“Domingo Maior” (03/08): TV Globo exibe “Maze Runner: A Cura Mortal”, estrelado por Dylan O’Brien

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Na noite do próximo domingo, 3 de agosto de 2025, logo depois do Capital Moto Week – Melhores Momentos, a TV Globo exibe no Domingo Maior o filme “Maze Runner: A Cura Mortal”, encerrando uma das trilogias mais queridas da juventude nos anos 2010. O longa, dirigido por Wes Ball e estrelado por Dylan O’Brien, é o terceiro e último capítulo da saga iniciada em 2014, baseada nos livros de James Dashner. Nesta etapa final, os personagens encaram seus maiores desafios — físicos, emocionais e morais — em uma trama que coloca em jogo a própria humanidade.

Lançado em 2018 e agora exibido em TV aberta, o filme retoma a história do jovem Thomas, líder relutante de um grupo que resistiu a testes cruéis, traições e perdas profundas. Agora, ele parte em busca de um último resquício de esperança: a cura para o vírus que está devastando a Terra. Mas, como quase tudo nesse universo distópico, o que parece uma solução pode ser, na verdade, o início de uma nova catástrofe.

Um futuro desfeito

Se no início da franquia os personagens estavam presos em um labirinto sem saber quem eram, onde estavam e por que precisavam correr para sobreviver, agora eles têm algumas respostas — mas a realidade é muito mais cruel do que podiam imaginar. O vírus conhecido como Fulgor transformou grande parte da população em criaturas violentas e desumanas. Os que restaram vivem em cidades muradas, controladas por organizações autoritárias, como a C.R.U.E.L., responsável pelos testes e experimentos que marcaram os filmes anteriores.

Thomas, interpretado com intensidade por Dylan O’Brien, está cansado de promessas. Cansado de manipulações. E principalmente, cansado de perder pessoas. Quando descobre que seu amigo Minho (Ki Hong Lee) está vivo, preso nos laboratórios da C.R.U.E.L., ele decide ir até o fim para resgatá-lo, mesmo que isso signifique arriscar a própria vida — e trair os planos de quem ainda acredita em um futuro coletivo, mesmo que distante e difícil.

Laços, perdas e escolhas

Um dos grandes méritos do filme está nas relações entre os personagens. Thomas já não é o mesmo garoto confuso que surgiu no primeiro filme. Carrega o peso das perdas, da culpa e das dúvidas sobre quem ele é — e sobre quem merece confiança.

Teresa (Kaya Scodelario), que no segundo filme tomou decisões controversas em nome da ciência, reaparece com um papel ambíguo. Ela acredita na possibilidade de cura e insiste que a C.R.U.E.L. pode salvar o mundo, mesmo com métodos extremos. O reencontro com Thomas é carregado de ressentimento, mas também de lembranças de um afeto que, por um breve momento, foi verdadeiro.

Newt (Thomas Brodie-Sangster) continua sendo o coração do grupo. Sua presença traz equilíbrio e humanidade em meio ao caos, e é comovente ver sua jornada ganhar espaço aqui. Já personagens como Brenda (Rosa Salazar), Jorge (Giancarlo Esposito), Caçarola (Dexter Darden) e Gally (Will Poulter) ampliam a narrativa com ações decisivas e atuações sólidas.

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Uma produção marcada por superação fora das telas

O que muitos talvez não saibam é que A Cura Mortal quase não chegou aos cinemas. Durante as filmagens, em março de 2016, Dylan O’Brien sofreu um acidente gravíssimo no set, em uma cena de ação. Ele teve múltiplas fraturas e precisou se afastar por tempo indeterminado. A produção foi interrompida e a estreia adiada.

Esse episódio, que poderia ter encerrado prematuramente a trilogia, acabou moldando também o tom do filme. O diretor Wes Ball chegou a considerar abandonar o projeto, mas o próprio Dylan insistiu em retornar, mesmo após meses de recuperação. O impacto emocional do acidente está, de certa forma, presente em cada cena. O cansaço, a dor e a persistência do personagem ecoam algo real.

Entre a esperança e o fim

Visualmente, o filme impressiona. A ambientação das cidades muradas, os detalhes da decadência urbana e as cenas de ação bem coreografadas contribuem para criar uma atmosfera tensa, porém crível. Ao contrário de outras franquias que abusam de efeitos digitais, A Cura Mortal aposta em cenas práticas e um ritmo mais seco, quase cru, que reforça o realismo daquele mundo em colapso.

Mas o que sustenta o filme de verdade são os dilemas. Até que ponto vale a pena insistir em uma cura que custou tantas vidas? É possível salvar o mundo sacrificando os últimos laços humanos que ainda existem? Essas perguntas atravessam os personagens e chegam até o espectador.

Recepção e legado

Quando estreou nos cinemas, em janeiro de 2018, o filme dividiu opiniões. Parte da crítica considerou o enredo irregular, com momentos apressados e algumas escolhas previsíveis. No entanto, o público em geral recebeu o desfecho com carinho, reconhecendo o amadurecimento dos personagens e o esforço de fechar a história com emoção.

Com uma bilheteria mundial superior a US$ 284 milhões, A Cura Mortal foi o capítulo menos rentável da trilogia, mas isso não diminuiu seu impacto. A série Maze Runner conquistou uma geração que cresceu entre distopias, sagas literárias e filmes que questionavam o futuro. O legado está menos no espetáculo e mais naquilo que a história desperta: o desejo de resistir, mesmo quando tudo parece perdido.

Disponível também no streaming

Para quem quiser rever a trilogia inteira ou assistir com calma depois da exibição na Globo, o filme está disponível no catálogo do Disney+, por assinatura. É uma boa oportunidade de mergulhar novamente nesse universo e relembrar como tudo começou — com um grupo de garotos correndo em um labirinto, sem memórias, mas com uma vontade imensa de viver.

“FUBAR” chega ao fim! Netflix cancela a série de Schwarzenegger após duas temporadas

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Quando Arnold Schwarzenegger surgiu pela primeira vez em FUBAR, uma comédia de ação repleta de piadas familiares e cenas explosivas, não foi apenas mais uma estreia no catálogo da Netflix. Era, na verdade, um acontecimento simbólico. O eterno Exterminador estava fazendo algo inédito: sua primeira incursão como protagonista em uma série de TV roteirizada. Para os fãs de longa data, foi como rever um velho amigo em um novo contexto. Mas, agora, dois anos depois, o anúncio do cancelamento da série marca o fim precoce de uma aventura que, embora cheia de munição e carisma, falhou em manter o fôlego. As informações são do Deadline.

