Pennywise está de volta: HBO lança teaser sinistro de It: Bem-Vindos à Derry

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Se você é fã do universo macabro criado por Stephen King, prepare-se para um novo mergulho no terror com It: Bem-Vindos à Derry, a série de TV que promete fazer você esquecer o que é dormir tranquilo. A HBO acabou de liberar um teaser trailer sinistro, com direito ao retorno do icônico palhaço assassino Pennywise — e ele não veio para brincadeira. Assista ao teaser, se tiver coragem!

O clima do teaser já deixa claro: a história volta para a década de 1960, aquele período clássico cheio de mistérios e cenas que misturam o cotidiano com o sobrenatural. Na pequena cidade de Derry, acontecimentos estranhos começam a tomar conta da vida dos moradores, trazendo medo, desaparecimentos e aquela sensação de que algo realmente muito errado está acontecendo.

Essa nova série é uma derivação dos filmes que deram o que falar em 2017 e 2019, e traz de volta toda a equipe que fez sucesso nas telonas, incluindo o diretor Andy Muschietti, que sabe muito bem como transformar o universo de King em uma experiência assustadora, mas viciante.

O que torna It: Bem-Vindos à Derry tão especial é justamente a chance de explorar ainda mais a cidade amaldiçoada e seus segredos sombrios, dando espaço para personagens e histórias que o filme não teve tempo de aprofundar. Para quem ama um bom terror com doses pesadas de suspense, nostalgia e aquele terror psicológico que arrepia até os ossos, essa série promete.

E o melhor: a estreia está marcada para 2025, na HBO, para quem quiser sentir na pele o medo de encarar Pennywise e os horrores de Derry no conforto — ou desconforto — de casa.

Então, se prepare para noites sem dormir, sustos repentinos e aquela vontade de olhar para trás toda hora. Porque o palhaço está de volta, e ele quer brincar com você.

Premonição confirma 7º filme com retorno da roteirista responsável pelo sexto capítulo

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Foto: Reprodução/ Internet

Nesta sexta-feira, 8 de agosto, os fãs de terror foram surpreendidos por um anúncio que já movimenta as redes: a franquia Premonição terá um novo filme, o sétimo da saga. E para os que acompanham a série, a notícia ainda mais animadora é o retorno de Lori Evans Taylor, roteirista de Laços de Sangue, que estará à frente do roteiro desta nova produção. As informações são do Omelete.

Se você cresceu assustado com as mortes mirabolantes e cheias de suspense da série, sabe que isso é um motivo para comemorar. Afinal, Premonição não é um terror comum, daqueles que dependem só de fantasmas ou psicopatas. A protagonista aqui é a própria Morte, uma força invisível e impiedosa que vai atrás daqueles que tentaram enganá-la — e que não vai sossegar até recuperar o que é seu.

Vamos combinar: poucos filmes de terror conseguem ser tão criativos e tensos quanto Premonição. A ideia nasceu de uma história real que inspirou Jeffrey Reddick, o criador da série — uma história sobre uma mãe que teve um pressentimento ruim e avisou a filha para não embarcar num voo, que depois caiu. Dessa semente, nasceu uma narrativa que transforma um medo universal, o da morte, em algo concreto e palpável, mas ao mesmo tempo invisível.

Desde o primeiro filme, lançado em 2000, a franquia vem conquistando o público ao mostrar que não é preciso um assassino de rosto coberto ou uma criatura sobrenatural para causar medo. A Morte aqui é uma força silenciosa, que manipula o ambiente para alcançar quem escapou dela — e faz isso com uma criatividade assustadora.

O que faz a franquia ser diferente?

O charme — ou melhor, o terror — da série está nas suas sequências de mortes. Elas não são só acidentes, mas uma espécie de dominó de eventos, em que um pequeno detalhe desencadeia uma reação em cadeia até a fatalidade acontecer. E o mais impressionante é que essas cenas são tão bem planejadas que fazem o público prender a respiração e pensar: “como isso vai acontecer?”.

A franquia também ganhou fama por seu roteiro que mistura suspense com uma dose de drama — afinal, não é só matar os personagens, mas mostrar suas emoções, seus medos, seus laços com outras pessoas. No sexto filme, essa humanização ficou ainda mais evidente, com Lori Evans Taylor colocando seu toque especial para fazer a história ser mais do que uma série de sustos: uma experiência emocional.

O que podemos esperar do novo filme?

Embora ainda não saibamos quem vai dirigir ou quais atores vão entrar para o elenco, a volta de Lori Evans Taylor é uma ótima notícia para quem quer ver um roteiro bem trabalhado, que respeite a tradição da franquia e que ao mesmo tempo traga frescor para o público atual.

Com a evolução dos efeitos especiais e a experiência acumulada em seis filmes, dá para imaginar que Premonição 7 terá cenas ainda mais elaboradas e assustadoras. E é provável que a narrativa explore novas formas de abordar a inevitabilidade da morte, trazendo personagens mais complexos e talvez até algumas surpresas para quem acompanha a saga.

Uma franquia que vai além dos filmes

Pouca gente sabe, mas a franquia também ganhou histórias em quadrinhos e livros, que ampliaram o universo da série. Entre 2005 e 2006, foram lançadas novelizações que aprofundaram a trama dos filmes, e em 2006 e 2007 vieram HQs que exploraram outros personagens e cenários.

Isso mostra que o interesse pelo tema é forte e duradouro — afinal, o medo da morte é algo que acompanha a humanidade desde sempre, e ver essa força invisível personificada em histórias tão criativas é um convite para refletir, mesmo quando estamos nos assustando no escuro.

E a bilheteria, deu lucro?

Quando pensamos em franquias de terror que marcaram gerações, Premonição ocupa um lugar especial. Desde o seu lançamento em 2000, essa série vem conquistando fãs ao redor do mundo, não só pelo seu enredo único, mas também pelo sucesso que faz nas bilheterias, prova de que o medo é um sentimento universal — e que o público continua ávido por histórias que mexem com ele de forma inteligente.

A franquia já acumulou cerca de 667 milhões de dólares em bilheteria global, um número impressionante para filmes que, apesar de terem orçamentos modestos quando comparados a grandes blockbusters, conquistaram espaço cativo na preferência dos fãs de terror. Só nos Estados Unidos, quando ajustada a inflação até 2011, a história figura entre as dez maiores franquias de terror, com quase 350 milhões arrecadados.

Cada filme conseguiu, de alguma forma, manter a chama acesa e ampliar o interesse do público. O primeiro filme, que começou tudo, custou 23 milhões de dólares e arrecadou mais de 112 milhões no mundo todo. Foi como uma prova de que aquela ideia diferente — a morte como uma força invisível e inevitável — tinha um apelo que ia muito além do esperado.

Depois vieram as continuações, cada uma trazendo sua dose de suspense e sequências criativas que fizeram os espectadores prenderem a respiração no cinema. O segundo filme, lançado em 2003, bateu quase 91 milhões, e o terceiro, em 2006, chegou a quase 119 milhões de dólares — sinais claros de que a franquia estava conquistando mais fãs a cada lançamento.

