Selton Mello mostra bastidores de Anaconda e revela clima irreverente do reboot hollywoodiano ao lado de Jack Black e Paul Rudd

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Nesta semana, Selton Mello deu aquele presente que os fãs adoram: um vídeo íntimo, descontraído e cheio de momentos engraçados dos bastidores de Anaconda, o novo reboot da franquia que marcou gerações e agora renasce em Hollywood com uma mistura improvável de humor, terror e ação. O ator brasileiro, que estrela o longa ao lado de Jack Black, Paul Rudd, Steve Zahn, Thandiwe Newton e Daniela Melchior, mostrou o clima de irreverência que tomou conta da produção desde o início das filmagens.

Meu momento favorito: mostrar o que acontece por trás das câmeras. Com Anaconda, não foi diferente”, escreveu Selton na legenda. O vídeo, claro, viralizou em minutos. Não só pela curiosidade natural em torno de uma superprodução hollywoodiana, mas pelo carisma e pelo olhar genuíno que Selton imprime ao gravar esse tipo de conteúdo. Ele não mostra apenas o set — mostra a energia das pessoas que constroem aquele universo.

E energia, ali, é o que não falta.

Um reboot que não tenta ser sério — e é justamente aí que mora o charme

Dirigido por Tom Gormican e escrito por ele ao lado de Kevin Etten, o novo filme já nasce com uma proposta assumida: é uma comédia de terror escrachada, que abraça o exagero do original de 1997 e se diverte com isso. Esqueça o suspense sombrio ou a tensão constante. Aqui, o espírito é outro, quase como se o filme desse uma piscada para o público o tempo todo, lembrando que ninguém precisa levar nada tão a sério.

O enredo gira em torno de Doug (Jack Black) e Griff (Paul Rudd), dois amigos que, enfrentando crises típicas da meia-idade, decidem viajar até a Amazônia para recriar o longa que marcou a juventude deles. A ideia já seria absurda por si só, mas fica ainda mais caótica quando uma anaconda gigantesca — dessa vez real — aparece, transformando o sonho de fazer cinema num pesadelo hilário.

O próprio trailer, lançado pela Sony no fim de setembro de 2025, já mostrava o tom: piadas autorreferenciais, escorregões, sustos inesperados e uma cobra gigante que parece tão interessada em devorar quanto em provocar reações cômicas. É autossátira na veia, um tipo de humor que só funciona quando todos os envolvidos estão no mesmo espírito. E, pelo vídeo de Selton, estão.

Nos bastidores, Selton vira o “elo de ligação” entre caos e camaradagem

No vídeo postado nas redes, Selton aparece totalmente integrado à equipe e, principalmente, ao elenco. A troca dele com Paul Rudd chama atenção: os dois riem de improvisos, conversam como se fossem amigos de longa data e parecem ter encontrado um ritmo próprio. Rudd, com seu humor leve e eterno ar de surpresa, funciona quase como uma dupla de comédia com Selton, que responde com uma naturalidade impressionante para quem está filmando seu maior projeto internacional.

Com Jack Black, o clima é ainda mais escrachado. Em vários trechos, Jack brinca com Selton, tenta fazer o brasileiro repetir palavras e frases gringas com sotaque perfeito e, claro, esbarra em expressões cariocas que ele não consegue pronunciar por nada. Selton, por sua vez, tenta ensinar — mas desiste rápido ao perceber que a gargalhada é mais eficiente do que a aula.

O vídeo também mostra momentos técnicos que sempre fascinam o público: a gigante cabeça animatrônica da cobra descansando ao lado de uma mesa de almoço, ensaios com tela verde, operadores de efeitos especiais manipulando estruturas enormes e cenas caóticas gravadas no meio de uma “Amazônia hollywoodiana”. Selton observa tudo com aquele humor fino que o público brasileiro conhece bem — e isso dá ao material um toque de brasilidade no meio do caos.

Um brasileiro no centro da ação — e sem perder a essência

A escalação de Selton Mello sempre chamou atenção, principalmente por ser algo raro na carreira dele, que é marcada por escolhas cuidadosas e personagens densos. No filme, ele interpreta Santiago Braga, um guia local que tenta conduzir Doug, Griff e seus amigos com alguma sensatez, mas rapidamente percebe que está lidando com um grupo que atrai confusão como ninguém.

Santiago é um personagem que permite a Selton explorar tanto o humor quanto a emoção — e o ator parece confortável demais nessa mistura. Ele transita entre a ironia fina e momentos de vulnerabilidade, dando um toque humano a um filme que, na maior parte do tempo, flerta com o absurdo planejado.

Para os brasileiros, ver Selton nesse contexto é mais que representatividade. É uma confirmação de que seu talento atravessa fronteiras sem perder identidade. Ele fala português nos bastidores, brinca com a equipe, improvisa e mantém um tom que só ele tem. É o Brasil dentro da floresta hollywoodiana — e isso dá ao reboot uma camada inesperada de autenticidade.

A equipe abraça o absurdo e o transforma em virtude

Produzido pela Columbia Pictures e pela Fully Formed Entertainment, o reboot foi pensado como uma grande carta de amor — e de zoeira — ao original. Brad Fuller e Andrew Form, responsáveis por franquias clássicas do terror, mergulharam fundo no tom de comédia metalinguística que Gormican queria.

Nos bastidores, Fuller chegou a comentar que a intenção jamais foi competir com o filme de 1997, mas “rir com ele, não dele”. E isso se reflete em tudo: da atuação exagerada ao design da anaconda, que mistura terror e humor de forma quase caricata.