Na era dos algoritmos e decisões impiedosas, a série talvez tenha sido vítima de algo maior do que si própria: o esgotamento de narrativas recicladas e a dificuldade crescente em competir por atenção.

Um astro em transição

Schwarzenegger não precisava provar mais nada. Da musculatura invencível nos anos 80 à astúcia política dos anos 2000, o austríaco naturalizado americano atravessou décadas e cenários com uma carreira marcada por superações. Quando FUBAR foi anunciada, o entusiasmo foi imediato. Afinal, quem não queria ver o icônico homem de ação lidando com paternidade, terapia de casal e crises existenciais no meio de tiroteios?

A premissa era saborosa: Luke Brunner, veterano da CIA, está prestes a se aposentar quando descobre que sua filha Emma, com quem tem uma relação complicada, também é agente secreta — e que ambos foram escalados para a mesma missão. O que se seguiu foi uma comédia de ação sobre segredos, família e tentativas frustradas de reconciliação.

Só que o que começou com promessas de frescor e reinvenção, acabou se tornando um pastiche de velhas fórmulas.

Netflix e a lei do mais assistido

Desde seu lançamento, a Netflix transformou o modo como consumimos séries. Mas também impôs uma lógica cruel: a de que só sobrevive o que gera engajamento imediato. Não há espaço para crescimento orgânico. É sucesso instantâneo ou cancelamento.

A primeira temporada da produção, lançada em maio de 2023, teve um bom desempenho inicial. A nostalgia ajudou. A curiosidade também. Mas a série não sustentou a empolgação por muito tempo. Mesmo com cenas de ação bem coreografadas e tentativas de subverter o macho alfa dos anos 80 com dilemas paternos e momentos de vulnerabilidade, o texto não acompanhava a ambição. As piadas, por vezes, soavam forçadas. O drama familiar, previsível. E mesmo a performance de Schwarzenegger — carismática, mas limitada — não foi capaz de carregar tudo nas costas.

Quando a segunda temporada estreou, em junho de 2025, o desgaste já era evidente. A audiência caiu drasticamente. A série, que antes aparecia entre as mais assistidas da plataforma, rapidamente sumiu dos rankings. E assim, sem alarde, veio o veredito: cancelada.

A série era boa? Importa menos do que parece

A essa altura, talvez a pergunta que ecoe seja: A série era realmente ruim? Ou apenas mediana em uma prateleira repleta de conteúdos medíocres?

A verdade é que a série nunca se propôs a ser revolucionária. Ela era, acima de tudo, uma homenagem a um gênero que moldou gerações. O próprio título — uma gíria militar americana para algo “completamente bagunçado” — já apontava para o tom debochado. O problema é que o mundo mudou. E o que antes era charme retrô, passou a soar datado.

A Netflix, que já cancelou produções cultuadas com legiões de fãs (como The OA ou Mindhunter), não pensaria duas vezes antes de encerrar uma série que perdeu relevância. Não importa o legado de quem estrela. Importa o tempo de tela. O clique. A retenção.

O lado humano do cancelamento

Mas por trás de gráficos e métricas, existe sempre o fator humano. E talvez essa seja a maior perda com o fim de FUBAR. Porque, para muitos fãs, não se tratava apenas de uma série. Era a chance de rever Schwarzenegger em um papel inédito, mais vulnerável, mais pai do que máquina. Era a oportunidade de rir de suas limitações — físicas, emocionais, narrativas — e de reconhecer que, assim como seus personagens, ele também envelheceu. E tudo bem com isso.

E agora, Arnold?

Mesmo com o fim abrupto da série, Arnold não dá sinais de desaceleração. Nos bastidores, fala-se em novos projetos cinematográficos e documentários. Em 2023, ele já havia estrelado uma minissérie documental sobre sua própria trajetória, mostrando vulnerabilidades raramente expostas — desde sua infância na Áustria até os bastidores de sua carreira política e artística.

Um adeus em silêncio — como a CIA ensinou

Assim como o universo espião que tentava parodiar, a série estrelada pelo astro americano sai de cena sem barulho. Sem um último episódio arrebatador. Sem um cliffhanger resolvido. Apenas uma nota de rodapé em um relatório de cancelamentos da Netflix. Mas para quem acompanhou, para quem vibrou com os primeiros episódios ou se divertiu com a metalinguagem da série, fica a memória.

Quando O Brutalista chega ao streaming? Conheça o filme que consagrou Adrien Brody como grande vencedor do Oscar!

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Imagine um filme que não apenas conta uma história, mas esculpe emoções em concreto. Um drama que transita entre os escombros do passado e os traços brutos de um novo mundo. Assim é O Brutalista, o elogiado longa estrelado por Adrien Brody, que finalmente chega ao Brasil no dia 22 de agosto, diretamente no catálogo do Prime Video — sem custo adicional para os assinantes. As informações são do Rolling Stone.

Aclamado pela crítica, premiado nas maiores cerimônias de cinema do mundo e celebrado como uma das obras mais impactantes dos últimos anos, o filme é muito mais que uma experiência visual: é um mergulho profundo na alma de um homem que tenta reconstruir não apenas cidades, mas a própria vida.

Um protagonista em ruínas — e reconstrução

No centro da trama está László Toth, um arquiteto judeu-húngaro que sobreviveu ao Holocausto. Carregando cicatrizes visíveis e invisíveis, ele deixa para trás um continente marcado por horrores e imigra para os Estados Unidos com a esperança de começar de novo. Mas, como tantas outras histórias de recomeço, a dele é marcada por barreiras — culturais, emocionais e estruturais.

Interpretado com rara sensibilidade por Adrien Brody — que levou o Oscar de Melhor Ator por esse papel —, László é um homem calado, introspectivo, que vê na arquitetura não apenas uma profissão, mas uma linguagem para expressar tudo aquilo que não consegue dizer em palavras. Sua busca pelo “sonho americano” é menos sobre glória e mais sobre encontrar um lugar onde possa existir sem precisar apagar quem foi.

Qual é o significado do título?

O título do filme não é por acaso. “O Brutalista” faz referência ao movimento arquitetônico do brutalismo, conhecido pelo uso de concreto aparente, estruturas pesadas e formas geométricas rígidas. Um estilo que, à primeira vista, pode parecer duro, impessoal. Mas que, no contexto do filme, ganha outra camada: a de uma arquitetura emocional.

