TV Brasil revisita um dos maiores desastres ambientais do país em novo episódio de Caminhos da Reportagem

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Nesta segunda-feira, 3 de novembro, às 23h, a TV Brasil exibe um novo episódio do premiado programa Caminhos da Reportagem, intitulado “A Tragédia de Mariana: dez anos depois”. A produção faz uma imersão comovente e crítica nas marcas deixadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), uma década após o desastre que chocou o país e entrou para a história como o maior crime socioambiental do Brasil.

Mais do que reconstituir o passado, o episódio busca compreender as consequências que ainda persistem no presente. A equipe do programa retorna às áreas atingidas, reencontra sobreviventes e questiona o que mudou — ou o que permanece inalterado — em relação à segurança das barragens, à responsabilização das mineradoras e à reconstrução das vidas e comunidades devastadas pela lama.

Uma década de dor e luta por justiça

No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, controlada pela mineradora Samarco, liberou cerca de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro. O mar de lama destruiu completamente os distritos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, matou 19 pessoas e provocou o aborto de um bebê em uma das sobreviventes. O desastre contaminou o Rio Doce, cujas águas atravessam Minas Gerais e Espírito Santo até o mar.

Mais de 600 famílias perderam suas casas, memórias e meios de subsistência. O impacto se estendeu por mais de 600 quilômetros, devastando ecossistemas, propriedades rurais e modos de vida tradicionais. Estimativas do Ministério Público de Minas Gerais indicam que mais de 3 milhões de pessoas foram afetadas direta ou indiretamente, em um desastre que ultrapassou fronteiras geográficas e ambientais.

A tragédia expôs as fragilidades do sistema de fiscalização das barragens e as consequências da dependência econômica da mineração em regiões como o Quadrilátero Ferrífero. As falhas estruturais e a falta de medidas preventivas adequadas revelaram uma negligência que, segundo especialistas, poderia ter sido evitada.

Comunidades entre a reconstrução e a saudade

Dez anos depois, o sentimento predominante entre os atingidos é o de perda e de incerteza. Muitas famílias ainda aguardam a conclusão da reconstrução de Bento Rodrigues, prometida desde 2016. As casas, escolas e igrejas que faziam parte da identidade local continuam em ruínas, e parte dos moradores vive em moradias provisórias, enfrentando dificuldades para recomeçar suas vidas.

O episódio do Caminhos da Reportagem acompanha o retorno de antigos moradores aos locais devastados, revelando a força de quem resiste à dor e à demora na reparação. As lembranças do dia do rompimento permanecem vivas, e a sensação de injustiça ainda é marcante, alimentada pela lentidão dos processos de indenização e pela burocracia que cerca o reconhecimento dos atingidos.

Apesar dos avanços pontuais, muitos habitantes afirmam que o tempo não foi suficiente para cicatrizar as feridas deixadas pela lama. A ausência de um sentimento pleno de justiça e o desequilíbrio entre o poder das mineradoras e o das comunidades afetadas continuam sendo fatores que dificultam a superação da tragédia.

Samarco e o desafio da reparação

A Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton, afirma que o rompimento provocou mudanças profundas em suas práticas de operação e de segurança. A empresa retomou suas atividades em dezembro de 2020, cinco anos após o desastre, implementando novos protocolos e tecnologias de descarte de rejeitos.

Atualmente, segundo informações da própria companhia, cerca de 80% do material descartado adota o modelo de empilhamento a seco, considerado mais seguro por reduzir o risco de rompimentos. Mesmo assim, especialistas alertam que o retorno das operações reacendeu o debate sobre a fiscalização efetiva e sobre o modelo de desenvolvimento baseado na exploração mineral em larga escala.

As entidades de defesa ambiental e as comunidades afetadas avaliam que a reparação está longe de ser completa. O reassentamento das famílias, a recuperação do meio ambiente e a reconstrução das atividades econômicas seguem em ritmo lento. As indenizações continuam sendo tema de disputas judiciais, e a desconfiança quanto à atuação das empresas envolvidas permanece forte.

As feridas do Rio Doce e o impacto ambiental

A tragédia de Mariana deixou um rastro de destruição ambiental que continua evidente dez anos depois. O Rio Doce, contaminado por metais pesados, ainda apresenta sinais de degradação. Pescadores e agricultores relatam a perda de renda e a contaminação do solo, o que compromete atividades tradicionais e sustenta a sensação de abandono.

Pesquisas realizadas por universidades e institutos ambientais indicam que a recuperação do ecossistema pode levar décadas. As margens do rio, a fauna aquática e o equilíbrio das cadeias alimentares foram profundamente afetados, e a lama ainda é visível em alguns trechos, mesmo após anos de esforços de contenção e limpeza.

A tragédia também impulsionou debates sobre a necessidade de repensar a dependência econômica de regiões mineradoras e a urgência de políticas públicas mais rigorosas de fiscalização e sustentabilidade. O episódio relembra que o modelo de exploração intensiva de recursos naturais pode trazer ganhos financeiros imediatos, mas impõe custos humanos e ambientais incalculáveis.

