Scarlet, o novo épico de Mamoru Hosoda, ganha trailer ao som de Mana Ashida

0

O premiado diretor japonês Mamoru Hosoda, responsável por algumas das obras mais sensíveis e inventivas da animação contemporânea, está de volta com um novo projeto que promete emocionar o público. Seu próximo filme, Scarlet, ganhou um trailer inédito ao som de “Hateshi naki”, canção-tema interpretada pela atriz e cantora Mana Ashida, que também dá voz à protagonista. Abaixo, confira o vídeo:

Produzido pelo Studio Chizu, o longa tem estreia marcada para 21 de novembro de 2025 no Japão e já vem sendo apontado como um dos títulos mais aguardados do ano. No Brasil, a previsão é que o filme chegue aos cinemas apenas em 2026, ainda sem data definida. As informações são do site O Vício.

Uma fábula sobre vingança, tempo e redenção

Descrito como uma mistura de fantasia medieval e ficção temporal, a trama acompanha a jornada de uma princesa espadachim que viaja através do tempo e do espaço em busca de vingança pelo assassinato do pai. No entanto, o destino a conduz a um confronto mais profundo — não apenas com o inimigo, mas com os próprios sentimentos que a movem.

Após uma batalha que a deixa gravemente ferida, Scarlet desperta em um mundo moderno e surreal, onde conhece um jovem idealista que a ajuda a reencontrar seu propósito. É nesse encontro improvável entre eras e ideais que a protagonista começa a questionar o peso da vingança e o verdadeiro significado de liberdade.

Combinando ação, emoção e filosofia, Hosoda constrói um conto épico sobre a dor e a cura — temas recorrentes em sua filmografia, mas agora revisitados sob uma perspectiva mais sombria e madura.

O mestre da emoção

Para quem acompanha o cinema japonês, o nome Mamoru dispensa apresentações. O diretor já foi aclamado por produções como Guerras de Verão (2009), Crianças Lobo (2012) e o visualmente deslumbrante BELLE (2021), que foi indicado ao Oscar e consolidou Hosoda como um dos grandes contadores de histórias da atualidade.

Em Scarlet, ele assina tanto o roteiro quanto a direção, mergulhando novamente em suas obsessões criativas: o choque entre mundos, o amadurecimento emocional e as relações humanas diante do impossível. “Quis explorar o que resta de nós quando tiramos tudo — a glória, o poder e o tempo. Scarlet é sobre o que sobra: a alma”, declarou o diretor em entrevista recente à imprensa japonesa.

Recepção antecipada e trilha sonora poderosa

Apresentado fora de competição no 82º Festival de Veneza, o longa arrancou aplausos de pé e elogios por sua direção artística e pela performance vocal de Mana Ashida, que já havia trabalhado com Hosoda em O Menino e o Mundo dos Demônios. A canção “Hateshi naki”, composta especialmente para o filme, tem sido descrita como um hino de esperança após a dor, e promete marcar presença entre as trilhas mais memoráveis do cinema japonês recente.

Lançamento internacional e planos futuros

A distribuição japonesa ficará por conta da Toho, enquanto a Sony Pictures Classics será responsável pelo lançamento internacional, com uma exibição especial de qualificação a prêmios prevista para o fim de 2025. O lançamento comercial fora do Japão deve ocorrer em fevereiro de 2026, com forte aposta em festivais e indicações.

Vale a pena assistir Corações Jovens? Um retrato sensível do primeiro amor e da coragem de ser verdadeiro

0
Foto: Reprodução/ Internet

O cinema europeu tem um talento raro para tratar de temas delicados com leveza, verdade e silêncio. Corações Jovens, dirigido por Anthony Schatteman em sua estreia como cineasta, é exatamente esse tipo de filme: um drama de amadurecimento que não precisa de grandes gestos ou discursos para emocionar. Basta um olhar, um gesto contido, uma pausa — e o espectador entende tudo.

A história é simples, mas profundamente humana. Elias, um garoto de 14 anos, vê sua rotina mudar quando Alexander, da mesma idade, se muda para a casa ao lado. Aos poucos, a amizade entre os dois cresce e se transforma em algo mais: uma afeição que desafia o medo, as inseguranças e os códigos rígidos da adolescência. Quando Alexander revela ser gay e questiona Elias sobre sua vida amorosa, o garoto se vê dividido entre o sentimento e o receio do julgamento. O medo o faz mentir, afastar quem ama e mergulhar na solidão. Até que, inspirado por uma conversa com o avô sobre amor e coragem, Elias entende que esconder o que sente é o mesmo que abrir mão de viver.

Um retrato autêntico da adolescência

Diferente de tantas produções que romantizam a juventude, o drama aposta na autenticidade. Schatteman filma os adolescentes como eles são: confusos, vulneráveis, inseguros e cheios de desejo por pertencimento. A relação entre Elias e Alexander nunca é tratada como “um grande drama gay”, e sim como a descoberta do primeiro amor — algo universal, que todos podem reconhecer, independentemente de gênero ou orientação.

Essa abordagem naturalista é o maior mérito do filme. Não há cenas forçadas ou apelos melodramáticos. O roteiro confia no público e deixa espaço para o não dito, para os silêncios entre as palavras. O resultado é uma narrativa íntima, quase sensorial, que se apoia mais nas emoções do que nos acontecimentos.

