Netflix lança novo trailer de Last Samurai Standing, adaptação do mangá que transforma a era Meiji em um brutal Battle Royale de guerreiros

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A Netflix voltou a movimentar o público amante de produções orientais com o lançamento do novo trailer de Last Samurai Standing, uma adaptação que mescla tradição, brutalidade e poesia visual em um só universo. Baseada no romance e no mangá de Shogo Imamura e ilustrada por Katsumi Tatsuzawa, a série japonesa chega como uma das apostas mais ousadas da plataforma para 2025 — e não apenas pela estética impecável, mas pelo que representa: um reencontro com o lado mais humano (e desumano) da era Meiji.

Ambientada no fim do século XIX, período marcado pelo nascimento de um novo Japão e pelo declínio de velhos códigos de honra, a trama se passa no monastério Tenryū-ji, em Kyoto, um espaço onde a espiritualidade divide lugar com a tensão de uma competição mortal. Ali, 292 guerreiros se reúnem após o pôr do sol para participar de um Battle Royale que tem apenas uma regra: sobreviver.

Uma história que nasce da tradição, mas conversa com o presente

A premissa é tão simples quanto brutal: cada participante carrega uma etiqueta de madeira, uma espécie de prova de vida. Quem conseguir tomar as etiquetas dos outros e chegar a Tóquio primeiro, leva o prêmio de ¥100.000, uma fortuna impensável para a época. Esse valor, porém, é apenas pano de fundo para o verdadeiro combustível da narrativa — as razões pessoais que levaram cada guerreiro a cruzar o portão do templo sabendo que, provavelmente, não sairia dele com vida.

O protagonista, Shujiro Saga, interpretado por Junichi Okada, é o coração humano dessa história violenta. Ele entra na disputa não pela glória, mas por um motivo íntimo e desesperado: salvar sua esposa e seu filho, ambos doentes. A busca por esperança em meio a sangue, estratégia e traições transforma Shujiro em um personagem de múltiplas camadas — e o trailer faz questão de mostrar isso em pequenos detalhes: seus olhares silenciosos, a firmeza de sua postura, o peso quase invisível que carrega nos ombros.

Ao lado dele, a produção traz ainda Yumia Fujisaki e Kaya Kiyohara, duas presenças que prometem ampliar as perspectivas da trama e criar conexões que vão além da mera disputa física. A série mostra que, embora o combate seja o motor narrativo, é o drama humano que dá alma à história.

Uma estreia com status de cinema

Não é à toa que os dois primeiros episódios foram exibidos no Festival Internacional de Cinema de Busan, dentro da prestigiada seção On Screen. A escolha do festival não apenas legitima o caráter cinematográfico da produção, como também evidencia o investimento da Netflix em títulos asiáticos que fogem do óbvio e carregam assinatura autoral.

Quem assistiu aos episódios antecipados em Busan destacou o cuidado estético, a fotografia que honra o período Meiji com luz natural e paletas terrosas, e a forma como a violência é retratada — não como espetáculo gratuito, mas como consequência inevitável de um período histórico marcado pela ruptura.

Não é um Battle Royale feito para chocar; é um Battle Royale feito para provocar reflexão.

A força de uma era em transformação

O período Meiji é um prato cheio para narrativas dramáticas, justamente por representar o choque entre tradição e modernidade. Foi a época em que o Japão abriu portas para o Ocidente, modernizou suas indústrias e redesenhou sua estrutura social, deixando para trás muitos símbolos — entre eles, os próprios samurais.

Last Samurai Standing mergulha nesse clima de incerteza coletiva para construir um território narrativo onde honra, sobrevivência e desespero se chocam a cada esquina. O trailer, lançado pela Netflix, faz questão de destacar simbologias: o som do vento atravessando o templo, a tensão nos corredores estreitos, os passos silenciosos que denunciam emboscadas e alianças frágeis. A estética é tradicional, mas a narrativa tem ritmo moderno, quase pulsante.

