandiosidade e o exotismo da jornada de Odisseu, oferecendo ao público visuais impressionantes e autênticos.

O orçamento estimado em US$ 250 milhões faz deste o filme mais caro da carreira de Nolan até hoje. Outro diferencial tecnológico é o uso exclusivo de câmeras de filme IMAX, que não só garantem uma qualidade de imagem superior, mas também elevam a experiência cinematográfica a um patamar de imersão quase tátil. Para os fãs do diretor, essa é uma marca registrada, já vista em projetos como “Dunkirk” e “Interstellar”, e que sempre desperta grande expectativa.

A saga de Odisseu: entre monstros e deuses

A trama promete transportar o público para um mundo onde o real e o fantástico se entrelaçam. Odisseu enfrenta criaturas icônicas como o Ciclope Polifemo, seres sedutores como as Sereias, e desafios impostos pela própria Circe, a poderosa bruxa que pode tanto ajudar quanto ameaçar o herói.

Mais do que cenas de ação e efeitos visuais, o filme deve explorar temas universais — a luta pela sobrevivência, a importância da família, o preço do poder e da coragem, e a busca incessante por um lugar chamado lar.

O que esperar do lançamento

O anúncio da estreia oficial, para 17 de julho de 2026, gerou ainda mais burburinho nas redes sociais, fóruns de fãs e entre críticos especializados. A movimentação intensa na pré-venda de ingressos revela que, mesmo antes de chegar às telas, “A Odisseia” já conseguiu envolver e mobilizar uma legião de espectadores ansiosos para vivenciar essa releitura épica.

“No Céu da Pátria Nesse Instante” tem estreia marcada para os cinemas brasileiros

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Foto: Reprodução/ Internet

Quando a democracia de um país é posta à prova, os olhos do mundo e o coração da nação se voltam para o que acontece além dos holofotes, nas histórias que não costumam ganhar espaço nas manchetes. É exatamente esse espaço que a diretora Sandra Kogut invade em seu novo documentário No Céu da Pátria Nesse Instante, que estreia nos cinemas brasileiros em 14 de agosto. Mais do que um registro dos fatos, o filme é um mergulho na alma de um Brasil dividido, ansioso e em suspense, revelando o país de dentro para fora.

O Brasil que pulsa em cena

Estamos falando de um Brasil que viveu momentos únicos em sua história recente: os meses que antecederam e sucederam as eleições presidenciais de 2022, marcados por uma tensão crescente que culminou na invasão das sedes dos três poderes da República, no fatídico 8 de janeiro de 2023. Kogut não se propõe a narrar essa história como um manual ou um noticiário. Ela escolhe olhar para as pessoas — aquelas que viveram essa crise como angústia, como dúvida, como medo —, construindo um mosaico de emoções e pontos de vista que muitas vezes se ignoram, mas que juntos definem o pulso da nação.

Muitas vozes, uma nação

O que torna o documentário tão especial é essa pluralidade de olhares. A diretora não busca os protagonistas do debate político, mas as pessoas que estão na linha de frente da experiência cotidiana desse momento — personagens que habitam diferentes espectros ideológicos e sociais, cujas histórias revelam como a polarização não é apenas um conceito abstrato, mas uma realidade que afeta vidas, relações e esperanças.

Com um recorte delicado, Kogut mostra como essas realidades paralelas coexistem em tensão, às vezes em conflito, às vezes em incompreensão, mas sempre profundamente conectadas pelo destino comum de um país que busca se encontrar.

Além dos muros do Brasil

O alcance do filme extrapola as fronteiras nacionais. Depois de rodar importantes festivais mundo afora — de Málaga a Amsterdã, de Paris a Seul —, o documentário tocou plateias diversas que, embora distantes geograficamente, reconhecem nas imagens e nas histórias ali contadas os reflexos de suas próprias inquietações e desafios democráticos.