Love of Silom | Confira os novos pôsteres do aguardado BL estrelado por Up Poompat e Poom Phuripan

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O amor floresce onde menos se espera — e é exatamente isso que Love of Silom, novo drama tailandês estrelado por Up Poompat Iam-samang e Poom Phuripan Sapsangsawat, quer mostrar. Situada em Silom, um dos bairros mais vibrantes e contraditórios de Bangkok, a série promete misturar romance, dor e autodescoberta em meio às luzes da cidade. Os novos pôsteres oficiais, divulgados recentemente, destacam a química intensa entre o casal principal e já deixaram os fãs ansiosos pelo que vem por aí. Abaixo, confira as imagens:

Dirigida por Pepsi Banchorn Vorasataree e escrita por Violet Rain, a trama acompanha Krit (Up Poompat), um universitário que carrega nas costas o peso das expectativas de todos ao seu redor. Enquanto tenta dar conta dos estudos e das pressões sociais, ele sente que está perdendo a própria identidade. Do outro lado, está Wayu (Poom Phuripan), um jovem policial que vive dividido entre o dever, a lealdade à família e o desejo de ser ele mesmo. O encontro entre esses dois mundos — o da obediência e o da liberdade — acende uma fagulha que vai mudar a vida de ambos. As informações são do My Drama List.

Love of Silom não se limita a contar uma história de amor; ele fala sobre o medo de decepcionar, o peso de ser diferente e a coragem de se permitir sentir. Ao longo dos episódios, Krit e Wayu se veem obrigados a confrontar não apenas o preconceito e a homofobia que os cercam, mas também os próprios demônios internos. O resultado é uma narrativa humana, delicada e real, que busca representar o amor LGBTQ+ com sinceridade e profundidade.

O elenco de apoio também chama atenção, reunindo rostos conhecidos do público tailandês. Jai Sira interpreta Fei, Chanakan Poonsiriwong vive Sky, e Kade Tanapon Hathaidachadusadee dá vida a Henry. Completam o time F4 Perawitch Chotimanon (Rico), Intouch Kooramasuwan (Kenji), Phollawat Manuprasert (Phithak), Rina Wacharin Anantapong (Pimjit), Gam Yanissa Diatorn (Rosa) e Talay Sanguandikul (Light). Cada personagem, à sua maneira, reflete um pedaço da realidade que permeia a vida na capital tailandesa — cheia de contrastes entre tradição e liberdade.

Ainda sem data de estreia confirmada, a trama já é um dos dramas BL mais aguardados de 2025 da WeTV.

Jovens Mães | Novo filme dos irmãos Dardenne ganha trailer e chega aos cinemas brasileiros em janeiro de 2026

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A Vitrine Filmes revelou o trailer oficial de Jovens Mães, o novo longa dos consagrados irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne — dois dos nomes mais respeitados do cinema europeu. Premiado no Festival de Cannes 2025 e escolhido para representar a Bélgica no Oscar 2026, o filme estreia nos cinemas do Brasil janeiro de 2026. Abaixo, assista ao vídeo:

Conhecidos por transformar histórias simples em experiências emocionais profundas, os Dardenne voltam a explorar o olhar humano sobre quem vive à margem da sociedade. Dessa vez, o foco recai sobre jovens mulheres que encaram a maternidade antes mesmo de descobrirem quem são — um tema delicado que os cineastas abordam com a sensibilidade e o realismo que sempre marcaram sua filmografia.

Um retrato íntimo e sensível da maternidade adolescente

O longa-metragem acompanha cinco adolescentes — Jessica, Perla, Julie, Ariane e Naïma — que vivem juntas em um abrigo para gestantes na cidade de Liège, na Bélgica. Cada uma traz nas costas uma história diferente, mas todas compartilham o mesmo desafio: aprender o que significa cuidar, tanto dos bebês que estão por vir quanto delas mesmas.

O abrigo, longe de ser um espaço idealizado, é um microcosmo de emoções intensas. Há amizade, ciúme, cumplicidade e conflito. São meninas tentando se entender como mulheres, mães e, principalmente, como pessoas. Entre trocas de olhares, gestos silenciosos e pequenas demonstrações de afeto, o filme constrói um mosaico de humanidade — daqueles que tocam fundo, sem precisar levantar a voz.

Reconhecimento em Cannes e recepção calorosa

Apresentado em Cannes 2025, o longa-metragem emocionou o público e arrancou longos aplausos. O longa levou dois prêmios importantes: Melhor Roteiro e o Prêmio do Júri Ecumênico, dedicado a obras com profundidade ética e humanista.

A crítica internacional destacou o retorno dos Dardenne ao que eles sabem fazer de melhor: unir uma narrativa precisa à empatia por pessoas invisíveis aos olhos da sociedade. O jornal francês Le Monde descreveu o filme como “um poema visual sobre a coragem feminina diante do desamparo”, enquanto a revista Variety destacou que “a simplicidade formal dos Dardenne esconde uma força emocional devastadora”.

O filme também marcou presença na 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, onde foi recebido com entusiasmo pelo público brasileiro. Na ocasião, os irmãos receberam o Prêmio Humanidade, reconhecimento concedido a cineastas cuja obra reflete compromisso ético, coerência artística e sensibilidade social — três qualidades que definem bem o cinema da dupla.

Elenco de novos rostos e interpretações reais

Fieis ao estilo que consagrou sua carreira, os Dardenne optaram por um elenco formado majoritariamente por atrizes estreantes. Essa escolha reforça o realismo das cenas e a naturalidade das atuações, aproximando o filme mais de um documentário do que de uma ficção tradicional.

As jovens intérpretes foram descobertas em oficinas e pesquisas realizadas na Bélgica. Cada uma delas traz um pouco de si para o papel, transformando a experiência de assistir Jovens Mães em algo quase palpável. As emoções estão na superfície — um olhar que vacila, um abraço que hesita, um silêncio que diz mais que mil palavras.

