Cangaço Novo ganha segunda temporada no Prime Video; Alice Carvalho confirma retorno para 2026

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Nesta segunda-feira, 27 de outubro, os fãs de Cangaço Novo ganharam um motivo especial para comemorar. A atriz Alice Carvalho, intérprete da destemida Dinorah, confirmou em seu perfil no X (antigo Twitter) que a segunda temporada da aclamada série brasileira está a caminho e chegará em 2026 no Amazon Prime Video.

“Não demora”, escreveu Alice em resposta a um seguidor que perguntou sobre o retorno da produção. A mensagem curta, mas direta, foi o suficiente para incendiar as redes sociais e reacender a ansiedade do público, que já esperava há meses por novidades.

Embora a atriz não tenha revelado uma data exata, o tom otimista da publicação indica que a nova leva de episódios deve estrear ainda na primeira metade de 2026. A confirmação oficial de que a série continuaria foi feita pelo próprio Prime Video em fevereiro de 2024, cerca de seis meses após o lançamento da primeira temporada — um período em que a produção conquistou crítica, público e o topo dos rankings da plataforma.

Uma história que mistura ação, emoção e o coração do sertão

A série foi uma das maiores surpresas do streaming nacional nos últimos anos. Lançada em agosto de 2023, a série rapidamente se tornou um fenômeno — não apenas no Brasil, mas também em diversos países, incluindo nações africanas e europeias.

A trama acompanha Ubaldo (Allan Souza Lima), um bancário frustrado da zona urbana de São Paulo que, após descobrir a existência de uma herança e duas irmãs no sertão cearense, vê sua vida mudar completamente.

Ao chegar à fictícia cidade de Cratará, Ubaldo conhece Dilvânia (Thainá Duarte), que lidera um grupo de cangaceiros deixado por seu falecido pai, e Dinorah (Alice Carvalho), a única mulher em uma temida gangue de ladrões de banco. Entre confrontos, alianças e reviravoltas, ele acaba sendo chamado a cumprir um destino inesperado: tornar-se o novo líder mítico do cangaço moderno.

A série mescla com maestria drama familiar, crítica social e sequências intensas de ação, retratando um sertão pulsante e multifacetado. As disputas políticas também estão no centro da história — em meio a eleições, corrupção e alianças perigosas, o enredo expõe a luta por poder e sobrevivência em uma região marcada tanto pela tradição quanto pela modernidade.

Um sertão cinematográfico e quase mítico

Um dos grandes trunfos de “Cangaço Novo” é seu visual arrebatador. Dirigida por Fábio Mendonça e Aly Muritiba, a série adotou uma estética inspirada no chamado “nordestern” — um termo que une “Nordeste” e “western”, o gênero clássico dos filmes de faroeste americanos.

Essa fusão rendeu à série uma atmosfera única: o sertão vira quase um personagem à parte, com sua aridez, sua força e sua poesia. A fotografia e a direção de arte evocam referências de obras como “O Cangaceiro” (1953), de Lima Barreto, “Bacurau” (2019), de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e “Sertânia” (2020), de Geraldo Sarno.

Além disso, o trabalho de Mendonça no projeto vem de longa data — foram nove anos de desenvolvimento até o início das gravações. A parceria com os roteiristas Mariana Bardan e Eduardo Melo trouxe novas camadas à narrativa, equilibrando momentos de brutalidade com passagens poéticas e introspectivas.

Da crítica ao público: o fenômeno “Cangaço Novo”

Desde sua estreia, “Cangaço Novo” foi recebida com entusiasmo tanto pelo público quanto pela crítica especializada. A série foi considerada um marco do audiovisual brasileiro contemporâneo, por abordar temas complexos — como desigualdade, violência, política e pertencimento — com uma linguagem moderna e acessível.

A atuação do elenco foi amplamente elogiada. Allan Souza Lima entregou um protagonista dividido entre a moral urbana e a brutalidade sertaneja, enquanto Alice Carvalho roubou a cena com a intensidade e vulnerabilidade de Dinorah, uma mulher forjada na violência, mas guiada por um senso profundo de lealdade.