O reconhecimento veio em forma de prêmios no 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, incluindo Melhor Montagem e Prêmio Especial do Júri, reforçando a força e o impacto da obra.

Uma urgência contemporânea

Produzido por uma parceria que inclui Ocean Films, GloboNews, Globo Filmes, Canal Brasil e outras, e com distribuição da O2 Play em co-distribuição com a Lira Filmes, No Céu da Pátria Nesse Instante não é só um filme que fala do passado recente. É um chamado urgente para olhar o presente e pensar o futuro.

Com uma narrativa que pulsa entre o medo e a esperança, entre o caos e a busca por sentido, o documentário é um convite para que o público reflita sobre o que significa ser brasileiro numa época em que a democracia mostrou sua fragilidade, mas também sua capacidade de resistência.

Um convite para sentir e pensar

Neste momento tão delicado, onde tantas verdades disputam espaço e tantas narrativas tentam prevalecer, o filme nos convida a desacelerar, ouvir e enxergar o outro. É, acima de tudo, uma experiência humana — que nos faz sentir a complexidade de um país em crise, e a força da esperança que insiste em sobreviver, mesmo nos instantes mais sombrios.

Anna Toledo lança “Proibido” e inaugura uma nova fase artística marcada pela leveza e autenticidade

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No dia 18 de julho de 2025, a cantora, atriz e dramaturga Anna Toledo apresentou ao público seu mais novo trabalho: a faixa “Proibido”, que é também a canção-título do seu primeiro DVD gravado ao vivo. Esse lançamento marca um momento muito especial em sua carreira, uma virada que traz a potência da maturidade aliada à leveza de quem já conhece bem o próprio caminho artístico.

A produção audiovisual, realizada em Goiânia em abril deste ano, contém 13 faixas inéditas e é um projeto que revela, de forma vibrante e autêntica, o universo musical e emocional da artista. Mais do que um DVD, “Proibido” é um convite para que o público se conecte com a própria força interior, com o corpo, as emoções e a verdade que cada um carrega.

Uma música que é manifesto de autocuidado e liberdade

A faixa “Proibido” transita entre o ritmo dançante e a mensagem profunda de autocuidado. É uma música que celebra a festa e a liberdade, mas que também deixa claro um alerta delicado: é hora de desligar o celular, olhar para dentro, evitar recaídas emocionais. Em outras palavras, convida o ouvinte a se reconectar consigo mesmo e com o momento presente.

Anna explica que cada canção do DVD foi pensada como parte de uma narrativa emocional, e que “Proibido” fecha esse ciclo com uma mensagem poderosa, porém leve, sobre força interior e resistência. Sua voz, envolvente e cheia de nuances, reforça essa ideia de que a música pode ser um veículo para cura, autoconhecimento e celebração da vida, mesmo nos seus momentos mais delicados.

Uma produção que reflete autenticidade e contemporaneidade

O projeto musical e visual do DVD “Proibido” foi pensado para ser acessível, mas sem abrir mão da sofisticação que sempre caracterizou a trajetória da artista. Com produção musical de Marcelo Cheba e direção artística de Thiaguinho Lopes, o trabalho traz uma roupagem pop vibrante, que dialoga com as tendências atuais sem perder o toque pessoal de Anna.

Gravado ao vivo, o DVD reflete a energia de um encontro real com o público, com emoção verdadeira e interpretações que respiram a vida. As 13 faixas inéditas formam um repertório que funciona quase como um roteiro emocional, onde cada canção se conecta com a outra, compondo um mosaico de histórias, afetos e superações.

Uma trajetória multifacetada que se traduz em versatilidade

Para entender a importância desse momento na carreira de Toledo, é fundamental conhecer seu percurso, marcado pela multiplicidade de talentos e pela dedicação às artes. Nascida em Curitiba em 1970, Anna iniciou sua carreira no teatro musical ainda jovem, em 1988, e desde então construiu uma sólida trajetória em múltiplas linguagens artísticas.