Parte desse charme também vem dos efeitos práticos. Mesmo com CGI de ponta, o filme usa bonecos gigantescos que exigem cinco, seis operadores ao mesmo tempo. No vídeo de Selton, há um momento tão espontâneo quanto revelador: a equipe tentando ajustar uma das presas da anaconda mecânica enquanto o ator comenta, rindo, que “o glamour de Hollywood é muito superestimado”.

Primeiras imagens e trailer só aumentaram a expectativa

Quando a revista People publicou as primeiras fotos oficiais em 16 de setembro de 2025, o público mergulhou na nostalgia. Ver Jack Black coberto de lama, Paul Rudd fugindo de uma câmera que parece ter vontade própria e Selton Mello com expressão de quem perdeu a paciência antes do café da manhã criou um imediatismo raro: todos já queriam assistir ao filme.

No dia seguinte, a Sony divulgou o trailer. A recepção foi explosiva. O público entendeu imediatamente a proposta — não é terror puro, não é apenas comédia, e definitivamente não é algo que precise ser levado a sério. É entretenimento puro. É exagero com propósito.

E no meio de tudo isso, Selton aparece firme, divertido e totalmente encaixado naquele universo caótico.

Um lançamento para fechar 2025 com leveza e risadas

O filme estreia no Brasil em 25 de dezembro de 2025, chegando como uma opção divertida para o fim de ano — exatamente quando o público busca leveza, humor e aquela sensação de “vamos aproveitar o momento”. A Sony aposta alto no projeto e deve investir em campanhas globais, entrevistas conjuntas e, claro, mais vídeos de bastidores que mostram a alma da produção.

Se depender do que Selton Mello mostrou — e da sintonia evidente entre o elenco — o longa-metragme tem tudo para ser um dos títulos mais comentados do período. Não apenas pelo absurdo calculado, mas pela forma carinhosa como a equipe parece abraçar esse absurdo.

Ryan Coogler confirma Pantera Negra 3 e reacende a emoção dos fãs! Wakanda vai voltar — e mais cedo do que imaginávamos

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A volta a Wakanda finalmente ganhou um sinal oficial. O diretor Ryan Coogler, que assinou os dois primeiros filmes da franquia, confirmou publicamente que Pantera Negra 3 será seu próximo projeto. A revelação aconteceu neste sábado, durante o evento Contenders Film: Los Angeles, organizado pelo Deadline, e imediatamente movimentou fãs, sites especializados e todo o ecossistema do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).

Com o anúncio, Coogler deixa claro que pretende continuar expandindo o legado de Wakanda — um universo já consolidado, emocionalmente forte e marcado por uma carga cultural que extrapola o entretenimento. Ainda não há data de estreia, nem detalhes sobre elenco ou enredo, mas o simples fato de sabermos que o filme está em desenvolvimento já acende aquele sentimento coletivo: Wakanda Forever, de novo.

Por que esse anúncio importa tanto?

Entre todas as produções da Marvel, Pantera Negra ocupa um lugar especial. Não apenas pelas bilheterias astronômicas ou pelos recordes quebrados, mas pela força simbólica que carrega: cultura africana celebrada, afro-futurismo em destaque e representatividade que alcançou milhões de pessoas ao redor do mundo.

E é impossível falar de Pantera Negra 3 sem revisitar a trajetória do segundo filme, que marcou profundamente o público.

Relembrando Wakanda Forever

Lançado em 2022, Pantera Negra: Wakanda Forever foi um desafio gigantesco para todo o time. A produção teve início logo após a morte de Chadwick Boseman, intérprete do rei T’Challa, que faleceu em agosto de 2020 vítima de câncer colorretal. Em respeito ao ator, a Marvel tomou a decisão de não reescalar o personagem — uma escolha ousada, sensível e historicamente rara em franquias desse tamanho.

Ryan, junto com o roteirista Joe Robert Cole, teve que redesenhar toda a narrativa. E o filme se tornou, ao mesmo tempo, um épico de ação e uma homenagem emocionante ao legado de Boseman.

Como o segundo filme nasceu: entre homenagens, ressignificações e uma produção turbulenta

As conversas sobre uma sequência começaram ainda em 2018, logo após o lançamento do primeiro filme. Coogler já negociava seu retorno como diretor quando tudo mudou com a notícia da morte do protagonista.

Ainda assim, a Marvel seguiu em frente com a produção. Diversos nomes importantes do elenco original — Letitia Wright, Lupita Nyong’o, Danai Gurira, Winston Duke e Angela Bassett — foram confirmados de volta em novembro de 2020. O título Wakanda Forever foi revelado em maio de 2021.

As filmagens começaram em junho de 2021, passando por Atlanta, Brunswick (Geórgia), Massachusetts e, já no final, Porto Rico. A produção precisou pausar por meses para que Letitia Wright se recuperasse de uma lesão sofrida no set. O trabalho só foi retomado em janeiro de 2022, concluindo no fim de março.

Apesar de todos os obstáculos, o resultado chegou aos cinemas em novembro de 2022 como o último filme da Fase 4 da Marvel — e trouxe um impacto emocional poucas vezes visto no estúdio.

Wakanda Forever emocionou o mundo

O filme foi elogiado por críticos e espectadores, especialmente pelas atuações de Letitia Wright, Tenoch Huerta e Angela Bassett (que chegou a ser indicada ao Oscar). A direção de Coogler, a trilha sonora marcante, as sequências de ação e, claro, a homenagem a Boseman foram alguns dos pontos mais exaltados.

Foi um filme que segurou o peso do luto, celebrou a força das mulheres de Wakanda e introduziu um novo grande personagem ao UCM: Namor, interpretado por Tenoch Huerta, junto de todo o seu reino subaquático, Talokan.