A série também foi celebrada por romper com estereótipos e apresentar o sertão de forma multifacetada, sem caricaturas. A série é tanto sobre o Nordeste quanto sobre o Brasil, revelando contradições, injustiças e a resistência de um povo que vive entre o sol, a fé e a luta.

Sucesso global e impacto internacional

O êxito da produção foi além das fronteiras brasileiras. A trama alcançou o primeiro lugar no Top 10 do Prime Video em países como Argélia, Angola, Benim, Burkina Faso e Moçambique, tornando-se a série brasileira mais assistida da história da plataforma no Brasil.

Na África, o impacto foi notável: a obra figurou entre as mais vistas em Costa do Marfim, Mali, Congo e Quênia, demonstrando a força universal de sua narrativa. Ao todo, a série entrou no Top 10 em 49 países, incluindo Canadá, Paraguai, Emirados Árabes, Papua-Nova Guiné e Portugal — onde ocupou o quarto lugar no ranking.

Gustavo Mioto leva turnê Inconfundível a São Paulo em show esgotado e cheio de emoção

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No último sábado, 1º de novembro, São Paulo se rendeu ao talento de Gustavo Mioto. O cantor levou sua nova turnê, “Inconfundível”, ao Espaço Unimed, em um show completamente esgotado, onde fãs de todas as idades vibraram, cantaram e celebraram cada música junto com o artista. A apresentação durou mais de duas horas e foi marcada por uma energia contagiante, com o público cantando em uníssono e interagindo com Mioto do início ao fim.

Diferente de suas turnês anteriores, o show aposta em um repertório que valoriza o lado B da carreira de Gustavo, trazendo à tona canções queridas pelos fãs, mas que muitas vezes não tiveram tanto destaque nas rádios. No entanto, o show não deixou de lado novidades: o cantor apresentou suas novas músicas “DNA” e “Pedido de Socorro”, além de revelar “Novo Sozinho”, sua mais recente parceria com Murilo Huff. Essa mistura entre clássicos e lançamentos mostrou a versatilidade do artista e sua capacidade de se reinventar mantendo a identidade que conquistou o público.

Entre os hits que não poderiam faltar estavam “Com ou Sem Mim”, “Impressionando os Anjos”, “Contramão” e “Quando Apaga a Luz”, momentos que fizeram a plateia cantar em coro e transformaram o show em uma verdadeira celebração coletiva. Mais do que música, a apresentação evidenciou a conexão de Gustavo com seus fãs, que respondem com carinho e entusiasmo a cada verso e gesto do artista.

Gustavo Pieroni Mioto, nascido em Votuporanga em 12 de março de 1997, iniciou sua carreira em 2012 com o álbum “Fora de Moda”. Desde então, conquistou destaque nacional, especialmente com a música “Impressionando os Anjos”, que chegou à primeira posição da Top 100 Brasil, e “Com ou Sem Mim”, que foi a canção mais tocada nas rádios em 2020.

Filho de Jussara Pieroni e Marcos Mioto, um dos maiores produtores de shows de música sertaneja do país, Gustavo teve uma trajetória marcada por esforço e dedicação. Durante a adolescência, trabalhou como frentista em posto de gasolina e chegou a cursar engenharia de computação, mas decidiu abandonar a faculdade para se dedicar integralmente à música. Hoje, ele vive em Barueri, Alphaville, e mantém uma relação próxima com sua irmã mais nova, Letícia, enquanto conquista fãs por todo o Brasil.

O espetáculo em São Paulo mostrou que Gustavo não é apenas um cantor de sucesso, mas também um artista capaz de criar experiências memoráveis para o público. Entre faixas emocionantes, momentos de descontração e interações com os fãs, a apresentação conseguiu equilibrar nostalgia e novidade, mostrando que o cantor domina tanto os hits consagrados quanto suas composições mais recentes.