O quarto filme, lançado em 2009, trouxe o maior salto, com uma bilheteria mundial superior a 186 milhões, confirmando que Premonição tinha se tornado uma marca consolidada no gênero. Já o quinto filme, apesar de uma leve queda na bilheteria doméstica, continuou forte no mercado internacional, acumulando quase 158 milhões.

E então, em 2025, Laços de Sangue bateu seu próprio recorde, arrecadando 187 milhões de dólares globalmente, mostrando que o interesse pela franquia segue vivo e pulsante, mesmo depois de mais de 20 anos.

Por que a gente se importa tanto?

Talvez você se pergunte por que essa franquia toca tantas pessoas, mesmo depois de tantos anos e vários filmes. A resposta está no medo universal que ela explora — e na nossa própria relação com a vida e a morte.

Quem nunca teve um pressentimento, uma sensação estranha de que algo ruim ia acontecer? Quem nunca tentou fugir de uma situação perigosa, mesmo que por um triz? Esses sentimentos são universais, e a franquia transforma isso em um suspense que faz sentido.

Além disso, ao humanizar seus personagens — mostrando seus dramas, suas esperanças e seus erros —, o público acaba se vendo neles. E isso torna cada morte na tela muito mais impactante.

O que está por vir?

Ainda há muitas perguntas no ar: qual será o desastre que desencadeará o sétimo filme? Como a morte vai caçar os sobreviventes dessa vez? Que surpresas o roteiro de Lori Evans Taylor preparou?

E claro, quem serão os novos rostos que vão tentar driblar o destino?

Quarteto Fantástico ganha linha Funko exclusiva no Brasil – Candide lança coleção oficial do novo filme da Marvel Studios

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O universo Marvel nunca para de se reinventar — e agora, com o lançamento mundial de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, a magia dos quadrinhos e do cinema se materializa também nas prateleiras brasileiras. A Candide, distribuidora oficial da Funko no país, acaba de lançar com exclusividade uma nova coleção de bonecos Pop! inspirada no mais novo filme da equipe icônica de super-heróis. E o Brasil é o primeiro país fora dos Estados Unidos a receber a linha completa nas lojas.

A coleção traz versões inéditas e extremamente detalhadas dos quatro integrantes do Quarteto — Sr. Fantástico, Mulher Invisível, Tocha Humana e o Coisa — além de personagens que roubam a cena no novo longa, como a Surfista Prateada (em sua nova versão feminina, Shalla-Bal) e o imponente vilão Galactus. A linha é um deleite visual para fãs e colecionadores e reflete o estilo retrô-futurista do longa, que presta homenagem aos anos 1960 com uma estética moderna e sofisticada.

“Estamos muito empolgados com essa coleção. É a primeira vez que uma linha Funko de um lançamento da Marvel Studios chega com tamanha exclusividade ao Brasil”, afirma Igor Maia, gerente de marketing da Candide. “Sabemos da paixão dos brasileiros por colecionáveis e super-heróis, então trabalhamos para garantir essa distribuição exclusiva, antecipando tendências e ampliando o acesso a produtos de altíssima qualidade.”

Um novo capítulo para heróis consagrados

Lançado oficialmente nos cinemas em 25 de julho de 2025, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos marca a estreia do supergrupo no Universo Cinematográfico Marvel (MCU) em sua versão definitiva. Dirigido por Matt Shakman (de WandaVision), o filme introduz o time em uma realidade alternativa da Marvel, conhecida como Terra-828, e traz um elenco estelar: Pedro Pascal como Reed Richards (Sr. Fantástico), Vanessa Kirby como Sue Storm (Mulher Invisível), Joseph Quinn como Johnny Storm (Tocha Humana) e Ebon Moss-Bachrach como Ben Grimm (o Coisa).

A trama é carregada de emoções, dilemas éticos e temas cósmicos. Com Sue Storm grávida e uma ameaça iminente pairando sobre a Terra, a equipe precisa enfrentar Galactus, o devorador de mundos, enquanto lida com decisões impossíveis. No centro do conflito está o recém-nascido Franklin Richards, cujo poder latente é cobiçado pelo próprio Galactus. Em meio a batalhas interplanetárias, sacrifícios e reviravoltas dramáticas, o filme se consolida como um dos lançamentos mais impactantes da Fase Seis do MCU.

Da telona para a estante

A linha de Funkos lançada pela Candide reflete cada nuance do visual dos personagens no longa. Cada boneco Pop! é produzido com atenção aos mínimos detalhes — desde o uniforme clássico retrabalhado com tecnologia e design futurista até as expressões e poses icônicas dos personagens.

Entre os destaques da coleção está o Funko Pop! da Surfista Prateada (Shalla-Bal), com acabamento metálico e pose dinâmica que remete diretamente à sua primeira aparição no filme. Outro item que vem chamando atenção é o Super Galactus, uma versão deluxe com 17 cm de altura, olhos translúcidos e base com efeito de energia. O produto já desponta como um dos mais desejados pelos colecionadores.

“Essa é a primeira vez que temos a personagem Shalla-Bal representada como Surfista Prateada em um colecionável oficial”, destaca Maia. “Ela se tornou uma das favoritas dos fãs logo após as pré-estreias do filme. É incrível como os personagens que ainda nem tinham tradição no imaginário popular já estão conquistando um espaço importante no mercado de colecionáveis.”

A linha principal conta ainda com:

Funko Pop! Surfista Prateada (Shalla-Bal)

Versão feminina da icônica entidade cósmica, com acabamento metálico e pose dinâmica que captura toda a elegância da Surfista Prateada no filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Um item indispensável para colecionadores que buscam exclusividade e detalhes incríveis.

Funko Pop! Super Galactus

Imponente e detalhado, este Funko Pop! Super Galactus mede 17 cm e traz a grandiosidade do devorador de planetas para a sua coleção. Com olhos translúcidos e design fiel aos quadrinhos, é a peça central para qualquer fã do universo Marvel.

Funko Pop! Sr. Fantástico

Reed Richards em sua versão mais inteligente e heroica, com braços estendidos em pose de ação. Esse Funko destaca o visual retrô-futurista do personagem, inspirado no novo longa da Marvel Studios.

Funko Pop! Mulher Invisível

Sue Storm aparece com seu icônico escudo de força translúcido, em pose que representa sua força e determinação como membro vital do Quarteto Fantástico e mãe do pequeno Franklin Richards.

Funko Pop! Coisa

Com textura rochosa detalhada e expressão feroz, o Funko Pop! do Coisa traz toda a força e personalidade de Ben Grimm, perfeito para os fãs que valorizam o lado mais bruto, mas leal, do grupo.

Funko Pop! Tocha Humana

Johnny Storm em meio às chamas, com pose de voo e efeito de fogo ao redor, que captura o carisma e a energia do jovem herói em sua versão mais atual no MCU.

Colecionar é viver (e reviver) a experiência

Para fãs do universo Marvel, os Funkos funcionam como portais físicos para experiências emocionais. Cada personagem é uma memória, uma conexão afetiva com os quadrinhos, filmes e histórias vividas ao longo de décadas. Em tempos de nostalgia ativa, onde o passado e o presente convivem no entretenimento, essas miniaturas funcionam como símbolos culturais.