Uma adaptação que respeita o material original, mas busca voz própria

Ao adaptar o romance e o mangá, a série parece evitar a armadilha da transposição literal. O trailer já indica que a produção quer dialogar com o imaginário dos fãs, mas também quer apresentar uma leitura própria da obra — mais íntima, mais emocional, mais conectada às vulnerabilidades individuais de cada participante.

Esse equilíbrio é essencial para conquistar tanto o público que já conhece o material quanto aqueles que buscam apenas uma boa história de época com tensão, drama e identidade.

Disponível no mundo inteiro, de uma vez só

Com seus seis episódios, a série chega à Netflix mundialmente em 13 de novembro de 2025, marcando uma das estreias asiáticas mais aguardadas do ano. Por ser curta, a expectativa é que a narrativa seja enxuta, direta e sem enrolações — algo cada vez mais valorizado em meio ao excesso de séries longas e arrastadas.

Euphoria conclui gravações da terceira temporada e reacende expectativas para o próximo capítulo da série

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Foto: Reprodução/ Internet

Poucas séries dos últimos anos conseguiram traduzir, com tanta intensidade, o caos emocional da juventude quanto Euphoria. Desde que estreou na HBO, em 2019, a produção criada por Sam Levinson deixou de ser apenas um drama adolescente e se transformou em um espelho cultural. Seus personagens, suas dores e suas atmosferas invadiram timelines, ditaram tendências e, de alguma forma, marcaram a forma como falamos sobre saúde mental, identidade e vulnerabilidade. Agora, depois de anos de espera, incertezas e silêncio dos bastidores, a terceira temporada enfim concluiu suas gravações — e isso reacendeu algo que parecia adormecido no público.

A notícia veio de uma maneira quase tímida: um story no Instagram de Sydney Sweeney, intérprete da impulsiva e fraturada Cassie. Na foto, uma comemoração de encerramento, daquelas festas de “wrap” que marcam o fim das filmagens. Para qualquer outra série, seria apenas uma formalidade. Para Euphoria, virou praticamente um acontecimento. Depois de tantos adiamentos, a confirmação soou como um sopro de alívio, acompanhado de expectativa, nostalgia e um toque de ansiedade coletiva. As informações são do Omelete.

Um retrato emocional que marcou época

Quando Euphoria estreou, ninguém imaginava o impacto que ela teria. Adaptada de uma minissérie israelense, a produção encontrou um tom autoral, sensorial e profundamente íntimo ao abordar temas que sempre dominaram a adolescência — mas que raramente são tratados com franqueza. Drogas, transtornos emocionais, solidão, sexualidade, relacionamentos abusivos, violência e a eterna busca por pertencimento fizeram da série um terreno emocional conhecido por muitos e doloroso para outros tantos.

No centro disso tudo, Rue Bennett se tornou muito mais que a narradora da história. A interpretação de Zendaya elevou a personagem a um ícone cultural — não no sentido da perfeição, mas no da humanidade crua. Rue é falha, contraditória, sensível, destrutiva, esperançosa e perdida. Ela vive espirais de vício e negação, tenta se reencontrar e fracassa repetidas vezes, sem nunca deixar de ser, paradoxalmente, alguém com quem o público cria laços profundos.

Zendaya foi reconhecida por isso com prêmios como o Emmy e o Satellite Award, mas, para além das estatuetas, o que se consolidou foi um vínculo emocional entre público e personagem que raramente se vê em produções dessa escala.

Os personagens que extrapolaram a tela

Euphoria não se sustenta apenas em Rue. A série conseguiu criar um mosaico de personalidades que representam diferentes dores e tensões do amadurecimento. Jules (Hunter Schafer) trouxe uma abordagem sensível e sincera sobre identidade de gênero, além de representar amor, ruptura e autoconhecimento. Nate (Jacob Elordi) despertou discussões acaloradas sobre masculinidade tóxica. Maddy (Alexa Demie), com seu visual marcante e personalidade à flor da pele, virou símbolo de autoestima e enfrentamento, mesmo carregando suas próprias feridas.

Cassie, interpretada por Sydney Sweeney — e que agora retorna com destaque — tornou-se um estudo quase visceral sobre dependência emocional e a necessidade desesperada de ser amada. Kat (Barbie Ferreira) abriu debates sobre corpo, desejo e autoimagem. E Fez, papel de Angus Cloud, foi um dos personagens mais queridos pelo público, tanto pela autenticidade quanto pela ternura inesperada por trás de sua aparente dureza.