Visualmente, o filme é impecável. A fotografia é suave e contemplativa, alternando cores frias e tons quentes que refletem o estado emocional dos personagens. Cada enquadramento parece construído para capturar o despertar interior de Elias — uma câmera que observa, mas não invade. A trilha sonora discreta reforça essa sensação de introspecção e melancolia.

A força das atuações

Os jovens atores Marius De Saeger (Elias) e Elias Vandenbroucke (Alexander) são um achado. Ambos entregam atuações de uma naturalidade desarmante, fugindo completamente dos estereótipos que muitas vezes marcam histórias de amadurecimento queer. Há química, cumplicidade e, acima de tudo, verdade em cada troca de olhar.

De Saeger constrói Elias com uma vulnerabilidade que emociona — um menino dividido entre o desejo e o medo, entre a necessidade de aceitação e a descoberta de si mesmo. Já Vandenbroucke faz de Alexander o contraponto perfeito: ousado, direto, dono de uma autoconfiança que Elias ainda busca. Juntos, formam um retrato belíssimo da juventude em conflito com o mundo e consigo mesma.

Um filme sobre amor e coragem

O grande tema do filme não é apenas a descoberta da sexualidade — é o medo de amar em um mundo que julga. O roteiro entende que o amor na adolescência é, antes de tudo, um ato de coragem: o primeiro passo para se afirmar como pessoa. Quando Elias decide correr atrás de Alexander, o gesto é pequeno, mas carregado de significado. É o início de uma libertação emocional, de um amadurecimento silencioso, que não precisa de grandes declarações para tocar o espectador.

Schatteman trata tudo com uma delicadeza comovente. Não há vilões, apenas pessoas tentando entender o que sentem. O preconceito existe, mas está nas entrelinhas — nas atitudes, nos olhares, nas omissões. É um filme que acredita na empatia como ferramenta de mudança, e na sensibilidade como força transformadora.

Por que vale a pena assistir

Corações Jovens é um sopro de frescor. É um daqueles filmes pequenos, mas cheios de significado, que ficam com você depois que os créditos sobem. Ele não tenta ser “importante” — e justamente por isso se torna essencial.

Assistir a Corações Jovens é um lembrete de que o amor, em sua forma mais pura, nasce do olhar, da cumplicidade e da coragem de se mostrar vulnerável. É uma história que conversa não só com o público jovem, mas com qualquer um que já tenha sentido medo de amar — e ainda assim amou.

Com uma narrativa sensível, atuações inspiradas e uma direção que valoriza o silêncio tanto quanto a palavra, Corações Jovens se firma como uma das obras mais bonitas e sinceras do cinema europeu recente.

Resenha — Em Memória é um lembrete de que o amor, às vezes, é o ato mais corajoso em meio à guerra

0
Foto: Reprodução/ Almanaque Geek

Há livros que falam de guerra, e há livros que falam daquilo que a guerra arranca da gente. Em Memória, da escritora britânica Alice Winn, lançado no Brasil pela Astral Cultural, é um desses. À primeira vista, parece mais uma história sobre jovens soldados e trincheiras da Primeira Guerra Mundial — mas logo o leitor percebe que o campo de batalha mais cruel está dentro dos próprios personagens.

Amor em tempos de pólvora

Henry Gaunt e Sidney Ellwood são dois garotos de 17 anos, colegas de um internato britânico, que dividem uma amizade cheia de subtextos e silêncios. Gaunt tenta negar o óbvio: está apaixonado pelo melhor amigo. E Ellwood, com seu jeito sonhador e poético, sente o mesmo — mas num tempo em que amar outro homem era quase uma sentença de exílio.

Quando a guerra começa e Gaunt é pressionado pela mãe a se alistar, ele vê na farda uma espécie de fuga dos próprios sentimentos. Só que o plano dá errado: Ellwood, movido por amor e medo de perdê-lo, segue seu caminho até o front. E é aí que o romance se transforma — não em uma simples história de amor proibido, mas em uma meditação sobre sobrevivência, memória e o preço de ser humano num mundo em colapso.

A dor como testemunha

O mérito de Alice Winn está em equilibrar a brutalidade da guerra com a delicadeza dos sentimentos. Ela escreve com um lirismo que corta — não há nada de romântico nas trincheiras, mas há beleza nos pequenos gestos: uma carta escrita às pressas, um olhar que diz tudo o que a boca não pode.

A autora não poupa o leitor das cenas mais viscerais: corpos mutilados, medo constante, perda de inocência. Mas também não deixa que a narrativa se resuma à tragédia. “Em Memória” é sobre como o amor insiste em existir — mesmo quando o mundo inteiro parece empenhado em destruí-lo.

Uma memória (literalmente) astral

O título brasileiro e o nome da editora formam uma coincidência curiosa: Em Memória, pela Astral Cultural. E, de certa forma, essa soma diz muito sobre o espírito do livro. É uma história que fala de lembrar — não só os mortos da guerra, mas tudo o que foi silenciado pelo medo e pelo preconceito.

Winn cria um universo quase “astral”, no sentido mais poético do termo: o amor entre Gaunt e Ellwood parece pairar acima da lama e do sangue, como uma centelha de humanidade que teima em brilhar.

Entre o épico e o íntimo

Se você gosta de livros que misturam intensidade emocional e contexto histórico, este é daqueles que te desmontam e te fazem pensar. Não é uma história “fácil” — e nem deveria ser. Alice Winn escancara a hipocrisia de uma sociedade que exalta o heroísmo masculino, mas reprime qualquer sinal de sensibilidade.

