Christiane Pelajo conversa com Ronnie Von no Companhia Certa desta segunda-feira (04/08)

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Foto: Reprodução/ Internet

Em meio a uma longa e brilhante carreira no jornalismo brasileiro, poucas pessoas sabem que Christiane Pelajo carrega consigo um pedaço da história afetiva do país — o doce brigadeiro. Bisneta da criadora desse clássico que encanta gerações, a jornalista revela que o segredo da receita está guardado a sete chaves em sua família, assim como as lembranças preciosas que a acompanham desde a infância.

Esta segunda-feira, 4 de agosto, é dia de encontro especial para quem gosta de ouvir histórias com sabor e emoção. À meia-noite, na RedeTV!, Christiane será a convidada do programa Companhia Certa, apresentado por Ronnie Von, onde conversará sobre a trajetória que construiu ao longo de mais de 30 anos no jornalismo, entre altos e baixos, conquistas e desafios — e claro, também falará do doce que, de alguma forma, marcou sua vida.

Um caminho construído com coragem e paixão

Mais do que uma voz familiar na televisão, Christiane é uma mulher que se entregou por inteiro ao ofício de informar. Desde os primeiros passos na PUC-Rio até a glória de apresentar o “Jornal da Globo”, sua trajetória é marcada por um amor intenso pelo jornalismo e pela vontade de ser uma ponte entre os fatos e as pessoas.

Em sua fala sincera, percebe-se que o jornalismo foi mais do que um trabalho — foi uma missão. “Me jogo mesmo! Sem medo!”, diz ela, confessando a entrega que moldou seus anos diante das câmeras. Cobriu momentos históricos, enfrentou pressões e, mesmo quando a vida a testou de formas inesperadas — como o grave acidente de cavalo em 2015 —, voltou mais forte e determinada.

O brigadeiro: doce herança e símbolo de afeto

Entre as páginas do jornalismo e o frenesi das redações, Christiane também carrega uma história doce, literalmente. O brigadeiro — aquele docinho que é parte da alma brasileira — nasceu na cozinha de sua bisavó, num gesto simples, mas que viria a se tornar uma tradição nacional.

“Minha bisavó foi chamada para fazer os doces de uma festa do Brigadeiro Eduardo Gomes”, conta, com o sorriso aberto que só quem tem orgulho das raízes pode exibir. “Ela criou o brigadeiro para aquela ocasião e deu o nome em homenagem a ele.”

Mas o que torna essa história ainda mais especial é o mistério em torno da receita: “Tem um ingrediente secreto na família, que a gente não conta para ninguém. Eu pelo menos não conto!”, revela, entre risos. Essa guarda desse segredo é, talvez, o que mantém viva a magia de um doce que, mesmo com tantas versões, permanece único para ela.

Mais que uma apresentadora: uma mulher que emociona

Assistir a Christiane em cena é entender que por trás da voz firme e da postura profissional, há uma mulher sensível, que também sente, se emociona e vive com intensidade cada instante.

No programa “Companhia Certa”, ela vai além do jornalismo para mostrar essa faceta. Aceitou o convite de Ronnie Von para experimentar pela primeira vez o “morango do amor”, um doce que vem conquistando corações na internet. “Ele tem brigadeiro branco, sabe que eu também gosto de brigadeiro branco. Nossa, tá muito bom!”, disse, encantada pela surpresa.

Esse momento, simples e descontraído, traduz bem a personalidade de Christiane: uma mistura de seriedade e leveza, de força e doçura, que conquistou seu público durante tantos anos.

A despedida da Globo e um recomeço com significado

Depois de 26 anos na Globo, a saída de Christiane Pelajo foi um choque para muitos, mas um passo importante para a jornalista. “A vida é feita de movimentos e eu não consigo ficar parada”, disse ela em nota, deixando claro que o recomeço era uma necessidade.

Esse movimento é um lembrete para todos nós sobre a importância de respeitar os ciclos da vida, as escolhas pessoais e a busca pelo equilíbrio. Hoje, à frente do “Times Brasil”, ela continua sua missão de informar, mas com um ritmo que lhe permite mais espaço para a família e para si mesma.

Entre o jornalismo e o sabor da memória

A história de Christiane Pelajo nos lembra que somos muito mais do que nossa profissão. Somos uma coleção de histórias, afetos, sabores e memórias que carregamos com a gente.

No seu caso, essa coleção inclui momentos marcantes na televisão, encontros com personalidades, viagens pelo mundo, mas também tardes na cozinha da bisavó, o cheiro do brigadeiro recém-feito e o segredo de uma receita que nunca será revelada.

Essas nuances humanas nos aproximam dela e nos fazem entender que, por trás da apresentadora, existe uma mulher com uma história rica, feita de luta, conquistas e muito carinho — uma história que ela agora compartilha com o Brasil em um momento de afeto e celebração.

Tyane Aline transforma sua história de superação em inspiração no Retratos Femininos deste sábado (16/08)

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Na correria das ruas estreitas do Brás, em São Paulo, onde lojistas disputam olhares e consumidores se perdem entre vitrines coloridas e preços tentadores, há um rosto que se tornou sinônimo de confiança e credibilidade. Esse rosto é o de Tyane Aline, a mulher que fez do comércio popular um palco de oportunidades e que, neste sábado, 16 de agosto, às 13h, terá sua história contada no programa Retratos Femininos, da TV Aparecida, apresentado por Abiane Souza.

Mais do que divulgar lojas, Tyane construiu uma ponte entre pequenos empresários e clientes de todo o país. Com uma linguagem simples, próxima e envolvente, ela transformou a divulgação em arte e hoje é considerada a maior divulgadora do Brás. Mas o que nem todos sabem é que, por trás dos números expressivos — mais de dois milhões de seguidores em suas redes sociais —, existe uma mulher que enfrentou dores profundas, desafiou preconceitos e aprendeu a se reinventar.

Do anonimato ao destaque no Brás

A trajetória de Tyane poderia ser confundida com a de tantas outras mulheres batalhadoras que frequentam o Brás. No entanto, o que a diferenciou foi a maneira como olhou para aquele espaço. Em vez de apenas consumir, ela decidiu contar histórias: das costureiras que trabalham madrugada adentro, dos lojistas que apostam tudo em uma coleção, das famílias que dependem das vendas para sobreviver.