Um retorno às origens com olhar renovado

Depois de filmes marcantes como O Filho (2002), A Criança (2005) e O Jovem Ahmed (2019), os Dardenne voltam a mergulhar no cotidiano dos excluídos — mas agora com um foco novo: o poder feminino em meio à vulnerabilidade. A câmera, sempre próxima e discreta, capta gestos pequenos que revelam mundos inteiros.

Estreia no Brasil

Distribuído pela Vitrine Filmes, o filme estreia nos cinemas brasileiros em 1º de janeiro de 2026, abrindo o novo ano com uma história sobre empatia, juventude e coragem. Um filme que, fiel ao espírito dos Dardenne, nos faz olhar o mundo com mais cuidado — e, talvez, com um pouco mais de ternura.

A Múmia vai despertar outra vez! Universal desenvolve novo filme com Brendan Fraser e Rachel Weisz

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Depois de mais de duas décadas desde a última aventura no deserto, parece que o antigo Egito vai voltar a ganhar vida — e poeira — nas telonas. A Universal Pictures está desenvolvendo um novo filme de A Múmia, um dos maiores sucessos do estúdio nos anos 1990, e as novidades já estão sacudindo o mundo do cinema: Brendan Fraser (A Baleia, George, o Rei da Floresta e Viagem ao Centro da Terra: O Filme) e Rachel Weisz (Desobediência, Viúva Negra e Constantine) estão em negociações para reprisar seus papéis icônicos, segundo informações do Deadline.

O novo longa será dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, dupla conhecida como Radio Silence — os mesmos nomes por trás dos elogiados Casamento Sangrento e Pânico VI. O roteiro está nas mãos de David Coggeshall, enquanto Sean Daniel, produtor veterano da franquia, retorna para garantir que a essência original não se perca em meio às múmias digitais e efeitos de última geração. A produção ainda conta com o envolvimento da Project X Entertainment, responsável por títulos como Ready or Not e Scream. O projeto ainda está em fase inicial, sem data de estreia confirmada.

Um legado que nunca morreu

Para entender o peso dessa notícia, é preciso voltar às origens. A franquia é uma marca que atravessou quase um século de história do cinema. Tudo começou em 1932, quando Boris Karloff vestiu as ataduras do temível Imhotep, dando vida ao primeiro filme da franquia. A produção, dirigida por Karl Freund, definiu o padrão do terror clássico da Universal, ao lado de monstros como Drácula e Frankenstein.

Entre 1932 e 1955, a Universal lançou seis longas da série original, todos explorando o mito da múmia como uma força antiga, trágica e implacável. Os títulos incluíam A Mão da Múmia, A Tumba da Múmia, O Fantasma da Múmia e A Maldição da Múmia. Esses filmes consolidaram o personagem no imaginário popular e ajudaram a moldar o gênero de horror moderno.

A reinvenção dos anos 90

Em 1999, o diretor Stephen Sommers reinventou A Múmia para uma nova geração. O terror sombrio deu lugar à aventura de ação com toques de humor, e o público abraçou a mudança de braços abertos. Fraser brilhou como Rick O’Connell, o aventureiro corajoso e desajeitado, enquanto Rachel Weisz encantou como a bibliotecária e arqueóloga Evelyn Carnahan.

O sucesso foi imediato. O filme arrecadou mais de US$ 400 milhões e se tornou um fenômeno cultural. Sua mistura de efeitos práticos, CGI inovador para a época e carisma do elenco principal transformou A Múmia em um clássico moderno — o tipo de produção que passava na Sessão da Tarde e ninguém conseguia mudar de canal.

As continuações vieram logo em seguida. O Retorno da Múmia (2001) trouxe de volta o casal O’Connell, introduziu o vilão Escorpião Rei (vivido por Dwayne Johnson) e ampliou o universo da saga. Já A Múmia: Tumba do Imperador Dragão (2008), dirigido por Rob Cohen, levou a ação para a China antiga, com Jet Li e Maria Bello substituindo Rachel Weisz. Embora o terceiro filme tenha dividido opiniões, a trilogia consolidou um legado de mais de US$ 1,4 bilhão em bilheteria mundial.

A maldição dos reboots

Em 2017, a Universal tentou mais uma ressurreição com um reboot estrelado por Tom Cruise, prometendo inaugurar o “Dark Universe”, um universo compartilhado de monstros clássicos. A ideia era ambiciosa — conectar A Múmia, Frankenstein, O Lobisomem, O Homem Invisível e outros monstros lendários. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro: o filme não convenceu o público nem a crítica. Apesar dos visuais impressionantes e do orçamento generoso, faltou coração e autenticidade. O projeto acabou enterrado junto com o próprio Dark Universe.

Mais do que nostalgia

Se há algo que A Múmia provou ao longo de suas muitas encarnações, é que boas histórias nunca morrem — apenas esperam o momento certo para despertar novamente. E talvez este seja o momento. Em uma era dominada por reboots e sequências, o desafio da Universal será trazer algo que não pareça apenas um exercício de nostalgia, mas uma nova aventura que emocione tanto quem cresceu com os filmes originais quanto quem os descobrir agora.

Vale a pena assistir Predador: Terras Selvagens? O retorno mais ousado da franquia

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Há franquias que sobrevivem apenas de nostalgia — e há aquelas que, de vez em quando, decidem arriscar. Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands, no original) faz parte do segundo grupo. Dirigido por Dan Trachtenberg, o mesmo que revitalizou a saga com O Predador: A Caçada (2022), o novo longa chega aos cinemas com uma proposta ousada: transformar o próprio caçador alienígena no protagonista da história. O resultado é um filme visualmente arrebatador, narrativamente intrigante e emocionalmente inesperado.