A dureza da forma espelha a dureza da vida. As estruturas frias e cinzentas não escondem imperfeições — ao contrário, as revelam. São como László: marcadas, resistentes, honestas.

Uma produção que respira cinema de verdade

Sob a direção de Brady Corbet, que também assina o roteiro ao lado de Mona Fastvold, “O Brutalista” é um exemplo raro de cinema autoral em larga escala. Filmado no formato clássico VistaVision — pouco utilizado hoje em dia —, o longa impressiona por seu visual imersivo e sua fotografia minuciosa, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Fotografia.

O elenco é um show à parte: Felicity Jones, Guy Pearce, Joe Alwyn, Raffey Cassidy, Stacy Martin, Emma Laird, Isaach de Bankolé e Alessandro Nivola formam um conjunto poderoso que dá vida a personagens que cruzam a trajetória de László, influenciando-o de formas sutis e, às vezes, devastadoras.

A trilha sonora, vencedora do Oscar de Melhor Trilha Original, mistura o industrial com o clássico, o melancólico com o épico. Cada nota parece dialogar com os ambientes frios e grandiosos do brutalismo, amplificando a solidão do protagonista e suas pequenas vitórias silenciosas.

Um caminho do anonimato à consagração

A jornada do filme foi, curiosamente, semelhante à do personagem principal: discreta, determinada e, no fim, gloriosa. “O Brutalista” teve sua estreia no prestigiado Festival de Veneza, em setembro de 2024, onde Corbet venceu o Leão de Prata de Melhor Direção.

Nos Estados Unidos, começou tímido, em poucas salas, arrecadando pouco mais de US$ 266 mil no fim de semana de estreia. Mas a força do boca a boca, as críticas entusiasmadas e o peso das premiações fizeram o longa crescer aos poucos. Em poucas semanas, já estava presente em mais de mil salas e ultrapassava os US$ 50 milhões de bilheteria mundial, com um custo de produção modesto: US$ 9,6 milhões.

Além das 10 indicações ao Oscar, o filme venceu em três categorias importantes e ainda conquistou três Globos de Ouro, incluindo Melhor Filme – Drama. O American Film Institute o incluiu na lista dos 10 melhores filmes do ano.

Duração longa, impacto ainda maior

O filme tem 215 minutos de duração — sim, são 3 horas e 35 minutos. Em exibições nas telonas dos cinemas, o longa foi dividido em duas partes com um intervalo de 15 minutos. No streaming, esse intervalo é simbólico, reduzido a cerca de um minuto, o que permite uma maratona contínua, caso você deseje (e consiga) encarar essa jornada emocional de uma vez só.

Mas não se assuste com o tempo. O filme não desperdiça um minuto sequer. Cada cena constrói, demole e reconstrói sensações, como um arquiteto que esboça, destrói e redesenha a mesma estrutura até que ela revele algo verdadeiro.

Por que você deveria assistir?

Porque “O Brutalista” é cinema feito com alma. Não é só uma história sobre um arquiteto; é sobre a busca de qualquer um que já precisou reconstruir sua vida após uma tragédia. É sobre lidar com o silêncio do luto, com a estranheza de um novo começo, com a rigidez do mundo e com a esperança de moldá-lo — nem que seja um pouquinho — ao nosso jeito de existir.


The Realness Festival 2025 esgota ingressos e apresenta edição histórica com ícones do drag mundial na Vibra São Paulo

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Em um país onde a pluralidade pulsa nas veias da arte, da música e da resistência, poucos eventos traduzem tão bem o espírito da diversidade quanto o The Realness Festival. E, em 2025, o maior festival drag da América Latina está prestes a escrever mais um capítulo glorioso de sua trajetória. A quarta edição, marcada para o dia 16 de agosto, na grandiosa Vibra São Paulo, já esgotou todos os ingressos — um feito que não apenas reafirma o sucesso do festival, como também sinaliza a crescente valorização da arte drag como expressão legítima, potente e transformadora.

Num país de contrastes e desafios, reunir milhares de pessoas para celebrar a cultura drag é mais do que entretenimento: é um ato de resistência, uma afirmação política e um espetáculo de pura criatividade.

Um palco onde o brilho é lei

Desde a primeira edição, o The Realness Festival se posicionou como um dos principais palcos de visibilidade para artistas drags no continente. Mais do que trazer nomes famosos da franquia RuPaul’s Drag Race, o festival aposta em uma curadoria que valoriza a pluralidade de estilos, origens e narrativas dentro do universo drag. Em 2025, o line-up não apenas impressiona — ele faz história.

Entre os destaques internacionais estão nomes que marcaram gerações: Sasha Colby, campeã da 15ª temporada e símbolo de empoderamento trans; Shea Couleé, vencedora do All Stars 5 e conhecida por sua elegância e discurso político; Sasha Velour, cuja vitória na 9ª temporada é lembrada até hoje pela icônica performance de “So Emotional”; e Symone, uma das mais influentes campeãs recentes da franquia, unindo moda, estética negra e afirmação identitária.

Além dessas lendas, o público brasileiro terá a chance de assistir de perto talentos como Gigi Goode, Roxxxy Andrews, Morphine Love Dion e Jewels Sparkles, recém-saída da 17ª temporada — um elenco que mescla veterania e novidade com maestria.

A força da cena brasileira

Mas não são apenas os nomes internacionais que garantem o brilho dessa edição. O line-up nacional é um verdadeiro retrato da potência drag que se produz em território brasileiro. E poucas artistas representam tão bem essa força quanto Grag Queen — cantora, performer, vencedora do reality Queen of the Universe e apresentadora da versão brasileira do Drag Race. Sua presença é mais do que simbólica: é a comprovação de que o Brasil exporta talento e ressignifica o drag à sua maneira.

Ao lado dela, estarão nomes que vêm conquistando plateias por todo o país, como as finalistas Betina Polaroid e Hellena Malditta, diretamente da primeira edição do Drag Race Brasil. A diversidade estética e narrativa que ambas carregam nas performances torna essa presença ainda mais relevante.

Figuras icônicas como Silvetty Montilla e Ikaro Kadoshi trazem consigo a história viva da arte drag no Brasil. Silvetty, com décadas de palco, humor e resistência; Ikaro, com sua força política, presença midiática e o compromisso com a educação e inclusão. Completam o line-up nomes em ascensão como DaCota Monteiro, NAZA, Frimes e Desirré Beck, provando que o futuro do drag brasileiro está mais vivo e plural do que nunca.