A turnê Inconfundível continua

Com apresentações já consagradas em várias cidades, a turnê “Inconfundível” segue percorrendo o país, levando Mioto e suas músicas para cada vez mais fãs. A promessa é de noites inesquecíveis, cheias de energia, emoção e conexão entre artista e público — um verdadeiro encontro que celebra não só a carreira de Mioto, mas também o amor dos fãs pela música sertaneja.

Winny e Satang estampam a capa da RIZZ Magazine e celebram o sucesso de That Summer

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Foto: Reprodução/ Internet

Os atores Winny Thanawin (O Presidente da Minha Escola, Estrela na Minha Cabeça e Somos amigos) e Satang Kittiphop (Wednesday Club, Nosso céu e The Gifted: Graduation), uma das duplas mais queridas da nova geração de astros tailandeses, são as grandes estrelas da nova edição da RIZZ Magazine. A capa, lançada nesta semana, celebra o sucesso da série That Summer, já em exibição pela GMMTV, e consolida o momento de ascensão da dupla, cuja química dentro e fora das telas vem encantando fãs em toda a Ásia. Abaixo, confira a imagem:

Com um ensaio que mescla delicadeza, juventude e intensidade, Winny e Satang aparecem em um cenário que remete à trama serena e melancólica da série. As imagens, captadas com luz natural e tons suaves, traduzem a essência da série: um encontro entre o passado e o presente, entre o silêncio e o afeto. A RIZZ Magazine apostou em uma estética que foge da pose tradicional — Winny e Satang surgem espontâneos, risonhos em algumas fotos e introspectivos em outras, mostrando diferentes nuances do vínculo que os une tanto na ficção quanto na vida real.

A reportagem que acompanha o ensaio traz reflexões sobre o impacto de That Summer, produção que estreou recentemente e já se tornou um dos maiores destaques da temporada televisiva tailandesa. Na série, Winny interpreta Java, um jovem enviado pela mãe para viver com o tio em uma vila costeira, onde conhece Wave, personagem de Satang, um homem misterioso encontrado inconsciente à beira-mar. A partir desse encontro improvável, nasce uma relação marcada por aprendizado, empatia e descobertas emocionais — um retrato sobre como o amor e a memória podem transformar vidas.

Além da dupla protagonista, o elenco do dorama BL reúne alguns dos nomes mais promissores da televisão tailandesa. Mond Tanutchai Wijitvongtong dá vida a Peng, enquanto Ryu Phudtripart Bhudthonamochai interpreta o Dr. Wut, figura essencial na jornada de Wave. A trama ainda conta com participações marcantes de Neo Trai Nimtawat (Tum), Mint Thishar Thurachon (Kratae) e Fluke Gawin Caskey (Natee), além de aparições especiais de Tee Teeradech Vitheepanich, Namtan Tipnaree Weerawatnodom e Golf Ornanong Thaisriwong.

Com direção de Jojo Tidakorn Pookaothong e roteiro de Sai Nattamon Yimyam, o k-drama tem sido elogiada por sua fotografia lírica e pelo uso simbólico do mar como metáfora de renascimento. A série apresenta uma narrativa contemplativa, reforçada pela trilha sonora de Pure Kanin e pelo trabalho preciso do diretor de arte Sirisak Patkeat, que cria uma ambientação quase sensorial. O resultado é uma produção que emociona pela simplicidade e pelo olhar humano sobre o reencontro consigo mesmo.

TV Brasil estreia nova temporada de Parques do Brasil com episódio especial sobre a Amazônia

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Foto: Reprodução/ Internet

Neste domingo, 9 de novembro, a TV Brasil convida o público para uma nova imersão na natureza com a estreia da quarta temporada de Parques do Brasil. A série documental, uma das produções mais reconhecidas da emissora, retorna às telas às 19h com um episódio dedicado à Amazônia — uma homenagem mais que oportuna na véspera da COP30, que acontece em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro.

Em formato de diário de expedição, os novos episódios levam o telespectador a uma jornada por alguns dos lugares mais impressionantes do país. Cada capítulo de 26 minutos revela a beleza e a diversidade das unidades de conservação brasileiras, combinando imagens exuberantes com informações científicas e reflexões sobre o futuro ambiental do planeta. A trilha sonora, assinada por Flavia Tygel, reforça o tom poético da produção, que também estará disponível no aplicativo TV Brasil Play.