Lançado pela 20th Century Studios, o filme estreou mundialmente em 3 de novembro de 2025, no tradicional TCL Chinese Theatre, e chegou aos cinemas do Brasil e Portugal em 6 de novembro. Estrelado por Elle Fanning e Dimitrius Schuster-Koloamatangi, o longa é o sexto filme em live-action da franquia e o nono capítulo geral do universo Predador. Mas, apesar de carregar uma longa linhagem de sangue e adrenalina, Terras Selvagens quer mais do que repetir a velha fórmula de caça e sobrevivência.

O caçador como protagonista

Desde o início, fica claro que Trachtenberg quer redefinir o olhar sobre o Yautja — a criatura que sempre foi retratada como um símbolo da brutalidade e do medo. Aqui, ele ganha um papel central e quase trágico. Ao invés de caçar por esporte, o Predador é colocado diante de uma crise moral: o que significa ser caçador em um mundo onde a presa não é mais apenas uma vítima, mas um espelho?

Transformar um ícone do terror e da ficção científica em personagem dramático é uma jogada arriscada, mas o diretor assume o desafio com seriedade. Através de uma combinação impressionante de efeitos práticos, captura de movimento e CGI, o Yautja ganha expressão e profundidade nunca antes vistas. Há humanidade em seu olhar, hesitação em seus gestos, quase empatia em seus silêncios. O design da criatura é espetacular — mandíbulas que se contraem ao respirar, músculos que tremem com emoção, olhos que reagem com sutileza. Pela primeira vez, o público sente que está diante de algo vivo, e não apenas de um vilão mascarado.

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Um roteiro que arrisca — e acerta

O roteiro do filme é simples na superfície, mas cheio de camadas simbólicas. Trachtenberg parte de uma pergunta aparentemente banal — “O que é caçar?” — para construir uma reflexão sobre moralidade, sobrevivência e transformação. A estrutura lembra uma fábula de guerra: direta, previsível em alguns pontos, mas conduzida com uma firmeza admirável.

O prólogo, aliás, é um exemplo do equilíbrio entre espetáculo e significado. Nele, a selva alienígena é quase um personagem próprio — vibrante, ameaçadora e lindamente fotografada. O filme abraça o gênero de sobrevivência, mas também brinca com a contemplação. Há momentos de silêncio que dizem mais do que qualquer explosão. A ação é brutal, mas nunca gratuita: cada combate carrega peso emocional e moral.

Tecnicamente, Terras Selvagens é uma conquista. A fotografia mistura tons terrosos e frios para criar um contraste entre natureza e tecnologia, selvageria e racionalidade. O uso da câmera é imersivo, quase documental, colocando o espectador dentro da selva, sentindo o calor e o perigo junto ao protagonista.

As cenas de ação são impecavelmente coreografadas, mas o que impressiona mesmo é o cuidado com o ambiente. As criaturas nativas, a vegetação, os sons — tudo contribui para a sensação de estar em um ecossistema vivo, hostil e fascinante. É um filme que entende a importância da imersão, algo que a franquia havia perdido em seus capítulos mais recentes.

Elle Fanning e o contraponto humano

Em meio a essa jornada quase existencial, Elle Fanning surge como o elo entre humanidade e criatura. Ela interpreta uma exobiologista que, por acaso, cruza o caminho do Yautja e se torna sua inesperada aliada. Sua performance é sutil, equilibrada e cheia de nuances — uma presença que não tenta roubar a cena, mas complementa a trajetória do verdadeiro protagonista.

Já Dimitrius Schuster-Koloamatangi representa o olhar humano sobre a brutalidade. Seu personagem funciona como espelho do que o Predador já foi e, talvez, ainda tema ser. Ambos os atores contribuem para manter a narrativa ancorada, evitando que o filme se torne puramente abstrato.

Um “Predador” diferente — e necessário

Talvez o maior mérito de Predador: Terras Selvagens seja entender que o público de 2025 não é o mesmo dos anos 1980. O mundo mudou — e o cinema de ação também. A violência gratuita, antes celebrada, hoje cede espaço para o questionamento. O Predador ainda é brutal, sim, mas agora ele também é vulnerável. O filme fala sobre honra, empatia e o fardo de existir em um universo que só entende força.

Essa virada pode desagradar aos fãs que esperam pura carnificina, mas há coragem em desafiar expectativas. Trachtenberg não faz um filme “sobre o monstro”, mas sobre o que o monstro representa — e isso é o que torna Terras Selvagens mais interessante do que qualquer sequência que veio antes.

Vale a pena assistir?

Definitivamente. Predador: Terras Selvagens é o tipo de sequência que não apenas respeita a mitologia que herdou, mas também se atreve a evoluí-la. É um filme maduro, tecnicamente impecável e, acima de tudo, emocionalmente envolvente. Não é o capítulo mais sangrento da franquia — mas é o mais humano.

Dan Trachtenberg entrega uma experiência que mistura ação, introspecção e beleza visual em doses equilibradas. O terror da caça dá lugar à reflexão sobre empatia e sobrevivência. E, no fim, talvez o maior triunfo de Terras Selvagens seja justamente este: transformar um monstro em espelho — e fazer o público se reconhecer nele.