O relacionamento dos protagonistas nunca é idealizado: há culpa, medo, silêncio e até momentos em que o amor parece mais uma maldição. Mas é justamente essa imperfeição que o torna tão real.

Por que ler?

Porque Em Memória não é só um romance sobre dois rapazes na guerra — é sobre o que resta da gente depois que a guerra (qualquer guerra) acaba. Sobre como a lembrança se transforma em resistência. E sobre como, mesmo nas piores condições possíveis, ainda há espaço para a ternura.

Resenha – Esqueça o Meu Nome é um quadrinho que transforma lembrança em ferida

0
Foto: Reprodução/ Almanaque Geek

Zerocalcare nunca foi um autor de histórias leves — e ainda bem. Em Esqueça o Meu Nome, sua nova graphic novel, o quadrinista italiano mais vendido da atualidade entrega algo ao mesmo tempo confessional e desconcertante: um mergulho em suas próprias memórias, onde realidade e fantasia se confundem a ponto de o leitor não saber mais onde termina o trauma e começa a invenção.

O ponto de partida é simples — a morte da avó —, mas nada em Zerocalcare é simples de verdade. A perda desencadeia uma avalanche de lembranças, culpas e perguntas que ele nunca quis fazer. O resultado é um retrato honesto e melancólico de um homem tentando entender o que sobrou de si depois que a infância foi embora.

Quando o luto vira labirinto

O autor transforma o luto em um labirinto visual e emocional. Cada quadro parece desenhado com a mão trêmula de quem ainda está tentando processar o que viveu. As linhas são imperfeitas — propositalmente —, e nelas há algo de cru, quase desconfortável. É o tipo de arte que não quer agradar, quer atingir.

A HQ alterna momentos de lembrança real com delírios fantásticos, monstros simbólicos e cenas que beiram o pesadelo. E isso funciona porque o leitor entende: a dor não é linear. O que Zerocalcare faz é materializar o caos interno, transformar a memória em algo palpável — mesmo que isso doa.

A infância como campo de batalha

Há uma ideia forte que atravessa todo o livro: a de que crescer é uma espécie de traição. Ao revisitar o passado, o autor percebe que a inocência não desaparece de repente — ela é arrancada aos poucos, junto com a fé em quem éramos. A avó, nesse contexto, é mais do que uma figura familiar: é o último elo com o que foi puro, antes que o peso da sociedade e da culpa tomasse conta.

E é nessa camada que Zerocalcare mostra maturidade narrativa. Ele não idealiza o passado — expõe suas rachaduras. A casa da avó, os objetos esquecidos, as fotos antigas, tudo serve como espelho de um protagonista que tenta entender de onde veio e, principalmente, por que ainda não sabe para onde vai.

Arte que sangra

Visualmente, o quadrinho é de um vigor impressionante. Zerocalcare domina o contraste entre cores fortes e sombras densas, criando uma atmosfera entre o sonho e o pesadelo. As criaturas que habitam suas páginas não são monstros externos — são os medos, as lembranças e as culpas que ele carrega.

Ainda assim, há beleza na dor. As cores gritam, os traços tremem, mas há uma sensibilidade quase poética em cada quadro. É arte feita de cicatrizes — e, curiosamente, é aí que ela se torna universal.

Um livro que exige entrega

“Entre o que fica e o que vai”, Zerocalcare entrega uma história corajosa, mas que também pode afastar quem espera algo mais “linear”. O ritmo é fragmentado, as transições são abruptas e a mistura entre realidade e delírio exige do leitor mais atenção do que costumeiramente se pede em uma HQ.

Mas talvez seja esse o ponto: a vida também não tem roteiro. E o autor não tenta organizar o caos — apenas desenhá-lo. O resultado é uma obra que incomoda, emociona e, acima de tudo, fica com você depois que termina.

Duna: Parte 3 encerra filmagens e promete um final épico para a trilogia de Denis Villeneuve — com Timothée Chalamet, Zendaya e Robert Pattinson no elenco

0
Foto: Reprodução/ Internet

Os ventos de Arrakis voltaram a soprar — e dessa vez é pra se despedir. Foi anunciado nesta terça-feira (11) que Duna: Parte 3 terminou oficialmente suas filmagens. O último capítulo da trilogia de Denis Villeneuve chega aos cinemas no dia 18 de dezembro de 2026, marcando o fim de uma das sagas mais grandiosas e visualmente deslumbrantes da ficção científica moderna. Agora, o longa entra em 13 longos meses de pós-produção — tempo suficiente para lapidar cada grão de areia e cada nota da trilha sonora de Hans Zimmer. As informações são do Omelete.

Villeneuve (de A Chegada, Blade Runner 2049 e Sicario: Terra de Ninguém), que também coescreve o roteiro ao lado de Jon Spaihts (Doutor Estranho, Prometheus), promete fechar a história de Paul Atreides de um jeito emocional, político e, acima de tudo, humano. O filme é baseado em O Messias de Duna, livro de Frank Herbert publicado em 1969, e dá continuidade direta aos acontecimentos intensos de Duna: Parte Dois (2024).