Para Antonia Pellegrino, diretora de Conteúdo e Programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o retorno da série simboliza o papel essencial da TV pública em promover conhecimento e consciência ambiental. “Parques do Brasil é mais do que um programa sobre natureza. É uma janela que nos conecta à grandiosidade do país e nos faz pensar sobre o que estamos fazendo para preservá-lo. Essa é a força da televisão pública: educar, emocionar e inspirar”, afirma.

A estreia na véspera da COP30 não é coincidência. O lançamento da nova temporada reforça o compromisso da EBC com temas ambientais em um momento em que o Brasil ocupa posição central nas discussões sobre sustentabilidade global. A produção é fruto de uma parceria institucional entre a EBC, a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) — união que tem rendido uma das séries mais premiadas e respeitadas da televisão pública.

Um passeio pelo Brasil natural

Nesta temporada, o primeiro destino é o Parque Nacional da Amazônia, às margens do Rio Tapajós, onde a equipe acompanha de perto a rotina de pesquisadores e guardas-parques que lutam para proteger espécies ameaçadas, como a onça-pintada e a ararajuba. O episódio mergulha no coração da floresta, mostrando a convivência delicada entre o homem e um dos ecossistemas mais ricos do planeta.

Nos episódios seguintes, a série atravessa o país de norte a sul. Em Abrolhos (BA), as câmeras registram a vida marinha que transforma o local em um dos maiores berçários de baleias do Atlântico Sul. Na Chapada dos Veadeiros (GO), o Cerrado ganha protagonismo com suas formações rochosas e cachoeiras de beleza quase surreal. Já em Fernando de Noronha (PE), o destaque é o equilíbrio entre turismo e preservação. A jornada segue pelos Lençóis Maranhenses (MA), onde dunas e lagoas formam um cenário de outro mundo, e termina no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (MG), que guarda registros milenares da presença humana em meio a paisagens de tirar o fôlego.

Sombras no Deserto traz Nicolas Cage em uma visão ousada e sombria sobre a juventude de Jesus

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Estreia em 13 de novembro nos cinemas brasileiros o longa-metragem “Sombras no Deserto”, uma das produções mais ousadas e debatidas do ano. Distribuído pela Imagem Filmes, o título marca uma nova fase na carreira de Nicolas Cage, que assume um papel intenso e carregado de simbolismo ao lado de FKA Twigs e Noah Jupe. A direção é de Lotfy Nathan, cineasta que imprime ao projeto uma visão autoral e inquietante sobre fé, destino e a natureza do poder.

Ambientado no Egito Antigo, o filme apresenta uma leitura radicalmente inédita sobre um tema raramente explorado: a adolescência de Jesus Cristo. A trama é inspirada no Evangelho apócrifo de Pseudo-Tomé, um texto que descreve os chamados “anos perdidos” da vida do messias, ausentes nos evangelhos oficiais. Nessa versão, o jovem Jesus manifesta dons sobrenaturais que ainda não compreende, tornando-se um ser dividido entre o sagrado e o humano, entre o milagre e o medo.

Para Lotfy Nathan, o projeto nunca teve como propósito provocar a fé, mas sim investigar o mistério da formação de um mito. “Eu não pretendia fazer um filme religioso”, afirma o diretor. “Mas conforme mergulhei nessa história, percebi que ela fala sobre o que é ser parte de uma família — sobre amor, temor e sobrecarregar alguém com expectativas impossíveis.” Essa perspectiva íntima e emocional transforma o longa em um drama sobrenatural de forte impacto psicológico, em que a tensão cresce à medida que o poder do garoto ameaça desestabilizar todos ao seu redor.

No papel do pai, chamado apenas de O Carpinteiro, Nicolas Cage entrega uma das atuações mais vigorosas de sua carreira recente. Seu personagem é um homem simples que vê sua fé e sua sanidade abaladas diante do inexplicável. Ao seu lado, FKA Twigs vive a mãe do menino, uma mulher que tenta proteger o filho e preservar a unidade da família mesmo quando a presença dele passa a ser vista como uma maldição. O jovem Noah Jupe completa o trio principal com uma performance densa e misteriosa, capturando a inocência e a perturbação de um ser que carrega o divino sem compreender o que isso significa.