Resumo do enredo

O enredo de Wakanda Forever gira em torno da morte repentina de T’Challa, enquanto Shuri se culpa por não ter conseguido recriar a “erva coração” a tempo de salvá-lo. A nação wakandana entra em luto, mas também se vê pressionada internacionalmente por seu vibranium — cobiçado, desejado e alvo de ataques externos.

Quando uma máquina da CIA detecta vibranium no oceano, Namor e o povo de Talokan atacam a equipe em segredo, criando tensão global e levando a CIA a culpar Wakanda. Namor, sentindo-se ameaçado, confronta Ramonda e Shuri, oferecendo um ultimato: entregar a cientista responsável pela máquina ou enfrentar guerra.

Entra em cena Riri Williams, jovem estudante do MIT que se torna peça-chave do conflito. Shuri e Okoye tentam protegê-la, mas acabam capturadas por Namor, que apresenta Talokan e tenta convencer Shuri a se unir a ele contra o resto do mundo.

A narrativa ganha força quando Ramonda morre tentando salvar Riri, o que leva Shuri a mergulhar profundamente no desejo de vingança. Após recriar sinteticamente a erva coração, Shuri se torna a nova Pantera Negra — mas é ao enfrentar Namor cara a cara, já no clímax, que ela finalmente escolhe o caminho da paz.

A decisão evita a guerra e abre espaço para uma nova era entre Wakanda e Talokan.

Um final emocionante e uma revelação que mudou tudo

Na cena pós-créditos, Shuri viaja ao Haiti e descobre que T’Challa deixou um filho: Toussaint, criado em segredo por Nakia. O garoto também carrega um nome wakandano: Príncipe T’Challa. A revelação emocionou o público e abriu portas para o futuro da dinastia em Wakanda.

E agora: o que esperar de Pantera Negra 3?

Com a confirmação de Coogler, muitas perguntas surgem — e todas são deliciosas de acompanhar.

Quem assume o protagonismo? Shuri seguirá como Pantera Negra? Veremos uma expansão maior de Talokan? O jovem Príncipe T’Challa terá um papel mais significativo? A nova fase do UCM abrirá espaço para novas alianças, vilões ou conflitos globais envolvendo vibranium?

O diretor não revelou nenhum detalhe. Mas, conhecendo o trabalho dele, dá pra sentir que essa continuação será grande, emocional e cheia de novas camadas — exatamente como Wakanda merece

Pierce Brosnan indica retorno como Senhor Destino — e Superman: O Homem do Amanhã pode ser a porta de entrada no novo DCU

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O novo Universo DC criado por James Gunn e Peter Safran ainda está tomando forma, mas as peças começam a se alinhar de maneira inesperada — e uma delas envolve um dos personagens mais poderosos da mitologia da DC: o Senhor Destino. Em entrevista recente à GQ, o ator Pierce Brosnan, que interpretou Kent Nelson em Adão Negro (2022), revelou que ouviu rumores animadores sobre seu futuro na franquia.

“Eu ouvi que o Senhor Destino teria sua própria série ou filme”, afirmou Brosnan. “Também ouvi que ele vai estar no próximo filme do Superman”, completou o ator, deixando os fãs em alerta. Segundo ele, a experiência de interpretar o místico da DC foi profunda e filosófica, e ele estaria “totalmente aberto a retornar”.

Embora Adão Negro não faça parte do novo DCU — considerado oficialmente uma linha paralela — nada impede que o Senhor Destino seja reinterpretado, reintroduzido ou até mesmo mantido, já que Gunn tem demonstrado flexibilidade ao equilibrar novos atores com talentos retornando de versões anteriores.

E a possível conexão com Superman: O Homem do Amanhã, estrelado por David Corenswet, abre espaço para uma discussão maior: qual é a importância do personagem nesse universo? E como isso dialoga com o filme animado de 2020, que estabeleceu uma nova origem para o herói?

A base da nova mitologia: o que é Superman: O Homem do Amanhã?

Antes de especular sobre a aparição do Senhor Destino no novo longa, vale revisitar a história que inspira o título O Homem do Amanhã — em especial o filme animado lançado em 2020, que marcou o início da “segunda fase” do Universo Animado da DC.

Dirigido por Chris Palmer e escrito por Tim Sheridan, o longa acompanha os primeiros passos de Clark Kent como Superman, destacando sua inexperiência, sua busca por identidade e os desafios éticos que surgem quando seu poder encontra o olhar desconfiado da humanidade.

Com as vozes de Darren Criss (Superman) e Zachary Quinto (Lex Luthor), o filme funciona como um renascimento criativo de um mito conhecido, mas com enfoque emocional mais moderno.

Uma nova origem para um herói que ainda não sabe ser herói

A trama começa com a destruição de Krypton e com o bebê Kal-El sendo enviado à Terra, onde é criado por Jonathan e Martha Kent. Já adulto, Clark trabalha como estagiário no Planeta Diário e só é reconhecido pelo público como o misterioso “Homem Voador”.

Quando um telescópio orbital da LexCorp é lançado, Clark comparece esperando encontrar vida além da Terra — mas o evento termina na prisão de Lex Luthor, após Lois Lane revelar que o equipamento apresentava falhas graves capazes de destruir Metrópolis.

Nesse mesmo período, Clark faz amizade com Rudy Jones, zelador dos Laboratórios STAR, cuja vida será completamente transformada ao cruzar o caminho do herói.

Lobo, J’onn J’onzz e a ameaça que desperta o Parasita

A chegada de um OVNI a Metrópolis coloca Clark frente a frente com Lobo, o caçador de recompensas intergaláctico que revela a existência de uma recompensa pela cabeça do “último kryptoniano”. Durante a luta, Rudy acaba exposto a uma misteriosa substância alienígena que se funde ao seu DNA, desencadeando sua transformação futura.