O lançamento da nova linha no Brasil reforça a relevância do público geek brasileiro para grandes franquias internacionais. De acordo com dados recentes do mercado, o Brasil é o terceiro maior consumidor de produtos licenciados da Marvel no mundo, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. “Colecionar vai muito além do consumo. É sobre identidade, paixão e comunidade”, resume Maia.

E a Candide tem investido nesse público com ações pensadas sob medida. Desde vitrines temáticas nas principais redes varejistas até ativações em eventos como a CCXP 2025 e o Festival do Orgulho Nerd, a marca vem se posicionando como uma ponte entre os lançamentos globais e os fãs brasileiros.

Presente de colecionador

Além de estarem disponíveis nas maiores redes de lojas de brinquedos e colecionáveis do país, os novos Funkos do Quarteto Fantástico também podem ser adquiridos no site oficial da Candide, com frete para todo o Brasil. Algumas unidades vêm com brindes exclusivos, como pôsteres, cards colecionáveis e base com iluminação LED para exibição.

Para os primeiros 1.000 compradores no e-commerce da Candide, a empresa oferece ainda uma embalagem de luxo comemorativa com arte oficial do filme. “É uma forma de agradecer aos colecionadores que sempre nos acompanham e valorizam cada detalhe. Queremos transformar a experiência de compra em algo tão especial quanto os personagens que estão levando para casa”, explica Maia.

Marcelo Mansfield relembra trajetória no humor e anuncia peça comemorativa no programa “Companhia Certa” desta segunda (28/07)

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Foto: Reprodução/ Internet

Sabe aquele cara que você talvez não lembre o nome de primeira, mas assim que ele aparece na tela você pensa “pô, esse aí marcou minha infância”? Pois é. Esse cara é Marcelo Mansfield, e ele vai estar na madrugada desta segunda-feira, 28 de julho de 2025, a partir da meia-noite, batendo um papo dos bons com Ronnie Von, no programa “Companhia Certa”, da RedeTV!.

Com quase quatro décadas de carreira, Mansfield é uma daquelas figuras que seguram a marra do riso sem forçar a barra. Ele transita do teatro à TV com a mesma naturalidade com que muda de personagem no palco. E agora, num momento pra lá de especial, ele anuncia um novo espetáculo solo, “O Show do Mansfield”, que estreia em agosto, em São Paulo, pra celebrar suas quatro décadas de estrada.

Mas não espere uma entrevista certinha, com roteiro fechado e frases prontas. O que vai ao ar é mais parecido com uma conversa de bar entre dois amigos que se admiram de verdade — recheada de lembranças, piadas e até uns desabafos sobre a arte de fazer humor no Brasil.

Quem é esse tal de Mansfield?

Se você cresceu nos anos 90 e assistia TV Cultura, é bem provável que tenha visto um sujeito de jaleco, meio doido e totalmente carismático chamado Dr. Barbatana, no programa “Rá-Tim-Bum”. Adivinha quem era? Sim, ele mesmo, Marcelo Mansfield.

Mas a história dele vai muito além disso. O cara foi um dos primeiros a apostar no tal do stand-up comedy por aqui, quando ainda era novidade e ninguém entendia direito o formato. Lá por 2005, ele fundou o Clube da Comédia Stand-Up, e trouxe junto uma galera que depois ficou gigante, tipo Danilo Gentili, Oscar Filho e Marcelo Adnet.

“Eu só queria rir das coisas e fazer os outros rirem também”, conta Mansfield durante o programa. E não é modéstia. A verdade é que ele ajudou a desenhar um novo jeito de fazer humor no país — mais direto, mais cru, mais verdadeiro.

Dos palcos ao sofá da sala

Se você ainda acha que não conhece Mansfield, talvez tenha cruzado com outro personagem icônico dele: o impagável “Seu Merda”, figura ácida, debochada e um tanto revoltada, nascida no projeto “Terça Insana” e que depois foi parar no “Agora É Tarde”, da Band. Politicamente incorreto no melhor dos sentidos, o personagem fazia graça justamente por ser um retrato do absurdo da sociedade.

Mansfield sempre teve essa pegada: humor com conteúdo, com um pé no teatro e outro no cotidiano. Ele não tem medo de cutucar a ferida, mas faz isso com tanta inteligência que até quem se sente atingido, ri. E isso, convenhamos, é uma arte.

O novo espetáculo: Mansfield por ele mesmo

E é justamente isso que ele traz de volta com “O Show do Mansfield”. A peça não é só um show de stand-up, nem uma coletânea de personagens — é quase uma autobiografia cômica no palco, onde ele revisita momentos marcantes, personagens inesquecíveis e situações bizarras da vida de um artista brasileiro que nunca quis ser celebridade, mas acabou virando referência.

“É como se eu estivesse abrindo meu baú de memórias e deixando o público brincar com tudo”, brinca Mansfield. E esse “baú” vem cheio: tem história de bastidores, cenas de teatro, trechos da infância, encontros e desencontros com a fama, reflexões sobre a TV e, claro, aquelas piadas que só quem viveu o palco entende.

Para quem já acompanhava, é um reencontro. Para quem não conhece, é um convite. E para quem ama comédia com alma, é um prato cheio.

O começo da caminhada: de Boston a Barbatana

Nem todo mundo sabe, mas a carreira artística de Mansfield começou longe do Brasil. Nos anos 80, ele morou nos Estados Unidos, passou por Boston e Los Angeles, participou de grupos de teatro, estudou sitcoms e absorveu muito da comédia americana — o que, mais tarde, moldou sua visão sobre o stand-up.

Quando voltou ao Brasil, ele já era um artista com pegada internacional, mas com alma paulistana. Entrou para o grupo Harpias, fez teatro alternativo, criou e apresentou programas de humor na TV Gazeta, foi roteirista de filme cult, escreveu colunas em jornais, e ainda arrumou tempo pra fazer mais de 500 comerciais de TV.

E mesmo com esse currículo de fazer inveja, ele nunca perdeu o jeito simples e o olhar aguçado pra vida. “Acho que só continuei porque me diverti fazendo tudo isso. Se não fosse pra rir, nem teria graça”, ele diz.

Humor, coração e crítica

Durante o papo com Ronnie Von, Mansfield deixa claro que nunca viu o humor só como “entretenimento por entretenimento”. Pra ele, rir também é resistir, é pensar, é se conectar com o outro. “A piada pode te derrubar, mas também pode te levantar”, filosofa.

Essa sensibilidade atravessa toda a conversa. Entre risadas e histórias, ele fala dos amigos que fez (e perdeu), dos perrengues da profissão, da relação com o público e da importância de continuar criando, mesmo depois de tanto tempo de estrada.

“Eu nunca quis ser o mais famoso, só queria continuar sendo eu mesmo. Se isso tocou alguém, então valeu a pena”, resume Mansfield, num dos momentos mais sinceros da entrevista.