Ela transitou com facilidade entre o teatro musical, a ópera, o jazz, a MPB e a música erudita, além de se destacar como dramaturga, autora de vários musicais, como Vingança, Nuvem de Lágrimas e Tarsila, a Brasileira. No teatro, Anna viveu personagens inesquecíveis em grandes produções, como O Fantasma da Ópera, My Fair Lady, Godspell, A Noviça Rebelde e Cabaret.

Na música, lançou discos autorais e projetos que exploram diferentes gêneros, indo do samba-canção ao jazz. Essa trajetória multifacetada explica a riqueza e a profundidade de sua interpretação no DVD “Proibido”, que representa, de certa forma, a soma de suas experiências acumuladas ao longo de décadas.

Uma nova fase que resgata a conexão direta com o público

Com este DVD, Anna escolheu se aproximar de uma sonoridade mais direta e contemporânea, que dialoga de maneira mais imediata com o público popular, sem perder a sofisticação que sempre permeou sua obra. Ela mesma afirma que “Proibido” representa uma nova fase em que se sente livre para dizer o que quer em cada letra, sem filtros, e para criar melodias que convidam tanto à escuta quanto ao movimento do corpo.

A canção-título funciona quase como um manifesto pessoal, no qual a artista, em sua maturidade, afirma saber o que precisa e o que não precisa — um convite para que seus ouvintes também reflitam sobre suas próprias escolhas e limites. Essa maturidade e clareza se traduzem em uma força serena, que não precisa de grandes artifícios para causar impacto.

A arte de transformar emoções em música

Anna, que já emocionou plateias com sua atuação em palcos teatrais, revela aqui uma faceta diferente: a da mulher que não tem medo de mostrar suas vulnerabilidades, que canta sobre quedas, levanta e segue adiante. A sinceridade da sua voz vem da experiência de vida e da entrega completa ao que interpreta.

O lançamento do DVD também é um reencontro com um público que a acompanha há anos, seja na música ou no teatro. Fãs que a conhecem do jazz e do samba-canção agora descobrem sua pulsação mais pop e atual, em um diálogo harmonioso entre todas as fases da sua carreira.

Repertório que emociona e convida ao movimento

Além das já conhecidas “Proibido” e “Tem o Molho”, o DVD traz outras canções que serão apresentadas ao público nas próximas semanas. O trabalho combina uma estética visual potente com uma energia contagiante, mas sem perder a sensibilidade que permeia cada composição.

Esse projeto nasceu no tempo certo, conforme destaca Anna. Ela poderia ter lançado algo semelhante anos atrás, mas reconhece que a maturidade artística e pessoal que tem hoje deu a consistência e a profundidade que o trabalho exige. É a certeza de quem sabe quem é, o que quer e para onde vai.

Resiliência e transformação: a marca de uma carreira

A cantora é um exemplo claro de que é possível reinventar-se sem perder a essência. Sua carreira, que atravessa várias décadas, linguagens e estilos, é marcada por uma entrega incansável à arte, pela busca constante de significado e pela coragem de se renovar.

“Proibido”, tanto como DVD quanto como canção, representa essa síntese de uma trajetória que valoriza o passado, mas olha para o futuro com esperança e criatividade. É um passo firme, que reforça o prazer de criar e de compartilhar arte com autenticidade.

Com o lançamento do DVD, Anna inicia uma nova temporada de sua carreira, marcada por uma sonoridade mais solar e dançante, mas sempre com o compromisso de entregar uma obra que emociona e faz pensar. O registro ao vivo é, portanto, muito mais que um lançamento — é um momento de transição e afirmação.

Preta Gil em cena: a Jornada da cantora além dos palcos, nas telas da TV e do cinema

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Foto: Reprodução/ Internet

Preta Gil sempre foi sinônimo de entrega. Sua voz potente, suas bandeiras pessoais e sua presença vibrante no palco também encontraram espaço nas telas da televisão e do cinema. Ao longo de sua carreira, mesmo sendo reconhecida nacionalmente como cantora, Preta ousou ampliar seus caminhos artísticos. Atuou em novelas, apareceu em séries, participou de filmes e documentários — quase sempre emprestando sua verdade, sua coragem e sua autenticidade a cada cena.