E sim, o elenco é daqueles de fazer qualquer fã de cinema suspirar: Timothée Chalamet (Me Chame Pelo Seu Nome, Wonka), Zendaya (Euphoria, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa), Rebecca Ferguson (Missão: Impossível – Efeito Fallout, O Iluminado: Doutor Sono), Florence Pugh (Midsommar, Viúva Negra), Anya Taylor-Joy (O Gambito da Rainha, Furiosa: Uma Saga Mad Max), Jason Momoa (Aquaman, Game of Thrones), Josh Brolin (Vingadores: Guerra Infinita, Sicario: Terra de Ninguém) e, para completar o time, Robert Pattinson (The Batman, O Farol), que chega trazendo mistério e carisma para esse universo de poeira, poder e profecias.

A despedida de um sonho de areia

Desde que Duna (2021) estreou, ficou claro que Villeneuve não estava apenas fazendo mais um blockbuster de ficção científica. Ele estava construindo um sonho — árido, lento, contemplativo — e o público mergulhou junto. A primeira parte foi o início de uma lenda; a segunda, o despertar do messias. Agora, Duna: Parte 3 vem para mostrar as consequências de tudo isso: o peso do poder, o preço da fé e o perigo de transformar heróis em deuses.

Villeneuve já disse em entrevistas que este será o capítulo mais “espiritual e trágico” da trilogia. E faz sentido: O Messias de Duna é um livro mais denso, mais silencioso e cheio de dilemas internos. Paul Atreides, que começou como um jovem príncipe tentando sobreviver à traição, agora é o líder supremo de um império galáctico — e talvez o próprio profeta que ele tanto temia se tornar.

O elenco dos sonhos (e das dunas)

O time que Villeneuve reuniu é simplesmente impecável. Timothée Chalamet retorna no auge, mostrando um Paul mais maduro, complexo e cheio de cicatrizes — tanto físicas quanto emocionais. Zendaya, que roubou a cena na Parte Dois, agora deve ter papel central, não só como parceira de Paul, mas como peça-chave do destino político e emocional da história.

Rebecca Ferguson, como a poderosa Lady Jessica, continua sendo uma das figuras mais fascinantes desse universo — uma mãe dividida entre a fé e o amor. Florence Pugh, que chegou em Parte Dois como a princesa Irulan, promete mais destaque, com suas intrigas políticas e olhares cheios de segredos.

E há Anya Taylor-Joy, que entra na trama como Alia Atreides, a irmã de Paul. Para quem leu os livros, sabe que essa personagem é… peculiar, para dizer o mínimo. Alia é uma criança nascida com memórias ancestrais — algo entre uma bênção e uma maldição. A expectativa para ver Anya nesse papel é altíssima.

Ah, e não dá pra esquecer da cereja do bolo: Robert Pattinson. Ainda não se sabe oficialmente quem ele interpreta, mas o ator — conhecido por alternar entre papéis intensos e carismáticos — deve trazer uma nova energia para o universo de Duna. Villeneuve é fã declarado de Pattinson, então dá pra esperar algo especial.

O longo caminho até dezembro de 2026

Agora começa a parte mais longa — e mais tensa — para os fãs: a espera. Com as filmagens concluídas em novembro de 2025, Duna: Parte 3 entra em um extenso processo de pós-produção. Villeneuve é conhecido por sua paciência e perfeccionismo, então ninguém espera menos do que algo tecnicamente impecável.

Durante esse tempo, ele e Zimmer devem trabalhar lado a lado, ajustando cada som, cada cena e cada corte para que tudo soe como um único batimento — o coração do deserto pulsando pela última vez.

E quando dezembro de 2026 finalmente chegar, o público poderá testemunhar o fim de uma das sagas mais marcantes da história recente do cinema. Duna: Parte 3 promete ser mais do que um filme — será uma despedida, um ritual.

O adeus a Arrakis

Há algo quase poético em pensar que a história que começou com um jovem tentando sobreviver à traição termina com ele enfrentando o próprio destino. Duna sempre foi sobre poder, fé e desilusão — mas, acima de tudo, sobre humanidade.

Villeneuve não adaptou apenas um livro de ficção científica. Ele construiu uma meditação sobre o que significa ser humano num mundo governado por profecias, política e desespero. E talvez seja isso que torne o adeus a Duna tão doloroso — porque, de algum jeito, todos nós encontramos um pouco de nós mesmos nas areias de Arrakis.

Sabrina Carpenter vai estrelar um musical de Alice no País das Maravilhas pela Universal — uma nova viagem por um dos mundos mais icônicos da literatura

0
Foto: Reprodução/ Internet

O universo de Alice no País das Maravilhas está prestes a ganhar uma nova roupagem — e, dessa vez, com muito ritmo e brilho pop. Foi revelado nesta terça-feira (11) que a cantora e atriz Sabrina Carpenter vai estrelar uma nova adaptação cinematográfica da clássica história de Lewis Carroll. O longa, que será produzido pela Universal Pictures, promete ser um musical, misturando fantasia, imaginação e as batidas modernas que se tornaram marca registrada de Carpenter. As informações são do Omelete.

A direção e o roteiro ficam nas mãos de Lorene Scafaria, cineasta conhecida por seu olhar sensível e autoral em filmes como Hustlers: O Golpe Perfeito e Procura-se um Amigo para o Fim do Mundo. Além de protagonista, Sabrina também assina como produtora, reforçando sua nova fase de ascensão criativa em Hollywood. Fontes próximas à produção revelaram que a Universal se aproximou da cantora em 2024, quando o projeto ainda era apenas uma ideia. À medida que o conceito foi evoluindo, Scafaria assumiu a direção e o roteiro, consolidando a visão de um filme que promete equilibrar o espírito original de Alice com o frescor de uma nova geração.