Uma nova casa, a mesma energia

Em 2025, o festival muda de endereço: pela primeira vez, o evento será realizado na Vibra São Paulo, uma das maiores casas de espetáculo da América Latina, com capacidade para milhares de pessoas. A escolha do local vai além da logística — é um gesto de compromisso com o conforto, a acessibilidade e a inclusão do público.

A estrutura inclui telões, áreas com lugares sentados, espaços adaptados para pessoas com deficiência e um ambiente pensado para acolher todos os tipos de corpos, estilos e expressões. Um avanço necessário para um festival que cresce a cada ano, tanto em público quanto em importância simbólica.

O fenômeno drag além da TV

Embora o RuPaul’s Drag Race tenha desempenhado papel fundamental na popularização da arte drag em escala global, o The Realness Festival mostra que o fenômeno vai muito além da televisão. Ele se materializa em palcos, em encontros afetivos, em discursos potentes e em vivências únicas. Mais do que ver performances, o público vai para viver uma experiência imersiva, dançar, chorar, rir e se sentir representado. Em um país onde pessoas LGBTQIA+ ainda enfrentam violência e exclusão diariamente, o festival se consolida como um espaço seguro de afirmação e resistência, onde cada glitter no rosto é uma centelha de liberdade.

Invasão | Terceira temporada da série da Apple TV+ ganha trailer eletrizante e data de estreia

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A humanidade volta a encarar o desconhecido. A Apple TV+ revelou o aguardado trailer da terceira temporada de Invasão (Invasion), série de ficção científica criada por Simon Kinberg e David Weil, com estreia marcada para 22 de agosto de 2025. A nova leva de episódios promete intensificar o caos instaurado no planeta após a chegada dos alienígenas, aprofundando os dilemas humanos em meio à destruição e ao medo.

Estrelada por um elenco internacional — com Golshifteh Farahani, Shioli Kutsuna, Shamier Anderson, India Brown, Billy Barratt, entre outros —, a série retorna com novos confrontos, perdas e reconfigurações emocionais. O mundo, já profundamente alterado pela ameaça extraterrestre, mergulha em um estado de guerra total.

A ficção científica como espelho emocional

Lançada em 2021, Invasão fugiu da rota tradicional de séries do gênero ao investir menos na ação frenética e mais no impacto subjetivo do colapso global. Em vez de se fixar apenas na ameaça alienígena, a narrativa se expande a partir de múltiplos pontos de vista, em diferentes partes do mundo, retratando o desespero, a resiliência e os conflitos humanos com sensibilidade e complexidade.

Ao transitar entre os Estados Unidos, o Japão, o Oriente Médio e a Europa, a série constrói um mosaico geopolítico e cultural raro em produções sci-fi. A alienação causada pela presença invasora funciona como metáfora para o isolamento, a perda e o sentimento de impotência diante de forças que escapam ao controle humano.

O que traz a terceira temporada

O novo trailer antecipa um cenário mais sombrio e direto: a invasão, que antes se desenhava como ameaça silenciosa, agora assume formas devastadoras e concretas. Cidades entram em colapso, governos se fragmentam e a conexão entre as pessoas — já fragilizada — torna-se ainda mais tênue.

No centro da narrativa, Aneesha Malik (Farahani) continua em fuga com os filhos, enfrentando não apenas os horrores externos, mas também os internos: a perda, o luto e a necessidade de manter os laços familiares em meio à ruína. Trevante Cole (Anderson), ex-militar, se vê cada vez mais envolvido em iniciativas de resistência, enquanto a cientista Mitsuki Yamato (Kutsuna) se aprofunda em sua busca pela comunicação com os alienígenas — e talvez com o próprio sentido da vida diante do desconhecido.

A temporada também amplia o protagonismo juvenil, com India Brown e Billy Barratt ganhando destaque como jovens que tentam entender e reagir ao mundo à beira do abismo. Mais do que esperança, eles representam uma nova forma de consciência — menos baseada no controle e mais aberta à escuta e à adaptação.

Um dos pilares da série é seu elenco global, que dá corpo a uma narrativa igualmente plural. O drama se constrói a partir da experiência de personagens que vivem realidades profundamente distintas — mas interligadas pela mesma catástrofe. Em um mundo fraturado, as histórias cruzadas revelam como a sobrevivência, a empatia e a resistência ganham formas diferentes, mas igualmente essenciais.

O retorno de nomes como Enver Gjokaj, Nedra Marie Taylor e Naian González Norvind adiciona novas camadas às tramas já conhecidas, ampliando o leque de conflitos éticos, científicos e afetivos.

Com uma estética que privilegia o silêncio e a tensão crescente, a série conquistou um público fiel ao longo de suas duas primeiras temporadas. Apesar de críticas iniciais à sua abordagem contemplativa, a série encontrou espaço entre espectadores que valorizam construções lentas, mas densas — onde o verdadeiro horror se revela nos gestos contidos, nas despedidas silenciosas e nas decisões difíceis.

Indicada ao Visual Effects Society Awards, a série também impressiona pela excelência técnica: a fotografia minimalista, os efeitos visuais realistas e a trilha sonora inquietante criam uma atmosfera que evoca tanto a grandiosidade do espaço quanto a vulnerabilidade do ser humano.

Saiba qual filme vai passar no Cinemaço deste domingo (10)

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Neste domingo, 10 de agosto, o Cinemaço da TV Globo traz um dos filmes mais icônicos e provocativos da cultura pop dos últimos 30 anos: Clube da Luta. Dirigido pelo aclamado cineasta David Fincher, o longa estreou em 1999 e rapidamente se tornou uma obra cult, reverenciada por sua narrativa ousada, direção estilosa e temas que continuam extremamente atuais. A exibição é uma oportunidade para revisitar um filme que provocou debates intensos sobre o consumismo, a masculinidade, a alienação e a busca por identidade na sociedade moderna.

O filme acompanha a história de um protagonista anônimo — interpretado por Edward Norton — um homem preso em uma rotina sufocante, marcada pela insônia e um vazio existencial. Incapaz de encontrar sentido na vida corporativa e materialista que leva, ele busca alívio frequentando grupos de apoio para diferentes tipos de doenças e traumas, mesmo sem sofrer nenhuma delas.

Esse refúgio emocional é ameaçado quando ele conhece Marla Singer (Helena Bonham Carter), outra impostora nos grupos de apoio, cuja presença o incomoda e o tira do equilíbrio. A vida do protagonista muda radicalmente ao conhecer Tyler Durden (Brad Pitt), um carismático vendedor de sabonetes com uma filosofia de vida anárquica e radical.