Com o tempo, seu talento para comunicar atraiu olhares de comerciantes que buscavam maior visibilidade. Tyane começou divulgando pequenas lojas, muitas vezes sem estrutura para publicidade. Aos poucos, seu carisma e sua forma genuína de apresentar os produtos se espalharam como boca a boca digital. O Brás, que já era conhecido como um dos maiores polos comerciais da América Latina, passou a ter em Tyane uma embaixadora.

Persistência como marca registrada

O caminho, no entanto, não foi livre de tropeços. Tyane enfrentou momentos de dúvida, resistência e até desconfiança. Muitos não acreditavam que a divulgação digital pudesse transformar negócios tradicionais. Outros, simplesmente, não levavam a sério o trabalho de uma mulher que, com celular em mãos, circulava pelas ruas do bairro entrevistando vendedores e mostrando peças de roupas.

Ela seguiu em frente. A cada dificuldade, encontrava um jeito de reinventar suas estratégias. Investiu tempo, energia e, principalmente, emoção. A confiança que construiu com os lojistas fez com que seu trabalho se consolidasse. Hoje, ela é referência em marketing digital para o comércio popular, inspirando outras mulheres a enxergarem oportunidades no universo das redes sociais.

Luta pessoal contra a compulsão alimentar

Mas o programa vai além do lado profissional. Ao caminhar pelas ruas do Brás ao lado da apresentadora Abiane Souza, Tyane também abre seu coração para falar sobre batalhas mais íntimas — aquelas que não aparecem nos bastidores de suas lives ou nos posts que alcançam milhares de curtidas.

Durante anos, Tyane enfrentou a obesidade e a compulsão alimentar. Uma luta silenciosa, muitas vezes invisível para quem acompanhava apenas seu sucesso. Foram momentos de insegurança, baixa autoestima e enfrentamento diário com padrões de beleza impostos pela sociedade.

Com coragem, ela buscou ajuda e iniciou um processo de transformação que foi muito além da perda de peso. Aprendeu a cuidar do corpo, mas também da mente. O resultado é visível não apenas em sua saúde, mas na forma como transmite hoje uma mensagem de amor próprio e superação.

Tyane Aline é, sobretudo, um retrato de persistência. Sua história mostra que é possível transformar vulnerabilidades em força e obstáculos em degraus. Mais do que números nas redes sociais, ela representa esperança para quem acredita que é possível recomeçar, seja na vida pessoal ou profissional.

Morra, Amor | Trailer de drama psicológico com Jennifer Lawrence e Robert Pattinson explora maternidade e isolamento

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O cinema contemporâneo volta seus olhos para os dilemas mais íntimos e delicados da vida familiar com Morra, Amor, o novo drama psicológico estrelado por Jennifer Lawrence (Que Horas Eu Te Pego?, Jogos Vorazes e O Lado Bom da Vida) e Robert Pattinson (Mickey 17, The Batman e Crepúsculo).

Recentemente, o longa-metragem ganhou seu primeiro trailer, disponível logo abaixo, oferecendo ao público um primeiro olhar sobre a história intensa e emocional que marca esta produção. Dirigido por Lynne Ramsay, renomada por You Were Never Really Here (2017), e com roteiro assinado por Ramsay, Enda Walsh e Alice Birch, o filme trata de forma sensível temas como depressão pós-parto, isolamento emocional e as tensões de um relacionamento diante de grandes mudanças na vida.

Além de Lawrence e Pattinson, o elenco conta com nomes de peso como Sissy Spacek, LaKeith Stanfield e Nick Nolte, que adicionam camadas de profundidade e humanidade à narrativa. A história acompanha Grace (Jennifer Lawrence), uma jovem mãe que luta para manter sua sanidade após o nascimento do filho, e Jackson (Robert Pattinson), seu marido, que tenta apoiar a esposa enquanto enfrenta os próprios dilemas e frustrações.

O filme estreou mundialmente na competição principal do 78º Festival de Cinema de Cannes, em maio de 2025, recebendo uma ovação de pé de seis minutos — um reconhecimento à força emocional da história e à intensidade das performances. No Brasil, o público poderá assistir ao longa a partir de 27 de novembro, distribuído pela Paris Filmes. Nos Estados Unidos e Canadá, a estreia está marcada para 7 de novembro.

Uma adaptação que mergulha na mente humana

O filme é baseado no romance Die, My Love (2012), da escritora argentina Ariana Harwicz, uma obra conhecida por sua visão crua e intensa sobre a psicologia feminina em crise. Para a adaptação, a narrativa foi transferida da França para os Estados Unidos, o que permite uma conexão mais direta do público americano com os dilemas dos personagens e o cenário rural que marca o longa.

Jennifer Lawrence não apenas protagoniza, mas também assumiu o papel de produtora executiva, atuando junto à sua equipe da Excellent Cadaver. Lawrence esteve envolvida em todas as etapas da produção, desde a escolha da diretora até a adaptação do roteiro, garantindo que o filme mantivesse a força emocional da obra original e, ao mesmo tempo, oferecesse uma experiência cinematográfica autêntica e sensível.

O peso da maternidade e do isolamento

A trama acompanha Grace e Jackson, um jovem casal que decide deixar Nova York em busca de uma vida mais tranquila na zona rural de Montana, onde Jackson passou a infância. A mudança, inicialmente pensada como um recomeço, rapidamente se transforma em um desafio emocional.

À medida que enfrentam os primeiros dias como pais, Grace começa a lidar com sentimentos de solidão, ansiedade e sofrimento psicológico. A depressão pós-parto que se instala em sua vida começa a afetar seu casamento, criando uma dinâmica instável e imprevisível entre ela e Jackson.

O longa não apenas retrata os sintomas da depressão pós-parto, mas também a experiência emocional de uma mãe que se sente sozinha em meio à pressão de corresponder às expectativas familiares e sociais. Grace vive momentos de frustração, medo e vulnerabilidade, enquanto Jackson busca maneiras de apoiá-la sem saber exatamente como lidar com a situação. A história humaniza essas experiências, tornando-as reconhecíveis e comoventes para qualquer espectador que já tenha passado por momentos de fragilidade emocional.