A direção de Nathan aposta em uma estética austera e hipnótica. As paisagens áridas, o silêncio opressivo e a fotografia em tons terrosos evocam um clima de solidão e reverência, enquanto a câmera acompanha de perto os gestos e olhares dos personagens, ampliando o desconforto e a sensação de isolamento. Essa atmosfera reforça a dualidade do filme: o deserto físico reflete o deserto interior de seus protagonistas — um lugar onde fé e medo coexistem.

O resultado é uma obra que desafia classificações fáceis. Nem uma cinebiografia religiosa, nem um terror convencional, “Sombras no Deserto” é uma meditação cinematográfica sobre a origem da fé e o preço da diferença. Cada cena parece construída para provocar desconforto e reflexão, conduzindo o espectador a um terreno onde o sagrado se confunde com o humano e onde a inocência pode se transformar em poder destrutivo.

Em festivais internacionais, o longa já vem sendo descrito como “uma experiência espiritual perturbadora”, elogiado pela coragem estética e pela profundidade de suas interpretações. Críticos destacam a performance contida e magnética de Nicolas Cage, a entrega emocional de FKA Twigs e a sensibilidade de Nathan ao tratar temas teológicos sob um olhar humano e contemporâneo.

Jéssica Dorneles defende que a versatilidade do artista brasileiro é a nova força criativa no mercado global

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Foto: Reprodução/ Internet

A atriz, autora e pesquisadora Jéssica Dorneles apresenta uma das análises mais instigantes sobre o futuro da arte brasileira no cenário internacional. Em seu novo artigo, publicado na revista Inter-Ação (v.50, n.2, 2025) e intitulado “Do jeitinho à versatilidade: como a multicarreira no Brasil prepara artistas para o mercado americano”, a autora propõe uma reflexão profunda sobre como a realidade brasileira — marcada pela escassez de recursos, mas também por uma notável capacidade de adaptação — tem moldado uma geração de artistas preparados para qualquer desafio.

A pesquisa parte de um ponto sensível e necessário: a percepção de que o artista brasileiro, muitas vezes obrigado a acumular funções, está longe de ser apenas um sobrevivente. Para Dorneles, ele é um símbolo de reinvenção constante. Sua análise revela que a prática da “multicarreira” — ser ator, roteirista, produtor, comunicador e empreendedor de si mesmo — é, ao mesmo tempo, reflexo de um contexto desafiador e demonstração de uma inteligência cultural única.

Inspirando-se em autores como Pierre Bourdieu, Paulo Freire e Anthony Giddens, Jéssica traça um paralelo entre teoria e prática, explorando como a falta de estrutura formal impulsiona um tipo de criatividade que não se aprende nos livros, mas no convívio, na improvisação e na coletividade. Esse movimento, segundo a pesquisadora, gerou uma das maiores fortalezas do país no campo artístico: a capacidade de transformar limitações em linguagem.

Ao examinar trajetórias de nomes como Rodrigo Santoro, Wagner Moura e Alice Braga, Dorneles mostra que o caminho para o sucesso internacional desses artistas não se baseou apenas em talento, mas também em uma versatilidade forjada no contexto brasileiro. Ela argumenta que essa adaptabilidade — que lá fora recebe o nome elegante de soft skill — aqui nasce como parte da identidade cultural. “O brasileiro cria soluções com alma, improvisa com técnica e faz da carência um laboratório de ideias”, resume a autora em seu estudo.

O texto também se volta para o campo da educação e das políticas culturais, defendendo que o país precisa reconhecer a força das formações híbridas e não tradicionais. Segundo Dorneles, muitos artistas brasileiros são formados fora dos espaços institucionais, em grupos de teatro de bairro, coletivos independentes e produções colaborativas — experiências que moldam uma visão de mundo sensível, prática e profundamente humana.