Quando Clark está à beira da derrota, surge a figura misteriosa que o observava: J’onn J’onzz, o Caçador de Marte. O encontro muda tudo, pois é J’onn quem explica a Clark sua verdadeira origem kryptoniana — e quem o alerta sobre o medo que a humanidade pode nutrir por seres diferentes.

Enquanto isso, Rudy renasce como uma criatura capaz de drenar energia vital, desencadeando destruição por onde passa.

A construção simbólica do Superman

Com o surgimento do Parasita, Metrópolis exige a presença de um herói. E é Martha Kent quem, num gesto simples e afetuoso, entrega a Clark o traje que inclui o icônico “S” no peito. A partir dali, o “Homem Voador” ganha um nome, um símbolo e uma responsabilidade.

Superman e J’onn tentam deter o Parasita, mas o vilão absorve seus poderes e usa as informações obtidas para crescer ainda mais. J’onn é supostamente morto em batalha, e Clark, enfraquecido, precisa recorrer a quem menos confia: Lex Luthor, preso após o incidente do telescópio.

O sacrifício do Parasita e o nascimento de um novo herói

Com a ajuda de Lobo e Luthor, Superman arma um plano para derrotar o Parasita — mas o confronto final toma um rumo inesperado. Após absorver energia demais, a criatura percebe que está prestes a causar uma destruição irreversível e decide se sacrificar para impedir a sobrecarga na usina de energia.

É um momento que redefine Clark: não mais apenas um jovem tentando se encaixar no mundo, mas um símbolo de esperança que acredita na humanidade — até mesmo nos seus monstros.

J’onn revela ter fingido a morte e parte em busca de outros marcianos. Lobo, regenerado, joga a provocação: talvez existam outros kryptonianos por aí.

E Superman, agora seguro de quem é, se apresenta ao mundo como Kal-El.

Queen Lear conquista três prêmios no NZ WebFest e reforça presença do audiovisual brasileiro no cenário internacional

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A produção brasileira Queen Lear, realizada pelo Canal Demais e inspirada na tragédia “King Lear”, de William Shakespeare, alcançou um novo marco em sua trajetória internacional. A série venceu três categorias no NZ WebFest 2025, um dos mais relevantes festivais dedicados a webséries no mundo. Os prêmios incluem Melhor Edição, Melhor Performance para Claudia Alencar e Melhor Série Narrativa Internacional, reconhecimento que consolida a força do projeto no circuito global.

O desempenho no festival já era esperado entre especialistas do setor, já que a produção havia acumulado sete indicações em categorias-chave, como Melhor Série em língua não inglesa, Direção, Roteiro e Trilha Sonora. A vitória, no entanto, colocou a obra em um novo patamar. No ranking da Copa do Mundo das Webséries, que reúne produções de mais de 50 países, a série ocupa atualmente a segunda colocação, um feito inédito para uma websérie brasileira recente.

Reconhecimento artístico e impacto profissional

Para o criador e diretor Quentin Lewis, os prêmios confirmam o potencial de exportação da produção nacional e reforçam o alcance da narrativa de Queen Lear no exterior.

“Ver ‘Queen Lear’ sendo reconhecida em um festival do porte do NZ WebFest é uma conquista enorme. É a confirmação de que a série dialoga com diferentes públicos e culturas”, afirma o diretor, destacando o esforço da equipe em construir um projeto de apelo universal sem perder a identidade brasileira.

Entre os destaques da noite, o prêmio de Melhor Performance para Claudia Alencar chamou atenção da crítica especializada. A atriz entrega uma interpretação complexa e vigorosa da Rainha Lear, personagem central da trama — uma líder de milícia cuja trajetória é marcada por poder, decadência e conflitos familiares.

“Ganhar o prêmio de melhor atriz no Festival da Nova Zelândia foi uma alegria desmesurada. Atuar sob a direção de Quentin Lewis foi uma das grandes bênçãos da minha carreira”, celebrou Alencar, destacando a importância do reconhecimento internacional.

Uma adaptação que atualiza Shakespeare para o Brasil contemporâneo

Ambientada no Rio de Janeiro, a websérie transforma a peça original de Shakespeare em uma leitura contemporânea ancorada em temas como violência urbana, disputas territoriais e relações de poder. No lugar do reino britânico, a narrativa apresenta uma vasta rede criminosa comandada pela protagonista, cuja decisão de dividir o controle do império entre suas três filhas desencadeia uma série de rupturas, traições e jogos políticos.

A produção se diferencia pela abordagem estética e pelo rigor narrativo, elementos que contribuíram fortemente para sua recepção internacional. O elenco reúne nomes como Mariana Lewis, recentemente confirmada no elenco de The Hunger Games On Stage em Londres, além de Will Crispin, Giul Abreu, Aline Azevedo, Ana Cecília Mamede, Hélio Amaral, Bruno Rafael, Simone Viana, Wagnera, Mano Melo e Ruan Vitor.

Trabalho em expansão e circulação internacional

Queen Lear continua em exibição em festivais ao redor do mundo e integra a programação de mostras especializadas em narrativas digitais. Embora ainda não haja previsão de lançamento aberto ao público, o desempenho no NZ WebFest e em outras competições sugere um caminho ascendente para a websérie, tanto em projeção internacional quanto em interesse de plataformas.

Os três prêmios conquistados na Nova Zelândia representam não apenas um feito para o Canal Demais, mas também um avanço para o audiovisual brasileiro no mercado global de webséries — área em constante expansão e competitividade crescente. Com sua estética refinada, abordagem contemporânea e sólida execução técnica, a série emerge como uma das produções brasileiras mais relevantes do ano no circuito internacional.