Produção: entre cenários rurais e escolhas artísticas precisas

O projeto começou quando Martin Scorsese leu o romance de Harwicz e imaginou Jennifer Lawrence no papel principal. Scorsese enviou o livro à equipe da Excellent Cadaver, e Lawrence, encantada com a história, convidou Lynne Ramsay para dirigir. Ramsay trabalhou junto com Walsh e Birch para construir um roteiro que fosse ao mesmo tempo fiel ao romance e adaptável ao cinema, respeitando a sensibilidade dos personagens e a intensidade da narrativa.

As filmagens ocorreram entre agosto e outubro de 2024, em Calgary, Canadá. O cenário rural escolhido reforça o sentimento de isolamento e claustrofobia emocional vivido pelos personagens. O diretor de fotografia Seamus McGarvey utilizou 35 mm e a proporção Academy de 1,33:1, criando uma sensação de proximidade e intimidade com os personagens. Ramsay se inspirou em clássicos do suspense psicológico, como Repulsão (1965) e O Bebê de Rosemary (1968), para construir a atmosfera do filme.

Recepção em Cannes e impacto emocional

A estreia em Cannes destacou-se não apenas pelo talento do elenco, mas também pela coragem da direção em abordar um tema delicado com honestidade e sensibilidade. A ovação de pé de seis minutos refletiu a intensidade emocional do filme e o quanto ele consegue envolver o público em sua narrativa.

O trailer recém-lançado sugere que o filme continuará a gerar debates sobre saúde mental, maternidade e relações humanas. As cenas mostram Grace lidando com a rotina rural, momentos de tensão entre o casal e os efeitos da depressão pós-parto, sem recorrer a clichês ou soluções fáceis.

Temas universais com relevância social

O longa-metragem é uma reflexão sobre saúde mental, empatia e compreensão. A experiência de Grace permite ao público refletir sobre a pressão silenciosa que muitas mães enfrentam, especialmente em ambientes isolados. O filme humaniza essas experiências, mostrando que sofrimento psicológico não é fraqueza, mas uma condição que exige apoio e compreensão.

Sonhos | Michel Franco retorna com drama visceral sobre poder, privilégio e fronteiras invisíveis

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O cinema contemporâneo tem encontrado em Michel Franco um dos autores mais consistentes ao explorar temas de desigualdade, poder e relações humanas em suas camadas mais complexas. Com Sonhos, que chega aos cinemas brasileiros em 30 de outubro, o diretor mexicano consolida essa tradição autoral, entregando um longa que provoca, emociona e questiona o espectador sobre a própria posição no mundo. Distribuído no Brasil pela Imagem Filmes, o filme já chamou atenção internacionalmente ao estrear no Festival de Berlim, concorrendo ao cobiçado Urso de Ouro, e marca a segunda colaboração de Franco com Jessica Chastain, depois do aclamado “Memory” (2023).

No filme, Chastain interpreta Jennifer, uma socialite americana envolvida em trabalhos filantrópicos e com uma vida marcada pelo conforto e pelo poder que seu status proporciona. A personagem, sempre segura de sua posição social, se vê imersa em um relacionamento secreto com Fernando (Isaac Hernández), um bailarino mexicano talentoso, cuja vida é permeada por desafios e incertezas típicos de quem busca reconhecimento em um mundo que raramente favorece os vulneráveis.

A relação entre Jennifer e Fernando não segue padrões convencionais de romance. O filme constrói uma tensão contínua entre desejo, poder e dependência emocional, mostrando como as desigualdades sociais se infiltram em relações pessoais. Jennifer, acostumada a exercer controle e influência, se vê confrontada com uma situação em que o equilíbrio de poder se inverte, levando-a a questionar não apenas sua relação com Fernando, mas sua própria identidade.

Franco trabalha essa dinâmica de maneira visceral: cada olhar, cada gesto ou silêncio é carregado de significado, refletindo o peso da posição social e do privilégio. Não se trata apenas de quem ama quem, mas de como estruturas de poder — muitas vezes invisíveis — moldam a intimidade e os limites de cada indivíduo.

Imigração e fronteiras sociais

O filme se inicia com uma sequência que traz à tona uma realidade dura e pouco romantizada: a travessia ilegal entre México e Estados Unidos. Ao colocar o espectador no lugar de quem cruza fronteiras por necessidade, Franco não apenas cria tensão narrativa, mas também insere uma camada de crítica social. Essa abertura não é apenas um prólogo, mas uma chave para entender as relações subsequentes.

Fernando representa o lado vulnerável dessa travessia, tanto física quanto emocional. Ele carrega consigo as marcas de quem não possui os mesmos privilégios que Jennifer, e sua presença na vida da socialite americana se torna um ponto de reflexão sobre como desigualdade e mobilidade social influenciam os relacionamentos. Atravessar fronteiras físicas, emocionais e sociais é um tema central do filme, que questiona quem realmente pertence a que lugar e com quais direitos.

Além disso, o longa dialoga com debates contemporâneos sobre imigração, desigualdade econômica e racial, temas que se tornaram centrais em discussões políticas globais. Ao inserir essas questões no contexto íntimo de um relacionamento, Franco conecta o macro e o micro, mostrando que decisões políticas e estruturas sociais têm repercussões diretas nas vidas das pessoas comuns.

Personagens complexos e interpretações poderosas

O maior mérito de Sonhos está na construção de seus personagens. Jessica Chastain, mais uma vez, demonstra por que é uma das atrizes mais respeitadas de sua geração. Jennifer não é apenas uma socialite rica; é uma mulher que precisa confrontar sua própria vulnerabilidade diante de um mundo que, até então, parecia sob seu controle. A atuação de Chastain é feita de sutilezas: um olhar que vacila, uma hesitação antes de falar, pequenos gestos que revelam conflito interno.

Ao lado dela, Isaac Hernández brilha como Fernando. Sua interpretação vai além do papel de interesse amoroso; ele é a representação de quem vive à margem, mas não sem dignidade ou força. Hernández, com seu background na dança, traz uma presença física e emocional que traduz de forma intensa a luta por pertencimento e reconhecimento. A química entre os dois atores é uma força motriz do filme, mantendo o espectador imerso em cada cena.

O elenco ainda conta com Rupert Friend, que adiciona outra camada à narrativa, contribuindo para o estudo de relações de poder, manipulação e dependência que permeia todo o longa. Cada interação é carregada de tensão, mostrando como Franco consegue explorar conflitos de forma tanto emocional quanto simbólica.

