Avatar: Fogo e Cinzas revela primeira cena — e a nova vilã Varang surge como força brutal contra os filhos de Jake Sully

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A jornada épica de Pandora está prestes a entrar em sua fase mais sombria. Avatar: Fogo e Cinzas, o terceiro capítulo da monumental franquia de James Cameron, acaba de ter sua primeira cena revelada, trazendo os filhos de Jake Sully em confronto direto com a nova antagonista: Varang, interpretada por Oona Chaplin. A breve sequência, exibida durante uma apresentação interna da Disney, indica que o universo de Cameron está mais tenso, violento e emocional do que nunca — e que o luto que marcou o final de O Caminho da Água será apenas o começo.

Uma franquia que avança como um organismo vivo

James Cameron (Titanic, Avatar, O Exterminador do Futuro 2) — que dirige, produz, edita e coescreve o novo filme — repete a ousadia de sempre: construir uma trama que se desenrola como uma verdadeira ópera visual e emocional. A produção de Avatar: Fogo e Cinzas começou em 2017, filmada simultaneamente com Avatar: O Caminho da Água, num processo que o cineasta descreve como “um único grande filme de dez horas dividido em capítulos”.

Além de Cameron, o roteiro contou com a colaboração de Rick Jaffa e Amanda Silver (Planeta dos Macacos: O Confronto, Jurassic World), Josh Friedman (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio) e Shane Salerno (Alien vs. Predador 2, Savages – Selvagens). Essa união criativa tornou a definição dos créditos particularmente complexa — afinal, todos trabalharam juntos na estrutura das próximas quatro sequências, sendo separados apenas no processo de refinamento dos roteiros individuais.

O elenco retorna quase completo: Sam Worthington (Fúria de Titãs), Zoe Saldaña (Guardiões da Galáxia), Sigourney Weaver (Alien – O Oitavo Passageiro), Stephen Lang (Não Respire), Joel David Moore (Dodgeball), CCH Pounder (Sons of Anarchy) e Matt Gerald (Demolidor).

A primeira cena revelada

A sequência apresentada mostra um grupo central para a franquia: os filhos de Jake e Neytiri, ainda vivendo sob o impacto da morte de Neteyam, que abalou profundamente a família Sully. O trecho destaca o clima de tensão crescente em Pandora e revela a primeira aparição de Varang, líder do chamado Povo das Cinzas.

Oona Chaplin surge completamente transformada, incorporando uma antagonista que não se limita à brutalidade física: Varang parece movida por crenças radicais sobre o futuro de Pandora e pela convicção de que Jake Sully destruiu o equilíbrio dos clãs ao interferir em conflitos que não lhe pertenciam.

Uma nova cultura e um novo tipo de guerra

O terceiro filme da saga introduz o Ash People (Povo das Cinzas), uma tribo Na’vi agressiva e militarizada, que vive em regiões que sofreram queimadas intensas — efeitos diretos da exploração humana. As consequências desse ambiente moldam sua cultura: um clã resistente, desconfiado, adaptado a um território devastado e acostumado a sobreviver em meio à destruição.

Varang, sua líder, fecha um acordo perigoso ao se aliar ao renascido Coronel Quaritch, vilão interpretado por Stephen Lang. Se em O Caminho da Água ele já demonstrava uma sede pessoal de vingança, agora encontra em Varang uma parceira estratégica — talvez a mais formidável que já enfrentou Jake Sully.

Um ano após o luto

A história se passa um ano depois da família Sully se estabelecer entre os Metkayina. O luto por Neteyam ainda reverbera nas relações entre Jake, Neytiri, Kiri, Lo’ak e Tuk, e essa ferida emocional se torna o motor dramático da trama.

Enquanto lidam com a perda, os Sully descobrem que a tensão política em Pandora tomou proporções alarmantes.
Com o Povo das Cinzas em ascensão e os humanos intensificando suas operações, um novo ciclo de violência se instala — e a família central do filme é empurrada novamente para o centro de uma guerra que parece não ter fim.

Quatro filmes planejados

James Cameron não esconde que está construindo uma saga de longo alcance. Depois de Fogo e Cinzas, os próximos dois filmes — Avatar: The Tulkun Rider (2029) e Avatar: The Quest for Eywa (2031) — já estão previstos e devem começar suas filmagens após a conclusão do terceiro.

Com estreia prevista para 19 de dezembro de 2025 (18 de dezembro no Brasil e em Portugal), o longa promete ampliar o escopo político, cultural e espiritual de Pandora, ao mesmo tempo em que mergulha em uma guerra inevitável entre os Na’vi e as forças humanas.

Wicked: Parte 2 surpreende antes mesmo da estreia e conquista um lugar entre os maiores sucessos de pré-bilheteria nos EUA

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Antes mesmo de chegar oficialmente às telas, Wicked: Parte 2 já havia conquistado o público norte-americano. O filme arrecadou 30,8 milhões de dólares apenas em suas sessões de pré-estreia nos Estados Unidos. O número coloca o longa entre os dez maiores desempenhos desse tipo na história do cinema do país, um feito raro para produções do gênero musical. Mesmo antes do lançamento, a conclusão da saga já despontava como um fenômeno cultural. As informações são do Omelete.

Esse impacto imediato não surpreende quem acompanha o caminho que Wicked percorreu até aqui. A adaptação do amado musical da Broadway, estrelada por Ariana Grande e Cynthia Erivo, combina nostalgia, espetáculo visual, vozes poderosas e uma história que atravessa gerações. O que se vê agora é o resultado de uma expectativa construída ao longo de mais de uma década, sustentada por uma base de fãs apaixonada e por um investimento artístico ambicioso.

