Novo pôster de A Hora do Mal intensifica o mistério do terror dirigido por Zach Cregger

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Foto: Reprodução/ Internet

Quatro imagens. Nenhuma explicação. Um desconforto crescente. O pôster recém-divulgado de A Hora do Mal, novo terror psicológico dirigido por Zach Cregger (Noites Brutais), chega como um convite à inquietação. Nada de frases de impacto ou rostos assustadores. Apenas quatro quadros misteriosos: uma criança correndo, um sino marcado com o número 6, uma lata de sopa e uma planta em um pequeno vaso. Elementos cotidianos, mas que, organizados dessa forma, assumem um significado inquietante. Abaixo, confira a imagem:

O longa, que estreia no Brasil no dia 7 de agosto, mergulha em um desaparecimento coletivo sem precedentes: 17 crianças de uma mesma sala de aula saem de casa, sozinhas, durante a madrugada. Elas somem sem deixar rastros, sem sinais de violência, sem explicações. Apenas uma criança permanece. E seu silêncio é tão perturbador quanto os quadros no pôster.

Estrelado por Josh Brolin (Onde os Fracos Não Têm Vez, Duna) e Julia Garner (Ozark, Inventando Anna), o filme também conta com Alden Ehrenreich (Han Solo: Uma História Star Wars, Oppenheimer) no elenco. Mas, assim como o cartaz, a sinopse também guarda segredos. O que esses símbolos representam? Estariam conectados ao que realmente aconteceu naquela noite?

O simbolismo como prenúncio

Cada imagem do pôster parece carregar uma camada de tensão silenciosa. A criança correndo — estaria fugindo de algo? O sino com o número 6 — seria um sinal, uma contagem, um chamado? A lata de sopa — uma lembrança doméstica da rotina interrompida? E a planta no jarro — o que ainda sobrevive após a ausência?

Mais do que pistas, esses elementos evocam sensações. Em vez de entregar o mistério, o material promocional cultiva um clima de desconforto sutil, onde tudo parece fora de lugar. É essa abordagem que distingue A Hora do Mal de outras produções do gênero. Zach Cregger, que já demonstrou habilidade para trabalhar o insólito em Noites Brutais (2022), volta a apostar no estranhamento como força narrativa.

O terror da ausência

A maior força do filme, ao que tudo indica, não está no que é mostrado, mas no que é escondido. O desaparecimento das crianças mexe com medos universais: o medo da perda, da impotência, do desconhecido. Pais e autoridades se veem diante de um quebra-cabeça sem lógica, onde cada peça — ou símbolo — parece mais uma provocação do que uma resposta.

Cregger, que tem se consolidado como uma das vozes mais autorais do terror recente, parece querer mais do que assustar. Ele quer perturbar. E para isso, usa o silêncio, o simbolismo e o absurdo como principais aliados.

Uma estreia cercada de expectativa

Em tempos em que o horror tem se reinventado com narrativas mais emocionais e atmosféricas, A Hora do Mal surge como um dos lançamentos mais aguardados de 2025. A combinação de elenco talentoso, direção instigante e uma campanha de divulgação misteriosa desperta interesse não apenas entre os fãs do gênero, mas também entre os amantes de cinema que buscam experiências diferentes.

Joelma e Zaynara levam o Pará ao centro do palco do Conversa com Bial desta sexta (18/07)

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Foto: Globo/ Daniela Toviansky

Nesta sexta-feira, 19 de julho de 2025, o programa Conversa com Bial recebe duas representantes de diferentes gerações da música paraense: Joelma, ícone do calypso e da música popular brasileira, e Zaynara, jovem revelação que vem se destacando com o beat melody, nova vertente derivada do brega eletrônico. O encontro será exibido às 23h45 no GNT e, em seguida, na TV Globo, após o Jornal da Globo.

A conversa conduzida por Pedro Bial traz reflexões sobre identidade, inovação musical e os bastidores da colaboração entre as artistas no single “Aquele Alguém”, lançado recentemente. A faixa, resgatada do repertório de Joelma, ganhou nova roupagem com a produção de Zaynara, reunindo elementos tradicionais e modernos em uma mesma narrativa sonora.

Durante o bate-papo, Joelma relembra momentos marcantes da carreira solo e revela detalhes sobre o sucesso inesperado de “Tacacá”, música que se tornou um dos grandes hits de sua discografia após viralizar nas redes sociais. “Quando lancei meu álbum solo, essa não era a música de trabalho. Mas sempre pediam para eu cantar ‘Tacacá’. E, dois anos depois, ela explodiu na internet”, conta.

Sobre o convite para gravar com Zaynara, a artista destaca a originalidade da nova geração: “Ela representa o Pará de hoje, com personalidade e respeito à raiz. Quando ouvi o trabalho dela, percebi o quanto era autêntico. Não imita ninguém, e isso é raro”.

Zaynara, por sua vez, apresenta ao público o beat melody, estilo que vem ganhando força entre os jovens artistas do Norte. A sonoridade, segundo a cantora, é resultado da fusão entre o brega paraense e referências do pop eletrônico. “Acelerando o brega, temos o calypso. Mais acelerado ainda, o tecnobrega. E depois, o beat melody. É uma evolução natural da nossa música”, explica.

A artista também detalha o processo criativo por trás do estilo: “Desenvolvemos um kit de bateria específico no estúdio. É uma batida construída com experimentação, mas sem perder o DNA do Pará”.

O episódio reforça o papel da música como vetor de identidade e valorização regional. Ao unir suas trajetórias em um mesmo palco, Joelma e Zaynara colocam em evidência a força da cultura paraense e a capacidade do Norte de renovar sua linguagem musical sem romper com suas raízes.

“Fada Madrinha” na “Sessão da Tarde” desta sexta (25/07): comédia encantadora para toda a família

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Nesta sexta-feira, 25 de julho, a TV Globo traz na Sessão da Tarde um filme capaz de encantar públicos de todas as idades: “Fada Madrinha” (Godmothered), uma comédia de fantasia leve, divertida e cheia de coração, que resgata o espírito dos clássicos contos de fada, mas com uma abordagem moderna e cheia de humor.

Dirigido por Sharon Maguire, famosa pelo sucesso de O Diário de Bridget Jones, e estrelado por Jillian Bell e Isla Fisher, o longa foi lançado originalmente em 2020 pela Walt Disney Pictures, tornando-se rapidamente uma opção querida para quem busca entretenimento com alma e boas mensagens.