Mais do que uma pesquisa teórica, o artigo é um manifesto em defesa da pluralidade da arte brasileira. Dorneles convida o leitor a olhar para o artista nacional não como alguém que “dá um jeito”, mas como um profissional que redefine o conceito de competência a partir de sua vivência. Em suas palavras, o “jeitinho” deixa de ser sinônimo de improviso e passa a representar uma inteligência criativa admirada no exterior, uma ferramenta de expressão que conecta emoção e estratégia.

Com escrita acessível e olhar crítico, Jéssica propõe uma mudança de perspectiva: compreender a arte brasileira como um modelo de resistência e inovação. Ao unir conhecimento acadêmico e experiência pessoal, ela constrói uma narrativa que valoriza o que o Brasil tem de mais genuíno — sua capacidade de criar com afeto, intuição e propósito.

Oshi no Ko volta com tudo! Nova temporada estreia em janeiro na Crunchyroll e promete virar o jogo

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Foto: Reprodução/ Internet

Pode preparar o coração, porque o drama, o glamour e o caos dos bastidores do showbiz japonês estão de volta! A terceira temporada de Oshi no Ko acaba de ganhar um trailer eletrizante e data oficial de estreia: janeiro de 2026, exclusivamente na Crunchyroll. Depois de deixar os fãs em suspense com reviravoltas dignas de novela das 10, o anime promete mergulhar ainda mais fundo nas feridas (e nos segredos) da indústria do entretenimento. E, se depender das cenas do novo trailer, ninguém vai sair ileso — nem os personagens, nem o público. Abaixo, confira o vídeo divulgado:

Reencarnação, fama e vingança: o pop nunca foi tão trágico

Pra quem ainda não embarcou nessa montanha-russa emocional, Oshi no Ko começa com uma premissa que parece simples, mas rapidamente vira um redemoinho de dor e obsessão. Gorou Amamiya, um médico obstetra fã da idol Ai Hoshino, é assassinado por um fã desequilibrado — e renasce como Aquamarine Hoshino, o filho da própria Ai. Só que a ironia do destino não para aí: sua irmã gêmea, Ruby, é a reencarnação de uma de suas pacientes.

Anos depois, o brilho da fama se apaga quando Ai é morta pelo mesmo fã, e Aqua jura encontrar o responsável — custe o que custar. Ruby, por outro lado, decide seguir os passos da mãe e se tornar uma idol, tentando reviver o sonho que a tragédia interrompeu.

É aí que Oshi no Ko brilha: ele mistura o brilho artificial dos palcos com o lado obscuro do sucesso, mostrando como o amor, a fama e a vingança podem andar lado a lado.

O passado volta à tona — e vai ser intenso

Na nova temporada, os gêmeos Hoshino estão mais maduros, mas também mais distantes. Enquanto Ruby se torna o rosto de um filme inspirado na vida de Ai, Aqua continua sua jornada sombria atrás da verdade — e o alvo é claro: Hikaru Kamiki, o ator misterioso que pode ser seu pai… e o grande vilão da história.

O trailer mostra que as máscaras vão começar a cair. Há flashes de tensão, lágrimas, e uma energia de “ponto sem retorno” no ar. Os fãs já estão teorizando sobre um final que pode mudar tudo o que sabemos sobre os personagens — e, conhecendo o estilo de Oshi no Ko, é melhor se preparar para o emocional ser testado.

Sucesso que não sai dos holofotes

Desde a estreia em 2023, Oshi no Ko virou um fenômeno. A mistura de drama psicológico, crítica à fama e visual deslumbrante conquistou fãs no mundo todo. E não é só no anime: o mangá, escrito por Aka Akasaka (sim, o mesmo de Kaguya-sama: Love is War) e ilustrado por Mengo Yokoyari, é um sucesso de vendas — publicado no Brasil pela Panini e em Portugal pela Devir. Pra completar o pacote, a história também ganhou um live-action no Prime Video, mostrando que a febre da trama veio pra ficar.