Mais do que interpretações pontuais, cada uma de suas participações carregava um traço de representatividade. Quando surgia nas novelas ou nos filmes, era sempre com a convicção de que corpos como o seu, vozes como a sua, e vivências como a sua também pertencem à dramaturgia brasileira. Era a Preta em sua essência: sem filtros, sem moldes e sem medo de ser múltipla.

A estreia nas novelas: Vanusa, a irmã irreverente

A estreia oficial de Preta Gil como atriz de novela aconteceu em 2003, no folhetim Agora É Que São Elas, da TV Globo. Ela interpretava Vanusa Silveira, uma personagem leve e divertida, irmã da protagonista Leonarda (vivida por Débora Falabella). Na trama, Preta encontrou espaço para atuar e cantar — uma combinação que lhe era muito natural. Foi sua primeira experiência como atriz em teledramaturgia, e uma confirmação de que seu carisma extrapolava os palcos.

Na época, Preta já estava se consolidando como cantora pop, após o lançamento de seu primeiro disco. Estar na novela foi mais do que uma vitrine: foi um gesto de afirmação. Era uma mulher real, fora dos padrões convencionais, conquistando espaço em horário nobre, com humor, humanidade e brilho.

Participações que deixaram marca nas novelas da Globo

Mesmo sem seguir carreira como atriz fixa de novelas, Preta deixou sua marca em várias tramas ao longo dos anos. Em Caminho das Índias (2009), por exemplo, ela apareceu como ela mesma em uma boate, em um dos episódios que celebrava a pluralidade cultural — tema central da novela de Glória Perez. A sua presença, ainda que rápida, trouxe alegria e autenticidade à cena.

Em 2012, foi a vez de Preta invadir o universo pop de Cheias de Charme. No auge do sucesso das “Empreguetes”, o trio fictício vivido por Taís Araújo, Isabelle Drummond e Leandra Leal, Preta fez uma participação especial, cantando e interagindo com as personagens. A conexão era natural — afinal, ela mesma sempre foi uma espécie de “empreguete da vida real”: mulher guerreira, popular, amada pelo público e cheia de swing.

Já na série Sexo e as Negas (2014), também de Falabella, Preta surgiu como uma aliada das protagonistas. Sua participação foi mais do que artística: foi política. Estar ali, em uma produção protagonizada por mulheres negras da periferia carioca, era reconhecer sua própria origem e reforçar sua luta pela representatividade.

No cinema: pequenos papéis, grandes presenças

No cinema, Preta Gil também deixou sua digital. Em 2005, apareceu como ela mesma no filme Mais Uma Vez Amor, de Rosane Svartman. Em uma das cenas românticas da trama, sua performance musical servia de pano de fundo para os sentimentos dos protagonistas, interpretados por Dan Stulbach e Juliana Paes.

Em 2006, participou do universo encantado de Xuxa Gêmeas, mais uma vez como ela mesma. A leveza da produção infantil combinava com o humor despretensioso de Preta, que surgia como presença especial, cheia de alegria. Já em A Guerra dos Rocha (2008), comédia dirigida por Jorge Fernando, ela fez uma breve, porém divertida, aparição — sempre com aquele brilho que preenche a tela, mesmo quando a cena é curta.

Anos depois, já em 2018, integrou o elenco de Coração de Cowboy, filme protagonizado por Gabriel Sater, em um papel que homenageava a música brasileira e sua fusão entre estilos. Novamente, foi ela mesma — porque, convenhamos, ninguém encarna Preta melhor do que a própria Preta.