Um retorno aguardado à Terra de Oz

A jornada de “Wicked” até o cinema é quase tão cheia de curvas quanto a própria estrada de tijolos amarelos. A Universal Pictures anunciou o projeto em 2012 e, desde então, enfrentou mudanças criativas, ajustes de roteiro, indefinições no elenco e atrasos provocados pela pandemia. Somente em 2021 a produção finalmente ganhou forma definitiva.

A confirmação de Ariana Grande e Cynthia Erivo nos papéis de Glinda e Elphaba marcou um dos momentos mais celebrados dessa fase. As duas artistas carregam perfis distintos, públicos diferentes e uma força vocal reconhecida mundialmente. A repercussão imediata nas redes sociais mostrou que o público estava pronto para abraçar a nova versão da história.

Jon M. Chu, diretor conhecido por unir espetáculo visual e sensibilidade emocional, tomou a decisão de dividir o longa em duas partes. Seu objetivo era preservar as nuances da narrativa original e evitar cortes bruscos. O primeiro filme, lançado em 2024, conquistou crítica e público, criando a base perfeita para o desfecho agora entregue em Wicked: Parte 2.

Elenco afiado e atuações que dão vida ao espetáculo

Grande e Erivo retornam ainda mais conectadas às personagens. Glinda vive o auge da popularidade, mas carrega uma inquietação crescente sobre os rumos de Oz. Elphaba, por sua vez, se vê cada vez mais isolada e perseguida, lutando para manter seus princípios em um mundo que insiste em demonizá-la.

O elenco de apoio colabora para manter a força emocional e o brilho visual do filme. Jonathan Bailey aprofunda a complexidade de Fiyero, agora colocado diante de escolhas dolorosas. Michelle Yeoh entrega uma performance firme e intensa. Jeff Goldblum encarna um Mágico ao mesmo tempo sedutor e perigoso, preso entre charme e manipulação política.

Ethan Slater, Bowen Yang, Marissa Bode e Udo Kier ampliam a diversidade de tons e texturas do universo de Oz. Nesta segunda parte, Colman Domingo se junta ao elenco e adiciona uma presença dramática poderosa, elevando ainda mais as tensões da história.

Uma narrativa que mergulha no profundo

A segunda parte abandona a leveza predominante do primeiro filme e leva o público a temas mais densos. A história percorre caminhos de política, moralidade e preconceito, sempre equilibrando fantasia e crítica social. Elphaba, agora marcada como ameaça, luta para proteger os animais e aqueles que ainda acreditam em sua bondade. Glinda, em sentido oposto, vive aprisionada pela responsabilidade pública e pelo desejo de agradar um sistema que cobra perfeição.

Outros personagens atravessam seus próprios conflitos. Fiyero inicia uma busca pela verdade que desafia seu passado. O Leão Covarde e o Homem de Lata ganham contexto emocional, revelando origens que dialogam com a obra clássica de 1939. Nessa assume a liderança de Munchkinland, enquanto o Mágico intensifica seu domínio político.

Por que Wicked desperta tanta devoção

O desempenho extraordinário das pré-estreias tem explicação. O público do musical original é fiel e acompanha a obra há mais de vinte anos. Para muitos, ver essa história ganhar vida no cinema é um reencontro com memórias afetivas.

A presença de Ariana Grande e Cynthia Erivo reforça o impacto. São artistas em seus melhores momentos, com imenso alcance cultural e grande respeito entre críticos e fãs. A divisão em duas partes também teve papel fundamental. O primeiro filme terminou com perguntas importantes e deixou a expectativa pelo desfecho em alta.

A campanha da Universal Pictures foi intensa e bem alinhada ao comportamento digital do público moderno. Trailers, teasers, cenas exclusivas e bastidores foram divulgados de forma estratégica, alimentando a antecipação por meses.

Wicked: Parte 2 domina as bilheterias e conquista a maior abertura de 2025 nos Estados Unidos

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A chegada de “Wicked: Parte 2” aos cinemas marcou um daqueles raros momentos em que a expectativa do público encontra o tamanho da produção. Lançado no fim de novembro, o filme estreou como um verdadeiro fenômeno. A sequência dirigida por Jon M. Chu conquistou a maior abertura de 2025 na América do Norte, confirmando que o universo de Oz continua mais vivo do que nunca na imaginação dos fãs.

Nos primeiros dias, o longa arrecadou 68,6 milhões de dólares somando pré-estreias e o dia oficial de lançamento. É um número expressivo para qualquer produção, mas ganha ainda mais relevância ao colocar o filme no topo do ranking do ano. A Variety observou que cerca de 12,6 milhões desse valor veio de sessões antecipadas, realizadas antes da quinta-feira.

Caso essas exibições não fossem incluídas, o título de maior abertura pertenceria a “Um Filme Minecraft”, que somou 57,11 milhões. Mesmo assim, o desempenho de “Wicked: Parte 2” evidencia um apetite muito claro do público por produções grandiosas, musicais épicos e personagens que atravessam gerações.

Um projeto longo, complexo e muito aguardado

A história da produção de “Wicked” para os cinemas começou há mais de uma década. A Universal Pictures e o produtor Marc Platt anunciaram os planos em 2012, porém vários fatores atrasaram o desenvolvimento. Houve mudanças de cronograma, ajustes de roteiro, incertezas criativas e, mais recentemente, a paralisação causada pela pandemia.

