Aaron Sorkin prepara A Rede Social: Parte II — e promete mostrar o lado sombrio do império Facebook

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Em 2010, A Rede Social chegou aos cinemas como um soco elegante e preciso, revelando ao mundo os bastidores turbulentos da criação do Facebook. Era o retrato de uma geração que trocou dormitórios por escritórios, amizades por ações, e emoções por algoritmos. Agora, quase 15 anos depois, Aaron Sorkin está pronto para retomar essa história — mas com um olhar muito mais crítico, ácido e, talvez, necessário.

Segundo o Deadline, o roteirista vencedor do Oscar assumirá também a direção de A Rede Social: Parte II, em parceria com a Sony Pictures. Mas atenção: apesar do nome provisório, não se trata de uma sequência tradicional, daquelas que apenas atualizam o status dos personagens. O novo filme será uma “continuação” — um salto narrativo e moral — inspirado nos impactos reais que o Facebook provocou no mundo.

De startup genial a gigante polêmico

Lembra de quando o Facebook parecia só um site azul onde reencontrávamos amigos do ensino médio? Pois é. O mundo virou outra coisa — e a rede social também. Nos últimos anos, o Facebook passou a ser associado a escândalos envolvendo manipulação de dados, influência em eleições, colapso de privacidade, crises de saúde mental e até violência política.

O novo roteiro de Sorkin tem como ponto de partida as revelações bombásticas da série de reportagens The Facebook Files, publicada pelo Wall Street Journal em 2021. Os artigos trouxeram à tona documentos internos e relatos de ex-funcionários que mostravam como a empresa sabia, com precisão cirúrgica, dos efeitos nocivos de suas próprias práticas — e ainda assim, optava por não agir.

Sorkin, que por anos hesitou em escrever uma continuação por não encontrar “o momento certo”, revelou em entrevistas passadas que os eventos de 6 de janeiro de 2021 (a invasão do Capitólio nos EUA) foram um estopim criativo. Embora o novo filme não seja sobre esse episódio específico, ele deve abordar o clima de tensão e desinformação que envolveu as eleições americanas de 2020 — e o papel central das redes sociais nesse processo.

Não é apenas sobre Zuckerberg — é sobre todos nós

Se no primeiro filme vimos Jesse Eisenberg construir um império digital em meio a traições, egos e processos judiciais, o novo capítulo promete um foco menos biográfico e mais sistêmico. Segundo fontes ligadas à produção, a história vai explorar o efeito da rede social sobre adolescentes e pré-adolescentes, a proliferação de discursos de ódio e os impactos do Facebook em comunidades fora dos EUA — especialmente em países onde a plataforma se tornou praticamente sinônimo de internet.

É uma mudança de escopo e de tom. Agora, o protagonista parece ser o próprio mundo, à mercê de algoritmos que decidem o que vemos, sentimos e até votamos.

Aaron Sorkin na direção: um novo olhar sobre a mesma fera

Dessa vez, David Fincher — responsável pela estética fria e cortante do primeiro filme — fica de fora. Aaron Sorkin, que desde então dirigiu títulos como Os 7 de Chicago e A Grande Jogada, assume as rédeas também por trás das câmeras. E com isso, a expectativa é de um filme mais carregado de política, dilemas éticos e críticas sociais afiadas.

Sorkin nunca escreveu apenas sobre tecnologia — ele escreve sobre poder, sobre as falhas humanas por trás das grandes ideias. E se o primeiro filme nos mostrou o gênio, agora parece a hora de encarar o monstro.

E o elenco? Velhos conhecidos ou novos rostos?

Ainda não há confirmação oficial de quem retorna. Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake e Armie Hammer marcaram presença no original, mas o novo foco da narrativa pode abrir espaço para novos nomes, novos rostos e novos protagonistas. Afinal, esta não é mais apenas a história de Zuckerberg — é sobre os efeitos colaterais de seu legado.

A nova era exige um novo roteiro

Se antes o Facebook era a promessa de um mundo mais conectado, hoje ele é símbolo das contradições digitais: aproxima e afasta, informa e manipula, acolhe e adoece. Aaron Sorkin parece entender que a continuação de A Rede Social não precisa apenas mostrar o que aconteceu — mas questionar o que estamos nos tornando.

Darren Aronofsky está de volta com o insano thriller Ladrões, que estreia em 28 de agosto no Brasil

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Imagine que seu vizinho excêntrico desaparece e te deixa cuidando de seus gatos. Agora imagine que, por causa disso, você se torna alvo de gângsteres violentos, é perseguido pelas ruas de Nova York e nem sequer sabe o motivo. Esse é o ponto de partida de “Ladrões”, novo filme de Darren Aronofsky — e, sim, tem um gato no meio de tudo isso.

Com estreia marcada para 28 de agosto nos cinemas brasileiros, o longa acaba de ganhar pôster oficial e promete ser um dos thrillers mais caóticos (e estilosos) do ano.

⚾ Um ex-jogador de beisebol, um favor inocente e um inferno urbano

Austin Butler (o Elvis de Baz Luhrmann) interpreta Hank Thompson, um ex-promessa do beisebol que agora serve drinks e vive discretamente em Nova York. Sua rotina vira do avesso quando Russ (vivido por Matt Smith, o Daemon de “A Casa do Dragão”) pede a ele um favor simples: cuidar dos seus gatos por alguns dias.