Memória e Justiça: HBO Max lança trailer do documentário exclusivo “O Assassinato do Ator Rafael Miguel”

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Na noite de 9 de junho de 2019, o Brasil parou diante de uma notícia que ninguém queria acreditar: o jovem ator Rafael Miguel, de apenas 22 anos, foi brutalmente assassinado junto com os seus pais, em um crime marcado pela violência e pelo controle autoritário dentro da família da namorada dele. Agora, quase seis anos depois, a HBO Max lança uma série documental que resgata essa história com todo o cuidado, a sensibilidade e o olhar investigativo que ela merece.

“O Assassinato do Ator Rafael Miguel”, que estreia na plataforma em 31 de julho, não é só mais um programa sobre um crime chocante. É um convite para mergulharmos em uma trama de emoções, relações familiares complexas e, principalmente, uma reflexão urgente sobre os efeitos devastadores do abuso e da violência dentro de casa — algo que muitas vezes fica invisível até que seja tarde demais.

Um jovem talento e uma vida interrompida

Rafael Miguel não era apenas um rosto conhecido da televisão. Ele era um jovem com sonhos, talentos e uma história de vida que inspirava muita gente. Criado na periferia de São Paulo, ele conquistou o público com seu jeito carismático e doce na novela “Chiquititas”, onde interpretou o personagem Paçoca — um papel que marcou a infância de milhares de crianças.

Mas a vida, que tantas vezes reserva surpresas boas, também pode ser cruel. Aos 22 anos, Rafael foi vítima da violência que ainda assola muitas famílias brasileiras. Sua morte não foi um acidente, não foi algo isolado: foi o resultado de um ciclo de controle, agressão e medo que se instalou dentro da casa da família de sua namorada, Isabela Tibcherani.

A face oculta do abuso: quando o lar vira prisão

A série documental da HBO Max vai fundo nesse ponto delicado: como a dinâmica familiar tóxica, marcada pela rigidez e pelo autoritarismo de Paulo Cupertino, pai de Isabela, criou um ambiente de medo e opressão. Paulo não aceitava o namoro da filha com Rafael e usava de violência para tentar controlar a situação.

Essa postura não era apenas uma questão de ciúmes, mas sim de um comportamento abusivo, que dominava a vida da jovem e que acabou levando a uma tragédia irreparável. Ao dar voz a Isabela, a série mostra a vulnerabilidade de uma menina presa em um ambiente onde o amor se confundia com o medo e onde a possibilidade de escolhas era negada.

Justiça tardia, mas necessária

Depois de quase três anos foragido, Paulo Cupertino foi finalmente preso e julgado pelo triplo homicídio. A condenação a 98 anos de prisão não apaga a dor, mas representa um passo fundamental para que a justiça seja feita. A série acompanha os dois dias de julgamento, mostrando os depoimentos, as provas e as emoções de quem acompanhou de perto todo esse processo.

Esse momento é importante porque nos lembra que, por trás das notícias e dos números, existem pessoas que sofrem, que lutam e que esperam por respostas.

Uma produção feita com respeito e empatia

A sensibilidade com que “O Assassinato do Ator Rafael Miguel” foi produzida também merece destaque. A Grifa Filmes, responsável pela série, investiu em entrevistas inéditas e no acesso aos bastidores da investigação para apresentar uma narrativa que respeita as vítimas e o impacto que o crime causou em tantas vidas.

Fernando Dias e Kiko Ribeiro, produtores executivos, e o diretor Mauricio Dias conseguiram equilibrar a rigorosidade jornalística com o cuidado humano, evitando sensacionalismos e focando na verdade, na memória e na reflexão.

Por que essa história importa para todos nós?

Mais do que contar um crime, a série documental coloca em evidência um problema social que precisa ser debatido com urgência: a violência doméstica e os abusos dentro do ambiente familiar. Muitas vezes, o que acontece dentro de casa é invisível para a sociedade, abafado pelo silêncio e pelo medo.

O caso de Rafael Miguel, infelizmente, não é isolado. Através dele, podemos entender como padrões autoritários e abusivos — enraizados em muitos lares — podem causar sofrimento, limitar vidas e, em casos extremos, levar à tragédia.

Assistir à série é um convite para olhar com mais atenção para a realidade de tantas famílias e para refletir sobre como podemos contribuir para um ambiente mais seguro e respeitoso para todos, especialmente para jovens e mulheres.

A memória que transforma

A produção da HBO Max não é apenas uma recordação dolorosa, mas uma forma de preservar a memória de Rafael Miguel e de seus pais, honrando suas vidas e trazendo à tona a necessidade de mudança.

É também um alerta para que a sociedade, as instituições e cada um de nós fiquemos atentos aos sinais do abuso e da violência, para que histórias como essa não se repitam.

Conectando passado e presente

Para os fãs, para a família e para todos que acompanharam a trajetória de Rafael, essa série é uma oportunidade de revisitar momentos que ficaram marcados na história da televisão brasileira e na vida de muitas pessoas. Mas é também um lembrete do quanto ainda há para avançar na luta contra a violência.

Com depoimentos emocionados, reconstituições e análises, “O Assassinato do Ator Rafael Miguel” cria uma ponte entre passado e presente, entre a dor e a esperança por justiça e transformação.

Um convite para o diálogo e a conscientização

Em tempos em que o debate sobre violência doméstica ganha mais espaço na mídia e na sociedade, obras como essa cumprem um papel fundamental. Elas ajudam a dar visibilidade ao que, muitas vezes, está oculto, estimulam o diálogo e incentivam a busca por soluções.

The Noite com Danilo Gentili de hoje (11): Yudi Tamashiro e Mila falam sobre família e nova missão no Japão

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Foto: Reprodução/ Internet

Poucas histórias de vida mostram com tanta clareza que os caminhos da fama e do sucesso podem ser transformados pelo poder da fé, da coragem e do amor como a de Yudi Tamashiro e Mila. Eles, que se tornaram nomes conhecidos da televisão e da música brasileiras, vivem hoje um capítulo que foge dos holofotes tradicionais para abraçar um propósito maior: uma missão evangelística no Japão, país que une suas origens e sonhos. No programa The Noite com Danilo Gentili que será exibido nesta segunda-feira, 11 de agosto, o casal abrirá o coração para falar sobre essa nova fase, a chegada do primeiro filho, Davi Yudi, o lançamento do DVD Trono e o plano audacioso de largar tudo para recomeçar do zero em terras nipônicas. Mais do que um anúncio, a conversa será um convite para refletir sobre recomeços, superação e o poder de encontrar um significado maior na vida.

Yudi nasceu em 4 de agosto de 1992 em Santos, litoral de São Paulo, mas passou quatro anos da infância no Japão, terra de seus ancestrais. Foi nessa mistura cultural que se moldou o menino que, aos 9 anos, foi descoberto no programa Raul Gil e que rapidamente conquistou espaço na televisão brasileira, tornando-se apresentador do infantil Bom Dia & Cia ao lado de Priscilla Alcântara. Na música, Yudi também fez sua marca, transitando do hip hop ao sertanejo, lançando álbuns, vídeos e colecionando prêmios como o “Troféu Super Cap de Ouro” e o “Prêmio Jovem Brasileiro”. Apesar do sucesso e da fama, a vida não foi apenas um conto de glamour: momentos de dor, vícios e perdas testaram sua força e fizeram com que ele buscasse algo além do que o brilho das câmeras poderia oferecer. Foi na fé que encontrou esse caminho, um reencontro com ele mesmo e com Mila, a mulher que viria a ser sua companheira e parceira de vida.