Sabrina Carpenter: da música para o País das Maravilhas

A escolha de Sabrina Carpenter não poderia ser mais simbólica. A artista vive um dos momentos mais importantes de sua carreira: após o sucesso estrondoso de hits como Espresso e Feather, ela se tornou um fenômeno global do pop. Além do sucesso musical, Sabrina já mostrou talento nas telas — participou de produções como Work It: Quase Pronta e da série Girl Meets World — e vem sendo cada vez mais reconhecida por sua presença magnética e autenticidade.

Agora, ao assumir o papel de Alice, Carpenter ganha a chance de unir suas duas paixões: atuação e música. E tudo indica que o resultado será uma experiência visual e sonora única, com coreografias exuberantes, figurinos surreais e canções originais que devem capturar a essência de um dos universos mais amados da literatura.

Em tempos em que Hollywood revisita constantemente os clássicos, a promessa de uma Alice moderna, cantada e dançada, soa como um convite irresistível para o público jovem e nostálgico ao mesmo tempo.

Um clássico que nunca envelhece

Publicado originalmente em 4 de julho de 1865, As Aventuras de Alice no País das Maravilhas é uma das obras mais emblemáticas da literatura mundial. Escrito por Charles Lutwidge Dodgson — sob o pseudônimo de Lewis Carroll —, o livro ultrapassou séculos e fronteiras ao misturar humor, lógica absurda e metáforas que encantam tanto crianças quanto adultos.

A história acompanha Alice, uma menina curiosa que, ao seguir um coelho apressado, cai em uma toca e é transportada para um mundo completamente fora das regras. Lá, encontra personagens icônicos como o Chapeleiro Maluco, o Gato de Cheshire, a Rainha de Copas e a Lagunha Dorminhoca. Cada um representa uma peça do quebra-cabeça filosófico que Carroll construiu — um retrato cômico e caótico da própria sociedade vitoriana.

O livro é, na verdade, duas histórias em uma só: um conto de fantasia para crianças e uma crítica sutil (e brilhante) para adultos. A narrativa é repleta de enigmas, trocadilhos e paródias, brincando com a lógica e com as convenções literárias da época. E talvez seja exatamente por isso que Alice nunca perdeu relevância — porque fala de confusão, curiosidade e identidade, temas que permanecem universais.

De um passeio de barco ao mito literário

O nascimento de Alice no País das Maravilhas é quase tão encantador quanto sua história. Em 4 de julho de 1862, Dodgson — então um tímido professor de matemática de Oxford — saiu para um passeio de barco pelo rio Tâmisa na companhia de um amigo e das três irmãs Liddell: Lorina, Edith e Alice Liddell, a menina que inspiraria o nome da protagonista.

Durante o trajeto, para entreter as crianças, ele começou a contar uma história improvisada sobre uma garota que caía em uma toca de coelho e vivia aventuras em um mundo bizarro. Alice ficou tão encantada que pediu que ele escrevesse tudo. Assim nasceu Alice’s Adventures Under Ground, o manuscrito original que, anos depois, seria expandido e publicado como Alice’s Adventures in Wonderland.

O livro, ilustrado por John Tenniel, foi lançado em 1865 — e, mesmo após uma primeira edição retirada das prateleiras por problemas de impressão, tornou-se um sucesso absoluto. A rainha Vitória leu. Oscar Wilde adorou. E, mais de 150 anos depois, a obra segue sendo adaptada, reinterpretada e reinventada nos mais variados formatos.

Hamlet, novo filme de Chloé Zhao, ganha trailer emocionante e desponta como favorito ao Oscar 2026

0

A espera acabou: a Searchlight Pictures divulgou o novo trailer de Hamnet, o aguardado filme de Chloé Zhao, que já desponta como o favorito ao Oscar 2026. O vídeo, repleto de imagens poéticas e uma trilha suave de melancolia, antecipa o tom intimista e devastador da produção — uma história sobre amor, perda e inspiração que promete emocionar o público. Além do trailer, o longa também ganhou um pôster oficial e será exibido neste sábado no Festival do Rio, marcando sua primeira exibição no Brasil. Abaixo, confira o trailer:

Baseado no aclamado romance de Maggie O’Farrell, Hamnet apresenta uma versão ficcional da vida doméstica de William Shakespeare, interpretado por Paul Mescal (Aftersun). Ao lado de Jessie Buckley (A Filha Perdida), que vive sua esposa Agnes Shakespeare, o filme mostra o casal enfrentando uma tragédia quando o filho de 11 anos, Hamnet, morre durante uma das pragas que devastaram a Inglaterra do século XVI. A perda marca profundamente a família e se torna, na visão da diretora, a semente emocional para a criação de Hamlet, uma das obras-primas do dramaturgo.

Uma diretora no auge da maturidade artística

Com Hamnet, Chloé Zhao consolida sua reputação como uma das cineastas mais sensíveis e autorais da atualidade. Após conquistar o Oscar de Melhor Direção e Melhor Filme por Nomadland (2021), Zhao agora mergulha em uma narrativa histórica e emocionalmente universal. Longe dos desertos norte-americanos, a diretora encontra poesia nos campos úmidos e silenciosos da Inglaterra elisabetana, transformando o luto em matéria-prima para um estudo sobre a criação artística.