Twisted Metal é renovada para a terceira temporada pelo Peacock: A série pós-apocalíptica prova seu poder e consolida novo showrunner

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A indústria do entretenimento sempre se reinventa, mas vez ou outra uma produção aparentemente improvável consegue romper barreiras, atrair um público fiel e se tornar um ativo valioso para qualquer plataforma. É exatamente o caso de Twisted Metal, adaptação televisiva da clássica franquia de jogos da Sony, que se solidificou como uma das surpresas mais consistentes do catálogo do Peacock. Nesta terça-feira (18), o serviço anunciou oficialmente a renovação da série para sua terceira temporada, acompanhada de uma mudança importante nos bastidores: a entrada de David Reed, conhecido por seu trabalho em Supernatural e The Boys, como novo showrunner.

A saída de Michael Jonathan Smith, responsável pela visão inicial das duas primeiras temporadas, marca uma transição significativa, mas não um sinal de instabilidade. Ao contrário: a troca é apresentada como parte natural do amadurecimento de uma série que já provou seu valor comercial e narrativo. Reed assume a condução de uma franquia consolidada, com números expressivos e um universo criativo em plena expansão.

E os números falam por si. De acordo com informações divulgadas pela Deadline, a segunda temporada registrou 993 milhões de minutos assistidos, tornando-se a segunda temporada original roteirizada mais assistida do Peacock. Para uma plataforma que ainda disputa espaço entre gigantes como Netflix, Prime Video e Max, trata-se de um marco relevante — e de um forte indicativo de que Twisted Metal não é apenas mais uma adaptação gamer, mas uma peça estratégica no catálogo.

A série é estrelada por Anthony Mackie (Capitão América 4: Nova Ordem Mundial, Altered Carbon), que lidera o elenco com uma interpretação carismática e marcada por um humor ágil, dando profundidade inesperada a John Doe. Ao seu lado, Stephanie Beatriz (Brooklyn Nine-Nine, Encanto) entrega uma atuação intensa como Quiet, distanciando-se do tom cômico que a consagrou para explorar camadas mais sombrias e emocionais.

O icônico Sweet Tooth ganha vida através da presença física de Joe Seanoa (WWE Raw, AEW Dynamite) e da voz de Will Arnett (Arrested Development, BoJack Horseman), que acrescenta personalidade e ironia ao palhaço assassino. O elenco ainda conta com Thomas Haden Church (Sideways, Homem-Aranha 3), que interpreta o rígido e implacável Agente Stone, e Anthony Carrigan (Barry, Gotham), que adiciona ao universo da série seu carisma peculiar e humor sombrio característico.

Uma adaptação que parecia improvável — e justamente por isso deu certo

Quando a proução foi anunciada, ainda em 2019, a reação foi carregada de curiosidade e desconfiança. Afinal, transformar um jogo centrado em batalhas automobilísticas, personagens extravagantes e caos absoluto em uma narrativa televisiva parecia arriscado. O desafio era enorme: expandir um universo originalmente pouco linear e criar uma história capaz de sustentar um elenco fixo, arcos emocionais e episódios semanais.

O trio responsável pela adaptação — Rhett Reese, Paul Wernick e Michael Jonathan Smith — enxergou uma oportunidade criativa onde outros viam apenas dificuldade. Com histórico em produções que misturam humor, violência e excentricidade, como Deadpool e Zumbilândia, Reese e Wernick ajudaram a estabelecer o tom. Smith, por sua vez, trouxe experiência em equilibrar drama e irreverência em Cobra Kai, algo essencial para que a série encontrasse personalidade própria.

A Peacock confiou no projeto e encomendou uma temporada completa em 2022. O resultado: uma estreia bem recebida, que gerou conversas positivas e chamou a atenção por não tentar copiar a lógica dos games, mas sim reinterpretá-los de forma criativa. O que poderia ser apenas uma adaptação superficial acabou se tornando uma obra com identidade própria.

O mundo devastado e os personagens que seguram o caos

O ponto forte da série está na ambientação e nos personagens. Twisted Metal se passa em uma versão distorcida e fragmentada dos Estados Unidos, agora chamados de Estados Divididos da América, após um evento misterioso conhecido como A Queda. A sociedade se reorganizou de maneira violenta e desordenada, abrindo espaço para facções, saqueadores e governantes improváveis.

É nesse cenário que conhecemos John Doe, interpretado por Anthony Mackie, que aqui se distancia completamente do papel comedido que interpreta no MCU. Doe é um entregador de longa distância — um “milkman” — otimista, sagaz e com um passado que ele não consegue lembrar. Sua missão aparentemente simples, entregar um pacote através de um país devastado, se transforma em um mergulho em territórios hostis, alianças frágeis e encontros com figuras tão excêntricas quanto perigosas.

Por que a série funciona tão bem?

O segredo da série é simples: ela sabe exatamente o que quer ser. Twisted Metal não tenta emular dramas pós-apocalípticos convencionais e não almeja profundidade filosófica exagerada. Ao mesmo tempo, evita o excesso de humor gratuito e paródico. A narrativa encontra um ponto de equilíbrio raro entre insanidade estilizada e emoção genuína.

John Doe funciona como guia — um personagem que reage ao absurdo com naturalidade e, ao mesmo tempo, carrega consigo uma necessidade íntima de descobrir quem realmente é. Isso permite que o espectador navegue pelo caos com empatia e curiosidade.

O mundo também é cuidadosamente construído. Cada região dos Estados Divididos da América carrega sua própria lógica, cultura e ameaça. Há cidades muradas, territórios dominados por milicianos, desertos sem lei e estradas controladas por gangues caricatas, quase como homenagens a clássicos do cinema de ação. Essa diversidade geográfica e estética dá fôlego à série, que consegue alternar entre humor, suspense e drama de forma orgânica.