A virada veio em 2021, quando Cynthia Erivo e Ariana Grande foram oficialmente confirmadas como protagonistas. A escolha movimentou a internet, renovou o interesse do público e trouxe energia nova para o projeto. O diretor Jon M. Chu, conhecido pela sensibilidade musical e visual, assumiu a responsabilidade de conduzir a adaptação. A decisão de dividir a obra em duas partes surgiu da preocupação em preservar momentos essenciais do musical, respeitando a jornada emocional e política das personagens.

As filmagens ocorreram na Inglaterra entre dezembro de 2022 e janeiro de 2024, com uma pausa durante a greve do SAG-AFTRA em 2023. Foi um processo longo, planejado nos mínimos detalhes, que envolveu cenários elaborados, coreografias complexas e um extenso trabalho de pós-produção.

A estreia e a recepção dividida

Antes de chegar oficialmente aos cinemas, a segunda parte da trama teve uma première especial no Suhai Music Hall, em São Paulo, no início de novembro. A sessão reuniu fãs, influenciadores e críticos, criando um clima de celebração para o lançamento mundial.

O filme estreou no Brasil em 20 de novembro e no dia seguinte nos Estados Unidos. As primeiras avaliações foram mistas. Embora o público tenha abraçado a continuação com entusiasmo, parte da crítica avaliou que o segundo capítulo não alcança a mesma força emocional do anterior. Ainda assim, a escala da produção, os números musicais e a fidelidade ao material original garantem momentos impactantes o suficiente para justificar o projeto ambicioso.

O enredo: uma Oz mais sombria, mais política e mais dividida

A narrativa da continuação aprofunda as consequências dos eventos do primeiro filme. Passaram-se cinco anos desde que Elphaba foi acusada de traição. Agora isolada na floresta, ela se dedica a lutar pelos direitos dos animais, usando sua magia para proteger aqueles que foram silenciados pela tirania do Mágico.

Glinda, por sua vez, está em uma posição completamente diferente. Nomeada porta-voz oficial do governo, ela se vê presa entre o dever e a consciência. O noivado com Fiyero reforça sua imagem pública, mas também acentua seu conflito interno. Glinda tenta acreditar que está fazendo o correto, mesmo quando tudo ao redor parece se desfazer.

As tensões aumentam quando Elphaba visita sua irmã, Nessarose, governante de Munchkinland. A visita desencadeia uma série de acontecimentos que revelam feridas antigas e criam novas perdas. O caso do jovem Boq, transformado em Homem de Lata após uma tentativa de magia que deu errado, ilustra o quão frágeis e perigosas são as relações dentro da família e do reino.

Quando um tornado atinge Oz e traz Dorothy Gale para o centro dos conflitos, a história entra em sua fase mais dramática. A morte de Nessarose leva Elphaba a enfrentar Glinda, e as duas se veem à beira de uma ruptura definitiva. É um momento que mistura dor, arrependimento e desilusão.

A força da amizade e o peso de se posicionar

A segunda metade do filme intensifica o embate entre as personagens, mas também ilumina os vínculos que as conectam. Elphaba, cansada de ser alvo de ódio, decide se entregar para proteger Glinda. A cena em que as duas se despedem é um dos pontos mais sensíveis da narrativa e reforça que, apesar de caminhos diferentes, a amizade delas continua sendo o coração da história.

O Mágico enfrenta sua própria verdade quando descobre que é o pai biológico de Elphaba. A revelação o desestabiliza, levando-o a abandonar Oz. Glinda assume o controle político do reino, revisa leis e reorganiza o governo, procurando honrar o legado da amiga.

Enquanto isso, Elphaba e Fiyero, agora transformado em espantalho, planejam uma fuga silenciosa. A falsa morte da protagonista é o único caminho para que ela consiga sobreviver e desaparecer de vez do imaginário coletivo de Oz. O casal deixa o reino às sombras, caminhando para um futuro incerto, mas juntos.

Um elenco afinado e mais maduro

Ariana Grande e Cynthia Erivo entregam interpretações emocionalmente mais densas do que na primeira parte. Seus duetos e confrontos dramáticos dão vida ao conflito central, que não é apenas mágico, mas humano.

Michelle Yeoh se destaca com uma presença forte e ameaçadora como Morrible. Jeff Goldblum traz um Mágico mais vulnerável, enquanto Jonathan Bailey exibe um Fiyero dividido entre dever e paixão. Ethan Slater, Marissa Bode, Bowen Yang e Bronwyn James completam o elenco com papéis que ampliam a dimensão política e afetiva da trama.

Jon M. Chu aproveita cada música, cenário e movimento de câmera para construir um espetáculo visual que conversa com a linguagem teatral da Broadway, mas sem abrir mão da grandiosidade cinematográfica.

Vale a pena assistir O Bad Boy e Eu? Só se você estiver disposto a encarar um romance adolescente que tropeça no próprio brilho

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Existem filmes que abraçam seus clichês com orgulho. Existem filmes que tentam reinventar fórmulas gastas. E existe O Bad Boy e Eu, que parece não saber em qual dessas categorias quer entrar — e acaba caindo no meio do caminho, com força suficiente para deixar marcas no asfalto.

A produção tenta vender a ideia de um romance jovem com dança, futebol americano e dilemas emocionais. Na prática, entrega algo que lembra um longo comercial de perfume teen: bonito, iluminado, mas completamente vazio.

Uma protagonista esforçada num filme que não se esforça

Dallas Bryan (Siena Agudong) até tenta carregar o longa nas costas. Ela tem disciplina, tem carisma e tem um drama real — honrar a memória da mãe através da dança. Mas todo esse esforço se perde em um roteiro que parece ter sido escrito olhando para uma cartela de “clichês obrigatórios do cinema adolescente”.