Michel Franco e a estética do desconforto

O cinema de Michel Franco é reconhecido por seu estilo autoral: planos longos, enquadramentos precisos e uma narrativa que valoriza o silêncio tanto quanto o diálogo. Em seu novo filme, esses elementos estão presentes de maneira ainda mais madura. A fotografia alterna entre paisagens amplas que ressaltam a vulnerabilidade dos personagens e closes íntimos que capturam emoções sutis, criando uma experiência visual que é ao mesmo tempo poética e angustiante.

Franco não suaviza o desconforto. O público é constantemente colocado diante de dilemas morais, desequilíbrios sociais e tensões emocionais. Essa abordagem provoca reflexão, levando o espectador a questionar não apenas as decisões dos personagens, mas também seus próprios valores, privilégios e preconceitos.

Reflexão sobre poder e privilégio

Um dos temas centrais de “Sonhos” é a dinâmica de poder nas relações humanas. Jennifer, acostumada a exercer controle, se vê confrontada pela autonomia de Fernando, que recusa ser moldado por expectativas externas. Essa inversão de papéis provoca um estudo profundo sobre privilégio: o que significa ter poder sobre outro ser humano, e até que ponto isso afeta identidade e moralidade?

O filme também trata da forma como o privilégio é muitas vezes invisível para quem o possui. Jennifer, ao longo da narrativa, precisa confrontar sua própria cegueira social e emocional, compreendendo que influência e riqueza não substituem empatia ou compreensão. Franco transforma o conflito íntimo do casal em uma metáfora das desigualdades mais amplas da sociedade contemporânea.

Amor, desejo e conflito

Apesar do peso social e político, o longa-metragem não perde de vista a dimensão íntima da história: o amor, o desejo e o conflito emocional. A relação entre Jennifer e Fernando é intensa, cheia de nuances, e mostra que emoções humanas raramente são lineares ou fáceis de decodificar. A narrativa levanta questões universais: até que ponto o amor pode existir em meio a desequilíbrios de poder? É possível sentir desejo verdadeiro quando há dependência emocional ou diferença de status?

Franco aborda essas perguntas sem respostas fáceis. Cada cena é construída para gerar reflexão, e a intensidade emocional é aumentada pelo uso cuidadoso do espaço, do silêncio e da proximidade física entre os personagens. O espectador é convidado a sentir a complexidade das relações humanas de maneira visceral.

Finn Jones dá pistas de possível retorno ao MCU em meio ao revival de Demolidor

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Finn Jones, conhecido por interpretar Loras Tyrell em “Game of Thrones” e Danny Rand/Punho de Ferro nas séries da Netflix, deu aos fãs do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) um motivo para ficarem de olho nas redes sociais. Recentemente, ele postou um story no Instagram mostrando-se em uma academia de Taekwondo, deixando a entender que pode estar se preparando para um retorno às telinhas como Punho de Ferro. A publicação gerou uma onda de especulações entre fãs, que se perguntam se Jones estará envolvido na nova fase do MCU e possivelmente interagindo com outros heróis já conhecidos. As informações são do Omelete.

O possível retorno de Finn acontece em meio à expectativa crescente pela série “Demolidor: Renascido”, que promete reunir personagens icônicos do universo Marvel. A produção é um revival da série Daredevil (2015–2018), lançada originalmente pela Netflix, e agora será exibida no Disney+, sob a supervisão da Marvel Studios. A nova série retoma a história de Matt Murdock, o Demolidor, e se conecta às produções anteriores, trazendo de volta atores que marcaram a primeira fase das séries da Netflix.

A narrativa de Punho de Ferro foi cuidadosamente reformulada para se aproximar mais do tom e da continuidade do MCU atual. Diferente da versão original, que tinha um clima mais sombrio e pesado, esta nova abordagem mescla ação, drama e momentos de leveza, tornando a série mais dinâmica e acessível a um público amplo. Além disso, a temporada originalmente planejada com 18 episódios foi dividida em duas, cada uma com nove capítulos, o que permite um ritmo mais cadenciado e detalhado. As filmagens ocorreram em Nova York, garantindo um cenário autêntico para as aventuras de Matt Murdock em Hell’s Kitchen.

O elenco de Demolidor: Renascido é um dos grandes atrativos da produção. Charlie Cox retorna como Matt Murdock / Demolidor, reprisando o papel que conquistou fãs e críticos na série original. Ele divide a tela com nomes que marcaram a primeira fase, como Vincent D’Onofrio, Margarita Levieva, Deborah Ann Woll, Elden Henson, Wilson Bethel, Zabryna Guevara, Nikki M. James, Genneya Walton, Arty Froushan, Clark Johnson, Michael Gandolfini, Ayelet Zurer e Jon Bernthal. A presença desse elenco não só reforça a continuidade com as séries anteriores, mas também traz credibilidade e profundidade à narrativa, permitindo que o público se reconecte com personagens que já conhece e ama.

Krysten Ritter, famosa por seu papel como Jessica Jones, também retorna, alimentando rumores de que todos os Defensores — incluindo Punho de Ferro — podem aparecer em algum momento da trama. E é justamente nesse contexto que a postagem de Jones ganha ainda mais relevância. A foto em uma academia de artes marciais sugere que o ator está se preparando fisicamente para retomar seu personagem, reacendendo a esperança dos fãs de ver Danny Rand ao lado de outros heróis em confrontos emocionantes e cenas de ação elaboradas.

O desenvolvimento da série do Demolidor passou por mudanças significativas ao longo de sua produção. Inicialmente, Matt Corman e Chris Ord foram contratados como roteiristas principais, dando à série uma estrutura episódica com tom mais leve. No entanto, no final de setembro, a Marvel Studios decidiu reformular o projeto, contratando Dario Scardapane como showrunner, com Justin Benson e Aaron Moorhead assumindo a direção. Essa mudança de equipe trouxe uma abordagem mais serializada e conectada diretamente com o universo das séries Netflix, garantindo coesão narrativa e integração com outros conteúdos do MCU.