Entre realities, séries e especiais musicais

Além das novelas e dos filmes, Preta foi figura constante em programas de auditório, talk shows e realities musicais. Em Mister Brau, série protagonizada por Taís Araújo e Lázaro Ramos, ela fez uma participação especial em um dos episódios, trazendo sua irreverência para o universo fictício da produção. Também apareceu em Vai Que Cola, sucesso do Multishow, em um episódio hilário que brincava com os exageros do mundo dos famosos.

Fora das atuações, esteve inúmeras vezes em programas como Altas Horas, Amor e Sexo, Encontro com Fátima Bernardes e Programa do Jô, sempre como uma voz ativa sobre temas como amor livre, bissexualidade, gordofobia e empoderamento feminino. Ela transformava entrevistas em atos de resistência — e palcos em trincheiras do afeto.

Um corpo político, uma presença artística

Preta nunca atuou apenas por atuar. Cada uma de suas aparições nas telas tinha um propósito — muitas vezes implícito, outras vezes escancarado. Representar uma mulher gorda, negra, livre e desbocada em espaços de destaque era, por si só, um ato revolucionário. Ela sabia disso. E usava esse espaço com responsabilidade, humor e ousadia.

Muitas mulheres se viram nela. Muitos jovens LGBTQIA+ encontraram consolo em sua liberdade. E muita gente começou a refletir sobre preconceitos ao vê-la dançando, rindo e vivendo nas novelas, séries e filmes.

Preta Gil era personagem da própria história — e também das nossas

Ao revisitar sua trajetória nas telas, fica claro: Preta Gil foi maior do que qualquer papel. Foi presença, foi afeto, foi coragem. Mesmo nos personagens coadjuvantes, ela ocupava tudo com verdade. E mesmo quando interpretava a si mesma, não era vaidade: era manifesto.

Preta não estava nas novelas apenas para fazer número. Estava para lembrar que outras histórias também merecem ser contadas. E que a arte, quando feita com o coração, atravessa qualquer limite de tela.

Eternamente Preta — na música, na TV, no cinema e na memória coletiva do Brasil.

Terror psicológico Keeper, do diretor de O Macaco, ganha trailer e promete suspense intenso

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Em um mundo em que o terror muitas vezes se traduz em gritos, sangue e sustos fáceis, há uma vertente mais silenciosa – porém não menos perturbadora – que vem conquistando espaço entre cinéfilos e críticos: o terror psicológico. E é exatamente nesse território que o aguardado Keeper fincou suas raízes. Com estreia confirmada para 14 de novembro de 2025 nos Estados Unidos, o novo filme dirigido por Osgood Perkins (O Macaco, Longlegs) promete uma experiência angustiante, claustrofóbica e emocionalmente carregada.

Estrelado por Tatiana Maslany – aclamada por sua atuação multifacetada em Orphan Black – e Rossif Sutherland, o longa teve seu primeiro trailer divulgado recentemente. A prévia, marcada por imagens densas, trilha inquietante e um clima de crescente tensão, já deixa claro que Keeper não pretende seguir fórmulas prontas. Ao invés disso, convida o público a mergulhar em um abismo emocional junto de sua protagonista.

Solidão, desconfiança e um mal invisível

A sinopse oficial é direta, mas carregada de possibilidades perturbadoras. o longa-metragem acompanha um casal, Liz (Tatiana Maslany) e Malcolm (Rossif Sutherland), que decide passar um fim de semana em uma cabana remota – uma escapada romântica, aparentemente inofensiva. Mas logo após a chegada, Malcolm precisa retornar à cidade de forma inesperada, deixando Liz sozinha. É nesse isolamento que as coisas começam a se desestruturar. As informações são do AdoroCinema.

Liz passa a sentir que algo não está certo na casa. Sons sem explicação, mudanças sutis no ambiente, sensações que não sabe se são reais ou fruto de sua mente. À medida que os dias se arrastam, ela começa a descobrir segredos horripilantes ligados ao local – e, talvez, ao próprio relacionamento que achava conhecer tão bem.