Uma fada madrinha diferente

Ao contrário do que muitos esperam das tradicionais histórias de contos de fadas, Fada Madrinha não mostra uma protagonista perfeita e toda poderosa. Eleanor (Jillian Bell) é uma fada madrinha em treinamento, cheia de dúvidas e incertezas, preocupada com a possível extinção de sua profissão diante de um mundo cada vez mais cético e racional.

O filme começa com Eleanor encontrando uma carta de socorro escrita por uma menina de 10 anos chamada Mackenzie. Movida pela esperança e pelo instinto protetor, ela decide ir atrás da jovem para ajudá-la — mas descobre que a garota, na verdade, já é uma mulher adulta de 40 anos, viúva e com uma vida muito diferente da que ela imaginava.

Essa premissa simples e encantadora é o fio condutor para uma narrativa que fala sobre sonhos, decepções, família e a eterna busca por um pouco de magia em nossas vidas cotidianas.

O elenco e suas personagens

Jillian Bell, conhecida por seus papéis cômicos em filmes como 22 Jump Street e séries como Workaholics, traz para Eleanor uma mistura perfeita de ingenuidade, energia e vulnerabilidade. Sua interpretação rende momentos hilários, mas também surpreende na profundidade emocional que transmite, fazendo com que o público torça por sua fada madrinha inexperiente.

Isla Fisher, por sua vez, interpreta Mackenzie, a mulher que abandonou os sonhos de infância para viver uma realidade dura, marcada pela perda do marido. Fisher constrói uma personagem complexa, que transita entre a descrença e a vontade de se reaproximar da esperança, criando um contraste interessante com a energia positiva de Eleanor.

Além delas, o elenco conta com nomes respeitados, como Jane Curtin (no papel de Moira, uma fada madrinha experiente e cética), June Squibb, e Mary Elizabeth Ellis, que ajudam a construir um universo fantasioso, mas cheio de humor e ironia.

A direção e roteiro: humor que fala ao coração

Sob o comando de Sharon Maguire, Fada Madrinha consegue equilibrar perfeitamente momentos cômicos com passagens emocionantes. O roteiro, assinado por Kari Granlund e Melissa Stack, brinca com as convenções dos contos de fada tradicionais — as fadas são mais atrapalhadas que mágicas, os finais felizes são complicados e a magia nem sempre resolve tudo como se espera.

A história é uma reflexão sutil sobre a dificuldade de manter a fé em algo intangível, como esperança ou sonhos, em uma era dominada pela tecnologia e pragmatismo. Isso fica claro na trajetória de Mackenzie, que abandonou suas fantasias de menina para encarar uma vida adulta cheia de responsabilidades e perdas.

Ao mesmo tempo, o filme não perde o tom otimista e leve, celebrando a ideia de que, mesmo que as coisas não sejam perfeitas, a magia está na maneira como escolhemos encarar a vida.

Produção, lançamento e recepção

Produzido pela Walt Disney Pictures em parceria com a Secret Machine Entertainment, as filmagens de Fada Madrinha aconteceram em Boston, começando em janeiro de 2020, pouco antes da pandemia mudar os rumos do cinema mundial.

Lançado diretamente no streaming pela Disney+ em dezembro de 2020, o filme conquistou um público fiel, especialmente entre famílias e fãs de comédias fantasiosas. No site Rotten Tomatoes, obteve 70% de críticas positivas, com muitos elogiando seu humor inteligente e abordagem contemporânea dos contos de fada.

Apesar de algumas críticas apontarem a falta de “magia verdadeira” comparada a clássicos do gênero, o consenso geral é que o filme tem uma autenticidade cativante e uma mensagem sincera sobre esperança e recomeço.

Dublagem brasileira: um cuidado especial

Para a versão brasileira exibida na Sessão da Tarde, a dublagem foi realizada com vozes de artistas renomados, como Patrícia Scalvi, Priscilla Concepcion e Sylvia Salustti, que garantem a qualidade e o charme do filme para o público local. A adaptação dos diálogos mantém o humor e a leveza, respeitando a essência dos personagens e tornando a experiência ainda mais agradável para as crianças e adultos que assistem em família.

Marcelo Mansfield relembra trajetória no humor e anuncia peça comemorativa no programa “Companhia Certa” desta segunda (28/07)

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Foto: Reprodução/ Internet

Sabe aquele cara que você talvez não lembre o nome de primeira, mas assim que ele aparece na tela você pensa “pô, esse aí marcou minha infância”? Pois é. Esse cara é Marcelo Mansfield, e ele vai estar na madrugada desta segunda-feira, 28 de julho de 2025, a partir da meia-noite, batendo um papo dos bons com Ronnie Von, no programa “Companhia Certa”, da RedeTV!.

Com quase quatro décadas de carreira, Mansfield é uma daquelas figuras que seguram a marra do riso sem forçar a barra. Ele transita do teatro à TV com a mesma naturalidade com que muda de personagem no palco. E agora, num momento pra lá de especial, ele anuncia um novo espetáculo solo, “O Show do Mansfield”, que estreia em agosto, em São Paulo, pra celebrar suas quatro décadas de estrada.

Mas não espere uma entrevista certinha, com roteiro fechado e frases prontas. O que vai ao ar é mais parecido com uma conversa de bar entre dois amigos que se admiram de verdade — recheada de lembranças, piadas e até uns desabafos sobre a arte de fazer humor no Brasil.

Quem é esse tal de Mansfield?

Se você cresceu nos anos 90 e assistia TV Cultura, é bem provável que tenha visto um sujeito de jaleco, meio doido e totalmente carismático chamado Dr. Barbatana, no programa “Rá-Tim-Bum”. Adivinha quem era? Sim, ele mesmo, Marcelo Mansfield.

Mas a história dele vai muito além disso. O cara foi um dos primeiros a apostar no tal do stand-up comedy por aqui, quando ainda era novidade e ninguém entendia direito o formato. Lá por 2005, ele fundou o Clube da Comédia Stand-Up, e trouxe junto uma galera que depois ficou gigante, tipo Danilo Gentili, Oscar Filho e Marcelo Adnet.

“Eu só queria rir das coisas e fazer os outros rirem também”, conta Mansfield durante o programa. E não é modéstia. A verdade é que ele ajudou a desenhar um novo jeito de fazer humor no país — mais direto, mais cru, mais verdadeiro.