O humor, um dos pilares da produção, funciona porque é inteligente, mordaz e bem ritmado. Mackie e Beatriz sustentam diálogos afiados, silêncios significativos e momentos de vulnerabilidade que elevam a dinâmica entre John e Quiet para além das expectativas.

Sessão da Tarde desta segunda (24) exibe “Mais Que Vencedores”, um drama emocional que abraça o coração

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A segunda-feira ganha um tom diferente quando a televisão decide entregar uma história capaz de aquecer, inspirar e puxar o espectador pela mão logo no começo da tarde. É exatamente isso que acontece amanhã, 24 de novembro, na Sessão da Tarde, com a exibição de “Mais Que Vencedores”, filme cristão de 2019 dirigido por Alex Kendrick (Quarto de Guerra, Desafiando Gigantes). A produção chega como uma pausa necessária no meio da rotina, oferecendo uma narrativa sensível sobre propósito, superação e fé.

De acordo com informações do AdoroCinema, a trama acompanha John Harrison, interpretado pelo próprio Kendrick, um treinador de basquete de uma escola do interior que sempre viveu cercado por quadras cheias, gritos da torcida e sonhos de campeonato. Essa estabilidade vira poeira quando a cidade enfrenta o fechamento de várias empresas, forçando inúmeras famílias a se mudarem. A escola esvazia, o time se desfaz e John se vê sem rumo, tentando entender seu lugar em um cenário que parece desabar diante de seus olhos.

Como se o baque não fosse suficiente, a direção da escola o convoca para treinar a equipe de corrida — que, na verdade, é apenas uma aluna. Hannah Scott, vivida por Aryn Wright-Thompson em seu primeiro grande papel no cinema, é uma adolescente marcada por dúvidas, limitações físicas e cicatrizes emocionais silenciosas. Com asma, autoestima frágil e uma história cheia de perguntas sem resposta, ela enxerga a corrida, a princípio, como mais um desafio que jamais conseguirá vencer. Com o tempo, porém, aquele esporte solitário se revela exatamente o caminho que ela precisava para descobrir quem é e até onde pode ir.

O vínculo entre treinador e atleta nasce aos poucos, quase tímido, mas cresce com intensidade suficiente para transformar profundamente os dois. John, acostumado a medir sua vida pelos placares que conquistou, começa a perceber que propósito não se resume a troféus. Hannah, por sua vez, encontra pela primeira vez alguém que acredita nela de forma genuína e essa crença, persistente e humana, se torna o ponto de virada que sua vida esperava.

O filme constrói esse ambiente acolhedor com pequenas vitórias, crises de fé, conversas decisivas e reencontros que colocam a vida nos trilhos. Não é apenas uma história sobre esporte; é sobre descobrir luz em meio ao caos, sobre entender que os limites nem sempre são barreiras e que, às vezes, as respostas que procuramos estão em lugares inesperados.

O elenco de apoio reforça essa trama emocional. Cameron Arnett (Overcomer, I Still Believe), Priscilla Shirer (Quarto de Guerra, Woodlawn) e Shari Wiedman (Courageous) oferecem densidade aos personagens ao redor de Hannah e John, ajudando o filme a encontrar seu ritmo humano. É o tipo de produção que não depende de grandes efeitos, mas sim da verdade nos olhos dos atores e da força de histórias simples que abraçam o público.

Mesmo com orçamento modesto, estimado em 5 milhões de dólares, o longa-metragem surpreendeu ao ultrapassar a marca de 38 milhões nas bilheterias mundiais. Foi um sucesso que cresceu silenciosamente, impulsionado pelo boca a boca de quem encontrou no longa algo que fez sentido em um dia comum e decidiu compartilhar. Uma vitória que, assim como o próprio filme, nasceu da sinceridade, da fé e da mensagem que permanece muito depois dos créditos finais.

Quem quiser assistir a “Mais Que Vencedores” fora da TV aberta encontra o filme disponível em diferentes plataformas digitais. No streaming por assinatura, ele pode ser visto na Netflix, onde segue como uma opção acessível para quem quer redescobrir a história com tranquilidade. Já no formato VOD, o longa está disponível no Prime Video, com aluguel ou compra a partir de R$ 9,90, ideal para quem prefere ter o título sempre à mão.

O Diário de Pilar na Amazônia ganha primeiro trailer e apresenta uma aventura que celebra a floresta e o folclore brasileiro

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O cinema brasileiro infantil acaba de ganhar um novo e promissor capítulo com o lançamento do primeiro trailer de O Diário de Pilar na Amazônia, divulgado na última quarta, 26. A prévia introduz o público a uma aventura vibrante e cheia de imaginação, marcada pela beleza da floresta, pela diversidade cultural e pela força de uma protagonista que já conquistou milhares de leitores ao redor do país.

Baseado na obra da escritora Flávia Lins e Silva, o longa aposta em um universo encantado que dialoga com a infância, mas que também encontra eco em temas atuais e urgentes. O filme acompanha Pilar, interpretada pela jovem Lina Flor, que descobre o poder de viajar para diferentes lugares do mundo por meio de sua rede mágica. É essa curiosidade natural, somada a um espírito aventureiro e ao desejo constante de aprender, que guia a personagem até a Amazônia, ponto de partida para uma jornada emocionante.

Desde os primeiros segundos do trailer, a produção revela um cuidado especial com a forma como a floresta é retratada. A Amazônia aparece como um espaço grandioso, misterioso e profundamente vivo, tratada não apenas como cenário, mas como personagem. Essa sensibilidade se reflete também no encontro de Pilar com figuras icônicas do folclore brasileiro, como Iara e Curupira, que surgem de maneira orgânica na narrativa, reforçando a magia e o valor cultural que permeiam a história.