A perda de Angus Cloud, em 2023, tornou-se um dos momentos mais dolorosos para fãs e elenco. Além da comoção, a ausência dele deixa uma lacuna emocional na série — e ninguém sabe ainda como a narrativa lidará com isso.

A montanha-russa até chegar ao “gravando encerrado”

A terceira temporada enfrentou um caminho turbulento. Entre pandemia, reestruturações internas da HBO e agendas quase impossíveis — dado que praticamente todo o elenco principal explodiu em Hollywood —, a produção acumulou atrasos. Rumores também surgiram sobre conflitos criativos e possíveis mudanças no rumo da história. O projeto chegou a parecer paralisado, envolto em silêncio.

O que se sabe — e o que se suspeita — sobre a nova temporada

A HBO tem tratado a terceira temporada como um cofre lacrado. Nenhum detalhe oficial sobre a trama foi divulgado. Mas existe um consenso entre fãs e críticos de que a história deve acompanhar um salto temporal. A escola provavelmente ficará para trás. A vida adulta, com suas novas feridas e responsabilidades, deve assumir o protagonismo.

Essa transição também conversa com a realidade do elenco: todos cresceram, amadureceram, se tornaram figuras ainda mais complexas, famosas e disputadas. Não faria sentido seguir o mesmo cenário de três anos atrás.

A ausência de Fez será, sem dúvida, um ponto sensível. A maneira como a série lidará com isso — seja explicitando, seja omitiindo, seja ressignificando — já desperta curiosidade e, para muitos, temor.

Uma estética que virou linguagem

Falar sobre Euphoria é falar sobre estética — e não como algo superficial, mas como extensão emocional da narrativa. As cores saturadas, os brilhos, o neon em contraste com a sombra, as lentes que distorcem o real, a trilha sonora que pulsa como se estivesse dentro da pele. Tudo isso criou um vocabulário visual que se espalhou pela moda, pela publicidade, por videoclipes e até por festas temáticas ao redor do mundo.

Euphoria influenciou tendências de maquiagem, hairstyling, figurino e até atitudes. De certo modo, ela ensinou parte de uma geração a expressar emoções por meio da aparência — não por vaidade, mas por sobrevivência emocional.

Zendaya como bússola emocional

Mesmo com tantos núcleos importantes, é inevitável olhar para Rue como o eixo que mantém tudo em torno de si. Seu retorno é talvez a expectativa mais forte do público. Zendaya sempre falou com carinho e cuidado sobre a personagem, e já deixou claro em entrevistas anteriores que deseja explorar novas camadas de vulnerabilidade e reconstrução.

Se a segunda temporada foi marcada pelo caos, a terceira talvez mergulhe no que vem depois do caos — o cansaço, a tentativa de reerguer-se, a busca por estabilidade. Resta saber como Sam Levinson conduzirá isso, e até que ponto Rue conseguirá sustentar seu próprio peso emocional.

Diamond Films libera trailer intenso de “Marty Supreme”, novo drama esportivo com Timothée Chalamet em busca do Oscar

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Foto: Reprodução/ Internet

A Diamond Films virou o dia de cabeça para baixo nesta sexta, 14, ao publicar o primeiro trailer de Marty Supreme, um drama esportivo intenso e estilizado que coloca Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido, Duna, Me Chame Pelo Seu Nome) em uma de suas performances mais ousadas até agora.

O vídeo caiu nas redes como uma faísca em um galpão cheio de gasolina: fãs, críticos e curiosos começaram imediatamente a comentar o tom frenético das imagens, a estética carregada de tensão e, claro, a entrega visceral do ator, que parece completamente transformado.
Sem repetir qualquer fórmula de seus trabalhos anteriores, Chalamet surge mais bruto, inquieto e elétrico — e já há quem enxergue no filme um forte candidato à temporada de prêmios. Abaixo, confira o vídeo:

Uma Nova York subterrânea, um esporte improvável e um diretor que ama o caos

O projeto é comandado por Josh Safdie (Joias Brutas, Bom Comportamento), cineasta que se tornou sinônimo de histórias claustrofóbicas e personagens à beira de um ataque nervoso. Depois do impacto de Joias Brutas, Safdie troca o universo das apostas ilegais modernas pela Nova York dos anos 1950, mas leva consigo a mesma energia anárquica.