Dos palcos ao sofá da sala

Se você ainda acha que não conhece Mansfield, talvez tenha cruzado com outro personagem icônico dele: o impagável “Seu Merda”, figura ácida, debochada e um tanto revoltada, nascida no projeto “Terça Insana” e que depois foi parar no “Agora É Tarde”, da Band. Politicamente incorreto no melhor dos sentidos, o personagem fazia graça justamente por ser um retrato do absurdo da sociedade.

Mansfield sempre teve essa pegada: humor com conteúdo, com um pé no teatro e outro no cotidiano. Ele não tem medo de cutucar a ferida, mas faz isso com tanta inteligência que até quem se sente atingido, ri. E isso, convenhamos, é uma arte.

O novo espetáculo: Mansfield por ele mesmo

E é justamente isso que ele traz de volta com “O Show do Mansfield”. A peça não é só um show de stand-up, nem uma coletânea de personagens — é quase uma autobiografia cômica no palco, onde ele revisita momentos marcantes, personagens inesquecíveis e situações bizarras da vida de um artista brasileiro que nunca quis ser celebridade, mas acabou virando referência.

“É como se eu estivesse abrindo meu baú de memórias e deixando o público brincar com tudo”, brinca Mansfield. E esse “baú” vem cheio: tem história de bastidores, cenas de teatro, trechos da infância, encontros e desencontros com a fama, reflexões sobre a TV e, claro, aquelas piadas que só quem viveu o palco entende.

Para quem já acompanhava, é um reencontro. Para quem não conhece, é um convite. E para quem ama comédia com alma, é um prato cheio.

O começo da caminhada: de Boston a Barbatana

Nem todo mundo sabe, mas a carreira artística de Mansfield começou longe do Brasil. Nos anos 80, ele morou nos Estados Unidos, passou por Boston e Los Angeles, participou de grupos de teatro, estudou sitcoms e absorveu muito da comédia americana — o que, mais tarde, moldou sua visão sobre o stand-up.

Quando voltou ao Brasil, ele já era um artista com pegada internacional, mas com alma paulistana. Entrou para o grupo Harpias, fez teatro alternativo, criou e apresentou programas de humor na TV Gazeta, foi roteirista de filme cult, escreveu colunas em jornais, e ainda arrumou tempo pra fazer mais de 500 comerciais de TV.

E mesmo com esse currículo de fazer inveja, ele nunca perdeu o jeito simples e o olhar aguçado pra vida. “Acho que só continuei porque me diverti fazendo tudo isso. Se não fosse pra rir, nem teria graça”, ele diz.

Humor, coração e crítica

Durante o papo com Ronnie Von, Mansfield deixa claro que nunca viu o humor só como “entretenimento por entretenimento”. Pra ele, rir também é resistir, é pensar, é se conectar com o outro. “A piada pode te derrubar, mas também pode te levantar”, filosofa.

Essa sensibilidade atravessa toda a conversa. Entre risadas e histórias, ele fala dos amigos que fez (e perdeu), dos perrengues da profissão, da relação com o público e da importância de continuar criando, mesmo depois de tanto tempo de estrada.

“Eu nunca quis ser o mais famoso, só queria continuar sendo eu mesmo. Se isso tocou alguém, então valeu a pena”, resume Mansfield, num dos momentos mais sinceros da entrevista.

Cliff Booth volta à ação! Spin-off de “Era Uma Vez em… Hollywood” com Brad Pitt já está em produção

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Foto: Reprodução/ Internet

Foi sob o sol ardente de Los Angeles, em pleno verão americano, que começaram oficialmente as filmagens de “The Adventures of Cliff Booth”, o aguardado derivado de Era Uma Vez em… Hollywood, filme que conquistou a crítica e o público em 2019. A produção marca o retorno de Brad Pitt ao papel que lhe rendeu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante — o dublê misterioso, fiel e perigosamente carismático Cliff Booth. As informações são do World of Reel.

O novo longa-metragem é dirigido por David Fincher, cineasta conhecido por obras densas e psicológicas como Clube da Luta, Zodíaco e Garota Exemplar. Já o roteiro — afiando facas na interseção entre a nostalgia e a brutalidade — fica por conta de ninguém menos que Quentin Tarantino, o mesmo responsável por criar o universo original, repleto de referências cinéfilas, violência estilizada e devaneios históricos.

Mas desta vez, Tarantino não está na cadeira de diretor. Ele entrega as rédeas visuais a Fincher — um gesto raro, simbólico e ousado. Uma mudança que, por si só, torna esse projeto algo maior do que um simples spin-off. É, de fato, uma segunda era em Hollywood.

Cliff Booth sob nova ótica

Longe de ser um herói tradicional, Cliff Booth é um daqueles personagens que, mesmo com poucas palavras, diz muito. No filme original, ele orbitava ao redor de Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) — ator em decadência, preso entre o glamour e o fracasso — e era visto como seu braço direito, motorista, dublê e… talvez algo mais sombrio.

Agora, Booth se torna protagonista de sua própria história, o que levanta uma pergunta inevitável: quem é esse homem, de verdade?

O novo filme nos leva ao fim dos anos 70, quase uma década depois dos eventos do primeiro longa. Cliff, agora mais velho, já não vive nas sombras de outro homem. Seu novo papel dentro da indústria cinematográfica é o de “faz-tudo” de estúdio — um tipo de solucionador de problemas que opera entre bastidores, subornos, segredos e talvez cadáveres.

Com a assinatura fria, calculada e meticulosa de David Fincher, o filme promete um mergulho psicológico e existencial em Cliff. Um homem marcado pela guerra, pelos silêncios, pelas violências internas e externas. E isso tudo sob o pano de fundo de uma Hollywood em transição: saem os westerns, entram os blockbusters; saem os galãs clássicos, entram os anti-heróis.

Uma parceria rara e promissora

É difícil imaginar uma colaboração entre dois diretores tão autorais quanto Tarantino e Fincher. De um lado, a anarquia estética e narrativa de Tarantino. Do outro, a precisão cirúrgica e o controle de Fincher. O que uniu esses dois? Brad Pitt.

Segundo fontes próximas à produção, foi o próprio ator que sugeriu Fincher como diretor — proposta que Tarantino, surpreendentemente, aceitou. Os três têm histórias entrelaçadas: Pitt estrelou Clube da Luta e O Curioso Caso de Benjamin Button sob direção de Fincher e, ao mesmo tempo, brilhou sob a batuta de Tarantino em Bastardos Inglórios e Era Uma Vez em… Hollywood.