Mas Hank mal imagina que esse “sim” vai colocá-lo no radar de um grupo de criminosos sem escrúpulos, todos atrás de algo que — aparentemente — está com ele. O detalhe? Ele não tem ideia do que seja. E é aí que começa a espiral: perseguições, tiroteios, alucinações, um gato fofo e muito sangue.

🎬 Aronofsky em modo caos controlado

Depois de filmes como Cisne Negro, Mãe! e Réquiem para um Sonho, o diretor Darren Aronofsky retorna ao formato de ficção com um filme que mistura seus elementos favoritos: protagonistas à beira do colapso, tensão crescente e um mergulho no lado mais sujo (e simbólico) da cidade.

Baseado no romance “Caught Stealing”, de Charlie Huston — que também assina o roteiro —, o filme promete equilibrar humor sombrio com paranoia urbana, seguindo a tradição de histórias onde o azar encontra o absurdo e tudo desmorona diante de nossos olhos.

🌃 Elenco de peso (e um gato que rouba a cena)

Além de Butler e Smith, o elenco tem Zoë Kravitz (“The Batman”) em um papel misterioso, além de Regina King, Vincent D’Onofrio, Liev Schreiber, Carol Kane, Griffin Dunne e até o cantor Benito A. Martínez Ocasio — sim, o Bad Bunny, repetindo seu flerte com o cinema depois de Trem-Bala.

E sim, o gato tem um papel importante na história. A Sony Pictures já confirmou que o felino é peça-chave na confusão, funcionando como “catalisador” da trama — e, a julgar pelo pôster, pode até ser o personagem mais sensato do filme.

🎟️ Um mergulho imprevisível na paranoia urbana

“Ladrões” chega como um prato cheio para quem gosta de thrillers com cara de pesadelo urbano. Aquele tipo de história onde o protagonista está sempre um passo atrás da tragédia, e tudo pode (e vai) dar errado.

Com Aronofsky no comando, não espere respostas fáceis — mas prepare-se para tensão, reviravoltas e uma estética que vai do sujo ao estilizado em segundos. E, claro, para se perguntar: o que tem de tão importante naquele apartamento… e por que todo mundo quer tanto pegar esse gato?

Jeffrey Dean Morgan e Jay Duplass vão viver drama e segredos de família em “Sterling Point”, nova série do Prime Video

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Foto: Reprodução/ Internet

Já pensou herdar uma ilha do nada? Parece sonho, né? Mas no caso da nova série “Sterling Point”, que vem aí no Prime Video, o paraíso vem com boas doses de drama, passado mal resolvido e aquele climão de reunião de família que a gente só vê em terapia.

A novidade é que a produção ganhou nesta sexta (11) dois nomes de peso:
🔹 Jeffrey Dean Morgan — sim, o paizão de Sobrenatural e o pistoleiro sarcástico de The Boys
🔹 Jay Duplass, queridinho do universo indie, especialista em dramas que parecem calmaria, mas deixam o emocional todo embaralhado

🌊 Resumindo: herança misteriosa + gêmeos curiosos + ilha isolada = caos (do bom)

A série gira em torno de Annie e Connor, dois irmãos gêmeos que foram criados em Nova York pelo pai solteiro, achando que já tinham entendido a vida. Até que BAM! Descobrem que o avô (com quem nem falavam direito) morreu e deixou pra eles uma ilha em um lago. Herança nível “isso só acontece em série mesmo”.

E é claro que essa ilha não é só coqueiro e rede na varanda. Ela guarda memórias, traumas, perguntas não respondidas e, muito provavelmente, aquele climão silencioso que só um almoço em família consegue superar.

🎭 Drama com carinha de vida real (com uns choros no meio)

Criada e dirigida pela talentosíssima Megan Park (The Fallout), Sterling Point promete misturar emoção, humor delicado e tudo aquilo que a gente sente quando precisa revisitar o passado. Vai falar de irmandade, identidade, criação, luto e os nós invisíveis que unem ou afastam uma família. Mas tudo com aquela pegada sensível que faz a gente se apegar rapidinho.

E o elenco, além dos veteranos, tá recheado de nomes jovens promissores:

  • Ella Rubin como Annie
  • Keen Ruffalo (sim, filho do Mark Ruffalo!) como Connor
  • Amélie Hoeferle, Jacob Whiteduck-Lavoie, Bo Bragason e Daniel Quinn-Toye completam o time

📅 Quando estreia?

Ainda sem data certinha, mas a previsão é que Sterling Point desembarque no Prime Video em 2025. Ou seja: dá tempo de colocar o choro em dia e preparar a pipoca com guardanapo do lado.

👀 Por que a gente já tá viciado sem nem ter lançado?

Porque tem tudo o que a gente ama numa boa série:

  • drama familiar com segredos que vão sendo revelados aos poucos
  • paisagens lindas (mas com tensão no ar)
  • personagens cheios de camadas
  • aquele mix de riso nervoso + lágrima que escorre sem pedir permissão

Dica na Reserva Imovision – Em Rumo a Uma Terra Desconhecida é um drama palestino que revela o custo invisível da esperança

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Foto: Reprodução/ Internet

Já disponível no catálogo da Reserva Imovision, o premiado drama Em Rumo a Uma Terra Desconhecida (Vers Un Pays Inconnu) lança um olhar potente e profundamente humano sobre os impactos da crise migratória contemporânea. Dirigido pelo cineasta Mahdi Fleifel, o longa é uma narrativa austera, sensível e corajosa sobre dois jovens palestinos que apostam tudo na chance de recomeçar.