Mila, que também teve sua trajetória marcada pela música e pelo entretenimento, lembra com carinho e emoção os tempos de infância, quando o destino ainda não havia os unido definitivamente. Anos depois, foi em um evento evangelístico que seus caminhos se cruzaram novamente, desta vez para nunca mais se separarem. “Eu reencontrei o Yudi e vi um homem transformado. O Yudi daquela época eu não voltaria nem ferrando”, contou ela com sinceridade. As palavras refletem uma transformação profunda, fruto da busca por sentido e do enfrentamento de desafios que todos, de alguma forma, enfrentamos em nossas vidas.

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Hoje, o casal celebra a chegada do primeiro filho, Davi Yudi, um presente que simboliza a renovação, o amor e a continuidade da missão que escolheram abraçar juntos. Mais do que isso, anunciam o lançamento do DVD gospel Trono, um projeto que expressa seu compromisso com a música de fé e com o desejo de levar uma mensagem de esperança a quem precisa. Mas talvez o anúncio mais impactante seja o plano de se mudarem para o Japão, a terra natal de Yudi, para iniciar uma missão evangelística em um país onde o evangelho ainda é pouco falado, porém muito verdadeiro quando encontrado.

O desafio de recomeçar do zero no Japão

“Poucas pessoas sabem, mas nós vamos largar tudo aqui e morar no Japão, começar do zero. Queremos evangelizar lá, um país em que o evangelho é pouco falado, mas, onde existe, é muito verdadeiro. Estamos tirando o visto agora e o nosso plano é ir a partir de novembro, se der tudo certo”, revela Yudi, mostrando uma coragem que muitos apenas sonham em ter. Mila reforça o sonho antigo que agora ganha forma: “Meu sonho sempre foi ir para lá viver e criar o meu filho. Essa era uma das coisas que eu tinha no meu coração e agora vou realizar.”

A decisão de começar do zero, longe dos confortos conhecidos, é um ato de fé e uma demonstração clara de que o verdadeiro valor da vida está no propósito, e não nas posses ou no reconhecimento social. Para o casal, o Japão representa mais que uma mudança geográfica; é o símbolo da união entre passado e futuro, cultura e espiritualidade, desafio e esperança. Eles sabem que não será uma tarefa fácil. O país tem uma cultura única, tradicional, com uma espiritualidade própria que, embora não amplamente aberta ao evangelho cristão, tem uma sinceridade que o casal admira e quer respeitar.

Superação e fé

A trajetória de Yudi é marcada por altos e baixos, sucessos e quedas, mas sobretudo por uma luta constante pela própria redenção. Depois de perder o pai, um dos momentos mais difíceis de sua vida, ele também enfrentou vícios e o esvaziamento das falsas amizades e aplausos superficiais. “Foi na dificuldade que eu me agarrei em Deus e comecei a me desprender das falsas amizades e falsos aplausos. Fui tratando dentro de mim a ponto de me sentir seguro e encontrar uma missão na minha vida. É isso o que eu faço hoje. Prego a palavra de Deus para as pessoas que também estão perdidas, querem encontrar um rumo na vida e se sentirem amadas”, revela ele.

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Construindo uma família com propósito

Para Mila, a caminhada ao lado de Yudi é uma continuação do reencontro espiritual e emocional que os uniu. O casal vive uma rotina de trabalho focada em levar mensagens de fé e esperança por meio da música e da evangelização, criando um ambiente sólido para a chegada e crescimento de Davi. “Criar o nosso filho num lugar diferente, com uma cultura diferente, mas com o mesmo fundamento de amor e fé, é o que nos move”, diz Mila com um sorriso que revela orgulho e serenidade.

Música que toca o coração e transforma vidas

O lançamento do DVD Trono é um marco simbólico e real desse momento. Com músicas que falam de superação, amor divino e transformação, o projeto mostra um lado artístico renovado e comprometido com a missão espiritual do casal. A música, que sempre foi uma paixão e uma profissão para ambos, agora se torna um canal para levar conforto, esperança e renovação a quem ouve.

O futuro no Japão

O recomeço no Japão simboliza também uma oportunidade de testemunhar de perto a pluralidade cultural e espiritual do mundo, uma chance de aprender, compartilhar e crescer. O país, conhecido pela tecnologia avançada e pelas tradições milenares, oferece um campo fértil para o casal plantar sementes de fé, respeitando e dialogando com a realidade local.

Yudi e Mila, com toda a sua história, mostram que não importa quantas vezes você precise recomeçar, o fundamental é ter um propósito claro e um coração aberto para as mudanças. Eles se tornam um exemplo de que a vida é feita de ciclos, e que a verdadeira vitória está na capacidade de se reinventar, de encontrar forças na fé e no amor, e de caminhar com coragem rumo ao desconhecido.

Saiba qual filme vai passar na Tela de Sucessos hoje (15/08)

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Nesta sexta-feira, 15 de agosto, às 23h15, o SBT leva ao ar mais uma edição do clássico Tela de Sucessos, e o destaque da noite é uma história que mistura ação, aventura, humor e muita imaginação: “O Garoto-Formiga” (Antboy), produção dinamarquesa que conquistou crianças e adultos ao redor do mundo desde seu lançamento em 2013.

O longa, dirigido por Ask Hasselbalch e estrelado por Oscar Dietz, é inspirado na série de quadrinhos de Kenneth Bøgh Andersen e apresenta um herói improvável: um menino comum, de apenas 12 anos, que ganha poderes incríveis após um acidente curioso e, a partir daí, precisa enfrentar desafios que vão muito além da vida escolar.

O protagonista da história é Pelle Norhmann, interpretado por Oscar Dietz. Ele é um menino tímido e, de certa forma, invisível para a maioria dos colegas da escola. Vive o dia a dia típico de qualquer criança de sua idade, lidando com tarefas, professores, amizades e pequenas frustrações. No entanto, sua vida muda completamente quando, durante um passeio, ele é mordido por uma formiga de espécie incomum.

O que poderia ser apenas um momento estranho e passageiro acaba se transformando no início de uma grande aventura. Aos poucos, Pelle percebe que está desenvolvendo habilidades fora do comum: força sobre-humana, agilidade impressionante e até mesmo a capacidade de escalar paredes.

Com a ajuda de Wilhelm (Samuel Ting Graf), um colega que é fanático por histórias em quadrinhos, o garoto cria uma identidade secreta: Garoto-Formiga. E, como todo super-herói, não demora para que surja um vilão à altura: Dr. Gaemelkra, também conhecido como Pulga (vivido por Nicholas Bro), que ameaça não só Pelle, mas todos ao seu redor.