Essa espécie de “triângulo criativo” pode ser a chave para uma narrativa que combine o existencialismo soturno de Fincher com a metalinguagem afiada de Tarantino.

Elenco de peso, mistério na trama

Além de Brad Pitt, o elenco confirmado até agora é recheado de nomes fortes:

  • Carla Gugino, sempre intensa em suas performances, dá um ar de mistério a sua personagem, ainda não revelada.
  • Elizabeth Debicki, estrela de The Crown e Tenet, entra como uma figura intrigante no mundo das celebridades setentistas.
  • Yahya Abdul-Mateen II, conhecido por Watchmen e Aquaman, promete ser um contraponto físico e moral ao protagonista.
  • Scott Caan, com seu estilo rebelde e carismático, também se junta ao elenco.
  • E há rumores persistentes de uma participação especial de Leonardo DiCaprio, ainda que não confirmada oficialmente.

A trama, mantida sob sigilo, gira em torno da atuação de Booth como “homem de confiança” dos grandes estúdios — alguém que apaga incêndios antes que cheguem à imprensa. Ele negocia com chantagistas, ameaça jornalistas, manipula situações para proteger astros e diretores. Uma espécie de detetive silencioso, mas com os métodos pouco convencionais que só Cliff Booth poderia ter.

O cenário: um novo jogo em Hollywood

A Hollywood dos anos 60 — retratada com tanto esmero por Tarantino no primeiro filme — já não existe. Em seu lugar, surge um novo cenário: pós-Vietnã, auge da cocaína, pré-explosão dos blockbusters, início do cinema autoral norte-americano e de movimentos feministas mais ativos. A estética muda. As ambições também.

Nesse mundo, Cliff Booth se sente deslocado, mas ainda é necessário. E é aí que o filme se debruça: como sobreviver quando seu tempo parece ter passado? O personagem se vê em conflitos morais, entre lealdade e autopreservação, entre o velho código de honra e o cinismo moderno da indústria.

Os rumores sugerem que o roteiro não seguirá uma estrutura tradicional. Como o primeiro filme, haverá passagens oníricas, sequências que desafiam a lógica linear e até inserções de trechos “fictícios” — filmes dentro do filme, programas de TV da época, comerciais falsos.

Brad Pitt: no auge do controle

Aos 61 anos, Brad Pitt parece mais à vontade do que nunca para escolher projetos que desafiem seu próprio legado. E The Adventures of Cliff Booth é exatamente isso: um retorno às raízes, mas também uma ruptura.

Em entrevistas recentes, o ator tem falado com naturalidade sobre a ideia de envelhecer em cena, de interpretar personagens mais introspectivos, menos impulsivos. Booth, nesse sentido, representa uma síntese: a violência do passado em confronto com a melancolia do presente.

O personagem carrega culpas e fantasmas — algo que o público sentiu, mas nunca entendeu completamente no primeiro filme. Agora, o véu será levantado.

Uma carta de amor (e raiva) à indústria

Se no primeiro longa Tarantino entregou uma carta de amor aos estúdios, ao cinema clássico e à Los Angeles da sua juventude, agora é possível que vejamos a carta de despedida. Ou melhor: a resposta amarga e crítica ao que sobrou daquilo tudo.

Fincher, com sua lente menos nostálgica e mais analítica, deve construir uma obra mais seca, mais cruel — mas igualmente fascinante. E Tarantino, ao não dirigir, mas ainda escrever, mostra que confia na força da palavra mais do que nunca.

Lançamento e expectativas

Com filmagens iniciadas no final de julho de 2025, a previsão de estreia gira em torno do início de 2026, com lançamento mundial nos cinemas seguido de exibição na Netflix, que adquiriu os direitos de distribuição global.

O orçamento, segundo estimativas da imprensa americana, ultrapassa os US$ 100 milhões, impulsionado por incentivos fiscais da Califórnia e pelo apelo do elenco estrelado.

E a expectativa do público? Alta. Muito alta. O primeiro filme faturou mais de US$ 374 milhões mundialmente, além de ter recebido 10 indicações ao Oscar, vencendo três. Para os fãs, este novo capítulo representa não apenas uma continuação, mas um novo gênero dentro de um mesmo universo.

Frank Grillo entra em cena em “Pacificador” com sinceridade, suor e bom humor: “Fui um guerreiro”

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Quando você pensa em Frank Grillo, a última coisa que vem à mente é uma coreografia sincronizada ao som de glam rock dos anos 80. A gente imagina o cara socando vilões, perseguindo bandidos, explodindo coisas e mantendo o olhar sério em cenas de ação, não girando os bracinhos em ritmo de música. Mas foi exatamente isso que aconteceu — ou quase — nos bastidores da segunda temporada de “Pacificador“, a série da DC que conseguiu o improvável: fazer todo mundo se importar com um herói babaca, cheio de problemas e vestindo um capacete ridículo.

De acordo com informações do Entertainment Weekly, durante o evento Comic-Con, Grillo contou sem nenhum filtro que a ideia de dançar na abertura da nova temporada não o deixou nem um pouco animado. “Sou péssimo nisso”, confessou, com aquele tom de sinceridade que só alguém calejado por Hollywood e por muitos rounds de jiu-jitsu pode ter. E ele não estava sozinho: Tim Meadows, outro novato no elenco, também sofreu. “Eu fui horrível. Todo mundo achou que eu seria bom, e não quero nem dizer o porquê”, disse, rindo — e deixando no ar um mistério que só o elenco parece entender.

James Gunn, o cérebro por trás da série (e agora chefão do universo DC), não perdoou: “Ele é um péssimo dançarino. Mas foi um guerreiro!”. E pronto: estava armado o clima de zoeira e camaradagem que parece definir os bastidores desse novo ano da produção.

Menos glamour e mais insanidade

Pra quem ainda não mergulhou nesse universo bizarro, a trama não é só mais uma série de super-herói. Longe disso. É uma mistura de tiroteio, piada de mau gosto, drama familiar mal resolvido, trilha sonora nostálgica e personagens que você ama odiar — e depois simplesmente ama. Estrelada por John Cena (num papel que, convenhamos, nasceu pra ele), a série surgiu como um spin-off de O Esquadrão Suicida e acabou ganhando vida própria.