Hana-Kimi ganha adaptação em anime! Clássico da comédia romântica japonesa chega à Crunchyroll em 2026

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O amor está prestes a florescer novamente — desta vez, em forma de anime. O clássico mangá Hana-Kimi (Hanazakari no Kimitachi e), uma das histórias mais queridas e divertidas dos anos 2000, finalmente ganhará sua primeira adaptação animada, com estreia marcada para 4 de janeiro de 2026 na Crunchyroll. Produzida pelo estúdio Signal.MD, conhecido por obras visualmente delicadas como Nina the Starry Bride, a série promete resgatar o charme e o humor da trama original, que conquistou gerações de leitores ao redor do mundo. Abaixo, confira o novo trailer divulgado:

Uma nova vida para um clássico do shoujo

Publicado originalmente entre 1996 e 2004 na revista Hana to Yume, o mangá criado por Hisaya Nakajo marcou época por sua mistura de comédia romântica, drama escolar e toques sutis de questionamento de gênero — algo considerado ousado para sua época. Com mais de 23 volumes e cerca de 17 milhões de cópias vendidas, Hana-Kimi se tornou uma das séries shoujo mais influentes dos anos 2000, inspirando várias adaptações live-action em países como Japão, Taiwan e Coreia do Sul.

Agora, duas décadas após o fim da publicação, os fãs finalmente poderão ver Mizuki, Sano e Nakatsu ganhando vida em animação — com o toque moderno da equipe criativa que promete equilibrar nostalgia e frescor.

Detalhes da produção e equipe criativa

O anime de Hana-Kimi está sendo dirigido por Natsuki Takemura, que recentemente comandou a série infantil Go! Go! Vehicle Zoo, e contará com o estúdio Signal.MD à frente da produção. A equipe técnica inclui Atsuko Nakajima (de Ranma ½ e Tokyo Ghoul:re) no design de personagens, o que indica uma abordagem expressiva e fiel ao traço clássico de Nakajo.

A trilha sonora ficará por conta da dupla YOASOBI, fenômeno do J-Pop conhecida por hits como Yoru ni Kakeru e Idol (tema de Oshi no Ko). Eles assinam tanto a abertura quanto o encerramento da série, algo que já desperta altas expectativas entre os fãs. A combinação entre o pop moderno e o romantismo melancólico da história promete trazer um novo ar à narrativa — unindo passado e presente de maneira envolvente.

Uma história sobre amor, coragem e identidade

Para quem ainda não conhece o enredo, Hana-Kimi acompanha Mizuki Ashiya, uma adolescente nipo-americana apaixonada por esportes — e, principalmente, pelo saltador em altura Izumi Sano, seu grande ídolo. Decidida a conhecê-lo pessoalmente, Mizuki toma uma atitude radical: se disfarça de garoto e se matricula na mesma escola masculina onde ele estuda.

A partir daí, começam as situações hilárias (e muitas vezes emocionantes) de uma vida dupla: esconder sua identidade, conviver com dezenas de rapazes e, para piorar — ou melhorar —, dividir o quarto com o próprio Sano.

Mas, por trás do humor e dos mal-entendidos, Hana-Kimi sempre foi sobre aceitação, descoberta e afeto genuíno. O mangá lida com temas que vão além do romance colegial, explorando questões de gênero, amizade e autoexpressão com uma leveza surpreendente. Personagens como o carismático Nakatsu, que começa a questionar seus sentimentos por “um garoto”, ou a enfermeira Umeda, abertamente gay e espirituosa, são exemplos da representatividade que a obra trazia muito antes de isso se tornar pauta comum nos animes.

O legado de Hana-Kimi

Mesmo após duas décadas, a trama segue sendo lembrada como um dos títulos mais icônicos do gênero shoujo. Ela abriu espaço para discussões sutis sobre sexualidade e gênero em um formato acessível, leve e cheio de humor.

As adaptações anteriores em live-action — como a versão japonesa de 2007 estrelada por Horikita Maki e Oguri Shun, e o remake de 2011 com Maeda Atsuko e Aoi Nakamura — conquistaram imenso sucesso, mas nenhuma delas conseguiu traduzir completamente a energia visual do mangá. O anime, portanto, representa a oportunidade perfeita para dar vida a esse universo com fidelidade e modernidade.

Truque de Mestre: O 3° Ato ganha novas imagens e reúne elenco original em um grande retorno aos cinemas

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Depois de quase uma década de espera, os fãs finalmente podem comemorar: Truque de Mestre: O 3° Ato acaba de ganhar novas imagens oficiais que mostram o elenco principal reunido. O longa promete devolver o brilho e o mistério da franquia de assaltos mais ilusionista do cinema moderno. As informações são do Collider.

Dirigido por Ruben Fleischer (Venom, Zumbilândia) e com roteiro assinado por Eric Warren Singer, Seth Grahame-Smith e Michael Lesslie, o filme é produzido por Bobby Cohen e Alex Kurtzman. A produção marca o aguardado retorno da equipe por trás de uma das franquias mais criativas dos últimos anos — misturando ação, suspense e mágica em um espetáculo de ilusão e truques de alto nível.

O retorno dos Cavaleiros

Grande parte do elenco original está de volta, incluindo Jesse Eisenberg (A Rede Social, Zumbilândia), Woody Harrelson (True Detective, Venom: Tempo de Carnificina), Dave Franco (Anjos da Lei, The Disaster Artist), Mark Ruffalo (Os Vingadores, Spotlight – Segredos Revelados) e Morgan Freeman (Um Sonho de Liberdade, Batman: O Cavaleiro das Trevas), todos reprisando seus papéis icônicos.