Após uma explosão destrutiva em seu apartamento, o protagonista se muda para a casa decadente de Tyler. Os dois, de personalidades opostas, iniciam uma série de brigas informais que rapidamente se transformam no Clube da Luta — um espaço clandestino onde homens frustrados, alienados pela sociedade consumista, encontram uma válvula de escape física e psicológica.

O clube cresce e se espalha pelo país, evoluindo para uma organização chamada “Projeto Destruição”, que visa subverter as estruturas capitalistas que o filme critica ferozmente. Essa transformação revela o potencial perigoso das ideologias extremistas e das revoltas sociais quando não canalizadas com responsabilidade.

Edward Norton entrega uma performance que mistura fragilidade e intensidade, compondo um personagem que é o retrato da alienação contemporânea. Brad Pitt, no papel de Tyler Durden, rouba a cena com seu estilo rebelde e magnetismo, tornando-se um símbolo da insatisfação juvenil e da crítica aos valores da era do consumo.

Helena Bonham Carter como Marla Singer, enigmática e perturbada, acrescenta uma dimensão complexa às relações entre os protagonistas, sendo muito mais do que um interesse romântico comum em filmes de ação.

David Fincher e a direção ousada

A direção de David Fincher é uma das grandes forças por trás do sucesso e do impacto cultural de Clube da Luta. Conhecido por seu estilo visual sombrio e detalhista, Fincher criou uma atmosfera tensa e inquietante que permeia o filme do início ao fim.

Sua escolha de utilizar a violência como metáfora para a revolta contra os valores da geração jovem é clara, mas ele evita o apelo gratuito, preferindo aprofundar a complexidade psicológica dos personagens. Além disso, o tom homoerótico presente no livro original de Chuck Palahniuk é preservado no filme, contribuindo para um olhar subversivo que instiga o espectador.

Polêmica e aclamação: o percurso do filme

Na época do lançamento, o longa-metragem dividiu opiniões. Executivos da 20th Century Fox ficaram apreensivos com o conteúdo e alteraram a campanha de marketing, o que contribuiu para uma bilheteria abaixo das expectativas iniciais. A crítica, por sua vez, mostrou-se polarizada, com alguns enxergando no filme uma glorificação da violência, enquanto outros o reconheceram como uma obra instigante e inteligente.

Porém, com o lançamento em DVD e a popularização via internet, o filme conquistou uma legião de fãs e se consolidou como uma obra cult. Atualmente, é considerado uma das produções mais influentes do final do século XX, inspirando debates acadêmicos, culturais e sociais.

A profundidade do roteiro e a mensagem subjacente

O roteiro, adaptado por Jim Uhls a partir do livro de Chuck Palahniuk, vai além da trama de ação para explorar temas complexos como a identidade fragmentada, a masculinidade tóxica e a crítica ao consumismo desenfreado.

A figura de Tyler Durden funciona como a personificação das ansiedades e desejos reprimidos do protagonista, revelando-se posteriormente como uma manifestação da dissociação psicológica. Esse plot twist é uma das marcas registradas do filme, provocando reflexão sobre o que define o “eu” e até que ponto podemos confiar em nossas percepções.

Impacto cultural e legado

O longa influenciou diversas áreas, desde o cinema até a moda e a música, com frases icônicas como “A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta” entrando para o vocabulário popular.

Além disso, o filme levantou discussões sobre a saúde mental, o papel do homem na sociedade contemporânea e o perigo das ideologias radicais que podem surgir da insatisfação social.

A sequência em graphic novel e a espera por um retorno

Em 2013, Chuck Palahniuk anunciou uma sequência para seu romance em forma de graphic novel, intitulada Fight Club 2, lançada em 2015. A história continua a explorar os temas originais, aprofundando a jornada dos personagens e as consequências dos eventos do primeiro livro e filme.

Até o momento, não há confirmação de uma adaptação cinematográfica dessa continuação, deixando os fãs na expectativa de um possível retorno do universo de Clube da Luta nas telas.

Uma obra que desafia gerações

Apesar dos mais de 20 anos desde seu lançamento, o filme permanece relevante e instigante para novas gerações. Sua análise sobre a crise de identidade, a busca por propósito e a crítica ao consumismo globalizado continuam a ressoar em tempos de instabilidade social e econômica. A complexidade do filme, aliada à sua estética marcante e narrativa envolvente, faz dele uma obra que merece ser assistida e discutida com atenção.

Estrelado por Denise Fraga, Sonhar com Leões ganha trailer oficial

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O cinema brasileiro se prepara para abraçar uma história que toca fundo no coração, feita com delicadeza, coragem e muita verdade. Sonhar com Leões, protagonizado pela talentosa Denise Fraga e dirigido por Paolo Marinou-Blanco, chega às telas no dia 11 de setembro, depois de conquistar olhares atentos e emocionados em festivais mundo afora. Esse filme especial envolve o espectador com sua sensibilidade, misturando momentos de leveza e risos com reflexões profundas sobre a vida, o tempo que temos e a forma como escolhemos viver. Abaixo, confira o trailer divulgado:

O que move Sonhar com Leões?

No centro da trama está Gilda, uma mulher brasileira vivendo em Lisboa que enfrenta um diagnóstico terminal de câncer, com expectativa de vida de apenas um ano. Mas, mais do que uma narrativa sobre doença, o filme fala sobre o desejo de manter a própria identidade, a dignidade e a vontade de escolher como viver e morrer.

Paolo Marinou-Blanco, que também assina o roteiro, constrói uma tragicomédia baseada na experiência pessoal que viveu ao acompanhar o fim da vida do seu pai. Para ele, a morte não precisa ser um tabu carregado de silêncio e tristeza absoluta. Pelo contrário: o humor e o riso são formas de resistência, de afirmar a vida mesmo diante da dor.

O filme surge, portanto, como uma pergunta aberta para todos nós: até onde a vida é um peso a carregar, e até que ponto pode ser um ato de vontade e coragem? E, se vivemos com essa consciência, como lidar com os últimos momentos sem perder a humanidade?

Denise Fraga em um papel inesquecível

O desafio de interpretar Gilda coube à atriz Denise Fraga, que não apenas abraçou o papel, mas também se emocionou profundamente com a história. Para Denise, Gilda é uma das personagens mais ricas e complexas que já teve a oportunidade de vivenciar.