O personagem principal, Christopher Smith, é um sujeito que acredita em alcançar a paz a qualquer custo. Literalmente. Se precisar matar meia dúzia no caminho, tudo bem. O cara é como um Rambo com consciência zero e coração escondido em algum lugar bem fundo — que, aos poucos, vai aparecendo. No meio do sarcasmo, da ação exagerada e dos dilemas existenciais, Pacificador conseguiu ser original, engraçada e surpreendentemente emocional.

E agora, com a estreia da segunda temporada marcada pro dia 21 de agosto, os fãs mal conseguem conter a ansiedade. Afinal, além do retorno dos personagens já queridos (como Harcourt, Adebayo, Vigilante e Economos), ainda teremos a adição de rostos novos, como Frank Grillo, que promete agitar — e muito — essa nova fase.

Grillo na dança e no tapa

A verdade é que ver Frank Grillo dançando já seria um evento à parte. Mas ele não veio só pra isso. O ator entra na série com o peso de uma carreira cheia de testosterona. Ele já foi antagonista em filme chinês bilionário (Lobo Guerreiro 2), vilão da Marvel (Capitão América: O Soldado Invernal), protagonista em filmes como The Purge: Anarchy, e ainda arrumou tempo pra fazer séries marcantes como Kingdom e Billions.

Se você o viu em cena, sabe: ele é daqueles que chegam botando pressão. Sempre com cara de quem acabou de sair de uma luta ou tá prestes a entrar em uma. Nascido e criado no Bronx, Grillo é ítalo-americano raiz. Começou a lutar cedo, estudou com Rickson Gracie, virou faixa-marrom de jiu-jitsu e quase virou executivo de Wall Street antes de a vida dar uma guinada num comercial de cerveja.

Agora, aos quase 60 anos (acredite, ele não aparenta), Grillo mostra que ainda tem fôlego — mesmo que não tenha tanto ritmo na dança. “Foi estranho, mas divertido. E o Tim, coitado, sofreu mais que eu”, brincou ele, mostrando que entrou no espírito da coisa. E esse é justamente o segredo da série: não se levar a sério demais.

A abertura que virou lenda

Vale lembrar que a abertura da primeira temporada virou um fenômeno. A coreografia ridícula, feita com todo mundo sério e duro como estátua, ao som de “Do Ya Wanna Taste It?” da banda Wig Wam, viralizou. Virou TikTok, virou cosplay, virou festa temática. E James Gunn, sabendo do impacto, decidiu repetir a dose na nova temporada — só que agora com mais gente e mais caos.

A proposta, segundo o próprio diretor, nunca foi dançar bem. Era parecer esquisito mesmo. Um jeito de dizer: “Aqui não tem glamour. Aqui tem bizarrice.” E deu certo. Quando você vê John Cena dançando com a expressão de quem está pagando uma promessa, entende que Pacificador não está tentando se encaixar em nenhum molde de super-herói tradicional.

E agora, com Grillo e Meadows entrando pra essa dança esquisita, a promessa é de mais vergonha alheia e diversão.

Bastidores de um universo em expansão

A série é mais um fruto do casamento entre James Gunn e a HBO Max (agora só Max), numa fase de reorganização do universo DC. Gunn escreveu todos os episódios da primeira temporada durante a pandemia, no meio da pós-produção de O Esquadrão Suicida, e filmou a série em Vancouver. O resultado foi uma produção enxuta, criativa e com personalidade.

Além disso, a série serviu como um laboratório pro estilo que Gunn quer implementar no novo DCU, do qual ele agora é o comandante-mor. A série não tem medo de mexer com temas pesados: abuso paterno, lealdade cega, fanatismo político e emocional. Tudo isso embalado em piadas escatológicas e violência estilizada.

É esse equilíbrio entre escracho e profundidade que tornou a série um sucesso. E a nova temporada promete manter — ou até exagerar — essa pegada.

John Cena no centro do furacão

John segue como o coração (e o músculo) da série. O ex-lutador de WWE mostrou um timing cômico surpreendente e uma entrega emocional que ninguém esperava. Seu Pacificador é arrogante, impulsivo e, às vezes, detestável — mas também carrega um peso emocional que o torna mais real do que muita gente vestida de capa por aí.

Na primeira temporada, vimos ele confrontar seu passado tóxico, seus medos, suas perdas. E tudo isso sem perder a piada, o soco ou a dancinha. Na segunda temporada, o personagem parece pronto para encarar novas feridas e novos inimigos — inclusive internos. E, com Frank Grillo no elenco, pode apostar que vai ter porrada das boas.

Tim Meadows e o tempero da comédia

Outro reforço importante pro elenco é Tim Meadows, um veterano da comédia americana. Conhecido por anos de Saturday Night Live, ele entra com o charme do “tio engraçado que se mete em confusão”. E, pelo que ele mesmo contou, não foi nada fácil acompanhar a galera na tal abertura dançante. “Todo mundo achava que eu tinha talento, e eu decepcionei bonito”, disse, rindo de si mesmo.

E o que mais vem por aí?

Se os detalhes da trama ainda estão sendo guardados a sete chaves, o que já se sabe é que James Gunn continua no comando criativo da série, mesmo agora assumindo o leme de todo o universo DC. A temporada deve mergulhar ainda mais fundo nas consequências das escolhas do anti héroi, nos dilemas éticos (ou falta deles) e nas maluquices que só esse grupo de desajustados é capaz de viver.

A Max já prepara um esquema de divulgação pesado para o lançamento, e os fãs estão sedentos por qualquer teaser, pôster ou rumor. E com razão: depois de uma primeira temporada que ninguém esperava amar tanto, a expectativa agora é altíssima.

“The Pitt” | Aclamado drama médico da HBO Max ganha reforço no elenco da 2ª temporada com Lawrence Robinson

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Foto: Reprodução/ Internet

Desde que estreou em janeiro de 2025, The Pitt” vem dando o que falar. Misturando drama, adrenalina e muita humanidade, a série médica da Max conseguiu se destacar num gênero já bastante explorado, justamente por apostar em algo diferente: cada episódio acompanha uma hora dentro de um plantão de 15 horas no movimentado (e fictício) Pittsburgh Trauma Medical Hospital. E se a primeira temporada já foi um soco no estômago com momentos de tirar o fôlego, a segunda vem aí prometendo ainda mais intensidade — e romance também.

É isso mesmo. Segundo informações divulgadas com exclusividade pelo site Deadline, o ator Lawrence Robinson acaba de entrar para o elenco da segunda temporada. Ele vai interpretar Brian Hancock, um paciente doce, gentil e charmoso que dá entrada no hospital depois de se machucar jogando bola. O que poderia ser só mais um caso entre tantos acaba se transformando em algo maior — afinal, tem médica de olho no rapaz.