Saiba mais sobre o personagem Punho de Ferro

Punho de Ferro, ou Iron Fist, é o alter ego de Daniel “Danny” Rand, um dos personagens mais intrigantes da Marvel. Criado por Roy Thomas e Gil Kane, ele fez sua estreia nas histórias em quadrinhos em Marvel Premiere #15, em 1974. Danny não é apenas um lutador habilidoso; ele é o portador de uma força mística chamada Punho de Ferro, que lhe permite concentrar sua energia vital, ou chi, e desferir golpes com uma força sobre-humana. Essa combinação de artes marciais e poder místico faz dele um herói único, capaz de enfrentar adversários muito maiores ou mais poderosos.

A história de Danny Rand é marcada por tragédia, disciplina e superação. Órfão desde cedo, ele encontrou refúgio e treinamento na misteriosa cidade de K’un-Lun, onde aprendeu a dominar seu chi e a aprimorar suas habilidades físicas e mentais. Mais do que força, ele desenvolveu uma filosofia de vida baseada em disciplina, coragem e ética — características que definem Punho de Ferro como um herói não apenas poderoso, mas também profundamente humano.

Punho de Ferro conquistou seu espaço tanto em histórias solo quanto em parcerias, especialmente com Luke Cage, formando a famosa dupla conhecida como Heróis de Aluguel. Juntos, eles enfrentaram vilões e resolveram problemas do submundo de Nova York, misturando ação, drama e uma boa dose de humor. Em séries como The Immortal Iron Fist, a mitologia do personagem foi expandida, explorando sua origem, seu legado e o peso de ser o guardião de uma técnica mística tão poderosa quanto perigosa.

Além dos quadrinhos, Danny Rand ganhou vida nas telas. Finn Jones interpretou o personagem na série Iron Fist, produzida pela Netflix, e também em The Defenders, reunindo Punho de Ferro com outros heróis urbanos da Marvel. No Brasil, ele também ficou conhecido como Punhos de Aço, mantendo o espírito de coragem e determinação que caracteriza o herói. Essas adaptações ajudaram a levar a história do personagem para novas gerações, mostrando que sua força não está apenas nos punhos, mas também em suas escolhas e valores.

Mestres da Carpintaria | Exposição na Japan House São Paulo revela a alma da carpintaria japonesa

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O Japão é um país onde a natureza e a tradição caminham lado a lado. Com cerca de 67% de seu território coberto por florestas, segundo dados da Embaixada do Japão no Brasil, o respeito pelas árvores e pelo equilíbrio ambiental faz parte do modo de vida japonês há séculos. É desse elo sagrado entre o homem e a natureza que surge uma das expressões mais refinadas da cultura nipônica: a carpintaria tradicional, arte que transforma madeira em arquitetura sem o uso de pregos ou metais, apenas com precisão, sensibilidade e sabedoria ancestral.

É esse universo de técnica e espiritualidade que inspira a exposição “Imbuídos das forças das florestas do Japão – Mestres da carpintaria: habilidade e espírito”, aberta ao público a partir de 11 de novembro, no térreo da Japan House São Paulo (JHSP). A mostra mergulha na filosofia, na estética e no respeito que os carpinteiros japoneses cultivam pela madeira, apresentando como a harmonia com a natureza pode ser o alicerce para construções duradouras e cheias de significado.

O diálogo entre o homem e a floresta

Com curadoria de Marcelo Nishiyama, diretor associado e curador-chefe do Takenaka Carpentry Tools Museum, em Kobe, a exposição convida o público a compreender o olhar quase espiritual que o Japão dedica às florestas. Antes de iniciar qualquer obra, o carpinteiro pede permissão às divindades das montanhas e observa atentamente cada árvore. A escolha da madeira ideal depende do lugar onde ela cresceu, da velocidade do seu desenvolvimento e até da direção dos ventos que moldaram sua forma.

“Assim como as pessoas, as árvores têm personalidades próprias”, explica o curador. “As que crescem nas montanhas são mais firmes e indicadas para pilares e vigas; já as que nascem nos vales, onde o crescimento é mais rápido, servem melhor aos acabamentos e detalhes decorativos.” Essa observação minuciosa revela a delicada relação entre técnica e espiritualidade que sustenta a carpintaria japonesa — uma arte em que cada corte é guiado por respeito e propósito.

Técnica milenar e filosofia estética

Depois de passar pelas Japan Houses de Londres e Los Angeles, a mostra chega a São Paulo com um diferencial: uma segunda etapa prevista para março de 2026, dedicada à técnica kigumi, que consiste em encaixar peças de madeira perfeitamente entalhadas, dispensando o uso de pregos ou parafusos. Essa tradição milenar, símbolo de engenhosidade e durabilidade, também está presente na própria fachada da Japan House São Paulo, construída com mais de seis toneladas de madeira hinoki (cipreste japonês), material nobre e resistente usado há séculos pelos mestres carpinteiros.

A exposição também apresenta os dois principais estilos desse ofício: os dōmiya daiku, responsáveis por templos e santuários, e os sukiya daiku, especializados em casas de chá — espaços de introspecção e harmonia que expressam o ideal de simplicidade japonesa.

A delicadeza da Casa de Chá

Um dos pontos altos da mostra é a réplica em escala real da Casa de Chá Sa-an, pertencente ao templo Daitoku-ji Gyokurin-in, em Quioto. Erguida originalmente em 1742, a casa reflete o refinamento da carpintaria sukiya, caracterizada pelo uso de bambu e madeiras naturais. No modelo apresentado na JHSP, partes do teto e das paredes foram propositalmente abertas para revelar os encaixes invisíveis que sustentam a estrutura — uma oportunidade rara de observar a beleza interna que normalmente fica oculta.

Cada junta, cada entalhe, cada linha da construção expressa o cuidado e a paciência de quem compreende que a arquitetura é também uma forma de meditação.

Ferramentas que contam histórias

A exposição também exibe 87 ferramentas tradicionais utilizadas pelos mestres da madeira. São instrumentos que carregam séculos de conhecimento e uma filosofia que valoriza o toque humano. Para ampliar a experiência, o público poderá acessar QR Codes que disponibilizam vídeos, imagens e descrições detalhadas sobre o uso de cada ferramenta.

“Queremos que o visitante mergulhe completamente nesse universo”, explica Natasha Barzaghi Geenen, diretora cultural da JHSP. “A carpintaria japonesa desperta admiração não apenas pela precisão técnica, mas pelo modo como ela expressa valores humanos como respeito, paciência e harmonia.”