Um dos grandes destaques é o retorno de Isla Fisher (O Grande Gatsby, Debi & Loide 2), que volta à franquia após não participar do segundo filme. O time se junta a uma nova geração de rostos promissores de Hollywood: Justice Smith (Detetive Pikachu, Jurassic World: Reino Ameaçado), Dominic Sessa (The Holdovers – Os Rejeitados), Ariana Greenblatt (Barbie, Vingadores: Guerra Infinita) e Rosamund Pike (Garota Exemplar, A Roda do Tempo) — esta última interpretando a nova vilã da história.

Uma nova geração de mágicos

Na trama, que se passa após os eventos de Now You See Me 2 (2016), os Quatro Cavaleiros seguem caminhos diferentes, afastados e tentando reconstruir suas vidas longe dos holofotes. No entanto, o surgimento de uma ameaça misteriosa e poderosa faz com que eles sejam forçados a se reunir mais uma vez.

Agora, os mágicos originais assumem o papel de mentores e recrutam três jovens ilusionistas — Charlie (Justice Smith), Bosco (Dominic Sessa) e June (Ariana Greenblatt) — que ganharam fama ao imitar os Cavaleiros nas redes sociais. Juntos, os veteranos e os novatos formarão uma equipe de oito mágicos encarregada de realizar o assalto mais ousado da história.

O golpe perfeito

A missão? Roubar o Diamante Coração, uma joia lendária considerada a mais valiosa e segura do mundo. O problema é que o diamante está sob a posse de Veronika Vanderberg (Rosamund Pike), uma poderosa negociadora de pedras preciosas e líder de um império criminoso global.

Para vencer essa adversária implacável, os Cavaleiros precisarão combinar seus dons de ilusão, manipulação e percepção em uma performance que ultrapassa todos os limites do que já fizeram antes.

Uma franquia que nunca perde o encanto

Combinando mistério, humor e grandes reviravoltas, Truque de Mestre 3 promete expandir a mitologia da sociedade secreta de mágicos conhecida como O Olho, aprofundando suas origens e suas verdadeiras intenções. O filme chega cercado de expectativas — afinal, a franquia conquistou milhões de fãs ao redor do mundo com seu estilo elegante, trilhas marcantes e truques visualmente deslumbrantes.

“Truque de Mestre – O 3º Ato” estreia nos cinemas brasileiros no dia 13 de novembro de 2025, e promete provar que, quando o assunto é ilusão, a magia ainda está longe de acabar.

Five Nights at Freddy’s 2 | Sequência do terror da Blumhouse tem pré-venda iniciada e promete revelar os segredos sombrios da Freddy Fazbear’s Pizza

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Os animatrônicos mais assustadores do cinema estão de volta — e com data marcada para invadir novamente as telonas. A Universal Pictures deu início nesta quarta-feira à pré-venda de ingressos de Five Nights at Freddy’s 2, aguardada continuação do sucesso de 2023 que levou quase 3 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros. A sequência estreia em 4 de dezembro, e os fãs já podem garantir seus lugares no site de sua rede de cinema favorita.

Produzido pela Blumhouse, estúdio responsável por hits como M3GAN e O Homem Invisível, o novo capítulo promete mergulhar ainda mais fundo no universo sombrio criado por Scott Cawthon, criador da franquia de games que conquistou milhões de fãs pelo mundo.

O retorno de um pesadelo

Com direção de Emma Tammi, que também comandou Five Nights at Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim (2023), a sequência retoma o clima tenso e claustrofóbico que transformou o primeiro filme em um fenômeno. Tammi volta a trabalhar lado a lado com Scott Cawthon, que além de assinar o roteiro, também produz o longa ao lado de Jason Blum — um dos nomes mais poderosos do cinema de terror atual.

O elenco traz de volta Josh Hutcherson (Ponte para Terabítia, Viagem 2: A Ilha Misteriosa e Viagem ao Centro da Terra: O Filme), Elizabeth Lail (A Hora da Sua Morte, Você e Era Uma Vez), Piper Rubio e Matthew Lillard (Scooby-Doo, Pânico Ela É Demais), que retorna com ainda mais destaque. O ator, aliás, firmou contrato para participar de três filmes da franquia, o que reforça a ideia de que Five Nights at Freddy’s 2 é apenas o começo de uma expansão ainda maior do chamado Freddyverse.

Entre as novidades do elenco, nomes de peso entram em cena: Skeet Ulrich (Pânico), Mckenna Grace (Capitã Marvel, Ghostbusters: Mais Além), Teo Briones (Chucky) e Wayne Knight (Jurassic Park).

A nova trama

Um ano se passou desde o primeiro filme, mas o terror está longe de acabar. Em Five Nights at Freddy’s 2, Abby Schmidt (Piper Rubio) tenta se reconectar com os misteriosos animatrônicos que marcaram sua infância. Essa busca por respostas acaba abrindo feridas antigas e revelando a origem sombria da Freddy Fazbear’s Pizza.

Enquanto isso, Mike Schmidt (Josh Hutcherson), ainda tentando colocar a vida nos trilhos, é forçado a retornar ao local que mudou tudo. Ele descobre que há segredos enterrados nas sombras do restaurante — e que nem tudo o que está “morto” permanece adormecido por muito tempo. A sequência promete unir terror psicológico e ação, com momentos de puro suspense e reviravoltas que devem agradar tanto os fãs de longa data quanto quem conheceu o universo da franquia pelo primeiro filme.