Tudo é tão previsível que dá para adivinhar metade das falas antes que elas aconteçam, e a outra metade parece saída de um rascunho de fanfic não revisado.

O “bad boy” que não é bad boy — e o jogo que nunca começa

Drayton (Noah Beck), o quarterback mais mimado da escola, é apresentado como o típico garoto problemático que esconde dores profundas. Na teoria. Porque na prática, o personagem não passa de um pacote de poses: ora vulnerável, ora convencido, ora perdido — mas nunca convincente.

O romance entre os dois nasce tão rápido que parece contrato de namoro com prazo de entrega. Não há química suficiente para sustentar o drama, e o filme, que deveria explorar esse contraste, simplesmente pula as partes onde a relação deveria ser construída. Vai direto ao “estamos apaixonados” como quem avança episódios de uma série entediante.

A direção tenta, mas o roteiro sabota

Justin Wu até ensaia algumas soluções visuais interessantes, especialmente nas cenas de dança. Mas é difícil salvar um filme quando o roteiro de Mary Gulino parece preso a uma lista rígida de cenas obrigatórias:
– o momento “ele olha pra ela no corredor”;
– o treino que dá errado;
– a discussão melodramática no estacionamento;
– o beijo na hora mais conveniente possível.

É como se alguém tivesse apertado um botão de “modo automático”.

Quando a fofura vira constrangimento

Há uma tentativa clara de fazer do filme algo fofo, leve, reconfortante. Só que a falta de naturalidade transforma várias cenas em algo quase… desconfortável. É tudo limpo demais, arrumado demais, ensaiado demais. Parece que nenhum personagem sua, tropeça ou fala algo que uma pessoa real diria.

É o tipo de filmografia que parece viver numa bolha estilizada onde nada realmente importa — nem os conflitos, nem as escolhas, nem o próprio clímax.

James Van Der Beek aparece e… bem, é isso

A participação de James Van Der Beek quase funciona como um lembrete de que existe vida lá fora, no cinema que não tem medo de ser visceral, verdadeiro e imperfeito. Ele faz seu papel, entrega presença, e vai embora — deixando um vazio que o resto do elenco não consegue preencher.

Mas afinal: vale a pena assistir?

Se você gosta de filmes adolescentes que abraçam o clichê com força, talvez encontre aqui algo divertido. O problema é que O Bad Boy e Eu não abraça nada: ele hesita, titubeia, tenta ser profundo e fofo ao mesmo tempo, e acaba não sendo nenhum dos dois.

Para quem busca:

  • química real entre protagonistas,
  • conflitos bem construídos,
  • diálogos naturais,
  • ou qualquer coisa que fuja do óbvio…

…a resposta sincera é: não, não vale a pena assistir.

Mas se o que você quer é apenas deixar o cérebro em modo descanso, aceitar um romance de fórmulas prontas e aproveitar uma ou outra cena bonita de dança, então talvez o filme funcione como passatempo — desses que você esquece cinco minutos depois de terminar.

Filmagens de Superman: O Homem do Amanhã começam em abril, confirma Nicholas Hoult

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O universo cinematográfico da DC voltou a ganhar força entre os fãs após uma revelação direta de Nicholas Hoult, intérprete de Lex Luthor. Durante a Peru Con 25, o ator contou, em tom bem-humorado, que as filmagens de O Homem do Amanhã começam em abril. Sem adiantar detalhes para evitar problemas com o estúdio, Hoult apenas confirmou o essencial: a produção engrena em poucos meses. O longa está previsto para chegar aos cinemas em 2027, depois das estreias de Supergirl e da série Lanternas, que devem preparar o terreno para a nova fase do DCU. As informações são do Omelete.

A sequência se inspira na HQ Superman: Man of Tomorrow, uma das versões mais modernas da origem do herói. A trama do quadrinho acompanha um Clark Kent ainda em construção, dividido entre sua vida simples em Smallville, seus primeiros passos como estagiário no Planeta Diário e a responsabilidade crescente de ser alguém capaz de salvar o mundo. Conhecido inicialmente pela imprensa como “Homem Voador”, Clark vive essa fase de descobertas e erros enquanto tenta entender seu papel na Terra.

O ponto de virada acontece quando Clark acompanha o lançamento de um telescópio espacial criado pela LexCorp. Lois Lane, sempre incisiva, expõe falhas gravíssimas no projeto, acusando Lex Luthor de negligência. A revelação coloca Metrópolis em perigo e termina com o empresário sendo preso, consolidando o início da rivalidade entre os dois. Paralelamente, Clark faz amizade com Rudy Jones, zelador dos Laboratórios STAR, que lhe revela pesquisas envolvendo tecnologia alienígena, informações que acabarão tendo consequências desastrosas.

O rumo da história muda de vez quando os Laboratórios STAR detectam um objeto extraterrestre. Clark investiga o caso e acaba enfrentando Lobo, um caçador de recompensas intergaláctico que aparece disposto a capturá-lo. Ele revela que há uma recompensa pela cabeça do “último kryptoniano”. No confronto, Clark descobre sua fraqueza à kryptonita enquanto Rudy acaba exposto a uma substância alienígena que altera completamente seu corpo e destino. A luta também desperta a atenção de uma figura misteriosa, observando tudo à distância.