Uma floresta no coração de São Paulo

A experiência sensorial é outro dos grandes encantos da mostra. Uma instalação imersiva recria a atmosfera das florestas japonesas, permitindo que os visitantes sintam o perfume de oito tipos de madeira — entre elas hinoki (cipreste japonês), sugi (cedro) e sakura (cerejeira). Sons e aromas se misturam para transportar o público ao interior do Japão, despertando o mesmo sentimento de reverência que inspira os mestres carpinteiros.

Durante a semana de abertura, a JHSP promoverá visitas guiadas, palestras com o curador Marcelo Nishiyama e outras atividades educativas voltadas ao diálogo entre tradição, sustentabilidade e arte.

Acessibilidade e inclusão

Fiel à sua missão de tornar a cultura japonesa acessível a todos, a Japan House São Paulo integra a mostra ao programa JHSP Acessível, que oferece recursos táteis, audiodescrição e vídeos em Libras. Assim, a experiência poderá ser vivida de forma plena por pessoas com diferentes tipos de deficiência, reforçando a importância da inclusão também no campo da arte e do patrimônio cultural.

Truque de Mestre: O 3º Ato promete espetáculo de ação e ilusão em trailer final eletrizante

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A espera chegou ao fim para os fãs dos Quatro Cavaleiros. Nesta segunda-feira (3), a Lionsgate divulgou o trailer final de Truque de Mestre – O 3º Ato, terceiro capítulo da aclamada franquia de ilusionismo e crimes que conquistou o público com truques inacreditáveis e reviravoltas eletrizantes. O vídeo, que você confere abaixo, marca o retorno triunfante do elenco original e apresenta uma nova geração de mágicos prontos para desafiar a lógica — e as leis da física (e da própria justiça).

Os Cavaleiros estão de volta — e com um novo truque

Depois de enganar o FBI e expor poderosos criminosos ao longo dos dois primeiros filmes, o grupo formado por Jesse Eisenberg (A Rede Social, A Verdadeira Dor e Batman vs Superman: A Origem da Justiça), Woody Harrelson (Jogos Vorazes e Proposta Indecente), Isla Fisher (Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e O Prazer de sua Companhia) e Dave Franco (Juntos, Se Não Fosse Você e Nerve: Um Jogo Sem Regras) retorna com um novo golpe em vista. Desta vez, os Quatro Cavaleiros enfrentam o desafio mais arriscado de suas carreiras: roubar o maior diamante do mundo de um temido sindicato internacional do crime.

O vídeo, repleto de cenas de ação e truques visuais de tirar o fôlego, mostra o quarteto usando suas habilidades de manipulação, hipnose e escapismo em um jogo de gato e rato que mistura espetáculo e perigo. A missão, claro, vai muito além do roubo — trata-se de uma batalha de inteligência e prestígio, em que cada ilusão pode ser a diferença entre o sucesso e a ruína.

Uma nova geração entra em cena

Para manter o equilíbrio entre tradição e renovação, o terceiro filme apresenta novos personagens que trazem fôlego e diversidade à narrativa. Justice Smith, Dominic Sessa e Ariana Greenblatt interpretam jovens ilusionistas que se juntam à equipe dos Cavaleiros, mostrando que a arte da mágica continua viva — e evoluindo.

A vilã da vez é Rosamund Pike, que dá vida a Veronika Vanderberg, uma matriarca poderosa e impiedosa que comanda o sindicato criminoso envolvido no roubo. Já Morgan Freeman retorna como o enigmático Thaddeus Bradley, ex-mágico e figura-chave na organização secreta “O Olho”. Sua relação com os protagonistas promete ser um dos pontos mais intrigantes da trama.

Entre o mistério e o espetáculo

Sob a direção de Ruben Fleischer (Zumbilândia: Atire Duas Vezes, Venom, Caça aos Gângsteres e Uncharted: Fora do Mapa), o novo capítulo promete elevar a franquia a um novo patamar. O roteiro, escrito por Michael Lesslie, Seth Grahame-Smith e Eric Warren Singer, mistura ação e humor com o mesmo charme dos filmes anteriores, mas agora com uma pegada mais sombria e emocional.

O projeto vem sendo desenvolvido desde 2015, quando a Lionsgate confirmou oficialmente a sequência de Truque de Mestre 2. Após mudanças criativas e um longo período de espera, Fleischer assumiu o comando em 2022, trazendo um olhar mais dinâmico e moderno para a saga. O resultado, segundo a própria produção, é um filme que combina nostalgia e inovação em doses equilibradas.

Um título que faz jus à mágica

O nome original do longa, Now You See Me: Now You Don’t, traduzido como “Agora Você Me Vê, Agora Não Vê Mais”, já entrega o espírito da história — uma metáfora perfeita para o mundo dos truques e das aparências enganosas. Curiosamente, esse título foi cogitado ainda em 2016, mas só agora ganha vida, reforçando o clima de fechamento e renascimento da trilogia.

A ilusão continua

Mais do que um filme sobre roubos elaborados, o longa-metragem promete revisitar o verdadeiro encanto da franquia: o poder da ilusão. O público é convidado a mergulhar novamente em um universo onde nada é o que parece, onde cada cena pode esconder um truque e onde a mágica é apenas o disfarce para uma trama de ambição, lealdade e redenção.

Orquestra Ouro Preto e Antonio Vaz Lemes transformam trilhas de videogames em espetáculo sinfônico no Sesc Geek Experience 2025

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Foto: Reprodução/ Internet

Neste sábado, 8 de novembro, às 14h45, o Sesc Palladium, em Belo Horizonte, será tomado pela fusão entre música erudita e cultura pop. A Orquestra Ouro Preto, sob regência do maestro Rodrigo Toffolo, realiza uma apresentação única dentro do Sesc Geek Experience 2025, com participação especial do pianista Antonio Vaz Lemes, criador do projeto PianoQueToca. O concerto promete uma imersão emocionante nas trilhas sonoras que marcaram gerações de gamers e amantes da música.

Com arranjos exclusivos e sonoridade envolvente, a Orquestra Ouro Preto mergulha no universo dos jogos para apresentar um repertório que vai muito além da nostalgia. Temas de clássicos como The Legend of Zelda, Super Mario, Sonic, Dark Souls, Castlevania, Donkey Kong Country e Hollow Knight ganham vida sob uma nova perspectiva — com o peso, a emoção e o esplendor de uma orquestra completa.