Quem é Lawrence Robinson?

Você pode até não reconhecer o nome de cara, mas Robinson vem construindo uma carreira sólida e sensível. Um dos seus papéis mais elogiados foi na minissérie Shelter Street, em que interpretava um pai enlutado, tentando seguir em frente depois de uma tragédia familiar. A crítica adorou, o público se emocionou e, agora, ele dá um novo passo ao entrar numa das séries mais comentadas do ano.

Robinson tem aquele tipo de presença que não precisa de muito para chamar atenção. Ele não faz estardalhaço, mas entrega personagens cheios de emoção e profundidade. E é exatamente esse tipo de atuação que combina com o estilo de The Pitt, que prioriza o realismo e as emoções contidas, mas poderosas.

Um elenco afiado e uma série que pega na veia

A série estreou com tudo no começo de 2025. Criada por R. Scott Gemmill, que tem no currículo produções como ER e NCIS: Los Angeles, a série chegou ao catálogo da Max com uma proposta ousada: mostrar o que acontece em um plantão de 15 horas no hospital, hora por hora. É quase como se cada episódio fosse uma peça de um quebra-cabeça — e ao final da temporada, você entende o tamanho da bagunça emocional que aquilo representa.

O elenco é daqueles que segura a barra com talento de sobra — e parte do sucesso da série vem justamente dessa mistura afiada entre veteranos e nomes em ascensão. Noah Wyle, que marcou uma geração como o Dr. John Carter em ER, retorna ao ambiente hospitalar com a mesma entrega, agora na pele do Dr. Michael “Robby” Robinavitch, um profissional calejado e respeitado. Ao lado dele, Tracy Ifeachor brilha como a Dra. Heather Collins, médica de coração firme e ética afiada, enquanto Patrick Ball entrega um Dr. Frank Langdon cheio de camadas e dilemas. Katherine LaNasa impõe presença como Dana Evans, diretora que equilibra burocracia e humanidade. Já o núcleo jovem — formado por Supriya Ganesh, Fiona Dourif, Taylor Dearden, Isa Briones, Gerran Howell e Shabana Azeez — traz frescor, diversidade e muita verdade nos conflitos pessoais e profissionais. Com esse time, cada cena pulsa com autenticidade, fazendo o espectador se importar de verdade com quem está ali, lutando entre a vida e a morte. A chegada de Lawrence Robinson promete adicionar ainda mais emoção, reforçando o que a série tem de melhor: pessoas que nos tocam mesmo nos momentos mais caóticos.

Uma estreia de impacto

Lançada em 9 de janeiro, o seriado chegou com dois episódios de cara e depois passou a ser exibida semanalmente até abril. A repercussão foi imediata. No Rotten Tomatoes, a série conquistou 93% de aprovação, com uma média de 7,8 entre os críticos. Já no Metacritic, a pontuação foi de 76, indicando que a crítica, em geral, ficou bastante satisfeita com o que viu.

E o romance? Vem aí?

Bom, tudo indica que sim. A presença de Brian Hancock deve mexer com o emocional de uma das médicas, ainda não se sabe qual. Talvez alguém que passou a temporada anterior fechada, distante, e agora encontre nesse paciente um motivo pra baixar a guarda. Ou talvez seja um daqueles casos que começa como distração e acaba virando transformação.

The Pitt já mostrou que sabe lidar com relacionamentos de forma madura. Não é uma série sobre casais fofinhos trocando olhares no corredor (nada contra, mas não é o foco aqui). Quando o afeto entra, ele entra com peso, com dilemas, com aquela tensão de quem sabe que tem vidas em jogo. Isso torna qualquer aproximação ainda mais carregada de significado.

O que esperar da segunda temporada?

A Max confirmou a renovação no dia 14 de fevereiro de 2025, e desde então os fãs vêm especulando o que vem por aí. A temporada anterior terminou com vários ganchos — um caso de transplante que mexeu com todos, a saída inesperada de um médico, decisões éticas controversas… Muita coisa ficou no ar.

Bruno Gadiol canta os pequenos gestos do amor em “Coisas Triviais”, sua nova faixa intimista

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Foto: Reprodução/ Internet

Existe um tipo de amor que não precisa de declaração em alto-falante, buquê exagerado ou grandes promessas. Ele aparece aos poucos, no silêncio de quem compartilha um sofá, um café da manhã ou um sorriso espontâneo ao fim do dia. E é justamente esse tipo de sentimento que o cantor, compositor e ator Bruno Gadiol transforma em música em seu novo single, “Coisas Triviais”, que chega às plataformas no dia 31 de julho.

A canção abre caminho para o Ato 3 – Saturno, parte final do álbum Gêmeos em Gêmeos, segundo projeto de estúdio de Bruno que será lançado em agosto. Sensível e generosa em sua simplicidade, a faixa é um convite ao afeto sereno — aquele que floresce fora dos holofotes, no cotidiano compartilhado.

Uma canção que nasce da calma

Com voz suave e letra sincera, Bruno entrega um relato íntimo: a descoberta de um amor tranquilo após desilusões que deixaram marcas. Não é um lamento, mas uma celebração. Ao invés de versos carregados de dor, ele fala sobre acordar ao lado de alguém que traz paz, caminhar pela cidade de mãos dadas, rir das mesmas piadas. “Coisas triviais”, sim — mas que juntas formam o alicerce de algo muito maior.

Mais do que uma faixa romântica, a música é quase uma conversa entre Bruno e ele mesmo. Como se estivesse, enfim, reconhecendo o valor da quietude depois de viver amores barulhentos demais. Há uma maturidade emocional presente, mas sem perder a doçura que sempre marcou suas composições.

Um clipe que é memória viva

Além da música, Bruno também entrega um clipe que é pura verdade. Sem roteiro elaborado, sem atores contratados. Ele mesmo dirigiu, filmou e editou o vídeo com registros reais do seu dia a dia — cenas gravadas ao longo dos últimos meses com seu namorado, inspiração direta da canção.

É como abrir um caderno de lembranças onde cabem pequenos instantes que, vistos em sequência, emocionam: alguém servindo café, um olhar demorado, um abraço depois de um dia comum. Tudo é simples, tudo é sincero — e, por isso mesmo, tudo é profundamente tocante.