Trata-se de um enredo que parte de uma situação cotidiana para mergulhar em um horror íntimo, com fortes camadas emocionais e psicológicas. A cabana não é apenas um cenário, mas um reflexo da psique da protagonista – um espaço onde o medo, a solidão e a dúvida assumem formas concretas.

Tatiana Maslany: entrega e intensidade

O papel de Liz exige uma performance intensa, contida e sensível – características que Tatiana Maslany já demonstrou dominar em trabalhos anteriores. A atriz, vencedora do Emmy por Orphan Black, volta a explorar os limites da psique humana em um papel que depende quase exclusivamente de sua presença em tela.

Liz é uma mulher cercada por incertezas. Ela está sozinha, em um lugar desconhecido, com pistas sutis de que talvez esteja sendo observada. Maslany interpreta esse desconforto com olhar atento e gestos contidos, transmitindo a angústia crescente que se instala ao redor – e dentro – da personagem.

Ao escolher Maslany como protagonista, a produção aposta em um talento reconhecido por sua capacidade de nuance, e isso pode ser o grande trunfo emocional do filme. Liz não é apenas uma vítima do ambiente: ela é, ao mesmo tempo, sobrevivente, cúmplice e guardiã dos próprios traumas.

Osgood Perkins e o horror da sugestão

Filho de Anthony Perkins (o icônico Norman Bates de Psicose), Osgood Perkins vem desenvolvendo uma assinatura própria como diretor e roteirista. Seus filmes anteriores, como The Blackcoat’s Daughter e Longlegs, apostam em um terror de construção lenta, marcado por atmosferas densas, silêncio opressivo e simbolismos visuais.

Em Keeper, Perkins une esses elementos a um roteiro escrito por Nick Lepard, em sua estreia no cinema, para entregar uma obra que pretende incomodar mais do que chocar. Não espere gritos estridentes ou cenas explícitas: o verdadeiro horror aqui parece vir do que não se vê, do que se pressente – e do que se carrega internamente.

O diretor já declarou em entrevistas anteriores que está mais interessado em explorar o “desconforto constante” do que a adrenalina passageira. Com Keeper, ele busca criar uma experiência que continue reverberando na mente do espectador muito depois dos créditos finais.

Fotografia e som: aliados do suspense

Com direção de fotografia de Jeremy Cox, Keeper aposta em uma estética minimalista e opressiva. Ambientes frios, iluminação natural e sombras bem posicionadas criam uma sensação constante de vulnerabilidade. A cabana em que Liz se encontra sozinha não é apenas um lugar físico – ela se torna um personagem, uma entidade que parece observar e interagir com a protagonista.

A trilha sonora, mantida sob sigilo até o momento, também promete ser crucial. Se seguir o padrão dos filmes anteriores de Perkins, será marcada por sons ambientes distorcidos, silêncios incômodos e composições que mais sugerem do que descrevem. Tudo em Keeper parece ser pensado para criar uma sensação de desconforto prolongado, um mergulho lento em uma paranoia crescente.

Distribuição e expectativa global

Keeper foi apresentado ao mercado internacional durante o Festival de Cannes 2024, mais precisamente no Marché du Film, onde chamou atenção de distribuidores pelo mundo. A Neon, responsável por títulos como Titane e Memória, adquiriu os direitos para os Estados Unidos e também os direitos internacionais, apostando alto no potencial do longa. No Canadá, a distribuição ficará a cargo da Elevation Pictures.

Originalmente previsto para outubro, o lançamento foi adiado para novembro – uma decisão estratégica para posicionar o filme no outono americano, época em que produções mais artísticas e introspectivas costumam ter mais espaço e atenção.

No Brasil, a estreia ainda não foi confirmada, mas espera-se que, com a força da Neon no circuito internacional, Keeper chegue aos cinemas nacionais ou, ao menos, às principais plataformas de streaming em data próxima à estreia americana.