Essa figura logo se revela como J’onn J’onzz, o Caçador de Marte. Ele se apresenta aos Kents e conta a Clark sua versão sobre a destruição de Krypton, oferecendo respostas que o jovem kryptoniano jamais teve. J’onn acredita que a humanidade ainda não está pronta para um herói tão poderoso, um conflito que coloca os dois em lados opostos quanto ao futuro da Terra e ao papel de Clark no mundo.

Enquanto tenta entender quem é e o que representa, Clark recebe de Martha Kent o traje que se tornaria icônico. É nesse momento que a imprensa passa a chamá-lo oficialmente de Superman. Mas antes que ele possa assumir plenamente esse título, Rudy Jones desperta transformado em uma criatura capaz de absorver energia vital. O acidente o transforma no temido Parasita, um vilão poderoso o bastante para enfrentar Superman e ameaçar toda Metrópolis.

A batalha com o Parasita é devastadora. J’onn aparentemente morre queimado após tentar impedir o vilão, e Superman, enfraquecido, precisa buscar ajuda de quem menos esperava: Lex Luthor, ainda preso. A improvável aliança que também envolve Lobo monta um plano arriscado para deter o Parasita, explorando sua vulnerabilidade à kryptonita. Porém, quase tudo sai do controle, culminando em sacrifícios, mortes aparentes e uma destruição quase total da cidade.

No final, J’onn revela que fingiu sua morte usando seus poderes psíquicos, e Rudy, em um último gesto de humanidade, se sacrifica para impedir uma explosão na usina de Metrópolis, salvando milhares de vidas. A história se encerra com Superman finalmente se apresentando ao mundo como Kal-El, enquanto Lobo insinua que outros kryptonianos e marcianos podem estar vivos em algum lugar do universo. J’onn parte para buscá-los, deixando Clark diante de novas possibilidades e responsabilidades.

Com a excelente recepção do primeiro filme de Superman, que ultrapassou a marca de 610 milhões de dólares mundialmente, a expectativa para O Homem do Amanhã é alta. James Gunn retorna na direção e no roteiro, trazendo de volta David Corenswet como Clark Kent, Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como Lex Luthor. Além deles, a Gangue da Justiça também deve retornar, com Nathan Fillion, Isabela Merced, Edi Gathegi e Anthony Carrigan reprisando seus papéis.

HBO Max divulga trailer de Dona Beja e aposta em uma superprodução que resgata o Brasil colonial com olhar contemporâneo

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A HBO Max divulgou na última terça, 25, o primeiro trailer de Dona Beja, novela original que será lançada em 2 de fevereiro e que desponta como uma das produções mais ambiciosas já desenvolvidas pela plataforma no Brasil. O material promocional apresenta parte da escala da obra, que combina investimento robusto, preocupação estética e um olhar contemporâneo para a reconstrução do passado.

Com fotografia sofisticada, pesquisa histórica evidente e uma abordagem narrativa que dialoga com o público atual, o trailer antecipa uma releitura de Ana Jacinta de São José, figura central do folclore e da memória cultural brasileira. A prévia reacende o interesse em torno de uma das personagens mais emblemáticas da ficção nacional, ao mesmo tempo em que destaca a força dramática da protagonista e seu impacto simbólico no imaginário coletivo.

Ambientada no início do século XIX, a produção propõe uma viagem a um Brasil em plena transição, marcado por desigualdades sociais, disputas de poder e tensões políticas que moldavam o cotidiano da época. Nesse cenário, a trajetória de Ana Jacinta surge como um retrato de resistência e ruptura, evidenciando o papel de uma mulher que desafiou as convenções de sua sociedade e transformou-se em lenda.

Uma releitura que preserva o legado e amplia o debate contemporâneo

Inspirada na clássica novela exibida pela Rede Manchete em 1986, Dona Beja retorna ao público em um contexto completamente diferente. A nova adaptação, assinada pela Floresta, busca honrar a força da produção original ao mesmo tempo em que amplia discussões atuais sobre autonomia feminina, poder político e tensões sociais ainda presentes no país.

O argumento é de Renata Jhin, com adaptação de António Barreira e Daniel Berlinsky. A produção conta ainda com colaboração de Maria Clara Mattos, Cecília Giannetti, Clara Anastácia e Ceci Alves, que imprimem à narrativa uma perspectiva contemporânea sem abrir mão da densidade histórica. A direção artística é conduzida por Hugo de Sousa, acompanhado por Bia Coelho, Rogério Sagui e João Bolthauser.

Grazi Massafera assume o papel de Beja, interpretando-a com uma combinação de fragilidade, magnetismo e força. David Junior dá vida a Antônio, seu grande amor e também o centro das maiores tensões emocionais da trama. O elenco conta ainda com nomes como André Luiz Miranda, Bianca Bin, Indira Nascimento, Erika Januza, Deborah Evelyn, Otávio Muller e Isabela Garcia.

A relevância histórica de Ana Jacinta para a nova geração

A personagem que inspira a novela não é apenas um mito da teledramaturgia, mas uma figura histórica real, nascida em 1800 em Minas Gerais. Ana Jacinta de São José, cuja vida foi marcada por violência, resistência e ascensão social, tornou-se símbolo de coragem e independência em um contexto onde mulheres tinham pouco espaço para exercer sua autonomia.

A HBO Max aposta na força dessa trajetória para dialogar com temas contemporâneos ligados à emancipação feminina e à reinterpretação da memória nacional. A própria condução do trailer ressalta o poder narrativo de uma história centrada no olhar da protagonista, destacando seus embates com homens influentes, sua inteligência estratégica e sua capacidade de subverter estruturas sociais.