O grande charme do anime é como ele transforma um enredo sobre idols e fama em algo muito mais profundo — uma reflexão sobre identidade, trauma e o preço da visibilidade. Nenhum personagem é totalmente bom ou mau. Todos estão tentando sobreviver em um mundo onde cada sorriso pode esconder uma cicatriz.

Entre Duas Mulheres | Chloé Robichaud traz frescor e coragem em nova comédia sobre desejo e liberdade feminina

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A partir do dia 13 de novembro de 2025, o público brasileiro poderá conferir nos cinemas Entre Duas Mulheres, nova comédia da diretora canadense Chloé Robichaud, uma das vozes mais potentes do cinema contemporâneo. O longa, um remake do clássico quebequense de 1970, revisita a história de duas mulheres aparentemente acomodadas que decidem desafiar o que se espera delas — e, no processo, redescobrem o prazer de viver.

A trama acompanha Violette (Karine Gonthier-Hyndman), que tenta se equilibrar entre a maternidade e a perda de si mesma, e Florence (Laurence Leboeuf), uma vizinha que enfrenta uma depressão silenciosa. Ambas têm vidas estáveis, parceiros presentes e carreiras consolidadas — mas também carregam o vazio de quem vive conforme o roteiro dos outros.

O ponto de virada surge de forma inesperada: um entregador bate à porta e muda tudo. O encontro, que poderia ser apenas um flerte passageiro, se transforma em uma espécie de despertar. A partir daí, as duas iniciam uma jornada que mistura desejo, cumplicidade e um questionamento profundo sobre o que realmente as faz felizes.

Robichaud conduz essa história com o mesmo olhar sensível que marcou seus trabalhos anteriores, transformando temas pesados — como o tédio conjugal, a solidão e o papel da mulher moderna — em uma narrativa leve, provocante e cheia de humor. O riso, aqui, não é fuga; é resistência.

A diretora, premiada no Festival de Sundance, aposta em uma comédia que fala de prazer sem culpa, de maternidade sem romantização e de amor sem regras. É uma obra que entende o humor como ferramenta de empatia, e não de julgamento.

Um elenco que vibra autenticidade

O elenco feminino é o coração pulsante do filme. Karine Gonthier-Hyndman e Laurence Leboeuf entregam performances intensas e cheias de nuances, dando às personagens uma humanidade rara — mulheres que oscilam entre o riso e o choro, o desejo e o medo, o impulso e a dúvida.

Ao lado delas, estão Félix Moati, Mani Soleymanlou, Juliette Gariépy e a premiada Sophie Nélisse (A Menina que Roubava Livros, Yellowjackets), que reforçam o elenco com interpretações vibrantes e cheias de verdade.

Um olhar feminino sobre o corpo e o desejo

Mais do que uma comédia romântica, Entre Duas Mulheres é um manifesto sobre a autonomia feminina. Baseado na peça de Catherine Léger, o roteiro questiona como o mundo contemporâneo lida com o desejo e a monogamia, e o quanto as mulheres ainda se sentem presas a papéis antigos — mesmo em tempos de aparente liberdade.

Chloé Robichaud filma tudo em 35mm, com uma estética quente e naturalista que valoriza o toque, a pele, o gesto cotidiano. A câmera da diretora Sara Mishara recusa o olhar voyeur e transforma o corpo feminino em território de expressão, e não de exposição. A ambientação em uma cooperativa habitacional ecológica reforça o contraste entre o ideal de coletividade e a necessidade de se afirmar como indivíduo.

Netflix anuncia Kaguya: A Princesa Espacial, novo anime com estreia marcada para janeiro de 2026

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A Netflix acaba de surpreender os fãs de anime ao anunciar Kaguya: A Princesa Espacial, um novo filme ambientado no universo da popular franquia Kaguya-sama: Love is War. O longa chega ao catálogo do streaming no dia 22 de janeiro de 2026, e já ganhou um trailer que destaca seu visual arrebatador e uma trilha sonora estrelada por grandes nomes da música japonesa. As informações são do Crunchyroll.