Aclamado em mais de 100 festivais internacionais, incluindo a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, o filme é um dos destaques recentes do cinema autoral europeu e se destaca por sua capacidade de traduzir em imagens o que tantas vezes se esconde nas estatísticas: o drama silencioso da esperança em exílio.

A história gira em torno de Chatila e Reda, primos que vivem como refugiados em Atenas. Cercados por instabilidade, burocracia e invisibilidade social, os dois buscam um novo começo na Alemanha. Para isso, decidem juntar recursos para comprar passaportes falsos — uma decisão que os leva a confrontar não apenas os perigos do submundo migratório, mas também dilemas éticos e perdas emocionais profundas. Quanto custa atravessar uma fronteira? E o que se deixa para trás quando se tenta reconstruir a própria vida?

Fleifel constrói o filme com sobriedade e realismo, sem apelar ao melodrama. Seus personagens não são símbolos idealizados, mas pessoas de carne e osso — movidas por fé, frustração, medo e desejo. A câmera, muitas vezes inquieta e próxima dos rostos, nos obriga a testemunhar cada escolha com desconforto e empatia.

Com 95 minutos de duração, o longa é uma experiência intensa, que propõe ao espectador um mergulho na intimidade daqueles que vivem à margem — não por escolha, mas por necessidade. Mais do que uma crítica social, Em Rumo a Uma Terra Desconhecida é um chamado à escuta, à reflexão e à humanidade.

Bambi: The Reckoning ganha prévia assustadora e transforma clássico em slasher brutal

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Um dos personagens mais sensíveis da história da animação agora ganha contornos sombrios e assustadores. Em Bambi: The Reckoning, o clássico cervo da floresta retorna às telas de forma irreconhecível, reimaginado como uma força implacável de vingança e destruição. A nova produção de terror dos criadores de Ursinho Pooh: Sangue e Mel (2023) estreia nos cinemas dos Estados Unidos no próximo dia 25 de julho e faz parte do controverso universo que transforma figuras da infância em protagonistas de histórias sangrentas.

Nova prévia antecipa o clima de tensão e horror

Divulgado nesta quarta-feira (16), o novo trecho do filme reforça o tom de suspense que a produção pretende entregar. No vídeo, uma mulher observa atentamente o lado de fora de uma janela, enquanto uma criança folheia desenhos que remetem à figura de um cervo. Aos poucos, o ambiente vai sendo tomado por uma atmosfera estranha — até que mãe e filho testemunham algo perturbador, encerrando a cena em um silêncio carregado de tensão.

Essa introdução prepara o terreno para a história de Xana (Roxanne McKee, de Game of Thrones) e Benji (Tom Mulheron, de The Last Kingdom), mãe e filho que sofrem um acidente de carro em uma floresta remota. Feridos e desorientados, os dois acabam se tornando alvos de uma criatura misteriosa e violenta — uma nova e terrível versão de Bambi.

Da delicadeza ao pesadelo: a reinvenção de um clássico

Muito distante do tom lírico do longa original de 1942, Bambi: The Reckoning resgata a dor da perda — mas agora sob o olhar de um filme slasher, repleto de cenas gráficas e estética angustiante. A figura do cervo, marcada pela orfandade na infância de muitas gerações, é convertida em símbolo de fúria, agindo como uma máquina de matar movida por instinto e trauma.

A produção integra o chamado Twisted Childhood Universe, iniciativa da Jagged Edge Productions em parceria com a ITN Studios. O mesmo universo já trouxe à tona Ursinho Pooh: Sangue e Mel e prepara outros títulos como Peter Pan’s Neverland Nightmare e Pinocchio: Unstrung — todos com o objetivo de revisitar a cultura pop infantil por meio da linguagem do horror contemporâneo.

Criação, direção e proposta estética

O longa é dirigido por Dan Allen (Unhinged), com roteiro de Rhys Warrington (It Came from Below), que apostam em uma abordagem intensa e visualmente agressiva. Com locações em florestas densas e iluminação dramática, a proposta é criar uma experiência claustrofóbica para o espectador. A direção de arte aposta em elementos naturais distorcidos e criaturas animalescas que flertam com o surreal, mas sem abrir mão da brutalidade física típica do gênero slasher.

Entre a crítica e o fascínio do público

Assim como outras produções do mesmo universo, Bambi: The Reckoning tem dividido opiniões. Enquanto parte do público celebra a ousadia de subverter ícones infantis e inseri-los em narrativas de terror, críticos mais tradicionais questionam os limites do revisionismo cultural e os riscos da exploração comercial da nostalgia.

Ainda assim, o filme chega com forte apelo entre os fãs do cinema de horror alternativo, especialmente os que apreciam a estética trash, o gore e os elementos caricatos de produções B. Há também uma leitura mais simbólica: a infância ferida pelo abandono e pela perda pode, aqui, se transformar em força selvagem — ainda que essa força venha acompanhada de sangue.

Lançamento e expectativa

A estreia nos Estados Unidos está confirmada para o dia 25 de julho, em salas selecionadas. Ainda não há confirmação oficial sobre o lançamento no Brasil, mas é possível que o longa chegue via plataformas digitais, como ocorreu com títulos anteriores do mesmo universo.