O enredo: amor, poder e sobrevivência no interior de Minas Gerais

Ambientada em 1815, a trama acompanha a juventude de Beja em Araxá, onde ela é apresentada como uma jovem de personalidade marcante e beleza incomum. A narrativa sofre sua primeira grande ruptura quando a protagonista é sequestrada pelo próprio avô, José Alves, interpretado por Roberto Bomtempo. O acontecimento, traumático e violento, define grande parte de sua trajetória e separa Beja de seu amor de juventude, Antônio.

Manipulado pela mãe, Ceci, vivida por Deborah Evelyn, Antônio cresce acreditando ter sido abandonado por Beja. Ao retornar ao Brasil, ele se casa com Angélica, papel de Bianca Bin, em uma união construída sobre culpa, traição emocional e a força das convenções sociais da época.

Enquanto isso, Beja passa anos sob domínio do avô, mas gradualmente conquista liberdade e espaço entre a elite mineira. Inteligente e carismática, ela se torna uma mulher influente, negociando joias, adquirindo terras e construindo um império pessoal em um ambiente dominado por homens. Ao retornar a Araxá, confronta uma cidade que a vê com fascínio e ressentimento, tornando-se alvo de intrigas e disputas políticas.

A tensão com Antônio cresce à medida que ambos se reencontram. Dividido entre o amor antigo e o casamento estabelecido, ele dinamiza a trama com conflitos emocionais intensos. Diante da rejeição e da hipocrisia social, Beja toma uma decisão ousada: abrir um bordel de luxo. A casa rapidamente se transforma em reduto de poder, escândalo e influência, provocando reações extremas entre as famílias tradicionais.

As mulheres em disputa: redes de poder e resistência

A presença de Beja em Araxá reorganiza afetos, alianças e disputas. Ceci, mãe de Antônio, torna-se sua principal adversária e mobiliza uma rede de mulheres influentes para tentar destruir sua reputação. Idalina e Genoveva, interpretada por Isabela Garcia, estão entre as aliadas de Ceci, assim como Augusta, vivida por Kelzy Ecard, esposa do juiz Honorato Costa Pinto, papel de Otávio Muller.

Essas personagens representam a complexa teia social da época, marcada por rivalidades pessoais, ambições políticas e tensões morais que moldam boa parte da narrativa.

Paralelamente, a novela aborda dramas familiares que ampliam o painel social de Araxá. Entre eles, a história de Carminha, interpretada por Catharina Caiado, filha do juiz, que retorna grávida da Corte e é forçada a oficializar um casamento com o professor Gaudêncio, sem que ele tenha conhecimento da verdadeira paternidade da criança. O núcleo adiciona nuances importantes sobre moralidade, repressão e o peso das expectativas sobre as mulheres.

Outra frente essencial da trama é a trajetória de Josefa, interpretada por Thalma de Freitas, que vive um casamento infeliz com José Carneiro, papel de Luciano Quirino. Ainda presa às memórias do amor de juventude, representado por Avelino (Lucas Wickhaus), Josefa passa a enfrentar dilemas que abalam sua estrutura emocional e reverberam em toda a cidade.

NBA estreia sua primeira série documental produzida no Brasil e acompanha a jornada de Gui Santos ao topo do basquete mundial

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A NBA inaugura uma nova etapa de sua presença no país ao lançar Gui Santos do Brasil, a primeira série documental original da liga produzida no Brasil e dedicada ao público brasileiro. A produção narra, com sensibilidade e profundidade, a trajetória de Gui Santos, ala do Golden State Warriors e atualmente o único jogador brasileiro na temporada 2025–2026 da NBA. A série revela não apenas o atleta, mas o jovem que deixou o Brasil para perseguir um sonho considerado inalcançável por muitos: construir carreira no mais alto nível do basquete mundial.

A estreia acontece no dia 4 de dezembro, durante a CCXP 2025, no São Paulo Expo. Pela primeira vez, a NBA terá um espaço oficial no evento, em uma área imersiva de 540 m², que une basquete, entretenimento e estilo de vida. O público encontrará ativações interativas, uma minicourt, uma pop-up da NBA Store, itens de memorabilia e transmissões ao vivo produzidas diretamente do estande.

Um olhar íntimo e raro sobre a vida de Gui Santos

A série, que será disponibilizada ao público no canal da NBA Brasil no YouTube, é composta por seis episódios que acompanham Gui em diferentes fases de sua jornada dentro e fora das quadras. O documentário abre as portas para o cotidiano do atleta em San Francisco, registra bastidores de treinos, conversas com companheiros de equipe e momentos de intimidade com familiares e amigos.

Mais do que registrar feitos esportivos, Gui Santos do Brasil busca compreender a pessoa por trás do uniforme. A produção destaca o esforço silencioso, o amadurecimento emocional e os desafios de cultivar raízes longe de casa, um panorama que humaniza e aproxima Gui dos fãs brasileiros, que o acompanham desde o início.

Da infância no Brasil às luzes da NBA: uma trajetória em movimento

Sob direção de Tarian Chaud, a série constrói uma narrativa visual que atravessa fronteiras e revisita lugares fundamentais na formação do atleta. As filmagens passaram por São Paulo, Brasília, São Francisco, Chicago e Cleveland, compondo um mosaico que revela como diferentes geografias moldaram sua personalidade e sua performance.

Amigos, familiares e antigos treinadores participam do documentário e ajudam a reconstruir o caminho de Gui, da descoberta do basquete ainda criança ao momento em que vestiu, pela primeira vez, a camisa do Golden State Warriors. Essas vozes reforçam o impacto transformador da sua jornada e a importância do apoio comunitário para que um talento brasileiro floresça em um cenário global.