Um herói que conquista pela simplicidade

O que torna o longa-metragem tão cativante é que ele não tenta ser apenas mais um filme de super-herói cheio de efeitos especiais e explosões. A produção aposta no carisma dos personagens e em um enredo divertido, que conversa diretamente com o público infantil, mas que também guarda lições valiosas para os adultos.

Pelle não é perfeito. Ele erra, sente medo, e muitas vezes se vê inseguro sobre suas próprias decisões. Essa vulnerabilidade o torna mais humano e próximo de quem está assistindo. Ao contrário de heróis que nascem destinados à grandeza, o projeto cinematográfico aprende no dia a dia que ser um herói é muito mais sobre fazer o que é certo do que sobre ter superpoderes.

Do quadrinho para as telas

A transição do filme dos quadrinhos para o cinema foi conduzida com cuidado para preservar o espírito original da obra. A série de livros de Kenneth Bogh Andersen já era um sucesso na Dinamarca, conquistando leitores com seu humor leve, personagens bem construídos e um mundo onde o extraordinário se mistura ao cotidiano.

No filme, essa essência é mantida, mas com o reforço visual que só o cinema pode oferecer. As cenas de ação são dinâmicas e divertidas, sem abrir mão de momentos de ternura e amizade. É aquele tipo de aventura que as crianças podem assistir sem medo, e que os pais encaram como um bom entretenimento familiar.

Elenco e personagens marcantes

O elenco do filme entrega atuações convincentes e carismáticas. Oscar Dietz dá vida a um Pelle que oscila entre a timidez e a coragem, retratando de forma realista a jornada de amadurecimento do personagem. Nicholas Bro, no papel do vilão Pulga, consegue equilibrar o tom cômico e ameaçador na medida certa, evitando caricaturas exageradas. Samuel Ting Graf interpreta Wilhelm com simpatia e inteligência, sendo o cérebro por trás das estratégias do Garoto-Formiga.

O time de apoio também é composto por Amalie Kruse Jensen (Ida), Lark Winther (mãe), Frank Thiel (pai), Cecilie Alstrup Tarp (Amanda) e outros nomes que ajudam a dar profundidade à narrativa.

Foto: Reprodução/ Internet

Uma produção com identidade própria

Lançado em 3 de outubro de 2013 na Dinamarca, O Garoto-Formiga foge da fórmula típica dos blockbusters americanos. É um filme com orçamento mais modesto, mas que compensa a ausência de megaefeitos com uma história bem contada, humor na medida certa e uma direção que sabe onde quer chegar.

A trilha sonora é envolvente e ajuda a criar o clima das cenas, alternando momentos de ação com passagens mais emotivas. A fotografia aposta em cores vivas e ambientes claros, reforçando a ideia de que essa é uma aventura para toda a família.

Dublagem e acessibilidade no Brasil

No Brasil, o filme ganhou duas versões de dublagem — a primeira realizada pela Beck Studios, com a voz de João Victor Granja no papel principal, e a segunda pela H2D Productions, trazendo Fernanda Crispim como voz do herói. Ambas buscaram manter a leveza e o humor da obra original, permitindo que o público brasileiro se conectasse com a história sem perder o charme da produção dinamarquesa. Essa preocupação em adaptar bem o conteúdo para outros países é um dos motivos pelos quais O Garoto-Formiga conseguiu conquistar plateias fora de seu mercado original.

Lições escondidas atrás da fantasia

Embora seja, à primeira vista, um filme divertido sobre um menino com poderes de formiga, O Garoto-Formiga carrega mensagens importantes sobre amizade, coragem e autoestima. Pelle aprende que não é preciso ser grande para fazer a diferença — algo que serve tanto para crianças quanto para adultos.

O longa também aborda, de forma sutil, questões como bullying, insegurança e a importância de acreditar em si mesmo, sem deixar a história pesada ou moralista demais. É entretenimento com conteúdo, algo que pais e educadores valorizam.

Curiosidades sobre o filme

O Garoto-Formiga foi tão bem recebido na Dinamarca que gerou continuações, ampliando o universo do personagem.

O longa teve grande parte das cenas gravadas em locações reais, o que contribui para a atmosfera autêntica da narrativa.

Apesar de ser um filme infantil, o roteiro foi cuidadosamente escrito para que os adultos também se divirtam.

A relação entre Pelle e Wilhelm lembra a clássica parceria entre herói e ajudante nos quadrinhos, mas com um toque mais realista e afetuoso.

Crítica | “Amores Materialistas” é um filme visualmente impactante com propostas ambiciosas

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Logo nos primeiros minutos de Amores Materialistas, uma certeza se impõe: algo está profundamente fora do lugar. Uma cena inicial de homens das cavernas — sim, homens das cavernas — tenta lançar alguma metáfora sobre desejos primitivos, evolução social ou instinto amoroso. O problema é que essa sequência se torna, ironicamente, o momento mais honesto do filme. Tudo o que vem depois se perde em uma encenação que, embora tente parecer sofisticada, não consegue esconder sua essência: um romance esvaziado, montado sob a lógica de um algoritmo, onde cada batida emocional parece pré-programada para maximizar cliques e agradar investidores.

Sob a direção de Celine Song, cujo trabalho anterior (Vidas Passadas) comoveu plateias mundo afora por sua delicadeza e humanidade, era de se esperar uma obra que, ao menos, soubesse lidar com silêncios, olhares e hesitações — elementos que ela soube transformar em poesia. Mas Amores Materialistas é o exato oposto. Aqui, o silêncio não comunica, apenas se arrasta. Os personagens não hesitam; eles travam. O amor não floresce — é mecanicamente colocado em cena como um produto qualquer de consumo rápido, sem alma, sem risco, sem verdade.

Entre closes e clichês: um romance solitário

Uma das decisões mais desastrosas da direção é a insistência em filmar os protagonistas quase sempre em planos fechados e isolados, como se estivessem em monólogos paralelos. O famoso “plano e contraplano”, ferramenta clássica para criar conexão e tensão entre dois personagens, é tratado aqui como um luxo dispensável. Resultado? Um romance visualmente desarticulado, que transmite mais afastamento do que aproximação. É como se o filme tivesse medo de deixar seus personagens, e o público, se envolverem de fato.

Essa escolha de linguagem não seria um problema se viesse acompanhada de diálogos fortes ou de uma proposta ousada de desconstrução romântica. Mas o que temos é uma sucessão de falas truncadas, longos silêncios sem função narrativa e uma superficialidade emocional gritante. O romance se desenrola como um jogo de tabuleiro sem jogadores: as peças se movem porque é o que o roteiro exige, não porque algo real esteja sendo vivido ou sentido.

Quando a autoconsciência sufoca a emoção

Há também um desejo constante do roteiro de parecer mais inteligente do que realmente é. A comédia romântica autoconsciente, que ironiza seus próprios clichês, já foi bem explorada por filmes como 500 Dias com Ela ou Ruby Sparks. No caso de Amores Materialistas, no entanto, essa tentativa se torna um peso. O filme quer ser sarcástico e profundo ao mesmo tempo, mas esquece de ser, antes de tudo, minimamente engraçado ou comovente.