“A força da personagem está na sua humanidade — ela ri, sofre, ama e enfrenta o medo. É uma mulher que não se entrega, que luta para ser ela mesma até o fim”, comenta Denise. Segundo ela, o equilíbrio entre o humor e a dor que o roteiro oferece faz com que o filme tenha uma verdade que toca o espectador de forma única.

Ela destaca também o jeito sensível com que Paolo dirige a história, criando um espaço onde a tragicomédia não se torna leve demais, nem pesada em excesso. “É um fio da navalha muito delicado, que ele percorre com maestria. E o público vai se identificar, com certeza.”

Reconhecimento além das fronteiras

Antes de estrear no Brasil, o longa-metragem já rodou o mundo em festivais importantes. A estreia internacional aconteceu no Black Nights Film Festival, na Estônia, onde recebeu elogios pela originalidade e profundidade. O filme também foi exibido no Red Sea International Film Festival, na Arábia Saudita, e no Festival Internacional de Cinema de Guadalajara, no México — um percurso que demonstra o alcance universal da história de Gilda.

Agora, o filme chega ao Brasil para sua première nacional durante o Festival de Cinema de Gramado, evento que celebra o melhor da produção audiovisual brasileira e que poderá premiar o longa com o Kikito, a mais tradicional honraria do festival.

Uma coprodução entre Brasil, Portugal e Espanha

O filme é um exemplo vivo da força do cinema colaborativo, resultado da união entre produtoras de três países: Capuri (Brasil), Promenade e Darya Filmes (Portugal) e Cinètica (Espanha). Essa coprodução internacional reflete na riqueza do filme, que explora com sensibilidade a experiência de uma brasileira em solo estrangeiro.

Além disso, a distribuição pelo selo Pandora Filmes para Brasil e América Latina, e pela Nos Audiovisuais para Portugal e África, mostra o desejo de alcançar públicos diversos e promover um diálogo sobre temas tão universais quanto a vida, a doença e a coragem.

O que o público pode esperar?

Assistir a “Sonhar com Leões” é embarcar em uma jornada cheia de nuances, onde o humor surge como alívio e como resistência. O filme não foge da tristeza, mas também não a deixa dominar completamente. Essa mistura traz autenticidade e permite que o espectador se conecte com Gilda e com seus conflitos, seus medos e suas pequenas vitórias.

É um convite para refletir sobre como lidamos com a finitude, como cuidamos da nossa própria história e da história daqueles que amamos. Mais do que isso, é um chamado para enxergar a beleza da vida mesmo quando o cenário parece sombrio.

O Monstro em Mim | Netflix divulga trailer de minissérie de suspense psicológico com Claire Danes e Matthew Rhys

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A Netflix divulgou recentemente o trailer oficial de sua nova minissérie de suspense psicológico, O Monstro Em Mim, estrelada por Claire Danes (Homeland, Stardust, Terminator 3: A Rebelião das Máquinas) e Matthew Rhys (The Americans, O Caminho de Volta, Perry Mason). Com oito episódios, a série estreia na plataforma em 13 de novembro, prometendo envolver o público em uma narrativa tensa, repleta de mistério, obsessão e reviravoltas que exploram o lado mais sombrio da mente humana.

A minissérie acompanha Aggie Wiggs (Claire Danes), uma escritora renomada que, após a morte trágica do filho, se afastou da vida pública e abandonou a escrita, tornando-se quase um fantasma de si mesma. Sua vida muda quando um novo vizinho se instala na casa ao lado: Nile Jarvis (Matthew Rhys), um magnata do setor imobiliário com um passado cercado de mistérios e suspeitas, incluindo o desaparecimento de sua esposa.

O encontro entre Aggie e Nile desencadeia um jogo psicológico intenso, onde a curiosidade e o fascínio se misturam ao medo. Movida pelo desejo de compreender o comportamento enigmático de Jarvis, Aggie se envolve em uma investigação obsessiva que coloca sua própria segurança em risco. A trama desenvolve um clima de tensão constante, explorando as fronteiras entre fascínio, desconfiança e perigo iminente.

Quem está por trás da criação?

“O Monstro Em Mim” é criação de Gabe Rotter (Arquivo X, Arquivo X: Fight the Future) e Howard Gordon (Homeland – Segurança Nacional, 24 Horas, Arquivo X), dois nomes renomados no universo de suspense e thrillers psicológicos. A dupla combina elementos clássicos de mistério com técnicas modernas de narrativa visual e construção de tensão, proporcionando uma experiência que prende o espectador do início ao fim, ao mesmo tempo em que aprofunda a psicologia dos personagens centrais.

Quem faz parte do elenco?

O elenco principal é liderado por Claire Danes (Homeland, Stardust, Terminator 3: A Rebelião das Máquinas) no papel de Aggie Wiggs, cuja interpretação dramática promete equilibrar vulnerabilidade e determinação. Matthew Rhys (The Americans, O Caminho de Volta, Perry Mason) dá vida a Nile Jarvis, o vizinho poderoso e enigmático que desperta fascínio e medo em Aggie.

Além deles, a produção conta com participações de atores coadjuvantes que acrescentam camadas à narrativa, embora seus nomes ainda não tenham sido totalmente divulgados. A série aposta fortemente na química entre os protagonistas, explorando a tensão entre sedução e ameaça, elemento central que mantém o espectador em constante suspense.

A minissérie foi desenvolvida com atenção aos detalhes da psicologia dos personagens e da narrativa visual. Claire Danes e Matthew Rhys, que já trabalharam juntos em Homeland, trazem uma experiência consolidada em papéis complexos, o que contribui para a intensidade dramática da história. A escolha de produtores e roteiristas com histórico em suspense garantiu um equilíbrio entre mistério e desenvolvimento emocional, algo essencial para que a narrativa funcione como um thriller psicológico convincente.

As filmagens, realizadas em locações cuidadosamente selecionadas, exploraram ambientes domésticos e urbanos para criar a sensação de isolamento e vulnerabilidade, reforçando o clima de tensão da trama. A direção visual privilegia cortes rápidos, iluminação contrastante e enquadramentos que aumentam a sensação de desconforto e vigilância constante.

Corações Jovens | Delicado retrato do primeiro amor LGBTQIA+ chega aos cinemas brasileiros

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A Mares Filmes traz aos cinemas brasileiros, a partir do dia 13 de novembro, o drama belga Corações Jovens, uma produção sensível e comovente que marca a estreia do cineasta e roteirista Anthony Schatteman no universo dos longas-metragens. Com uma abordagem delicada sobre o despertar do primeiro amor, o filme promete tocar o público adolescente e adulto com sua narrativa honesta, repleta de emoções e descobertas.