Dica no Viki | “Assassinos de Corações” entrega romance perigoso e segredos em série envolvente

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Imagina só: você recebe uma missão secreta, precisa se infiltrar em uma hamburgueria suspeita, e quem aparece por trás do balcão é justamente aquele alguém com quem você teve uma noite inesquecível. Não dá pra dizer que a vida de Kant é monótona.

Essa é a premissa eletrizante — e deliciosamente caótica — de “Assassinos de Corações”, nova série tailandesa disponível no Viki que mistura romance, suspense e muitas reviravoltas. Mas mais do que uma história de investigação, essa produção mergulha fundo em emoções cruas, desejos não resolvidos e dilemas que fazem qualquer coração bater mais forte… ou se perder completamente.

Entre tatuagens, hambúrgueres e segredos

Kant (interpretado pelo carismático First Kanaphan Puitrakul) é tatuador e vive uma rotina aparentemente tranquila — até receber um pedido nada comum: ajudar a polícia se infiltrando em uma hamburgueria administrada por dois irmãos suspeitos de envolvimento em crimes graves.

Só que a missão toma um rumo totalmente inesperado quando Kant descobre que Bison (Khaotung Thanawat Ratanakitpaisan), o irmão mais novo e igualmente enigmático, é alguém que ele conhece muito bem. Uma noite do passado, cheia de química e promessas não ditas, agora volta à tona no pior (ou melhor?) momento possível.

Na tentativa de arrancar informações, Kant decide usar o charme e seduzir Bison, mas tudo se complica com a presença constante de Fadel (Joong Archen Aydin), o irmão mais velho e super protetor, que parece disposto a tudo para manter Bison longe de qualquer ameaça — inclusive Kant.

Amor e tensão no ar (e na chapa)

É aí que entra em cena Style (Dunk Natachai Boonprasert), o melhor amigo de Kant. Ele não só tem o dom de mexer com motores, como também com o coração de Fadel — com quem tem um passado cheio de faíscas mal resolvidas. A ideia? Usar Style para distrair Fadel. Mas o plano, claro, não sai tão simples quanto parece.

A cada episódio, alianças se formam e se desfazem, sentimentos se confundem e o perigo se aproxima. O que parecia só mais uma missão, se transforma em um tabuleiro emocional onde ninguém joga limpo — e onde o coração pode ser a peça mais frágil de todas.

Mais do que BL: é sobre dilemas reais em um mundo fora do comum

Assassinos de Corações entrega muito mais do que os fãs de BL (boys love) estão acostumados. Sim, tem química, olhares intensos, tensão sexual e momentos de cortar a respiração — mas também tem profundidade emocional, temas delicados, e personagens que estão longe de serem estereótipos.

Eles amam, erram, protegem, se arrependem. São irmãos, amigos, amantes e suspeitos ao mesmo tempo. O passado de cada um pesa, e o futuro parece sempre por um fio. A série te faz rir num episódio e chorar no outro — tudo com uma direção refinada de Jojo Tichakorn Phukhaotong, que sabe exatamente quando acelerar e quando deixar o silêncio falar por si.

Elenco que entrega alma, suor e intensidade

A escolha do elenco é um verdadeiro presente para quem acompanha a nova geração do BL tailandês. First Kanaphan Puitrakul (de The Shipper e Not Me) interpreta Kant com sensibilidade e entrega emocional genuína, equilibrando carisma com vulnerabilidade. Ao seu lado, Khaotung Thanawat Ratanakitpaisan (conhecido por The Eclipse e Moonlight Chicken) dá vida a Bison, um personagem enigmático e intenso, com um passado cheio de camadas.

Joong Archen Aydin (de Star and Sky: Sky in Your Heart e Hidden Agenda) assume o papel de Fadel, o irmão mais velho, com uma presença marcante e protetora, trazendo força e emoção à trama. Já Dunk Natachai Boonprasert (visto em Vice Versa e Our Skyy 2) interpreta Style com charme, leveza e um toque de rebeldia, equilibrando tensão e humor nos momentos certos.

Completam o elenco Pepper Phanuroj Chalermkijporntavee (de Bad Buddy) e JJ Chayakorn Jutamas (de The Warp Effect), que contribuem com nuances e ritmo à história. A direção é assinada por Jojo Tichakorn Phukhaotong (responsável por obras como 3 Will Be Free e Friend Zone), conhecido por sua capacidade de combinar estética arrojada com profundidade emocional.

Todos sob a batuta criativa de Jojo Tichakorn, que já tem no currículo outras joias do gênero e prova mais uma vez que sabe conduzir tramas ousadas com sensibilidade e identidade visual marcante.

Vale a pena assistir?

Sim — e não só pela estética caprichada ou pelos atores que já são queridinhos da fanbase BL. Assassinos de Corações vale pela narrativa provocante, pela forma como brinca com temas como desejo, lealdade, culpa e redenção. Vale pela coragem de explorar os sentimentos masculinos com delicadeza e intensidade. E, claro, pelo combo irresistível de suspense e romance.

Onde assistir?