A trama ganha ainda mais peso emocional quando Pilar conhece Maiara, uma jovem ribeirinha que perdeu sua comunidade após um ataque que devastou a região onde vivia. Em meio à dor e à incerteza, as duas criam um laço imediato, construído sobre empatia e solidariedade. Determinada a ajudar, Pilar embarca ao lado da nova amiga em uma missão que vai além da fantasia. Juntas, elas percorrem rios, trilhas e clareiras na tentativa de reencontrar a família de Maiara e compreender o que ameaça aquele território.

O filme transforma essa busca numa reflexão acessível e emocional sobre desmatamento, preservação e a responsabilidade coletiva diante da natureza. Ainda que pensada para o público infantil, a narrativa se permite tocar em temas complexos sem perder a leveza e a capacidade de encantamento. O resultado é uma história que fala com crianças, mas que também sensibiliza adultos que reconhecem, na tela, parte da realidade amazônica que tantas vezes surge desconectada da ficção.

Além da força da protagonista, o elenco reúne nomes conhecidos do público brasileiro. Nanda Costa (Amor de Mãe, Piedade), Marcelo Adnet (Tá no Ar: A TV na TV), Emílio Dantas (A Força do Querer, Todas as Flores), Babu Santana (Estômago, Big Brother Brasil 20), Rocco Pitanga (Malhação, Cidade dos Homens) e outros artistas dão vida a personagens que transitam entre o humor, o afeto e a fantasia. Miguel Soares, Sophia Ataíde e Thúlio Naab completam a equipe, ajudando a construir um ambiente narrativo plural, diverso e profundamente brasileiro.

O Diário de Pilar na Amazônia é dirigido por Eduardo Vaisman (DPA – Detetives do Prédio Azul) e Rodrigo Van Der Put (DPA – O Filme), dupla que já possui experiência em produções que conciliam entretenimento e sensibilidade. A adaptação aposta no equilíbrio entre fidelidade ao universo literário e liberdade criativa, com o objetivo de traduzir para o cinema a essência das histórias criadas por Flávia Lins e Silva (DPA – Detetives do Prédio Azul), autora responsável também pelo roteiro em parceria com João Costa Van Hombeeck (Apaixonados: O Filme).

Jennifer Lopez e Josh Duhamel enfrentam tiros e crises amorosas em “Casamento Armado”, atração da Tela Quente desta segunda (15)

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Foto: Reprodução/ Internet

A Tela Quente desta segunda-feira, 15 de dezembro, convida o público a desligar a cabeça e se divertir com “Casamento Armado”, uma comédia romântica que começa como um conto de fadas moderno e rapidamente vira uma confusão deliciosa, cheia de ação, humor e reviravoltas. Estrelado por Jennifer Lopez (As Golpistas, Encontro Explosivo) e Josh Duhamel (Transformers, Idas e Vindas do Amor), o filme transforma o famoso “dia mais feliz da vida” em uma prova de fogo para um casal à beira do colapso.

Na história, segundo a sinopse do AdoroCinema, Darcy e Tom decidiram fazer tudo do jeito certo. Reuniram família, amigos e sonhos em uma ilha paradisíaca para celebrar um casamento digno de cinema. O problema é que, antes mesmo de trocarem os votos, a cerimônia é interrompida por homens armados que fazem todos os convidados reféns. De repente, o amor deixa de ser apenas um sentimento e passa a ser uma questão de sobrevivência.

Obrigados a agir juntos, Darcy e Tom precisam enfrentar não só os sequestradores, mas também as próprias inseguranças, mágoas e diferenças que vinham sendo empurradas para debaixo do tapete. Entre perseguições improvisadas, discussões sinceras e situações completamente absurdas, o filme mostra que amar alguém também significa saber lutar ao lado dessa pessoa quando tudo dá errado.

Dirigido por Jason Moore (A Escolha Perfeita, Operação Cupido), “Casamento Armado” sabe exatamente o que quer ser: um entretenimento leve, divertido e sem grandes pretensões. O roteiro, assinado por Mark Hammer e Liz Meriwether (New Girl), aposta no exagero e no humor físico para equilibrar ação e romance, criando cenas que brincam com os clichês do gênero sem perder o charme.

O elenco de apoio é um dos grandes trunfos do longa. Jennifer Coolidge (The White Lotus, American Pie) rouba a cena sempre que aparece, garantindo algumas das sequências mais engraçadas do filme. Sônia Braga (Aquarius, O Beijo da Mulher-Aranha) traz elegância e presença, enquanto Lenny Kravitz (Jogos Vorazes, Precious) e Cheech Marin (Um Drink no Inferno, Cars) completam o time com personagens excêntricos e carismáticos.

Filmado em Boston e na República Dominicana, o longa aproveita cenários tropicais para criar um contraste visual curioso: um paraíso natural tomado pelo caos. Inicialmente planejado para chegar aos cinemas, “Casamento Armado” acabou estreando diretamente no streaming, onde encontrou seu público e se consolidou como uma opção perfeita para quem busca diversão despretensiosa.

Além da exibição na Tela Quente, quem quiser rever ou assistir a “Casamento Armado” a qualquer momento pode encontrar o filme disponível no Amazon Prime Video. A produção integra o catálogo do serviço de streaming por assinatura, oferecendo ao público a opção de acompanhar essa mistura de ação, romance e comédia no conforto de casa, sem depender do horário da TV.