A direção fica por conta de Shingo Yamashita, conhecido por seu trabalho em Pokémon: Twilight Wings. Esse será o primeiro longa-metragem do diretor, que promete unir o melhor da sensibilidade emocional japonesa com o impacto visual das produções modernas. A animação é uma parceria dos estúdios Chromato e Colorido, dois nomes bastante respeitados no cenário atual por seus projetos criativos e tecnicamente refinados.

O design dos personagens foi desenvolvido por Hechima (Gakuen iDOLM@STER) e Akihiro Nagae (Uma Casa à Deriva), e a trilha sonora chega como um espetáculo à parte. Entre os nomes confirmados estão Ryo (supercell), kz (livetune), 40mP, HoneyWorks, Aqu3ra e yuigot — artistas renomados por suas produções com VOCALOIDs, que mesclam emoção, tecnologia e melodia de um jeito inconfundível.

A história de Kaguya: A Princesa Espacial acompanha duas garotas que se conectam por meio da música em um universo onírico chamado Tsukuyomi. Nesse espaço virtual, repleto de brilho e mistério, elas embarcam em uma jornada sobre amizade, identidade e destino — tudo isso embalado por uma atmosfera poética e visualmente deslumbrante.

A produção marca uma expansão criativa do universo de Kaguya-sama: Love is War, mangá escrito por Aka Akasaka e publicado pela Shueisha desde 2015. A obra original conquistou o público com seu humor inteligente e a dinâmica entre Kaguya Shinomiya e Miyuki Shirogane, dois estudantes de elite que transformam o amor em um verdadeiro jogo de estratégia. O sucesso do mangá deu origem a animes, filmes live-action e, agora, uma nova interpretação cinematográfica com ares de ficção científica.

Dollhouse | Shinobu Yaguchi estreia no terror japonês com suspense psicológico intenso

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Nesta quinta-feira, 6 de novembro, o público brasileiro poderá conhecer Dollhouse, o primeiro filme de terror do diretor Shinobu Yaguchi. Conhecido por comédias como Waterboys e Swing Girls, Yaguchi se aventura no universo do J-Horror com uma história que mistura suspense, perda e obsessão, oferecendo uma experiência intensa e perturbadora para os fãs do gênero.

O filme acompanha Kae Suzuki, uma mãe que ainda carrega a dor pela morte da filha de cinco anos, Mei. Durante uma visita a um mercado de antiguidades, ela encontra uma boneca assustadoramente parecida com a menina e, em sua solidão, começa a tratá-la como se fosse um membro da família. A princípio, o objeto parece trazer conforto, mas o que seria um refúgio emocional rapidamente se transforma em fonte de tensão.

Com o nascimento da segunda filha de Kae, Mai, a boneca começa a ser esquecida, mas estranhos acontecimentos passam a assombrar a casa. Aya, como a boneca é chamada, mostra-se resistente a qualquer tentativa de ser afastada, transformando o cotidiano da família em uma experiência de terror psicológico. Entre sustos e acontecimentos inexplicáveis, o longa-metragem explora os limites entre memória, culpa e o medo do desconhecido.

O diretor Shinobu Yaguchi comenta que sempre foi fascinado por histórias de medo e queria criar um filme que prendesse a atenção do público do começo ao fim. “Quis transformar a experiência do cinema em um verdadeiro parque de diversões de terror. Meu objetivo é que, ao sair da sessão, o público sinta aquele arrepio e diga: ‘Ainda bem que foi só um filme’”, declarou.

Além do suspense, o filme se destaca pela produção cuidadosa: a trilha sonora de Yaffle, combinada com a música tema “Katachi” da banda Zutomayo, intensifica a atmosfera perturbadora, enquanto o elenco — liderado por Masami Nagasawa, Koji Seto e Aoi Ikemura — entrega performances que equilibram emoção e tensão de forma impressionante.

Dollhouse estreia em várias cidades do Brasil, incluindo São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Goiânia, Curitiba e Boa Vista, e será exibido em japonês com legendas em português. A duração de 110 minutos garante tempo suficiente para que o público mergulhe na história sem alívio, vivenciando cada momento de suspense e ansiedade.

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