Selecionado na prestigiada seção Geração Kplus do 74º Festival Internacional de Cinema de Berlim, o longa teve sua estreia mundial em fevereiro deste ano, onde concorreu ao Urso de Cristal de Melhor Filme, reconhecimento que já sinaliza a força da produção e a qualidade da direção de Schatteman. A coprodução belga-holandesa combina olhares artísticos de duas tradições cinematográficas, resultando em uma obra que equilibra sensibilidade e realismo, sem recorrer a clichês adolescentes.

Um olhar íntimo sobre o primeiro amor

No centro da trama está Elias, um garoto de 14 anos interpretado por Lou Goossens, que se vê diante de sentimentos inéditos quando conhece seu novo vizinho, Alexander (Marius De Saeger). Alexander é descrito como confiante, carismático e um pouco teimoso, características que despertam a atenção e a curiosidade de Elias. A amizade entre os dois rapidamente se transforma em algo mais profundo, mas Elias ainda precisa lidar com o turbilhão emocional que acompanha o despertar do amor e da sexualidade.

O roteiro de Schatteman explora com maestria as dúvidas, os medos e a insegurança típicos da adolescência, sem nunca reduzir os personagens a estereótipos. Elias se sente dividido entre seu desejo por Alexander e o medo do julgamento alheio, especialmente diante de familiares e amigos. Essa tensão interna é o eixo do drama, refletindo a experiência universal de muitos jovens que descobrem o amor e a sexualidade em um mundo ainda cheio de regras não ditas.

“Eu queria mostrar o quanto o primeiro amor é intenso e confuso, mas também belo e formativo”, comentou Schatteman em entrevista recente. “Não se trata apenas de romance; trata-se de crescimento, de aprender a entender seus próprios sentimentos e de encontrar coragem para ser honesto consigo mesmo.”

Elenco e personagens

O elenco de Corações Jovens reúne talentos belgas que dão vida a personagens autênticos e emocionantes. Lou Goossens se destaca como Elias, trazendo sensibilidade e profundidade ao protagonista. Marius De Saeger, no papel de Alexander, entrega um jovem confiante, carismático e complexo, capaz de desafiar e inspirar Elias. Os pais de Elias, Geert Van Rampelberg (Luk) e Emilie De Roo (Nathalie), representam a autoridade e o carinho parental, enquanto Dirk Van Dijck, como o avô Fred, oferece conselhos valiosos e lições sobre o amor. Saar Rogiers, Jul Goossens, Wilm Opbrouck, Florence Hebbelynck e Olivier Englebert completam o elenco, acrescentando camadas de emoção e autenticidade às relações familiares e sociais, contribuindo para a riqueza da narrativa e para a verossimilhança da história.

Uma história que ressoa com todos

O filme não foca apenas no romance entre Elias e Alexander, mas também nos relacionamentos familiares e de amizade que moldam a vida do protagonista. Cada personagem desempenha um papel significativo na jornada de autodescoberta de Elias. Em especial, a relação com seu avô se destaca: em um momento decisivo, o conselho sobre o amor eterno e a coragem de amar novamente inspira Elias a enfrentar seus próprios medos e a lutar pelo coração de Alexander. Este momento é emblemático do tom humanista do filme, que valoriza o crescimento emocional e o aprendizado afetivo.

Reflexões sobre a adolescência e identidade

O drama de Schatteman se insere em um contexto maior de filmes que exploram a adolescência, mas se diferencia por tratar de forma natural e respeitosa o despertar homoafetivo de seu protagonista. A narrativa não busca chocar nem dramatizar excessivamente; pelo contrário, ela se aproxima do realismo poético, mostrando que o amor adolescente é intenso, porém, muitas vezes, cheio de hesitações e autoconflitos.

Ao acompanhar Elias tentando entender seus sentimentos, o público é convidado a refletir sobre a própria experiência de amor, amizade e aceitação. O roteiro evita respostas fáceis, reconhecendo que o crescimento pessoal e a descoberta da identidade são processos complexos, muitas vezes marcados por erros, dúvidas e pequenas vitórias.

A direção de Schatteman, em sua estreia, impressiona por seu cuidado com os detalhes: enquadramentos intimistas, diálogos que soam naturais e cenas que capturam gestos simples, mas carregados de significado. Cada olhar, cada gesto, cada silêncio é utilizado para transmitir emoções que palavras sozinhas não conseguiriam expressar.

Reconhecimento internacional

A escolha de Corações Jovens para a seção Geração Kplus do Festival de Berlim é um reconhecimento significativo. Esta seção é conhecida por valorizar filmes que dialogam com jovens, mas com qualidade cinematográfica suficiente para atrair audiências amplas e críticas exigentes. A indicação ao Urso de Cristal de Melhor Filme reforça a importância do longa e destaca o talento de Anthony Schatteman como uma nova voz promissora do cinema europeu.

Além de ser uma vitrine para o talento de Schatteman, o filme também demonstra a força das coproduções internacionais, neste caso entre Bélgica e Holanda. A colaboração entre os dois países permite não apenas um compartilhamento de recursos técnicos e criativos, mas também um enriquecimento cultural, refletido na autenticidade do cenário, no comportamento dos personagens e na abordagem das questões sociais e afetivas.

Corações jovens no Brasil

Para os espectadores brasileiros, Corações Jovens será lançado exclusivamente nos cinemas, uma oportunidade rara de vivenciar a experiência do longa em tela grande. A Mares Filmes, responsável pela distribuição, aposta na força emocional e na narrativa sensível do filme para conquistar o público.

Athletico x Amazonas: Onde assistir a Série B do Campeonato Brasileiro ao vivo nesta segunda (27/10) 

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A noite desta segunda-feira (27) promete fortes emoções para os torcedores de Athletico e Amazonas. Às 21h30 (horário de Brasília), a bola rola na Arena da Baixada, em Curitiba, para um confronto que coloca frente a frente duas equipes em momentos completamente distintos na Série B do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Furacão tenta reagir na competição e ainda sonha com o acesso à elite, o Amazonas luta bravamente contra o rebaixamento e vê cada ponto como uma chance de sobrevivência.