Os protagonistas — que deveriam conduzir o espectador por essa jornada amorosa — parecem existir num vácuo. São pessoas sem vínculos afetivos, sem amigos, sem vida além do roteiro. A impressão é que o filme esqueceu de dar contexto aos seus personagens, confiando que o carisma dos atores e a bela fotografia dariam conta do recado. Não deram.

Um romance sobre o nada — com celebridades demais

É inevitável a comparação com Vidas Passadas, justamente porque Celine Song parecia ser a cineasta perfeita para repensar o amor em tempos modernos. Naquele filme, ela mostrou que ainda há espaço para histórias sensíveis, de dor e reencontro, que fogem dos binarismos hollywoodianos. Já Amores Materialistas representa tudo o que Vidas Passadas não era: um produto calculado, com casting estrelado (e, curiosamente, carregado de nomes da Marvel) e um roteiro formatado para testes de audiência, não para a verdade emocional.

O que mais dói não é o fracasso da comédia ou o vazio do romance, mas o potencial desperdiçado. Celine Song poderia ter escolhido qualquer caminho após sua estreia brilhante — uma história mais íntima, um projeto autoral, ou até mesmo um salto ousado para outro gênero. Ao aceitar dirigir Amores Materialistas, parece ter embarcado num projeto que contradiz tudo o que sua arte representava.

Essa é a velha armadilha hollywoodiana: transformar diretores com voz própria em engrenagens de uma máquina que privilegia previsibilidade em detrimento da autenticidade. E o público, cada vez mais atento e exigente, sente quando isso acontece.

Uma crítica à indústria — que o próprio filme reforça

O título Amores Materialistas até poderia funcionar como uma crítica à forma como o amor é vendido como mercadoria nos dias de hoje. Poderia. Mas o filme nunca se aprofunda nesse comentário social. Em vez disso, parece apenas reforçar o materialismo que finge criticar: há mais fetiche por apartamentos modernos, roupas de grife e diálogos vazios do que qualquer reflexão real sobre sentimentos ou escolhas.

Enquanto isso, personagens femininas são reduzidas a vetores de desejo, e os homens dividem-se entre o arrogante bem-sucedido e o sensível-sem-rumo — dois arquétipos esgotados, que já não surpreendem ninguém. Mesmo as tramas paralelas, que poderiam oferecer algum alívio cômico ou humanização, são apenas ruído. O que resta, ao final, é a sensação de que tudo foi uma grande tentativa de embalar um presente bonito, mas vazio.

Amar é verbo, não fórmula

Amores Materialistas fracassa como comédia, falha como romance e decepciona como cinema. É um filme que parece não confiar em sua própria história, nem em seu público. A produção aposta em fórmulas que já não funcionam e esquece que, para contar uma boa história de amor, é preciso mais do que um par de rostos bonitos e uma trilha sonora genérica. É preciso conexão, conflito, verdade — tudo o que Celine Song já mostrou saber fazer, mas que aqui parece ter sido suprimido por decisões comerciais mal calculadas.

Mais do que um filme ruim, Amores Materialistas é um sintoma de algo maior: o modo como a indústria tenta transformar até o sentimento mais essencial em uma planilha de retorno financeiro. E nessa equação, quem perde não são só os cineastas ou o público — perde também o próprio cinema, que deixa de ser arte para virar apenas estratégia de marketing.

Em tempos onde se consome tudo com pressa, talvez não seja coincidência que o filme mais vazio seja também aquele que mais tenta parecer importante. Mas autenticidade não se forja. E o amor — mesmo o fictício — precisa, no mínimo, parecer real. Neste caso, não parece.

Isadora Pompeo lança “Você em Mim” e aprofunda sua caminhada espiritual em projeto intimista gravado ao vivo em Maceió

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Há músicas que se escutam. E há músicas que se sentem — como se tivessem sido escritas para aquela noite em que o silêncio pesa, ou para o momento em que tudo parece desmoronar. “Você em Mim”, o mais novo lançamento de Isadora Pompeo, é uma dessas canções.

Lançada nesta terça-feira (22), a faixa é o terceiro avanço do projeto Dependente de Deus, um trabalho que vai muito além de um álbum. É um desabafo com melodia. É um diário espiritual transformado em louvor. Gravada ao vivo em Piaçabuçu, Alagoas — onde o Rio São Francisco se despede do continente e encontra o mar — a canção é, nas palavras da própria Isadora, “uma oração cantada”.

“É um coração desesperado que encontra refúgio”, compartilhou a artista. “É uma certeza: Ele pode todas as coisas. Faz todas as coisas. E mesmo que nada aconteça como a gente imagina… Ele continua sendo Deus. Isso é o mais importante.”

Na voz de Isadora, vulnerabilidade não é fraqueza. É coragem.

Coração exposto à margem do rio

Ao assistir ao videoclipe de “Você em Mim”, a sensação é quase de estar presente. A câmera não invade. Ela contempla. A natureza em volta — o vento, a luz, a água — não está lá por acaso: ela faz parte do que está sendo dito, cantado, vivido.

Isadora está de pés descalços. Não há figurino elaborado, nem maquiagem marcante. Há olhos que brilham não por vaidade, mas por verdade. É uma mulher que carrega sua fé como quem carrega cicatrizes: com reverência.

Weslei Santos assina a produção musical, e Mess Santos conduz a direção visual com sensibilidade, respeitando os silêncios e os suspiros que a música exige. Não há pressa, não há imposição. Há espaço para sentir.

A fé como abrigo

“Você em Mim” fala sobre ausência. Sobre aquele buraco que às vezes se abre no peito e que nada preenche — a não ser a presença de Deus. É um pedido, mas também uma constatação: sem Ele, tudo fica sem forma.

A canção segue a mesma linha emocional de “Fica Calmo, Coração” e “Palavras e Palavras”, os dois lançamentos anteriores do projeto. Mas aqui, há algo ainda mais cru. Como se a letra tivesse sido escrita entre lágrimas e sorrisos trêmulos. Como se a própria gravação tivesse sido uma oração interrompida por suspiros.

E talvez tenha sido.

Um projeto que se parece com a vida

Dependente de Deus não é um álbum convencional. Ele não se sustenta em batidas fortes ou refrões pegajosos. Ele respira. Ele chora. Ele exala fé.

São oito canções, todas autorais, que se entrelaçam como capítulos de um testemunho. Não há glamour. Há entrega. Isadora escolheu gravar tudo ao ar livre, em diferentes paisagens do Brasil, como forma de se reconectar com o Criador — e convidar o público a fazer o mesmo.

Cada faixa é um recorte de vida. Um lembrete de que, mesmo quando tudo parece perdido, ainda há propósito.

De Caxias do Sul para o mundo

Isadora tem apenas 26 anos, mas sua trajetória já é marcada por reviravoltas dignas de um roteiro. Nascida em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, cresceu em um lar pastoral e foi incentivada desde cedo a usar a música como forma de se expressar.