📺 Assassinos de Corações
📍 Disponível no Viki

Lollipop Chainsaw está de volta: nova série de jogos e anime anunciados em parceria entre Grasshopper Manufacture e Nada Holdings

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Nesta semana, fãs de Lollipop Chainsaw receberam a notícia com aquela mistura gostosa de surpresa e empolgação: a franquia vai ganhar um novo jogo e, de quebra, uma adaptação em anime. O anúncio feito pelas empresas Grasshopper Manufacture e Nada Holdings reacende aquela chama especial de um universo que, desde 2012, conquistou uma legião fiel — e que agora se prepara para abraçar novos públicos, em formatos que prometem expandir ainda mais essa história tão única. As informações são do Nada Holdings.

Embora poucos detalhes sobre o enredo ou datas tenham sido divulgados até agora, o movimento nas redes sociais oficiais, com contas fresquinhas sendo criadas, já deixa claro que tem coisa boa chegando. A expectativa só aumenta.

Uma heroína que marcou época

Naquele verão de 2012, Lollipop Chainsaw chegou para surpreender. Em meio a um mercado saturado por jogos de zumbis, a produção se destacou por sua mistura de ação acelerada, humor ácido e uma protagonista que fugia dos clichês: Juliet Starling, uma líder de torcida que, no dia do seu aniversário de 18 anos, enfrenta sozinha uma horda de mortos-vivos com sua inseparável motosserra.

Juliet não é a típica heroína distante. Ela é energética, engraçada, cheia de estilo e, acima de tudo, humana — com suas inseguranças e seus medos, mas também com uma coragem que pulsa em cada movimento. A ideia de combinar elementos da cultura pop americana, como as cheerleaders, com uma pegada de horror cômico e hack and slash deu origem a um jogo que dialoga com uma geração que gosta de diversão sem perder a ousadia.

Criatividade à frente do tempo

O jogo nasceu da parceria entre Suda 51, um designer reconhecido por sua visão excêntrica e inovadora, e James Gunn, que mais tarde se tornaria conhecido por dirigir os filmes dos Guardiões da Galáxia. Essa dupla trouxe para o projeto um frescor único, misturando narrativas imprevisíveis, personagens cativantes e um senso de humor que flerta com o absurdo.

Além disso, a trilha sonora ficou por conta do músico Jimmy Urine, vocalista da banda Mindless Self Indulgence, que também emprestou sua voz a um dos chefões do jogo, Zed. Essa colaboração reforçou o clima de rebeldia e contracultura que permeia todo o universo de Lollipop Chainsaw.

Um sucesso que atravessou fronteiras

Embora tenha recebido avaliações variadas no Ocidente, o título foi muito bem acolhido no Japão, onde publicações como a Famitsu deram notas elevadas, reconhecendo a qualidade e a originalidade do jogo. Com o tempo, Lollipop Chainsaw conquistou um status cult, ganhando uma base de fãs apaixonados, que se identificaram com sua personalidade e estilo únicos.

A remasterização lançada em 2024, Lollipop Chainsaw RePOP, reforçou essa popularidade, atingindo mais de 1,5 milhão de cópias vendidas e trazendo o título para uma nova geração de jogadores.

O que esperar da nova fase?

A novidade mais recente veio acompanhada de uma promessa que anima os fãs antigos e os curiosos de plantão: o novo jogo será desenvolvido sem restrições criativas excessivas relacionadas a padrões atuais de diversidade, equidade e inclusão, buscando manter o humor negro e a liberdade que sempre foram marcas da franquia.

Já a produção do anime representa uma oportunidade de expandir a narrativa para além dos jogos, explorando personagens, histórias e ambientações que podem ganhar ainda mais profundidade e apelo popular.

Um legado que vai além do entretenimento

O impacto de Lollipop Chainsaw vai além da tela do videogame. A franquia soube construir uma comunidade forte, composta por fãs que se envolvem com a narrativa, participam de eventos, criam fanarts, cosplays e discutem teorias. Juliet Starling se tornou um ícone para aqueles que buscam personagens femininas que fogem do padrão, com atitudes reais e muita personalidade.

O retorno da franquia é, para muitos, também um retorno às raízes de um entretenimento que valoriza a autenticidade, a irreverência e a diversão inteligente.

Um convite para a nova geração

Embora o anúncio ainda seja embrionário, a expectativa é grande para os próximos meses, quando mais detalhes deverão ser divulgados. Seja pelo controle da motosserra no novo jogo, seja acompanhando a animação, os fãs poderão redescobrir o mundo único de Lollipop Chainsaw.

E para quem ainda não conhece Juliet e seu universo, a nova fase promete ser um convite para mergulhar numa experiência que mistura aventura, humor e horror, tudo temperado com uma boa dose de carisma e atitude.

Remix de Rick Bonadio une gerações e continentes com Bruno Martini e Double You

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Foto: Reprodução/ Internet

Quando o passado e o presente se encontram na música, o resultado pode ser eletrizante. E é exatamente esse o caso do mais novo lançamento da Midas Music: Runaway Child (Rick Bonadio Remix), uma reimaginação energética da faixa que nasceu da improvável — e poderosa — união entre a banda italiana Double You, ícone da música dance dos anos 90, e o brasileiro Bruno Martini, um dos DJs e produtores mais relevantes da cena eletrônica atual. Agora, o produtor Rick Bonadio, conhecido por lançar e consolidar carreiras que marcaram a história da música brasileira, como Mamonas Assassinas, Rouge e NX Zero, traz uma nova roupagem à canção, tornando-a ainda mais universal, dançante e ousada. As informações são do Sessão Cinéfila.