Bruno, mais do que cantar sobre o amor, vive o amor em câmera aberta, sem pudor de mostrar sua intimidade, mas sempre com respeito e delicadeza. O clipe é um reflexo disso: uma declaração sem palavras para alguém que fez da vida a melhor melodia.

Entre a Bossa e a MPB, um som que acolhe

Na produção musical, Bruno se uniu ao produtor Zain, nome em ascensão que já colaborou com artistas como Anitta e MC Zaac. Mas aqui, a vibe é outra. Inspirados na leveza da bossa nova e na melodia acolhedora da MPB, os dois criaram uma faixa que mais parece um cobertor musical.

Violões suaves, batidas discretas e um arranjo sem pressa se unem à voz de Bruno como uma conversa entre amigos no fim da tarde. Nada é forçado. Nada grita. A canção respeita o espaço de cada palavra, como quem entende que o amor também precisa de silêncio.

Segundo Bruno, a ideia era criar algo que “soasse como um abraço”. E é exatamente essa sensação que fica: um carinho no peito, uma lembrança boa, um suspiro de quem reconhece o amor verdadeiro nos gestos mais simples.

Um álbum em três atos e mil emoções

A nova canção faz parte de um projeto maior: o álbum Gêmeos em Gêmeos, dividido em três atos — Vênus, Marte e Saturno —, cada um com uma proposta emocional e sonora diferente. O artista define o disco como seu “mapa astral emocional”, e não é difícil entender por quê.

Ele mergulha fundo em fases, sentimentos e descobertas. É um álbum que acompanha os altos e baixos da alma, sem medo de mostrar as falhas, os acertos, os desejos e as dores. Um trabalho autoral no sentido mais completo da palavra, já que todos os clipes são dirigidos por ele mesmo, reforçando sua entrega não apenas como cantor, mas como artista visual.

Ao longo das faixas — são 12 no total — Bruno transita por camadas da sua própria história, abrindo espaço também para colaborações com ZAAC, CLAU e outros artistas que, assim como ele, buscam dizer algo que vá além da superfície.

Uma fase mais leve, mas cheia de profundidade

Gadiol já mostrou que sabe cantar sobre feridas, sobre amores que não deram certo, sobre a dor de se entregar e não ser correspondido. Mas agora, ele parece ter virado uma página. Não que tenha deixado de sentir — ao contrário, sente mais do que nunca. Só que agora sente com calma, com discernimento, com gratidão.

E essa nova fase, mais leve, tem um valor imenso. Porque num mundo tão acelerado, onde todo sentimento precisa ser grandioso para ganhar curtidas, o cantor escolhe cantar sobre o que ninguém vê: os bastidores do amor.

A música é, portanto, uma canção para quem entende que o extraordinário está no ordinário. Que amar é também lavar a louça juntos, esperar o outro dormir, dividir uma sobremesa ou simplesmente caminhar em silêncio sabendo que a companhia basta.

Um convite ao agora

Com lançamento marcado para o dia 31 de julho, Coisas Triviais é o tipo de faixa que pede para ser ouvida com atenção — talvez com os olhos fechados, talvez olhando para alguém querido ao lado. É um lembrete sutil de que a vida está acontecendo agora, entre um gesto e outro. E que o amor, quando verdadeiro, não precisa de cenário ideal: ele se basta com o que há.

Nick Souza lança “Abre Espaço” com Papi AQ e reforça protagonismo da música latina

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Foto: Reprodução/ Internet

Na próxima quinta-feira (31), o cantor e produtor Nick Souza lança “Abre Espaço”, uma parceria pulsante com o rapper Papi AQ. A faixa chega carregada de referências da música urbana brasileira, especialmente dos funks de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, mas não se limita ao som. É, acima de tudo, um manifesto — um grito de identidade e pertencimento de artistas imigrantes que fincaram raízes na cena musical canadense.

Nick sabe bem o que é viver entre mundos. Cresceu no Canadá, mas leva no sangue e nos beats as sonoridades brasileiras. Foi durante uma temporada recente em Toronto que a ideia de “Abre Espaço” surgiu: “A gente queria marcar nosso território, mostrar que não estamos aqui só de passagem. Estamos construindo algo, ocupando um lugar que, historicamente, nunca foi entregue a nós”, explica o artista.

O som que cruza fronteiras

Mais do que uma colaboração entre dois nomes promissores da música latina no Canadá, a música é também um encontro criativo que cruza idiomas, gêneros e territórios culturais. A produção da faixa é assinada por Nick, que começou o beat ainda sozinho, e depois o levou para o estúdio em Toronto, onde gravou com Papi AQ.

A cereja do bolo veio com os DJs ShrimpTempura e Kamila Aguilar. Usando equipamentos CDJ, eles manipularam a acapella com efeitos eletrônicos que adicionaram ainda mais textura e camadas à música. O resultado? Um som vibrante, cheio de personalidade, que soa tão contemporâneo quanto universal.

Clipe com crítica social e referência a Childish Gambino

A faixa será lançada já acompanhada de um videoclipe que promete levantar discussões. Inspirado visualmente por This Is America, o potente trabalho audiovisual de Childish Gambino, o clipe da música caminha na mesma direção crítica: abordar as tensões sociais, os espaços invisíveis e os silenciamentos vividos por imigrantes em países como o Canadá — inclusive dentro da própria indústria cultural.

“A ideia era criar uma obra que dissesse: ‘estamos aqui, temos voz, e nossa arte tem valor’. A gente também representa um coletivo gigante que vive às margens e que merece ser visto. E o clipe é uma forma de gritar isso, com imagem e som ao mesmo tempo”, comenta Nick.

Uma amizade que virou música

A parceria entre Nick Souza e Papi AQ não é de agora. Os dois artistas se conhecem há anos e já vinham construindo uma relação de respeito mútuo dentro da comunidade latina-canadense. “A gente se entende muito, temos histórias parecidas. Sempre falávamos de gravar juntos, mas agora foi o momento certo. E ficou incrível. É um som com verdade, com força e com nossa cara”, revela Nick, animado com o resultado.

Papi AQ, por sua vez, também é uma figura respeitada na cena alternativa e urbana do Canadá. Seu estilo mistura influências do hip-hop, trap e reggaeton, com letras que falam sobre identidade, resistência e comunidade. A junção com Nick, que transita entre o funk, o eletrônico e o pop alternativo, cria uma fusão sonora rica e cheia de frescor.