Por trás das câmeras

Se tem uma coisa que o público pode esperar, é o retorno dos assustadores animatrônicos em toda a sua glória prática. As criaturas voltam a ser criadas pela lendária Jim Henson’s Creature Shop, responsável por dar vida aos bonecos do primeiro filme — com uma mistura de efeitos práticos e tecnologia digital que mantém o charme e o horror do material original.

As gravações aconteceram entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025, em Nova Orleans, e segundo o próprio Jason Blum, o objetivo da sequência é “tornar o terror mais íntimo, mas também mais épico”. Em outras palavras: o público pode esperar sustos maiores, emoções mais intensas e uma mitologia mais complexa.

Um sucesso que ninguém esperava (mas todo mundo adorou)

Quando o primeiro Five Nights at Freddy’s estreou em 2023, muita gente duvidava que a adaptação de um jogo de terror independente pudesse causar tanto impacto. Mas o resultado surpreendeu: o filme arrecadou mais de US$ 290 milhões globalmente e conquistou tanto os fãs dos games quanto o público casual.

O longa combinou nostalgia dos anos 80, tensão psicológica e mistério, mostrando que a fórmula do terror ainda pode emocionar — e assustar — de forma criativa. Agora, o segundo filme promete expandir essa atmosfera, explorando o passado da pizzaria, o legado dos animatrônicos e o elo entre Abby e Mike.

O que vem por aí?

A diretora Emma Tammi já adiantou que o segundo filme será “mais maduro e emocional”. Segundo ela, a sequência “não é apenas sobre medo, mas sobre o peso do passado e o que estamos dispostos a enfrentar para seguir em frente”. A expectativa dos fãs também está nas novas criaturas inspiradas nos personagens clássicos do game FNAF 2, como Toy Freddy, Balloon Boy, Mangle e The Puppet, que devem aparecer em versões inéditas nos cinemas.

Netflix lança novo trailer de Last Samurai Standing, adaptação do mangá que transforma a era Meiji em um brutal Battle Royale de guerreiros

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A Netflix voltou a movimentar o público amante de produções orientais com o lançamento do novo trailer de Last Samurai Standing, uma adaptação que mescla tradição, brutalidade e poesia visual em um só universo. Baseada no romance e no mangá de Shogo Imamura e ilustrada por Katsumi Tatsuzawa, a série japonesa chega como uma das apostas mais ousadas da plataforma para 2025 — e não apenas pela estética impecável, mas pelo que representa: um reencontro com o lado mais humano (e desumano) da era Meiji.

Ambientada no fim do século XIX, período marcado pelo nascimento de um novo Japão e pelo declínio de velhos códigos de honra, a trama se passa no monastério Tenryū-ji, em Kyoto, um espaço onde a espiritualidade divide lugar com a tensão de uma competição mortal. Ali, 292 guerreiros se reúnem após o pôr do sol para participar de um Battle Royale que tem apenas uma regra: sobreviver.

Uma história que nasce da tradição, mas conversa com o presente

A premissa é tão simples quanto brutal: cada participante carrega uma etiqueta de madeira, uma espécie de prova de vida. Quem conseguir tomar as etiquetas dos outros e chegar a Tóquio primeiro, leva o prêmio de ¥100.000, uma fortuna impensável para a época. Esse valor, porém, é apenas pano de fundo para o verdadeiro combustível da narrativa — as razões pessoais que levaram cada guerreiro a cruzar o portão do templo sabendo que, provavelmente, não sairia dele com vida.

O protagonista, Shujiro Saga, interpretado por Junichi Okada, é o coração humano dessa história violenta. Ele entra na disputa não pela glória, mas por um motivo íntimo e desesperado: salvar sua esposa e seu filho, ambos doentes. A busca por esperança em meio a sangue, estratégia e traições transforma Shujiro em um personagem de múltiplas camadas — e o trailer faz questão de mostrar isso em pequenos detalhes: seus olhares silenciosos, a firmeza de sua postura, o peso quase invisível que carrega nos ombros.

Ao lado dele, a produção traz ainda Yumia Fujisaki e Kaya Kiyohara, duas presenças que prometem ampliar as perspectivas da trama e criar conexões que vão além da mera disputa física. A série mostra que, embora o combate seja o motor narrativo, é o drama humano que dá alma à história.

Uma estreia com status de cinema

Não é à toa que os dois primeiros episódios foram exibidos no Festival Internacional de Cinema de Busan, dentro da prestigiada seção On Screen. A escolha do festival não apenas legitima o caráter cinematográfico da produção, como também evidencia o investimento da Netflix em títulos asiáticos que fogem do óbvio e carregam assinatura autoral.

Quem assistiu aos episódios antecipados em Busan destacou o cuidado estético, a fotografia que honra o período Meiji com luz natural e paletas terrosas, e a forma como a violência é retratada — não como espetáculo gratuito, mas como consequência inevitável de um período histórico marcado pela ruptura.

Não é um Battle Royale feito para chocar; é um Battle Royale feito para provocar reflexão.

A força de uma era em transformação

O período Meiji é um prato cheio para narrativas dramáticas, justamente por representar o choque entre tradição e modernidade. Foi a época em que o Japão abriu portas para o Ocidente, modernizou suas indústrias e redesenhou sua estrutura social, deixando para trás muitos símbolos — entre eles, os próprios samurais.

Last Samurai Standing mergulha nesse clima de incerteza coletiva para construir um território narrativo onde honra, sobrevivência e desespero se chocam a cada esquina. O trailer, lançado pela Netflix, faz questão de destacar simbologias: o som do vento atravessando o templo, a tensão nos corredores estreitos, os passos silenciosos que denunciam emboscadas e alianças frágeis. A estética é tradicional, mas a narrativa tem ritmo moderno, quase pulsante.