O remix já está disponível em todas as plataformas digitais, e é mais do que uma simples reinterpretação: é uma declaração artística que conecta gerações e geografias.

A alquimia sonora de uma faixa que não para de crescer

O lançamento de “Runaway Child” já carregava em si um DNA poderoso. De um lado, o carisma e a voz inconfundível de William Naraine, vocalista do Double You — grupo que eternizou sucessos como “Please Don’t Go” e “Part Time Lover” nas pistas dos anos 90. Do outro, Bruno Martini, produtor versátil, filho do cantor Gino Martini (o que por si só já sugere uma linhagem artística), que soma mais de 1,9 bilhão de streams no Spotify e já colaborou com artistas como Alok, Timbaland, IZA e Avicii.

Com a nova versão assinada por Rick Bonadio, o projeto ganha um terceiro vértice — e com ele, ainda mais potência. “Esse remix une Brasil e Itália com elementos que falam diretamente com o público global. É uma leitura mais ousada da faixa original, feita para a pista e com identidade própria”, explica Bonadio, com a experiência de quem sabe exatamente como tornar uma música um sucesso multiplataforma.

A nova versão, embora mantenha a alma da canção original — suas melodias nostálgicas e letras que evocam a sensação de liberdade, fuga e descoberta —, ganha uma pulsação mais intensa, sintetizadores vibrantes e uma estrutura que convida à dança sem pudor, como nas melhores noites de pista.

“Rick traduziu a música para um novo mundo”

Bruno Martini é só elogios ao parceiro de remixagem. “Rick trouxe uma perspectiva completamente nova para a música. Ele conseguiu manter a essência da faixa, mas transportando tudo para um ambiente ainda mais pulsante e contemporâneo”, diz.

Segundo Bruno, o remix surgiu de uma troca muito natural. “A gente já trabalha juntos na Beeside, temos afinidade criativa e visão de longo prazo. Quando mostrei a música, o Rick já começou a imaginar caminhos para ela dentro do universo da pista, e o resultado superou minhas expectativas.”

Não é para menos. Rick Bonadio tem o dom raro de saber onde colocar cada batida, cada respiro e cada silêncio. Seu remix não apenas reveste a faixa com uma nova sonoridade: ele a recontextualiza para uma audiência que consome música de forma rápida, plural e globalizada. Ao mesmo tempo, entrega valor para quem ainda busca emoção na pista e memória no fone de ouvido.

De volta às pistas — e ao coração do público

“Runaway Child (Rick Bonadio Remix)” é mais do que um lançamento estratégico. É parte de uma narrativa pensada para dar longevidade à faixa, criando momentos diferentes para públicos distintos. A primeira versão, lançada há poucas semanas, celebrou o encontro entre gerações e a qualidade da produção internacional. Agora, o remix vem para expandir a faixa para o circuito dos clubes e playlists voltadas ao dance pop contemporâneo.

Mas a história não para por aí. Nas próximas semanas, uma versão acústica de “Runaway Child” será disponibilizada, mostrando que a música tem força até mesmo quando despida dos beats. “É uma música que se sustenta só com voz e violão, e isso é raro no pop eletrônico”, afirma Bruno.

Essa multiplicidade de formatos não é mero acaso: ela traduz uma estratégia moderna de lançamento, em que uma mesma música pode — e deve — ter diversas vidas. Para Rick Bonadio, é também um reflexo da maturidade da cena musical brasileira. “Hoje temos artistas e produtores com capacidade técnica e sensibilidade artística para dialogar com o mundo sem perder a identidade. Esse projeto mostra isso com clareza.”

O retorno de Double You e o poder da nostalgia bem construída

O envolvimento do Double You no projeto adiciona uma camada extra de valor simbólico. Para muitos fãs da dance music, ouvir novamente a voz de William Naraine em uma faixa inédita é como reencontrar um velho amigo depois de anos — e perceber que ele continua incrível.

Desde os anos 90, quando dominou pistas e rádios com sucessos que cruzaram oceanos, o Double You manteve-se como referência no gênero, mesmo com hiatos criativos. Com o retorno ao estúdio e o reencontro com o público global por meio dessa colaboração, a banda mostra que está longe de ser apenas uma lembrança nostálgica. Ela se reinventa — e se reconecta.

Para William, o projeto é uma chance de se reconectar com uma nova geração. “Quando Bruno nos convidou, sentimos que era o momento certo. A música tem uma energia moderna, mas ao mesmo tempo carrega emoção e intensidade que sempre buscamos. O remix do Rick só reforça isso”, declarou o cantor em entrevista recente à mídia italiana.

O selo Beeside: onde talento encontra liberdade

A faixa também representa a força da Beeside Records, selo fundado por Bruno Martini, Rick Bonadio e Edo Van Duijn. Criado com o objetivo de fomentar colaborações criativas entre talentos de diferentes partes do mundo, o selo tem como marca registrada a liberdade estética e o foco na qualidade sonora.

“A Beeside nasce da vontade de criar algo além do convencional. A gente acredita na música como linguagem global, e é isso que estamos mostrando aqui”, conta Edo, parceiro estratégico do projeto. Segundo ele, o sucesso de “Runaway Child” — em suas múltiplas versões — já está servindo como blueprint para novas colaborações.