Representatividade que não é moda — é urgência

Mais do que um lançamento musical, “Abre Espaço” traz uma camada política que não pode ser ignorada. Em tempos em que a cultura latina e a arte de imigrantes ainda enfrentam barreiras de visibilidade fora dos seus países de origem, o single chega como um lembrete de que ocupar espaços é, muitas vezes, uma batalha diária.

“Tem muito artista talentoso vivendo fora do Brasil que não é enxergado. Às vezes, o mercado lá fora é fechado, elitizado, ou simplesmente não está pronto pra receber quem vem com algo diferente. A gente não quer ser exceção — queremos ser o começo de uma virada”, desabafa Nick.

O que vem por aí

Com o lançamento dessa canção, Nick Souza inicia uma nova fase em sua carreira, marcada por um discurso mais direto e por colaborações que reforçam sua raiz multicultural. Ele promete mais novidades para os próximos meses, incluindo outros feats e talvez até um projeto visual completo, que deve aprofundar ainda mais os temas abordados no novo single.

“Companhia Certa” desta quarta (30/07) recebe Nasi, voz histórica do Ira! e ícone do rock nacional

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À meia-noite desta quarta-feira, 30 de julho, a RedeTV! convida o público para um encontro raro: não um talk show qualquer, mas uma espécie de acerto de contas com a vida. No sofá do programa Companhia Certa, Ronnie Von recebe ninguém menos que Nasi, vocalista do Ira!, ícone do rock nacional e uma alma em constante reconstrução.

A conversa vai além das perguntas. É quase uma sessão de terapia em horário nobre. Entre memórias de um tempo em que guitarras gritavam mais alto que algoritmos e reflexões sobre os tropeços do caminho, Nasi se despe de persona e mostra o homem por trás da voz rouca e das letras intensas. O artista, sim, mas também o filho, o irmão, o amigo, o cara que já se perdeu — e fez questão de se reencontrar.

“O Ira! não acabou, a gente só se machucou demais”

A entrevista começa com o inevitável: o fim (e o recomeço) do Ira!. A separação em 2007 ainda é uma ferida cicatrizada com pontos mal dados. “Não queria sair da banda. Só precisava de um tempo. A gente já não se escutava mais”, confessa Nasi, sem medo de encarar os próprios erros.

Entre silêncios e respiros longos, ele reconhece que o ego — o dele, o de Edgar Scandurra, o de todos — atrapalhou. “Era como um cachorro com muitos donos: ninguém cuidava direito. Morreu de fome. A banda desandou.”

Mas, como tudo que é verdadeiro, a música resistiu. Em 2013, o reencontro veio com um show beneficente. Sem contratos, sem promessas. Só dois caras no palco, reencontrando a faísca que um dia os uniu. “Ali, a gente viu que ainda tinha lenha pra queimar. Voltamos. Voltamos querendo”, diz ele, com um brilho que escapa pelos olhos.

Solo, mas inteiro

Longe do Ira!, Nasi se reinventou. Gravou nove álbuns solo, experimentou blues, psicodelia, baladas viscerais. “No Ira! existe uma moldura. No solo, eu posso pintar fora dela”, explica.

Ele fala do blues como quem fala de um velho amigo: confiável, profundo, meio triste, mas libertador. Desde os tempos de Nasi e os Irmãos do Blues, esse estilo serve como refúgio emocional e criativo. “Tem coisa que não cabe no Ira!. Mas isso não quer dizer que não mereça existir. O blues me entende.”

A liberdade também abriu portas para aventuras autorais. Tem série animada (Rockstar Ghost), documentário sobre religiões afro-brasileiras (Exu e o Universo), programa noturno no Canal Brasil (Nasi Noite Adentro). Um artista inquieto, plural, que desafia rótulos com a mesma voracidade com que enfrenta seus próprios fantasmas.

Crítico, mas não amargo

Entre um gole de água e outro, Nasi solta o verbo sobre o cenário musical atual. “Hoje a música virou trilha de festa. Tá tudo pasteurizado. Cadê a arte que cutuca, que incomoda?”, pergunta, mais intrigado do que indignado.

Ele faz questão de dizer que não é saudosista. Mas sente falta de algo que, para ele, não se negocia: verdade. “Não acho que tudo era melhor nos anos 80, mas naquela época a gente brigava pra dizer alguma coisa. Hoje, parece que ninguém quer mais ouvir.”

Mesmo assim, torce por um sopro de renovação. “Talvez surja uma nova geração com mais alma. Vai saber. A arte é imprevisível. Às vezes, do nada, ela volta com força.”

Cicatrizes à mostra

Nasi nunca teve medo de se expor. Falou abertamente sobre dependência química, sobre as relações que desabaram, sobre a própria incapacidade de ser leve em certos momentos. Largou a cocaína em 1997. Em 2007, dispensou também a maconha. “Não foi um renascimento. Foi um resgate. Eu queria continuar vivo.”

Essa honestidade brutal aparece também quando fala da própria trajetória. Nasceu na Bela Vista, cursou História na USP, fundou o Ira! em 1981, namorou atrizes famosas, brigou feio com o irmão, bateu de frente com empresários e jornalistas. Viveu o rock no limite. E, de alguma forma, sobreviveu a tudo — inclusive a si mesmo.

Em uma vida que daria um roteiro de filme — aliás, já deu —, ele ainda arrumou tempo pra ser apresentador, dublador, radialista, ator, roteirista e até comentarista esportivo. São-paulino roxo, apresentou o 90 Minutos na Kiss FM e chegou a abrir o show do AC/DC no Morumbi, para delírio dos fãs e surpresa dos céticos.

“A gente se perdoou. E isso salva”

A entrevista com Ronnie Von tem algo de confissão. Mas também tem reencontro. Nasi fala com carinho da volta do Ira!, mas, principalmente, da volta do diálogo com Edgar Scandurra. “Hoje a gente conversa. Escuta mais. Cede mais. O rock é rebelde, mas não precisa ser burro”, diz, com aquele tom ácido e certeiro que é só dele.

A reconciliação não foi só com a banda — foi consigo mesmo. Com o passado, com o menino que sonhava com discos, com o homem que quase se perdeu, com o artista que ainda quer dizer algo relevante.

Aos 62 anos, ele não fala em aposentadoria. Fala em continuidade. Quer gravar mais, compor mais, viver mais. “Enquanto tiver voz, vou cantar. Enquanto tiver o que dizer, vou falar. Se não for por mim, que seja por quem precisa ouvir.”

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