O orgulho de representar o Brasil na principal liga de basquete do mundo

O documentário também celebra a responsabilidade de Gui Santos em ser o único brasileiro atuando na NBA na temporada atual. Para ele, a experiência vai além da disputa dentro das quadras e envolve representar uma cultura, uma identidade e uma legião de torcedores que se vêem refletidos em sua trajetória.

Gui aparece em cena dividido entre o peso e a alegria dessa representatividade. Entre treinos exaustivos, viagens constantes e a pressão por resultados, a série o acompanha em momentos de silêncio, reflexão e também celebração, evidenciando o equilíbrio delicado entre disciplina e humanidade que sustenta sua carreira.

Novo trailer do episódio 6 de It Bem-Vindos a Derry intensifica o clima de terror antes da estreia desta noite

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A HBO divulgou um novo trailer do episódio 6 de It: Bem-Vindos a Derry e, como era esperado, a prévia rapidamente despertou o interesse dos fãs de Stephen King e do universo sombrio que envolve Pennywise. O próximo capítulo da série vai ao ar neste domingo, 30 de novembro, às 23h, tanto na TV quanto no streaming da HBO, e o trailer recém-lançado já aponta que a história vai mergulhar ainda mais fundo nos segredos que assombram a pequena cidade do Maine. Abaixo, confira o vídeo:

S érie funciona como uma prequência direta dos filmes It A Coisa e It Capítulo Dois, retornando aos anos 1960 para explorar eventos que antecedem o despertar do mal definitivo apresentado no cinema. A série, desenvolvida por Andy Muschietti, Barbara Muschietti e Jason Fuchs, preserva a atmosfera angustiante que marcou as adaptações anteriores e investe ainda mais nos elementos psicológicos e no terror silencioso que se esconde por trás do cotidiano aparentemente tranquilo da cidade. Dessa vez, acompanhamos uma família afro-americana que se muda para Derry em 1962, justamente quando uma menina desaparece e a cidade começa a revelar sua verdadeira face. O deslocamento dessa família em um lugar historicamente hostil já cria tensão suficiente, mas a narrativa rapidamente deixa claro que há algo muito maior e mais sinistro pairando sobre todos.

O trailer do sexto episódio reforça essa espiral de medo, mostrando flashes rápidos de cenas perturbadoras, olhares assustados e símbolos que remetem diretamente ao legado de Pennywise. Bill Skarsgård retorna ao papel que redefiniu sua carreira e reaparece na prévia de maneira enigmática, quase como uma promessa de que o terror mais visceral está prestes a ser desencadeado. Sem revelar muito, o vídeo sugere que os horrores começam a se intensificar à medida que os personagens se aproximam da verdade sobre o que realmente assombra Derry. Há uma sensação crescente de que o mal está prestes a emergir de uma forma mais direta, e o episódio promete ligar pontos que a série vem construindo desde sua estreia.

O elenco formado por Jovan Adepo, Taylour Paige, Chris Chalk, James Remar, Stephen Rider, Madeleine Stowe e Rudy Mancuso continua a entregar atuações marcadas por medo, perplexidade e vulnerabilidade emocional, o que torna o avanço da história ainda mais envolvente. Esse retorno à Derry se diferencia dos filmes por dedicar mais tempo às relações humanas e ao impacto psicológico de viver em um lugar onde o mal parece se esconder em cada sombra. A série, até aqui, tem sido elogiada justamente por isso: um terror que cresce não apenas pelos sustos, mas pela forma como o medo se infiltra lentamente na rotina, na convivência e nas memórias dos personagens.

Universal celebra duas décadas de Orgulho e Preconceito com retorno especial aos cinemas brasileiros

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A Universal Pictures dá início a uma homenagem cheia de nostalgia e elegância a um dos romances mais emblemáticos do cinema moderno: Orgulho e Preconceito. Em celebração aos 20 anos de seu lançamento, o estúdio promove uma reestreia especial do longa dirigido por Joe Wright, permitindo que o público reviva — ou descubra pela primeira vez — a beleza e a delicadeza dessa obra que marcou gerações. A partir desta quarta-feira, 11 de dezembro, o filme volta às salas brasileiras com exibições em 2D e cópias legendadas, em sessões distribuídas pelas principais redes de cinema do país.

Lançado originalmente em 2005, o filme conquistou críticas entusiasmadas e quatro indicações ao Oscar, destacando-se por sua direção sensível, sua fotografia arrebatadora e a força de suas interpretações. O roteiro de Deborah Moggach adaptou com fidelidade e frescor o clássico de Jane Austen, obra que permanece como um marco da literatura inglesa e um retrato afiado das convenções sociais e dos dilemas afetivos do início do século XIX. A atuação de Keira Knightley como Elizabeth Bennet marcou sua carreira, trazendo à protagonista uma aura de inteligência, ousadia e vulnerabilidade que até hoje ressoa entre leitores e espectadores.

Ao retornar aos cinemas, Orgulho e Preconceito retoma sua narrativa imersiva na Inglaterra rural, onde a família Bennet convive com a pressão constante por casamentos vantajosos em meio a limitações financeiras. A chegada do gentil Sr. Bingley e de seu reservado amigo Sr. Darcy transforma a rotina do vilarejo e desencadeia uma trama de encontros, mal-entendidos, tensões emocionais e descobertas pessoais. A relação entre Elizabeth e Darcy, construída entre julgamentos precipitados, orgulho ferido e uma crescente admiração, permanece como uma das histórias de amor mais celebradas do cinema contemporâneo.