O terror do cotidiano

Há algo de universal e atemporal em histórias que tratam do isolamento. E Keeper parece explorar esse sentimento de forma simbólica e emocional. Em um mundo hiperconectado, a solidão ainda é um dos medos mais profundos – talvez mais que fantasmas ou monstros. Liz, deixada sozinha em um ambiente hostil e silencioso, vive a materialização desse pavor.

Dica no Reserva Imovision: “Você é o Universo” é um romance cósmico sobre solidão, amor e sobrevivência

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No meio de tantas estreias barulhentas, continuações de franquias e produções de bilheteria, existe um outro cinema que sussurra. Um cinema que fala com o coração apertado, com olhos úmidos e com a coragem de encarar o silêncio. “Você é o Universo” (U Are The Universe), dirigido por Pavlo Ostrikov, é exatamente isso: uma ficção científica que, sob a superfície de uma missão espacial, esconde uma profunda e tocante reflexão sobre o que significa ser humano — especialmente quando já não existe mais ninguém.

O longa de 2024 é uma co-produção entre Ucrânia e Bélgica, com 101 minutos de duração que parecem condensar não só os últimos suspiros da humanidade, mas também a última história de amor do universo.

Uma ficção científica de alma ucraniana

O filme nos transporta para um futuro não tão distante, mas claramente distópico. O protagonista, Andriy Melnyk, é um astronauta ucraniano encarregado de uma tarefa bastante simbólica: transportar lixo nuclear até Calisto, uma das luas de Júpiter. A solidão do personagem já é latente desde os primeiros minutos — ele não é um herói intergaláctico, nem um aventureiro destemido. Andriy é um homem comum, perdido em sua própria rotina mecânica, aprisionado dentro de um cargueiro que atravessa o espaço frio e indiferente.

E é justamente quando a Terra explode que a ficção científica de “Você é o Universo” atinge sua primeira curva emocional. O que poderia ser apenas mais uma jornada tecnológica se transforma num luto cósmico. Andriy não perdeu apenas seu planeta, mas também qualquer referência de lar, família, propósito.

É nesse contexto que ele capta uma transmissão vinda de uma estação espacial distante. Do outro lado da comunicação está Catherine, uma mulher francesa igualmente isolada — não apenas no espaço, mas também em seus próprios traumas e fragilidades. A conexão entre os dois, no início, é tênue, quase casual. Mas rapidamente cresce em intensidade e beleza. Porque quando o universo inteiro silencia, qualquer voz que escapa do vazio se torna indispensável.

Amor em tempos de extinção

Dizer que “Você é o Universo” é uma história de amor seria, ao mesmo tempo, uma simplificação e uma precisão. O que vemos se desenvolver entre Andriy e Catherine é mais do que um romance. É uma necessidade vital, uma âncora diante do colapso. Não há corpos que se tocam, não há encontros físicos. O amor aqui nasce da escuta, da troca de palavras, da esperança frágil de que, talvez, ainda valha a pena acreditar em algo — mesmo que esse algo seja tão etéreo quanto um sinal de rádio vindo do outro lado da galáxia.

O diretor Pavlo Ostrikov conduz essa aproximação com uma sensibilidade notável. Não há pressa, não há exageros. Tudo se constrói no tempo do silêncio, das hesitações, dos monólogos sussurrados para si mesmo. A relação dos dois se torna a própria resistência diante do absurdo — como se amar, mesmo sem garantias, fosse o último ato possível de humanidade.

Um espelho da nossa época

Embora situado no espaço e com uma premissa futurista, “Você é o Universo” reflete com potência o nosso presente. A solidão de Andriy é a solidão de tantos em meio à hiperconectividade. A perda da Terra ecoa o medo coletivo da crise climática, das guerras, da instabilidade global. E o desejo de encontrar alguém, mesmo quando tudo parece perdido, é o fio que nos une enquanto espécie.