Clima de decisão em Curitiba

Restando apenas cinco rodadas para o fim da Série B, o Athletico chega pressionado. Após um empate sem gols com o Coritiba no clássico paranaense, o time de Odair Hellmann soma quatro partidas consecutivas sem vencer — sequência que esfriou o embalo da equipe e comprometeu a aproximação do G-4. Mesmo assim, a torcida segue confiante de que o time pode reagir em casa e iniciar uma arrancada derradeira rumo ao acesso.

O momento é de cobrança. O elenco rubro-negro tem qualidade e investimento para brigar no topo, mas vem enfrentando problemas de finalização e de criatividade no meio-campo. O empate no clássico foi visto internamente como um resultado frustrante, embora o time tenha mostrado solidez defensiva. Agora, diante de um adversário da parte de baixo da tabela, o Athletico sabe que não pode desperdiçar pontos.

Desfalques e escolhas de Odair Hellmann

Odair Hellmann terá que lidar com ausências importantes. O meia Bruno Zapelli, referência técnica da equipe, e o atacante Viveros estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Sem o camisa 10, o treinador deve promover mudanças estruturais: Felipinho surge como opção para reforçar o meio, enquanto Leozinho, Mendoza e Luiz Fernando disputam uma vaga nas pontas.

No comando de ataque, Julimar e Alan Kardec são os principais candidatos à titularidade. A boa notícia é o retorno do zagueiro Terán e do atacante Mendoza, que cumpriram suspensão e estão à disposição.

Provável escalação do Athletico: Santos; Terán, Aguirre e Arthur Dias; Benavídez, Patrick, Dudu e Léo Derik; Leozinho (Mendoza), Luiz Fernando e Julimar (Alan Kardec).

Fora: Zapelli e Viveros (suspensos); Esquivel, Renan Peixoto e Isaac (no departamento médico).
Pendurados: Aguirre, Arthur Dias, João Cruz, Benavídez, Alan Kardec e Léo.

Odair tem insistido em ajustar o equilíbrio entre defesa e ataque. “Precisamos transformar o controle de jogo em gols. As chances estão sendo criadas, mas precisamos ser mais efetivos. O acesso ainda é possível, e temos que acreditar até o fim”, declarou o treinador em entrevista recente.

O desafio da Onça Pintada fora de casa

Do outro lado, o Amazonas chega a Curitiba ciente da dificuldade da missão, mas determinado a surpreender. O time comandado por Márcio Zanardi vem de um empate sem gols com o Novorizontino e ocupa a 19ª colocação, com 32 pontos. Apesar de a vitória não ser suficiente para sair da zona de rebaixamento, ela pode reduzir para apenas dois pontos a diferença em relação ao Athletic Club, primeiro time fora do Z-4.

A grande dificuldade da Onça Pintada está justamente nas partidas longe de Manaus. O clube venceu apenas uma vez como visitante em toda a competição — diante do Avaí, na 23ª rodada — e soma o pior desempenho fora de casa entre os 20 participantes. Ainda assim, Zanardi tenta usar o fator psicológico como motivação: “Estamos vivos. Cada jogo é uma final, e não temos nada a perder. Precisamos ser competitivos, acreditar na proposta e lutar até o último minuto”, afirmou o técnico.

Escalação provável do Amazonas

A tendência é que Zanardi mantenha a base do time que empatou na rodada anterior. A principal dúvida está no meio-campo: ele pode optar por reforçar a marcação com três volantes ou apostar em uma postura mais ofensiva, com Rafael Tavares de saída.

Provável escalação do Amazonas: Renan; Castrillón, Alvariño, Léo Coelho e Fabiano; PH, Erick Varão e Domingos (Rafael Tavares); Diego Torres, Kevin Ramírez e Henrique Almeida.

Fora: Iverton e Dener (departamento médico).
Pendurados: Caco Espinoza (auxiliar), Zabala, Robertinho, Pedro Caracoci, Léo Coelho, Vitão, William Barbio, Castrillón, Márcio Zanardi (treinador), João Lopes, Alvariño, Diego Torres, Iverton e Erick Varão.

A experiência de Henrique Almeida é vista como um trunfo para a equipe manauara. O atacante, com passagem por grandes clubes do futebol brasileiro, tem sido peça-chave para liderar os jovens em campo e tentar dar mais profundidade ao ataque.

O que está em jogo para cada lado

Para o Athletico, vencer é questão de sobrevivência na luta pelo acesso. A equipe paranaense soma 53 pontos e, apesar da sequência sem triunfos, ainda tem chances matemáticas de alcançar o quarto colocado — desde que volte a vencer imediatamente. Uma derrota em casa, porém, pode sepultar as esperanças e aumentar a pressão sobre Odair Hellmann.

Já o Amazonas joga o jogo da vida. Com apenas 32 pontos, o clube precisa de uma sequência quase perfeita nas últimas rodadas para escapar da queda. O time sabe que empates não são mais suficientes, e vencer fora é a única forma de manter viva a esperança de permanecer na Série B.

Histórico e expectativas

Athletico e Amazonas se enfrentam poucas vezes na história, mas o duelo carrega significados simbólicos. De um lado, o Furacão tenta reencontrar o caminho das vitórias e justificar seu peso de grande clube. Do outro, a Onça Pintada busca provar que pode competir de igual para igual com adversários mais tradicionais.

Na Arena da Baixada, o Athletico tem um retrospecto amplamente favorável. O time rubro-negro soma 10 vitórias, 4 empates e apenas 2 derrotas jogando em casa nesta Série B. Já o Amazonas, fora de casa, tem uma campanha com 1 vitória, 4 empates e 11 derrotas — números que mostram o tamanho do desafio.

A expectativa é de casa cheia em Curitiba. A torcida athleticana promete empurrar o time do início ao fim, ciente de que o momento pede união. A diretoria promoveu ações de incentivo, como ingressos a preços populares, para garantir o apoio das arquibancadas.

Onde assistir

O confronto será transmitido ao vivo pela ESPN e pelo Disney+, com cobertura completa a partir das 21h.

O que esperar do jogo

A tendência é de um duelo tenso, com o Athletico buscando o domínio da posse de bola e o Amazonas apostando nos contra-ataques. O Furacão deve tentar sufocar o adversário desde os primeiros minutos, explorando as jogadas pelos lados e a força da bola parada. Já o time amazonense deve se fechar atrás, compactando as linhas e esperando uma oportunidade para surpreender.

Se conseguir abrir o placar cedo, o Athletico pode transformar a partida em uma exibição de confiança. Mas se o Amazonas resistir e levar o empate até o segundo tempo, a pressão pode se tornar uma aliada perigosa — sobretudo considerando o clima de impaciência da torcida.

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