Mais do que uma homenagem à cultura geek, o concerto celebra a sofisticação artística das trilhas de games, que há décadas encantam fãs e se consolidam como parte do patrimônio musical contemporâneo.

“O público vai se surpreender com a força dessas composições”, explica o maestro Rodrigo Toffolo, diretor artístico da Orquestra. “A música dos games tem um poder de conexão impressionante. Ela desperta memórias, emoções e cria pontes entre diferentes gerações. Trazer isso para o palco sinfônico é uma forma de reconhecer o valor artístico dessas obras.”

Antonio Vaz Lemes: o piano que conversa com o mundo digital

A participação de Antonio Vaz Lemes promete ser um dos pontos altos da noite. Conhecido nacional e internacionalmente, o pianista conquistou milhões de admiradores nas redes sociais com o PianoQueToca, projeto que leva a música de concerto para novas plateias e mostra que o piano pode dialogar com todos os estilos — da música clássica à cultura pop, dos animes aos videogames.

Descrito pela revista Gramophone, de Londres, como “um Pollini latino-americano”, Antonio é reconhecido por unir virtuosismo técnico e sensibilidade artística. Seu trabalho se destaca justamente por aproximar o público jovem da música instrumental e por transformar o piano em um canal de comunicação acessível e contemporâneo.

“Ver a música dos games ganhar forma orquestral é uma experiência indescritível”, afirma Antonio. “Essas melodias fazem parte da vida de milhões de pessoas e têm uma carga emocional gigantesca. Tocá-las junto da Orquestra Ouro Preto é unir o erudito ao popular de um jeito que toca fundo no coração.”

A inovação como marca da Orquestra Ouro Preto

Reconhecida pela crítica como uma das formações mais versáteis do país, a Orquestra Ouro Preto tem se destacado por sua capacidade de romper fronteiras entre estilos musicais. De homenagens a Alceu Valença e Beatles a projetos com bandas contemporâneas, o grupo tem levado a música de concerto a públicos cada vez mais diversos.

Com o Orquestra Ouro Preto Geek Experience, o grupo reafirma sua vocação inovadora. A proposta é fazer com que a plateia viva a emoção dos jogos por meio do som — um convite para reviver aventuras, batalhas e jornadas épicas, agora traduzidas em arranjos sinfônicos de tirar o fôlego.

Cultura geek e arte sinfônica lado a lado

O concerto faz parte da programação do Sesc Geek Experience 2025, evento que transforma o Sesc Palladium em um verdadeiro hub da cultura pop. A edição deste ano acontece ao longo de dois dias, com torneios de eSports, concurso de cosplay, batalhas de K-pop, experiências imersivas e convidados especiais.

Para o público, é uma oportunidade de celebrar o universo geek em sua forma mais ampla — da criatividade e tecnologia aos laços de comunidade que unem fãs de todas as idades. E, no centro dessa celebração, a música se torna o elo que conecta mundos.

Robert Pattinson se une ao épico de Denis Villeneuve! Duna: Parte 3 tem seu novo astro confirmado

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O universo de Duna acaba de ganhar uma nova estrela — e das mais luminosas. Nesta quarta (4), o ator Robert Pattinson confirmou oficialmente sua participação em Duna: Parte Três, o aguardado capítulo final da trilogia dirigida por Denis Villeneuve, que promete encerrar de forma grandiosa a jornada de Paul Atreides nos desertos de Arrakis. As informações são do site IndieWire.

Embora a produção ainda não tenha revelado detalhes sobre o personagem, fortes indícios apontam que Pattinson interpretará Scytale, o carismático e manipulador vilão do romance O Messias de Duna, de Frank Herbert — figura central na mitologia da saga e peça-chave nos conflitos políticos e espirituais que sucedem a ascensão de Paul como imperador. Se confirmada, a escolha marca uma das adições mais empolgantes ao elenco da franquia, que já reúne nomes como Timothée Chalamet, Zendaya, Florence Pugh, Jason Momoa, Rebecca Ferguson, Josh Brolin e Anya Taylor-Joy.

Uma confirmação que empolga fãs e críticos

A chegada de Robert ao elenco é mais do que uma simples adição de peso — é um reforço que promete alterar o equilíbrio de forças dentro da história. O ator britânico, conhecido por papéis complexos e transformadores, tem consolidado sua carreira em uma trajetória notável desde que deixou o rótulo de galã adolescente para trás. Após estrelar O Farol (2019) e Batman (2022), Pattinson se firmou como um dos intérpretes mais versáteis e imprevisíveis de sua geração.

Em Duna: Parte Três, ele deverá explorar um papel de nuances psicológicas intensas, algo que o ator tem dominado nos últimos anos. Scytale, no universo de Herbert, é um Face Dancer — um ser capaz de mudar de forma, associado ao misterioso grupo Bene Tleilax. Inteligente, sedutor e ardiloso, ele surge como um adversário à altura de Paul Atreides, representando as forças da manipulação e da intriga política que ameaçam o império nascente do protagonista.

O retorno de um elenco impecável

Além da chegada de Pattinson, Duna: Parte Três contará com o retorno de um elenco que já se tornou icônico para os fãs da franquia. Timothée Chalamet reprisa o papel de Paul Atreides, agora consolidado como imperador e messias de um império que se expande pelos confins do universo. Zendaya volta como Chani, parceira e aliada de Paul, cuja jornada pessoal ganha novos contornos trágicos e políticos neste terceiro capítulo.

Florence Pugh retoma o papel da Princesa Irulan, enquanto Anya Taylor-Joy, introduzida na segunda parte como Alia Atreides, promete roubar cenas como a irmã de Paul — uma figura dividida entre o amor familiar e as visões místicas que a assombram. Jason Momoa, que retorna como Duncan Idaho após sua surpreendente ressurreição na Parte Dois, também tem papel fundamental na consolidação da narrativa.

A produção ainda traz Rebecca Ferguson como Lady Jessica, Josh Brolin como Gurney Halleck, e uma nova geração de atores mirins, incluindo Nakoa-Lobo Momoa e Ida Brooke, que interpretam os filhos gêmeos de Paul e Chani, Leto II e Ghanima — figuras que herdarão o destino do império Atreides.