Começou a ganhar notoriedade com covers no YouTube, e, em 2017, lançou seu primeiro álbum, Pra Te Contar os Meus Segredos. A partir dali, não parou mais. Veio o reconhecimento, os prêmios, os milhões de seguidores — e, junto com isso, vieram também os tropeços da vida.

O casamento breve com o jogador Thiago Maia, por exemplo, expôs feridas que ainda hoje reverberam. Mas Isadora escolheu transformar sua dor em arte. E talvez seja justamente isso que a torna tão humana aos olhos do público: ela não canta de cima para baixo. Ela canta do lado.

Música que alcança onde o olhar não chega

Isadora não faz música para as rádios. Ela faz música para quem está tentando juntar os cacos. E, por isso, alcança tanta gente.

Tetelestai, seu projeto anterior, foi um marco. Gravado diante de milhares de pessoas em Belém, o álbum somou mais de 380 milhões de streams e consolidou faixas como “Ovelhinha” e “Bênçãos que Não Têm Fim”, esta última sendo a primeira canção gospel a entrar no Top 10 da Billboard Brasil.

Mas Dependente de Deus é outra coisa. É mais íntimo. Mais silencioso. E, por isso, talvez ainda mais potente.

O que vem depois do vazio?

“Você em Mim” tenta responder a essa pergunta. Ou melhor: tenta acolher quem também se faz essa pergunta. A música não promete soluções imediatas, mas oferece companhia. E isso, às vezes, já é tudo.

O que torna esse lançamento especial é a ausência de máscaras. Isadora não finge estar forte. Ela mostra a dor. Ela assume a dependência. E, no mundo das redes sociais e filtros perfeitos, isso é revolucionário.

A cantora e a mulher

Fora dos palcos, Isadora é filha, amiga, sonhadora. Quer ser pastora. Ainda lida com cicatrizes que não aparecem nos videoclipes. Mas não as esconde. Pelo contrário: elas guiam sua arte.

Talvez o segredo do impacto de suas músicas esteja aí. Na coragem de não se esconder. De não romantizar o sofrimento, mas também não negar que ele existe. De encontrar beleza no quebrado. Luz no escuro.

Um convite ao silêncio e à fé

Se você está vivendo um momento difícil, “Você em Mim” não vai te dar respostas fáceis. Mas vai te lembrar de algo essencial: você não está sozinho.

E se você está bem, talvez essa música te ensine a olhar com mais empatia para quem está ao lado. Porque, no fim das contas, todos estamos tentando. Todos estamos buscando sentido. E todos, em alguma medida, somos dependentes de algo maior.

“Você em Mim” já está disponível em todas as plataformas de áudio e no YouTube. E mais: os próximos capítulos de Dependente de Deus prometem continuar nos levando por essa estrada de sinceridade, fé e redenção.

Segredo Filmes: 12 anos de cinema feito por mulheres, com o corpo, a voz e a urgência de quem nunca foi ouvida

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Foto: Reprodução/ Internet

No silêncio da sala escura, há um cinema que não pede licença para existir. Ele fura a pele, atravessa ossos, ecoa por dentro. É o cinema da Segredo Filmes, produtora fundada em 2013, em Salvador, pelas cineastas Josi Varjão e Lilih Curi. Um cinema que não nasce para entreter — mas para revelar, denunciar, curar, tensionar. E, acima de tudo, para colocar no centro as histórias que o país prefere varrer para debaixo do tapete.

São 12 anos de estrada. Mas não uma estrada fácil, com asfalto e placas. É um caminho escavado com as mãos, na unha, contra tudo que tentou apagar duas mulheres — uma negra, nordestina, lésbica, e outra lésbica, filha de um homem com deficiência auditiva. O resultado é um catálogo denso, sensível e absolutamente necessário.

Histórias que doem — e, por isso, precisam ser contadas

A filmografia da Segredo Filmes parece nascer de feridas abertas. “Carmen”, de 2013, já trazia a marca do incômodo: a violência contra uma mulher com deficiência auditiva. Em “Teresa” (2014), o abandono, a maternidade imposta, o silêncio social. Em “Carolina”, a deficiência física aparece não como símbolo de superação, mas como parte de uma mulher artista, nordestina, cheia de camadas. Nenhuma delas é só “uma coisa”. Cada personagem é um universo — como na vida real.

E talvez aí resida a essência da Segredo: fazer cinema com gente viva, e não com estereótipos.

“Os nossos filmes são ficções porque documentar a própria dor todos os dias seria insuportável”, diz Lilih. “Ficcionamos para sobreviver. Mas o que contamos é real. A lesbofobia, a solidão da mulher negra, a falta de acesso, a violência familiar. Tudo está ali, em código, em cena, em carne.”

Quando o segredo vira denúncia

O nome da produtora não é metáfora. É literal. “Segredo” é o que se esconde — e o que precisa, um dia, explodir. Em 2025, essa explosão vem em novas formas: o documentário “Restauro”, sobre as memórias que faltam nas fotos da infância de Josi Varjão; “Moira”, sobre uma mulher com deficiência visual pela Síndrome de Stargardt; e “Anastácia”, que estreou em uma sessão fechada para a indústria no prestigiado Festival de Clermont-Ferrand, na França — sendo um dos cinco curtas brasileiros selecionados.

Tem ainda “Angélica”, já em pré-produção, e planos para novas séries e longas. Mas nenhuma obra escapa da pergunta que acompanha a produtora desde o primeiro roteiro: “O que eu quero dizer? Por que quero dizer? E quem nunca pôde dizer antes de mim?”

Equidade não é gentileza, é urgência

Para Josi Varjão, a luta é também por estrutura. “Temos editais com indutores de diversidade, mas não é o bastante. Precisamos de cotas para mulheres cis e trans. Somos mais de 50% da população consumindo conteúdo feito majoritariamente por homens. Isso precisa ser corrigido por política pública. Cotas são justiça — não privilégio.”

E ela completa: “O feminismo que praticamos é sobre a equidade real, não só no discurso. É sobre um país em que as mulheres possam existir em todas as telas, atrás das câmeras e nas decisões. Só assim deixamos de ser exceção.”

Acessibilidade como ética, e não como bônus

A deficiência não é uma pauta acessória nos filmes da Segredo. É central. É raiz. O pai de Lilih tinha deficiência auditiva. O de Josi, usava muletas. Elas sabem do que falam. “A acessibilidade não é algo que colocamos depois, por obrigação. Ela está na origem do que criamos. É prática social, é respeito, é política.”

Por isso criaram também iniciativas como a Mostra Acessível de Curtas e o Cineclube Clara de Assis — espaços de difusão, formação e encontro. A produtora também tem colaborações com canais como Futura, Canal Brasil e Globoplay, levando suas histórias para ainda mais gente.

Com sede em Salvador e atuação constante em São Paulo, Rio, Belo Horizonte e outras regiões, a Segredo Filmes é a prova viva de que o centro da produção audiovisual brasileira pode — e deve — se descentralizar. E que é possível fazer um cinema autoral, político e tocante mesmo longe dos grandes polos e orçamentos, desde que se tenha o que dizer — e para quem dizer.

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