Uma adaptação que respeita o material original, mas busca voz própria

Ao adaptar o romance e o mangá, a série parece evitar a armadilha da transposição literal. O trailer já indica que a produção quer dialogar com o imaginário dos fãs, mas também quer apresentar uma leitura própria da obra — mais íntima, mais emocional, mais conectada às vulnerabilidades individuais de cada participante.

Esse equilíbrio é essencial para conquistar tanto o público que já conhece o material quanto aqueles que buscam apenas uma boa história de época com tensão, drama e identidade.

Disponível no mundo inteiro, de uma vez só

Com seus seis episódios, a série chega à Netflix mundialmente em 13 de novembro de 2025, marcando uma das estreias asiáticas mais aguardadas do ano. Por ser curta, a expectativa é que a narrativa seja enxuta, direta e sem enrolações — algo cada vez mais valorizado em meio ao excesso de séries longas e arrastadas.

Sony garante direitos de Labubu e prepara adaptação cinematográfica da febre mundial dos colecionáveis

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Foto: Reprodução/ Internet

A Sony deu um passo daqueles que balançam o mercado: segundo o The Hollywood Reporter, o estúdio acabou de garantir os direitos da marca chinesa de brinquedos Labubu, um fenômeno absoluto entre colecionadores nos últimos anos. A notícia ainda está fresca, mas já acende o radar de quem acompanha o universo do entretenimento, especialmente porque Labubu é hoje uma das marcas mais comentadas no mundo dos designer toys.

Por enquanto, ninguém dentro da Sony confirma se o longa será live-action ou animação. O que sabemos é: a adaptação está acontecendo, mesmo que o estúdio ainda mantenha portas fechadas quando o assunto é enredo, direção ou cronograma. Mesmo assim, conversas internas já apontam um caminho mais óbvio — e quase inevitável: transformar Labubu em uma animação. Afinal, seu universo fantástico, suas criaturas fofas (mas cheias de personalidade) e o estilo visual inconfundível parecem feitos sob medida para isso.

O monstrinho fofo — e um pouco travesso — que conquistou o mundo

A história de Labubu é curiosa justamente porque ele não nasceu com a pretensão de ser um fenômeno global. Seu criador, o artista Kasing Lung, é nascido em Hong Kong, cresceu na Holanda e sempre buscou inspiração em lendas do folclore nórdico, histórias que ouviu na infância e elementos que misturam inocência, fantasia e aquele toque leve de estranhamento que faz tudo ficar mais interessante.

Labubu apareceu pela primeira vez em 2015, como parte da série The Monsters. Mas o grande salto veio com a parceria entre Lung e a gigante dos colecionáveis Pop Mart, em 2019. Com os blind boxes — aquelas caixinhas que escondem surpresas e fazem qualquer colecionador entrar em modo caça ao tesouro — o personagem ganhou o mundo. Se antes era um nicho, de repente Labubu virou assunto, virou coleção, virou flerte com a cultura pop global.

Entre janeiro e maio de 2025, o monstrinho chegou ao seu pico. Lojas lotadas, filas gigantes, lançamentos esgotados em minutos… e claro, uma enxurrada de vídeos, fotos e disputas amigáveis (e nem tão amigáveis assim) entre colecionadores nas redes sociais.

O segredo do design: fofura, esquisitice e muito carisma

Se você já viu um Labubu, sabe bem: não tem como confundir. Ele é fofinho, é travesso, é expressivo — e carrega uma estética que parece brincar com os limites entre o adorável e o estranho.

O jeitinho clássico da criatura inclui corpo pequeno e felpudo, olhos gigantes, orelhas pontudas e um sorriso cheio de dentes afiados que não chega a assustar, mas deixa claro que ele tem personalidade. Esse equilíbrio entre “aww” e “opa, que isso?” é exatamente o que fisga o público. Ele parece vir de um conto de fadas místico, mas com uma pegada moderna que conversa com todas as gerações.

Com o tempo, a família de Labubu cresceu. Hoje, nomes como Zimomo, Mokoko, Tycoco, Spooky e até o Pato já viraram queridinhos dos fãs — sempre em coleções temáticas que transformam cada lançamento em um evento.

E claro: tem o fator surpresa. Os blind boxes tornaram tudo mais emocionante. Você nunca sabe qual personagem vai tirar, o que cria aquela ansiedade gostosa e alimenta a troca de peças entre colecionadores que buscam completar séries inteiras.

E o filme? O que podemos esperar dessa adaptação?

Ainda não há detalhes sobre roteiro, personagens, tom ou direção. Mas algumas possibilidades surgem naturalmente quando pensamos no estilo de Labubu e no que seu universo permite explorar.

Uma delas é uma fantasia infantojuvenil cheia de imaginação. O mundo criado por Kasing Lung sempre flertou com elementos de sonho, natureza, magia e mistério. É fácil imaginar Labubu liderando uma aventura encantada, daquelas que misturam humor, emoção e descobertas.

Outra possibilidade é apostar em uma história sobre amizade, pertencimento e o processo de crescer — temas universais que sempre encontram espaço nas animações.

Há também espaço para uma abordagem mais artística e autoral, já que Lung é um artista com visão muito própria. Essa versão traria um visual fortíssimo, ambientações oníricas e um tom mais sensível e contemplativo.

Claro, não dá para descartar uma aventura cômica, considerando o carisma e a variedade de criaturas desse universo. Uma história leve, divertida e com bastante personalidade seria uma escolha natural.

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