Villeneuve e o sonho de concluir sua trilogia

Quando Denis Villeneuve lançou Duna em 2021, poucos poderiam prever o tamanho do fenômeno cultural que o filme se tornaria. Adaptando o clássico literário de Frank Herbert de 1965, o cineasta canadense entregou um épico visual e filosófico que equilibrava espetáculo e introspecção — um feito raro em Hollywood. A produção rendeu seis Oscars, consolidou Chalamet como um dos maiores astros de sua geração e reafirmou Villeneuve como um diretor de visão autoral.

A sequência, Duna: Parte Dois (2024), aprofundou o arco de Paul Atreides e expandiu o escopo político e espiritual da trama, levando o público às raízes messiânicas do personagem. O sucesso de crítica e bilheteria garantiu a confiança da Legendary e da Warner Bros. para dar luz verde à terceira parte — baseada no romance O Messias de Duna (1969) —, que Villeneuve já havia mencionado como seu “ato final” dentro do universo de Arrakis.

“Quero encerrar a história de Paul Atreides de forma completa e poética. Este será o fechamento de um ciclo, não apenas para o personagem, mas também para mim como cineasta dentro desse mundo”, declarou o diretor em entrevista à Variety.

Filmagens e bastidores: um salto técnico e emocional

As filmagens principais começaram em 8 de julho de 2025, nos estúdios Origo Film, em Budapeste — o mesmo complexo utilizado nas produções anteriores. Contudo, Villeneuve decidiu ousar em um aspecto técnico: pela primeira vez desde Incêndios (2010), o cineasta está filmando em película, com trechos em câmeras IMAX, buscando uma textura mais orgânica e monumental para o desfecho da trilogia.

Essa decisão, segundo ele, nasceu do desejo de capturar o contraste entre o espiritual e o terreno, entre o mito e o humano. “Duna sempre foi uma história sobre escalas — tanto as do universo quanto as da alma humana. A película me dá essa profundidade que o digital, às vezes, suaviza”, explicou Villeneuve.

Além da Hungria, a equipe de filmagem também deve passar por Abu Dhabi, especialmente no Oásis de Liwa, para recriar as vastas dunas de Arrakis — cenário que se tornou sinônimo de grandiosidade cinematográfica. A Comissão de Cinema de Abu Dhabi confirmou as gravações para o final de 2025.

Um detalhe curioso é que Greig Fraser, o premiado diretor de fotografia dos dois primeiros filmes, não retorna nesta parte devido a compromissos com outros projetos. No lugar dele, Linus Sandgren, vencedor do Oscar por La La Land, assume a função, prometendo um visual igualmente impressionante, mas com um toque mais analógico e experimental.

Um épico de encerramento e legado

Villeneuve nunca escondeu que Duna é um projeto pessoal. Desde o início, o cineasta canadense tratou a adaptação como uma trilogia que uniria a grandiosidade visual do cinema com a densidade filosófica da literatura. Em Duna: Parte Três, essa visão deve atingir seu ápice.

O diretor já afirmou que o filme servirá como “epílogo espiritual” da saga, encerrando não apenas a história de Paul, mas também o ciclo de ascensão e queda que permeia o universo de Herbert. “Será um filme sobre fé, sacrifício e redenção — mas também sobre como o poder pode distorcer até as melhores intenções”, disse Villeneuve.

Magic Lover ganha novo pôster e promete encantar fãs de BL com magia e romance

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Foto: Reprodução/ Internet

A nova série tailandesa Magic Lover acaba de ganhar um pôster inédito e vem despertando a curiosidade do público que acompanha o universo BL (Boys’ Love). Produzida por Aoftion Kittipat Jampa, a produção combina fantasia, romance e comédia em uma trama envolvente sobre três feiticeiros que recebem uma missão inusitada: encontrar o amor verdadeiro em apenas 30 dias — ou serão transformados em animais para sempre. Abaixo, confira a imagem:

Na trama, três poderosos feiticeiros são enviados ao mundo dos humanos para provar que são capazes de amar genuinamente. Mas o desafio é grande — se falharem, perderão seus poderes e suas formas humanas. Entre feitiços, trapalhadas e sentimentos inesperados, cada um deles embarca em uma jornada de autodescoberta que promete arrancar risadas e suspiros do público. As informações são do My Drama List.

Aoftion Kittipat Jampa interpreta Aphere Fatherant, um feiticeiro sério e disciplinado que tenta resistir à ideia de se apaixonar, mas acaba surpreendido pelo destino. Ao seu lado, Namping Napatsakorn Pingmuang vive Vivian Fatherant, um mago romântico e sensível que acredita no poder do amor, enquanto Ohm Thanakrit Chiamchunya dá vida a Deris Fatherant, o mais impulsivo e divertido do trio.

Completando o elenco principal, Thomas Teetut Chungmanirat assume o papel de Ongsa, um jovem humano que cruza o caminho dos feiticeiros e se torna peça-chave em suas jornadas emocionais. Já Keng Harit Buayoi, como Lee Likhit, promete encantar o público com sua atuação carismática e cheia de nuances. Por fim, Jimmy Karn Kritsanaphan interpreta Magus, um mentor misterioso que guia (ou confunde) os protagonistas com enigmas e lições mágicas.

Elenco de peso e produção refinada

A produção de Magic Lover reúne nomes consagrados e novos talentos da cena tailandesa. Conhecido por sua sensibilidade na direção e por trazer temáticas LGBTQIA+ de forma respeitosa e leve, Aoftion Kittipat Jampa também atua na série, reforçando seu envolvimento criativo em cada detalhe.

A direção de arte aposta em cenários vibrantes e figurinos que misturam o tradicional e o moderno, criando uma estética própria que dialoga com a fantasia. O roteiro, segundo fontes da produção, busca equilibrar momentos de humor, drama e romance, explorando o conceito de amor em suas mais diversas formas — do afeto genuíno à aceitação pessoal.

Estreia aguardada

Ainda sem data oficial de lançamento, Magic Lover está em fase final de gravações e deve chegar às plataformas de streaming em 2026. Os bastidores indicam que cada episódio explorará um aspecto diferente da jornada emocional dos feiticeiros — do medo de amar à coragem de se entregar —, sempre com o toque mágico e cômico que define o estilo tailandês de narrar romances BL.

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