Entre beats e emoções, uma faixa que corre livre

“Runaway Child”, em sua essência, fala sobre fuga, sobre sair do conhecido, correr atrás de algo maior — talvez uma paixão, um sonho ou simplesmente liberdade. É essa metáfora que atravessa todas as versões da faixa. E é isso que torna o remix de Rick Bonadio tão potente: ele não altera a alma da canção, apenas troca as roupas, deixando-a pronta para uma nova viagem.

Para Rick, produzir esse remix foi mais do que um trabalho: foi um reencontro com a essência de fazer música com emoção e propósito. “É muito mais do que remixar uma faixa. É sobre traduzir sentimentos para novos formatos. É isso que me move como produtor”, conclui.

One Piece | Segunda temporada do live-action promete clima mais sombrio e violento, afirma novo ator da série

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Foto: Reprodução/ Internet

A nova etapa da adaptação live-action de One Piece, produção da Netflix baseada no mangá de Eiichiro Oda, deve apresentar uma mudança significativa no clima da história. O ator David Dastmalchian, conhecido por seus papéis intensos em filmes como O Esquadrão Suicida e Homem-Formiga, entra para o elenco como o excêntrico vilão Sr. 3, e adiantou que a segunda temporada mergulha em um território mais sombrio e visualmente impactante.

Em entrevista ao site CBR (ComiBook), Dastmalchian destacou que os novos episódios terão um tom mais pesado, com cenas mais violentas e atmosferas que flertam com o suspense. “O que acontece em Little Garden, com o Sr. 3 sendo enviado pelo Sr. 0, é assustador de um jeito que a primeira temporada não foi. Muito violento. Visuais incríveis”, disse o ator.

Fidelidade ao mangá continua sendo prioridade

Apesar da mudança no tom, o respeito à obra original segue firme. Dastmalchian comentou que seu próprio filho é fã de longa data do mangá e do anime, e que a adaptação em live-action conseguiu manter viva a essência do universo criado por Oda. Segundo ele, o envolvimento direto do autor como produtor executivo é um dos motivos dessa fidelidade, algo que a equipe criativa preserva com cuidado.

Oda acompanha de perto o desenvolvimento da série, junto com Marty Adelstein e Becky Clements, da Tomorrow Studios. A primeira temporada estreou em 2023 com forte recepção do público e da crítica, justamente por equilibrar aventura, emoção e uma estética fiel ao material original.

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Uma nova fase para os Chapéus de Palha

A segunda temporada deixará o East Blue para trás e seguirá com os Chapéus de Palha em direção ao Grand Line, onde a narrativa se torna mais complexa, os conflitos ganham peso moral, e os inimigos passam a representar ameaças reais à sobrevivência da tripulação. Um desses antagonistas é o próprio Sr. 3, integrante da misteriosa organização Baroque Works, liderada pelo implacável Crocodile.

Com sua habilidade de criar e manipular cera sólida, Galdino impõe desafios estratégicos e psicológicos aos protagonistas. Sua presença em Little Garden marca o início de uma fase onde a leveza cede espaço a tensões mais duradouras — o que não significa que o carisma da tripulação se perca, mas que os riscos agora são maiores.

Elenco principal retorna — e ganha reforços

O núcleo principal da série continua formado por Iñaki Godoy, no papel de Monkey D. Luffy; Emily Rudd, como a destemida cartógrafa Nami; Mackenyu, vivendo o espadachim Zoro; Jacob Romero Gibson, como o criativo atirador Usopp; e Taz Skylar, no papel do carismático cozinheiro Sanji. O entrosamento entre os atores foi um dos pontos mais elogiados na primeira temporada e seguirá como peça-chave nos novos episódios.

Além do retorno dos rostos já conhecidos pelo público, o elenco será ampliado com personagens emblemáticos dos próximos arcos. Entre eles, os gigantes Dorry e Brogy, que habitam a ilha pré-histórica de Little Garden, e outros membros da Baroque Works, que começam a ganhar espaço como ameaça constante. A chegada de Dastmalchian, com seu estilo único e presença intensa, promete acrescentar uma nova camada de tensão à narrativa.

Rumo a uma adaptação mais ousada

O lançamento inicial da série, em agosto de 2023, mostrou que adaptar um anime para o live-action pode funcionar — desde que feito com respeito e criatividade. A recepção calorosa abriu caminho para uma segunda temporada mais ambiciosa, que agora se permite experimentar com atmosferas diferentes e conflitos mais dramáticos.

A narrativa evolui junto com os personagens. Luffy e seus companheiros, que até aqui enfrentaram desafios pontuais com otimismo e astúcia, começam a encarar dilemas que exigem mais do que coragem: demandam maturidade, escolhas difíceis e, em muitos momentos, dor.

Estreia prevista e expectativas

Ainda sem data oficial, a segunda temporada deve estrear no primeiro semestre de 2026, com produção em ritmo acelerado. Até lá, a primeira temporada permanece disponível na Netflix, e bastidores das gravações podem ser acompanhados pelas redes sociais do elenco e da equipe.

O live-action de One Piece continua ganhando espaço não apenas entre os fãs da franquia, mas também entre novos públicos que encontram na série um universo rico em fantasia, aventura e laços humanos.

De um mangá para o mundo

Lançado em 1997, o mangá de One Piece atravessou décadas, idiomas e fronteiras culturais. Com mais de mil episódios no anime e volumes incontáveis em circulação, a obra de Eiichiro Oda transformou-se em um dos pilares da cultura pop mundial. A versão live-action é, hoje, uma extensão desse legado — e promete seguir expandindo esse universo com criatividade, coragem e ainda mais emoção.