Crítica – Família de Aluguel observa afetos terceirizados e a solidão em uma cidade estrangeira

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Família de Aluguel acompanha Phillip, interpretado por Brendan Fraser, um ator americano vivendo em Tóquio que tenta reorganizar a própria trajetória profissional enquanto lida com a frustração de uma vida que não se concretizou como imaginava. Estrangeiro em múltiplos sentidos, ele carrega o peso do deslocamento cultural, do fracasso artístico e de uma solidão que se impõe de forma constante e silenciosa.

Para sobreviver financeiramente, Phillip passa a trabalhar para uma agência especializada em serviços de substituição afetiva. Seu ofício consiste em ocupar lugares simbólicos na vida de desconhecidos. Ele atua como pai de uma menina, finge ser um jornalista interessado na obra de um escritor esquecido pela mídia e assume outros papéis que exigem escuta, empatia e encenação emocional. São vínculos temporários, rigidamente regulados por contratos, horários e pagamentos, nos quais a presença é real, mas a relação tem prazo de validade.

A partir dessa premissa, o filme constrói uma reflexão delicada sobre a solidão contemporânea e a mercantilização dos afetos. Ao transformar cuidado, companhia e atenção em serviço, a narrativa expõe um mundo onde até a intimidade pode ser organizada como produto. A abordagem evita julgamentos diretos e prefere observar os pequenos gestos, os silêncios constrangedores e as tensões que emergem desses encontros provisórios, deixando que o desconforto fale por si.

A solidão retratada não se limita à ausência de companhia física. Ela surge como um estado permanente de observação do outro, de tentativas frustradas de conexão e de vínculos que nascem já condenados à interrupção. Mesmo quando o filme empurra seus personagens para o isolamento, preserva um fio invisível de desejo, memória e necessidade de pertencimento. É nesse espaço ambíguo que a obra encontra sua camada mais melancólica.

Brendan Fraser entrega uma atuação contida e precisa, equilibrando humor sutil e dramaticidade sem recorrer a excessos. Seu Phillip é um homem marcado por expectativas interrompidas e por uma identidade profissional que nunca se consolidou plenamente. Ainda assim, o filme opta por não aprofundar de forma mais incisiva as relações construídas durante os serviços prestados, o que reduz o impacto emocional de situações que se anunciam potentes, mas acabam resolvidas de maneira rápida ou superficial.

Dirigido por Hikari, cineasta reconhecida também por seu trabalho na série Tapa, da Netflix, o longa adota uma mise en scène discreta e contemplativa. Visualmente, constrói se como uma espécie de retrato melancólico de Tóquio, apresentada não apenas como cenário, mas como extensão emocional do protagonista. A cidade surge organizada, silenciosa, pulsante e, ao mesmo tempo, profundamente solitária, refletindo o estado interno de Phillip.

Família de Aluguel é um filme sobre a importância da presença, da memória e dos afetos, mesmo quando mediadas por contratos e performances. Um retrato delicado e triste sobre a tentativa de conexão em um mundo que transforma até o sentir em serviço. Embora nem sempre alcance a profundidade emocional que sua proposta sugere, o longa se sustenta pela sensibilidade do olhar e pela melancolia discreta que atravessa toda a narrativa.

Resenha — Esperança mostra que mudar o mundo também começa ao aceitar as próprias fragilidades

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Esperança se apresenta como uma narrativa delicada e profundamente humana sobre recomeços, pertencimento e vulnerabilidade emocional. A obra acompanha a trajetória de uma jovem determinada que, ao se mudar para uma nova cidade, se vê diante do desafio de reconstruir sua identidade, suas relações e sua forma de enxergar o mundo. Mais do que uma história sobre adaptação, o livro se propõe a refletir sobre os limites do idealismo e a necessidade, muitas vezes ignorada, de aceitar ajuda.

A protagonista que dá nome à obra é construída como uma personagem engajada, ativa e movida por um forte senso de justiça social. Seu desejo de combater preconceitos e contribuir para um mundo melhor não surge como discurso vazio, mas como parte orgânica de sua personalidade. No entanto, o livro acerta ao não romantizar esse engajamento. Ao longo da narrativa, fica evidente que carregar o peso de querer salvar tudo e todos pode ser exaustivo, especialmente quando se negligenciam as próprias fragilidades.

O processo de adaptação à nova cidade funciona como um espelho emocional para Esperança. Cada novo ambiente, relação ou conflito expõe suas inseguranças e revela o quanto o sentimento de pertencimento precisa ser construído com tempo, escuta e troca. O texto aborda com sensibilidade os choques entre expectativas e realidade, mostrando que recomeçar nem sempre é sinônimo de entusiasmo, mas muitas vezes de solidão silenciosa.

As relações afetivas ocupam papel central na narrativa. O namoro, as amizades e os vínculos familiares são apresentados como espaços de apoio, mas também de conflito e aprendizado. O livro se destaca ao tratar essas relações de forma honesta, sem idealizações excessivas. Amar, aqui, não significa ausência de problemas, mas disposição para enfrentar dificuldades juntos, inclusive quando isso exige reconhecer limites e pedir socorro.

Um dos temas mais relevantes de Esperança é justamente a dificuldade da protagonista em aceitar ajuda. Acostumada a ser forte, ativa e solidária, ela precisa aprender que vulnerabilidade não é fraqueza. Essa mensagem atravessa a obra de maneira orgânica e toca em uma questão contemporânea urgente, especialmente entre jovens que se sentem pressionados a demonstrar resiliência constante e engajamento irrepreensível.

A escrita é simples, direta e emocionalmente acessível, o que amplia o alcance da história e facilita a identificação do leitor. Em alguns momentos, a narrativa adota um tom mais linear e previsível, o que pode limitar a complexidade dramática. Ainda assim, essa escolha reforça o caráter acolhedor do livro e sua vocação para dialogar com leitores que buscam histórias de conforto, reflexão e reconhecimento pessoal.

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