A escolha de colocar Agnes como narradora e protagonista é uma das mais poderosas do filme. Ao contrário das inúmeras obras que exploram Shakespeare sob a ótica da genialidade, Zhao e O’Farrell revelam o homem por trás do mito — e a mulher que o inspirou. Hamnet é, acima de tudo, a história de uma mãe que tenta compreender o inaceitável, e o trailer já adianta que Buckley entrega uma de suas atuações mais intensas até hoje.

Elenco de prestígio e atuações aclamadas

Além de Paul Mescal e Jessie Buckley, o filme conta com Emily Watson, que interpreta a sogra de Agnes e traz à trama um contraponto pragmático e terreno ao lirismo da protagonista. Mescal, por sua vez, encarna um Shakespeare vulnerável e introspectivo, mais homem do que lenda.

Críticos que assistiram à prévia internacional têm destacado o poder da química entre Buckley e Mescal, além da delicadeza com que Zhao retrata o cotidiano de uma família do século XVI. As primeiras impressões indicam um filme visualmente deslumbrante e emocionalmente devastador — um dos concorrentes mais fortes às principais categorias do Oscar 2026, incluindo Melhor Filme, Direção, Atriz e Roteiro Adaptado.

Da tragédia à criação

O coração de Hamnet está na forma como a arte nasce da dor. A história conecta a perda do filho Hamnet à gênese de Hamlet, como se o teatro se tornasse um espelho do luto. Em uma das frases mais marcantes do trailer, Agnes diz: “As palavras são tudo o que restará de nós.” É uma síntese perfeita da proposta de Zhao — explorar a criação artística como um ato de sobrevivência emocional.

O filme evita transformar Shakespeare em um mártir ou gênio inalcançável. Em vez disso, o mostra como um homem moldado por seu entorno, suas perdas e sua humanidade. É uma abordagem que aproxima o mito da realidade e reforça o olhar feminino e compassivo que Chloé Zhao imprime a todas as suas obras.

Favorito absoluto ao Oscar 2026

Desde sua exibição inicial no exterior, o longa vem sendo saudado pela crítica como o favorito ao Oscar 2026. A combinação entre direção autoral, atuações impecáveis e profundidade emocional já coloca o longa como forte candidato em diversas categorias. Zhao parece repetir a fórmula que a consagrou em Nomadland, mas com uma densidade ainda maior, explorando o poder transformador da arte diante do sofrimento.

Meu Pior Vizinho chega aos cinemas nesta quinta (13) e mostra como o amor pode nascer através das paredes

0
Foto: Reprodução/ Internet

Estreia hoje nos cinemas brasileiros Meu Pior Vizinho, uma comédia romântica sul-coreana que promete encantar o público ao misturar humor, melancolia e encontros improváveis em meio à rotina caótica da vida urbana. Dirigido por Lee Woo-chul, o longa oferece uma narrativa sensível e divertida sobre como o amor pode surgir — e ecoar — nos lugares mais inesperados.

A história acompanha Lee Seung-jin (interpretado por Lee Ji-hoon), um músico sonhador que decide se mudar para um novo apartamento em busca de tranquilidade e inspiração. Sua paz, no entanto, é logo interrompida por um choro enigmático que invade suas noites. Intrigado e sem conseguir dormir, ele parte em busca da origem dos sons — e descobre que o “fantasma” é, na verdade, Hong Ra-ni (Han Seung-yeon), sua vizinha reclusa.

Ra-ni é uma designer talentosa, mas solitária, que vive cercada por seus projetos e dramas pessoais. Seu apartamento é seu refúgio e, ao mesmo tempo, sua prisão. As ferramentas de trabalho, os desabafos noturnos e a solidão criam o som ambiente que atormenta Seung-jin. Aos poucos, o que começa como irritação e curiosidade se transforma em um laço de empatia, amizade e, por fim, amor.

Entre o riso e a melancolia

Inspirado no filme francês “Blind Date”, de Clovis Cornillac, o filme adapta a comédia romântica europeia para o contexto urbano da Coreia do Sul, mantendo o charme do original, mas incorporando temas contemporâneos. A parede que separa os protagonistas é uma metáfora poderosa sobre a solidão nas grandes cidades — um retrato fiel de uma geração que vive próxima fisicamente, mas distante emocionalmente.

O longa combina humor leve e emoção contida, um equilíbrio característico do cinema coreano moderno. Através dos diálogos afiados e das situações cotidianas, o roteiro questiona: até que ponto as barreiras que criamos — físicas ou emocionais — nos impedem de viver algo verdadeiro?

Além das risadas, há um toque de melancolia e realismo. O filme fala sobre medo, vulnerabilidade e reconexão, mostrando que o amor nem sempre chega de forma grandiosa — às vezes, ele se infiltra pelas pequenas frestas da rotina.

Lee Ji-hoon e Han Seung-yeon: química e renovação

Para Lee Ji-hoon, o papel de Seung-jin marca um momento de virada na carreira. Conhecido por seus papéis em dramas de época como “River Where the Moon Rises” (2021) e “Rookie Historian Goo Hae-ryung” (2019), o ator mostra um lado mais espontâneo e vulnerável. Seu desempenho combina timidez e carisma, dando vida a um protagonista imperfeito, mas profundamente humano.

Já Han Seung-yeon, que brilhou como integrante do grupo de K-pop KARA, confirma mais uma vez seu talento como atriz. Depois de participações notáveis em “Show Me the Ghost” (2021) e “Hello, My Twenties!” (2016), ela entrega uma Hong Ra-ni cheia de nuances — uma mulher que aprendeu a lidar com a solidão, mas que, aos poucos, redescobre a importância de se abrir ao outro.