O filme também se destaca por sua riqueza estética, que valoriza paisagens campestres, interiores históricos e figurinos que dialogam com a elegância da época. A câmera de Wright — marcada por movimentos fluidos e composições que exploram o silêncio, o olhar e a emoção contida — ajuda a transformar cenas simples em momentos memoráveis. O baile de Netherfield, a caminhada ao amanhecer e o reencontro em Pemberley continuam a ser lembrados como ícones cinematográficos, celebrados não apenas pelos fãs de Austen, mas por amantes de romances em geral.

A reestreia também reacende a discussão sobre o impacto cultural duradouro do filme. Em duas décadas, Orgulho e Preconceito influenciou produções audiovisuais, inspirou debates sobre feminilidade, independência feminina e dinâmicas sociais, e consolidou Keira Knightley e Matthew Macfadyen como uma das duplas mais carismáticas do gênero. O longa se tornou referência para adaptações literárias posteriores e segue como porta de entrada para novos leitores da obra de Jane Austen.

Além disso, o retorno às telas oferece ao público a possibilidade de vivenciar o filme em sua plenitude visual. Para muitos fãs, será a primeira oportunidade de assistir à produção em tela grande, percebendo nuances que se perdem na exibição doméstica — desde a textura da fotografia até os detalhes sonoros que enriquecem os diálogos e os momentos de silêncio. Para quem já acompanhou o filme inúmeras vezes, trata-se de um reencontro afetivo com uma narrativa que permanece viva, relevante e profundamente humana.

A Universal reforça que a programação pode variar de acordo com cada rede exibidora, e recomenda que os espectadores consultem os horários diretamente nos sites ou aplicativos dos cinemas. A celebração dos 20 anos de Orgulho e Preconceito promete não apenas reafirmar o status do filme como um clássico contemporâneo, mas também proporcionar uma experiência cinematográfica que une gerações através de uma história atemporal sobre amor, escolhas e a coragem de desafiar convenções.

Crítica – Eternidade é um filme que emociona, mas não escapa de escolhas seguras

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Eternidade”, novo longa dirigido por David Freyne, parte de uma premissa naturalmente comovente: após 65 anos de casamento, Larry e Joan morrem com poucos dias de diferença e se reencontram em um mundo intermediário. Ali, cada alma tem uma semana para escolher onde passará o resto da eternidade. O reencontro, que deveria apontar para um desfecho reconfortante, torna-se inesperadamente complexo quando o primeiro marido de Joan, morto na guerra, ressurge após esperar por ela durante 67 anos. Esse triângulo amoroso inusitado funciona como motor da narrativa e, ao mesmo tempo, expõe as virtudes e limitações de um filme que é sensível, porém familiar.

Freyne aposta em um universo futurista esteticamente bem resolvido, com elementos visuais que ajudam a construir um limbo coerente e intrigante. Há, de fato, cuidado na criação desse pós-vida, que funciona como cenário e como metáfora para as zonas cinzentas das relações humanas. Ainda assim, apesar da ambientação elaborada, a obra prefere seguir caminhos bastante seguros no que diz respeito à estrutura dramática.

O roteiro apresenta sutilezas interessantes, sobretudo quando se recusa a transformar qualquer um dos pretendentes de Joan em antagonista. É um gesto louvável dentro de um gênero acostumado a simplificações, e que aqui ganha uma leitura mais madura. No entanto, essa mesma delicadeza narrativa também impede o filme de explorar com mais ousadia o peso dessa escolha. A jornada emocional da protagonista é consistente, mas raramente surpreendente.

O humor, aplicado em doses moderadas, flerta com o sombrio e contribui para equilibrar o tom melancólico. Funciona bem quando surge de forma natural, mas nem sempre encontra o ritmo ideal para sustentar o impacto emocional que o filme deseja alcançar. Em certos momentos, a comédia surge como respiro; em outros, como uma tentativa de suavizar conflitos que poderiam ter sido tratados com mais profundidade.

Ainda assim, é inegável que o longa provoca questionamentos relevantes. A ideia de um pós-vida burocratizado, onde decisões definitivas são tomadas em poucos dias, abre espaço para reflexões sobre luto, memória e responsabilidade afetiva. O público inevitavelmente se coloca no lugar de Joan: seria possível escolher uma eternidade sabendo que pessoas queridas ainda permanecem vivas? A dúvida é real e incômoda, e o filme ganha força justamente quando explora essa ambiguidade.

O trio central sustenta boa parte dessa autenticidade emocional. Elizabeth Olsen entrega uma protagonista sensível, construída a partir de pequenos gestos, ainda que confinada em um arco previsível. Miles Teller e Callum Turner, por sua vez, compõem figuras empáticas sem recorrer à caricatura, tornando o triângulo amoroso genuíno o suficiente para manter o espectador comprometido. O elenco de apoio funciona dentro do que é proposto, dando textura ao universo do pós-vida sem nunca roubar a cena.

No conjunto, “Eternidade” é um filme eficaz, capaz de emocionar e de carregar o espectador até o fim. Entretanto, essa eficiência também denuncia certa falta de ambição. A obra se contenta em ser delicada quando poderia arriscar mais; prefere o seguro quando teria espaço para tensionar as estruturas tradicionais da comédia romântica. Não reinventa o gênero, tampouco pretende fazê-lo, mas encontra conforto em uma fórmula que equilibra sensibilidade e previsibilidade.

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