É impossível assistir ao filme sem pensar na guerra que assola a Ucrânia desde 2022. A destruição literal do planeta no filme se torna uma metáfora para o colapso que tantas pessoas vivem em seu dia a dia. A dor da separação, da perda, da reconstrução incerta — tudo isso está ali, embutido nas camadas mais sutis da narrativa.

O longa, por isso, também é político. Não no sentido panfletário, mas no seu gesto de afirmar que vidas ucranianas (e, por extensão, de qualquer canto do mundo) têm valor, têm histórias, têm direito a amor — mesmo nos momentos mais extremos.

Um cinema que emociona pelo detalhe

Esteticamente, o filme opta por uma fotografia limpa, fria, com tonalidades metálicas que reforçam a sensação de isolamento. Os interiores do cargueiro onde Andriy vive são minimalistas, claustrofóbicos. A câmera, muitas vezes estática, captura a repetição dos gestos, o esvaziamento dos dias, o peso da espera.

Mas é nos pequenos detalhes que o filme floresce. Uma música antiga que toca no fundo. Um diário de bordo que se transforma em confissão. Um olhar perdido na tela de um monitor. Tudo isso compõe uma atmosfera delicada e profundamente tocante. Ostrikov entende que a ficção científica não precisa de explosões para emocionar — às vezes, basta uma única voz dizendo “estou aqui”.

A atuação de [ator de Andriy, não informado na sinopse] é contida, quase silenciosa, mas cheia de nuances. A voz, muitas vezes mais importante que a expressão facial, carrega o peso de um homem que viu o fim do mundo, mas ainda se permite esperar o recomeço.

Catherine: a luz no fim do espaço

A personagem de Catherine, interpretada por [atriz não informada na sinopse], é tão crucial quanto Andriy para o equilíbrio do filme. Ela representa o outro lado da existência — não menos solitário, mas talvez mais consciente do absurdo de tudo. Sua maneira de lidar com a situação é diferente, mais irônica, mais filosófica.

A química entre os dois se dá pela diferença de perspectivas. Catherine questiona, provoca, ri quando Andriy quer chorar. Ela o força a sair do piloto automático, a sentir. E, no fim das contas, talvez seja ela quem mais precisa ser ouvida, mesmo que não admita.

Festival de Toronto e reconhecimento internacional

“Você é o Universo” fez parte da seleção oficial do Festival Internacional de Cinema de Toronto, um dos mais prestigiados do mundo, e também do Festival de Cinema Europeu Imovision. Essa trajetória não é por acaso. O filme, apesar de sua origem modesta, tem uma força universal que dialoga com espectadores de diferentes culturas e gerações.

Ele pertence a uma linhagem de filmes de ficção científica intimistas, como “Moon” (2009), “Aniquilação” (2018), “O Primeiro Homem” (2018) e “Ela” (2013). Obras que usam o espaço não como espetáculo visual, mas como metáfora existencial. Em “Você é o Universo”, a pergunta não é “para onde vamos?”, mas “o que somos quando tudo acaba?”.

Para quem é esse filme?

Se você está em busca de um filme acelerado, cheio de reviravoltas e efeitos visuais explosivos, talvez “Você é o Universo” não seja sua primeira opção. Mas se você se interessa por histórias que tocam fundo, que exploram sentimentos humanos em situações-limite, esse filme é uma joia rara.

É um convite ao silêncio, à escuta, à contemplação. É um lembrete de que, mesmo no vazio do espaço, o amor pode ser o último planeta habitável.

Onde assistir?

“Você é o Universo” está disponível na plataforma Reserva Imovision, especializada em cinema autoral, europeu e independente. Se você ainda não conhece, vale explorar o catálogo — é um verdadeiro tesouro para quem busca experiências cinematográficas fora do eixo hollywoodiano.

O longa tem classificação indicativa de 14 anos, por conter linguagem imprópria, temas sensíveis e cenas de violência. Nada gráfico ou gratuito, mas ainda assim importante para o contexto emocional da trama.

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