A química entre os dois é palpável, mesmo quando estão separados por uma parede. Essa dinâmica inusitada é um dos grandes trunfos do filme: a tensão entre distância e proximidade, isolamento e conexão, faz com que o público se envolva emocionalmente com cada diálogo trocado através das paredes.

A vida moderna como personagem

O longa é uma crônica sobre a vida contemporânea e aborda temas como o esgotamento emocional, a pressão do sucesso e a dificuldade de comunicação em tempos digitais. O som — elemento central da narrativa — ganha um papel quase simbólico. Cada barulho vindo do apartamento vizinho reflete emoções contidas, lembrando o espectador de como a vida moderna é repleta de ruídos, tanto internos quanto externos. Ao transformar o incômodo em conexão, o longa sugere que escutar o outro pode ser o primeiro passo para o amor.

Visualmente, a direção de Lee Woo-chul aposta em planos intimistas e iluminação suave, reforçando a sensação de confinamento e intimidade. O espectador é convidado a observar a relação crescer em meio a rotinas silenciosas, cafés esquecidos e músicas tocadas ao piano — um retrato sensível de dois solitários aprendendo a dividir o mesmo espaço emocional.

Um retrato coreano do amor moderno

Nos últimos anos, o cinema sul-coreano tem se destacado por renovar os gêneros clássicos com olhares contemporâneos. Assim como “In Our Prime” e “Decision to Leave”, “Meu Pior Vizinho” investe em personagens emocionalmente complexos, explorando o amor de forma menos idealizada e mais realista.

Em vez de focar apenas na paixão, o filme se dedica a mostrar o processo de aproximação — as hesitações, os ruídos, os silêncios. É um romance que cresce devagar, como uma melodia que vai se formando aos poucos, até se tornar impossível de ignorar.

Beauty | Novo projeto de Ryan Murphy ganha primeiro pôster e promete uma das séries mais provocativas de 2026

0
Foto: Reprodução/ Internet

O universo de Ryan Murphy está prestes a ganhar mais um daqueles capítulos que deixam o público inquieto — no melhor sentido possível. O perfil oficial de American Horror Story divulgou o primeiro pôster de Beauty, nova série dramática criada por Murphy em parceria com Matt Hodgson, e que será exibida pelo Hulu e pelo Disney+. A imagem viralizou em poucos minutos: sombria, sedutora e desconfortável na medida certa, carregando aquela assinatura visual que qualquer fã reconhece de longe. E, claro, reacendeu de vez a expectativa para a estreia, marcada para janeiro de 2026. Abaixo, confira a imagem:

Inspirada na HQ The Beauty, de Jeremy Haun e Jason A. Hurley, a série parte de uma premissa tão curiosa quanto perturbadora. Em um mundo muito parecido com o nosso, uma infecção sexualmente transmissível começa a se espalhar — só que, ao invés de debilitar o corpo, ela deixa as pessoas mais belas a cada dia. É quase um “milagre” moderno… até que as consequências entram em cena. A tal beleza vem acompanhada de riscos, metamorfoses corporais e uma inquietação coletiva crescente. Beauty mergulha fundo na vulnerabilidade que existe por trás da obsessão pela aparência perfeita, tocando em temas como vaidade, moralidade e o jeito como o corpo vira produto em uma sociedade que não sabe viver sem filtros.

Murphy e Hodgson estão envolvidos em tudo: criação, roteiro e produção executiva. E isso já diz muito sobre o tom da série. Quando ele pega um projeto, a combinação de estética forte, narrativa intensa e temas espinhosos é quase garantida. Desde seu anúncio lá em 2024, Beauty já era vista como uma das apostas mais ambiciosas da FX — a escolha de levar o título para o streaming reforça ainda mais a intenção de apostar em histórias adultas, sombrias e carregadas de tensão social.

A construção do universo de Beauty

Nos bastidores, a equipe comenta que Murphy e Hodgson decidiram ir além da HQ original, apostando em uma abordagem mais visceral e emocional. A base continua a mesma — o famigerado “vírus da beleza” —, mas a série dedica tempo aos impactos psicológicos, éticos e até existenciais da transformação. A pergunta ali não é só “o que essa doença faz?”, mas “o que ela revela sobre nós?”. Como uma aparência em mutação muda relações, carreiras, identidades?

O desenvolvimento oficial começou em setembro de 2024, e tudo andou rápido dali em diante. Entre novembro de 2024 e junho de 2025, as filmagens transformaram o set em um grande exercício de experimentação visual e sensorial. Para levar à tela as mudanças corporais — algumas belas, outras desconfortáveis — a produção contou com especialistas em efeitos práticos e próteses, algo que deve ser uma das marcas registradas da série. Se tem algo que Ryan Murphy sabe fazer, é fazer o público desviar o olhar… e, logo em seguida, querer olhar de novo.

O elenco de Beauty reúne alguns dos nomes mais versáteis e interessantes do audiovisual atual. Evan Peters, parceiro frequente de Murphy e conhecido tanto por Dahmer quanto por seus anos em American Horror Story, interpreta o misterioso Detetive Madsen. Ele divide o protagonismo com Rebecca Hall (O Beco do Pesadelo, Christine), que dá vida à Detetive Bennett, trazendo sua sensibilidade habitual para papéis emocionalmente complexos. O time também conta com Ashton Kutcher (Two and a Half Men, Jobs), Anthony Ramos (Em um Bairro de Nova York, Transformers: O Despertar das Feras) e Jeremy Pope (Hollywood, The Inspection), ampliando o alcance emocional e estilístico da equipe. Isabella Rossellini (Blue Velvet, Death Becomes Her) adiciona elegância e presença, enquanto Bella Hadid retorna ao audiovisual após ter surpreendido positivamente em Ramy.