Industry encerra filmagens da 4ª temporada e cria expectativas sobre o drama financeiro mais intenso da TV

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Foto: Reprodução/ Internet

Um vídeo curto, mas poderoso. Foi tudo o que bastou para reacender a chama dos fãs de Industry. Nas imagens divulgadas por Konrad Kay, cocriador da série, as atrizes Marisa Abela (Yasmin) e Myha’la Herrold (Harper) se abraçam com emoção visível. Nada de discursos, spoilers ou anúncios bombásticos — apenas duas mulheres exaustas, com olhos marejados e sorrisos tímidos, marcando o encerramento das filmagens da quarta temporada do drama corporativo mais cru da televisão contemporânea.

Criada em 2020 por Konrad Kay e Mickey Down — ambos ex-banqueiros que decidiram transformar seus traumas em arte — Industry surgiu no auge da pandemia como uma narrativa que explorava os bastidores da elite financeira de Londres. Mas longe de idealizar esse mundo, a série decidiu fazer o oposto: destrinchá-lo.

Na fictícia Pierpoint & Co., tudo é urgente, tudo é sufocante. Cada telefonema pode ser o começo ou o fim de uma carreira. Os personagens, muitos deles recém-saídos da faculdade, se debatem entre o desejo de pertencimento e a exaustão emocional. A câmera, quase voyeurística, passeia por escritórios frios, corpos cansados, noites insone regadas a estimulantes e crises existenciais abafadas por relatórios de desempenho.

É um retrato realista de um sistema que consome seus jovens — e o resultado é tão angustiante quanto magnético.

Harper e Yasmin: protagonistas de uma geração à beira do colapso

No centro dessa tempestade emocional estão Harper Stern e Yasmin Kara-Hanani. Elas não são heroínas, nem vilãs. São jovens complexas, repletas de contradições e desejos urgentes.

Harper, interpretada por Myha’la Herrold, representa a forasteira que tenta conquistar um espaço que parece nunca realmente pertencer a ela. Vinda de Nova York, de origem modesta, Harper se destaca por seu faro financeiro, mas também por uma inquietude que beira a autossabotagem.

Já Yasmin, na pele da refinada Marisa Abela, é o oposto: criada no berço da diplomacia internacional, com acesso aos melhores círculos, mas emocionalmente negligenciada, ela busca autonomia e respeito em um ambiente onde sua aparência e sobrenome ainda pesam mais que sua competência.

O abraço entre as atrizes no set, capturado no vídeo compartilhado por Kay, simboliza a intensidade dessa relação. Harper e Yasmin passaram por traições, alianças instáveis, rupturas e reencontros — e, se há algo que os fãs aguardam com ansiedade, é a resolução (ou aprofundamento) desse vínculo na nova temporada.

O que sabemos (e o que ainda não sabemos) da 4ª temporada

A HBO e a BBC mantêm silêncio total sobre a trama da nova temporada. Nenhuma sinopse oficial foi divulgada até agora. Mas os eventos do final da terceira temporada deixaram um terreno fértil para o drama.

Harper foi afastada da Pierpoint após a revelação de que mentiu sobre sua formação acadêmica — um golpe devastador para alguém que construiu sua carreira na base do esforço e da performance ininterrupta. Yasmin, por sua vez, abraçou seu lado mais calculista, posicionando-se como uma jogadora fria em um tabuleiro onde emoções são fraquezas.

É nesse cenário que a quarta temporada promete seu retorno: com Harper do lado de fora, tentando se reerguer (ou se reinventar), e Yasmin cada vez mais enraizada em uma cultura corporativa tóxica.

Rumores indicam que novos personagens serão introduzidos, incluindo executivos veteranos e competidores mais jovens, alimentando ainda mais a dinâmica de pressão, rivalidade e lealdades duvidosas que definem a série.

Uma série que fala de dinheiro, mas também de humanidade

É fácil se perder nas cifras e termos técnicos que permeiam a série, mas o verdadeiro foco de Industry nunca foi o dinheiro — e sim as pessoas.

Por trás dos gráficos de rendimento e das ligações desesperadas com clientes, há um grito silencioso por aceitação, descanso e sentido. A série aborda temas como ansiedade, depressão, identidade de gênero, racismo institucional, vícios e abuso emocional com uma franqueza rara na televisão.

É por isso que a série tocou especialmente os jovens adultos, uma geração que cresceu sob a promessa do sucesso meritocrático e que agora se vê exausta, endividada e confusa.

Será o fim?

A grande incógnita agora é: a quarta temporada será a última?

Konrad Kay e Mickey Down já sugeriram, em entrevistas anteriores, que a série foi concebida com um arco narrativo fechado. Se essa for mesmo a despedida da série, o momento do abraço entre Marisa e Myha’la assume ainda mais peso: é o fechamento de um ciclo. De personagens que começaram como estagiárias ansiosas e terminaram como mulheres transformadas — para o bem e para o mal.

Para os criadores e para a equipe técnica, encerrar a temporada é também sobreviver emocionalmente à maratona de gravar um drama tão intenso, onde cada cena exige mergulhos profundos em emoções desconfortáveis. Em tempos de séries descartáveis e tramas enlatadas, Industry sempre ousou ser real demais. E isso tem um custo.

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