A lista segue com nomes que dão ainda mais textura ao conjunto. Billy Eichner (Bros, Billy on the Street) e Ben Platt (Dear Evan Hansen, The Politician) equilibram drama e humor, ao lado da energia jovem de Amelia Gray Hamlin, que vem despontando no audiovisual, e Daryl Sabara, eterno conhecido por Pequenos Espiões. Meghan Trainor — sim, a cantora — amplia sua presença na TV depois da experiência em The Voice. E, para completar, Vincent D’Onofrio (Demolidor, Law & Order: Criminal Intent) traz aquele peso dramático que ele domina tão bem. Ainda fazem parte do elenco John Carroll Lynch (Fargo, The Americans), Eddie Kaye Thomas (American Pie, Scorpion), Emma Halleen (The Peripheral), Julie Halston (And Just Like That…) e Maggie Rose Tyma, fechando um time diverso e cheio de personalidade.

Rivais do Ensino Médio | A série adolescente tailandesa que mistura drama e feridas antigas — e que você precisa conhecer

0

Se você ama séries escolares cheias de tensão, rivalidade, amizade quebrada e aquele clima de “tem alguma coisa não resolvida entre esses dois”, então prepare-se: Rivais do Ensino Médio é a indicação perfeita para a sua próxima maratona. Lançada em 2024, com 16 episódios e classificação A14, a produção tailandesa está conquistando o público com uma mistura certeira de emoção, energia juvenil e conflitos que fogem do óbvio.

Com um elenco já querido pelos fãs de BLs e dramas asiáticos — Sky Wongravee Nateetorn, Nani Hirunkit Changkham, Foei Patara Eksangkul e Maria Poonlertlarp — a série entrega carisma, química e aquela sensação de “só mais um episódio” que a gente adora.

A seguir, você confere uma matéria completinha, humanizada, com subtítulos e parágrafos para mergulhar de vez no universo dessa história cheia de cicatrizes emocionais e reencontros nada amigáveis.

Uma fusão escolar que ninguém queria

A trama começa quando a prestigiosa escola Siamwit enfrenta uma crise financeira séria. Para tentar salvar o ano letivo (e evitar um colapso total), a administração toma uma decisão radical: unir dois campi que sempre foram rivais ferrenhos.

Ou seja, o caos está oficialmente instaurado.

Os alunos, acostumados a competirem entre si em tudo — esportes, notas, prestígio — agora são obrigados a dividir salas, corredores, professores e até lugares no pátio. A tensão é tanta que basta alguém derrubar um lápis no chão para surgir uma discussão entre turmas adversárias.

Saint e Shin: de melhores amigos a inimigos declarados

É nesse ambiente inflamado que reencontramos Saint (Sky Wongravee Nateetorn) e Shin (Nani Hirunkit Changkham). Os dois já foram inseparáveis: aqueles amigos que crescem juntos, que dividem sonhos, que se conhecem pelo olhar… até que algo aconteceu — algo grande o suficiente para transformar carinho em ressentimento.

Agora, Saint é o líder de turma, apático, silencioso e cheio de mágoas guardadas. Shin, por outro lado, virou o típico rebelde inquieto, impulsivo, que prefere explodir a engolir qualquer sentimento. Quando a fusão escolar os coloca frente a frente, o reencontro é tudo… menos pacífico.

E o pior? Eles não só trazem suas próprias feridas: um puxa o clima inteiro da escola com eles. Aos poucos, a rivalidade entre os dois vira combustível para brigas entre salas, panelinhas e até professores que não sabem mais o que fazer.

Diretores e professores entram em campo

Com a situação saindo do controle, a equipe pedagógica percebe que a raiz de grande parte dos conflitos está na relação mal resolvida entre Saint e Shin. A partir daí, a escola decide intervir — nem sempre do jeito mais delicado.

Entre tentativas de mediação, projetos em grupo forçados e conselhos diretos ou indiretos, a escola tenta fazer os dois rapazes encararem o passado. Mas quando o orgulho e a mágoa falam mais alto, a reconciliação parece cada vez mais distante.

Afinal… nem toda amizade consegue sobreviver às escolhas que fizemos no caminho.

Um remake com alma própria

“Rivais do Ensino Médio” é um remake tailandês do aclamado drama sul-coreano Escola 2013, um dos clássicos do gênero. Mas não se engane: apesar de se inspirar na história original, a nova versão tem personalidade própria.

O tom é mais atual, o visual é mais vibrante, e as emoções são trabalhadas com aquela intensidade muito característica dos dramas tailandeses — especialmente quando envolvem vínculos quebrados e reconciliações difíceis.

Vale a pena colocar na sua lista?

Se você curte dramas escolares, histórias de amizade quebrada, rivalidade intensa e personagens imperfeitos tentando lidar com suas próprias cicatrizes, sim — vale muito a pena.

O dorama BL é aquele tipo de série que te prende emocionalmente, deixa você torcendo pela reconciliação, mas também entendendo a dor dos dois lados. É humana, intensa e cheia de pequenos momentos que fazem o coração apertar.

almanaque recomenda