Desta vez, ele mira o mundo do tênis de mesa — um cenário quase mítico para quem viveu aquela época e que, curiosamente, o cinema sempre ignorou. O trailer já mostra que o diretor não tem qualquer interesse em seguir padrões: o pingue-pongue aqui ganha aura de rock sujo, suor quente e um tipo de intensidade que faz a bola parecer uma pequena granada quicando de um lado ao outro.

Safdie assina o roteiro ao lado de Ronald Bronstein (Daddy Longlegs, Joias Brutas), parceiro de longa data e igualmente obcecado por personagens quebrados. Juntos, eles constroem uma Nova York viva, densa e barulhenta: um mosaico de artistas, esportistas, boêmios e figuras excêntricas que habitavam clubes esfumaçados, porões apertados e galpões improvisados — todos querendo provar alguma coisa para si mesmos e para o mundo.

Não é biografia — é obsessão

Embora o filme beba levemente da trajetória de Marty Reisman (ídolo do tênis de mesa nos anos 1950), a proposta passa longe de uma cinebiografia tradicional. Marty Supreme é, antes de tudo, uma história sobre fixação: a de um jovem que se recusa a desaparecer na multidão. No trailer, Marty aparece como um garoto talentoso, mas constantemente desacreditado. A câmera o segue de perto — perto demais — em treinos frustrados, competições clandestinas e momentos de pura autodestruição emocional. A Nova York recriada no filme não serve apenas como pano de fundo; ela pulsa junto com o protagonista. É como se cada esquina ecoasse os conflitos dele.

A transformação de Timothée Chalamet

As reações mais entusiasmadas ao trailer giram em torno da metamorfose de Chalamet. Ele adota um corpo inquieto, gestos fragmentados, olhares que queimam de determinação e desespero. Não é o charme melancólico de Me Chame Pelo Seu Nome nem o heroísmo contido de Duna — é outra coisa.
Há uma agressividade silenciosa, uma vulnerabilidade exposta, uma energia que sugere que o personagem está sempre um passo de perder tudo — inclusive a si mesmo.
Para muitos, essa pode ser a atuação mais arriscada da carreira do ator.

Um elenco inesperado e cheio de personalidades

O filme reúne um grupo improvável (e delicioso) de participações. Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado, Contágio) interpreta Kay Stone, uma figura enigmática que aparece pouco, mas diz muito com os olhos.
Odessa A’zion (Hellraiser, Convite Maldito) surge como Raquel, presença que parece tanto impulsionar quanto desequilibrar Marty emocionalmente.

A grande surpresa é Fran Drescher (The Nanny, Beautician and the Beast), conhecida por décadas pelo humor brilhante na TV. Aqui, ela interpreta a mãe do protagonista em um papel grave, denso e completamente distante do que o público espera dela.

Outro nome que chamou a atenção é o de Tyler, The Creator (multivencedor do Grammy, videoclipes e projetos visuais), creditado como Tyler Okonma, fazendo sua estreia como ator. Mesmo com poucos segundos de trailer, sua presença já deixa claro que ele não entrou no projeto para fazer figuração.

A lista ainda inclui Kevin O’Leary (Shark Tank), Philippe Petit (O Equilibrista), Spenser Granese (The Last of Us), Emory Cohen (O Lugar Onde Tudo Termina, Brooklyn), Sandra Bernhard (Pose, Scandal), Isaac Mizrahi (Unzipped) e até ex-jogadores icônicos como Tracy McGrady (NBA Hall of Fame) e Kemba Walker (Boston Celtics, Charlotte Hornets).

Truque de Mestre – O 3º Ato inaugura sua jornada no Brasil com força total e lidera as bilheterias — e esse é só o começo

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Foto: Reprodução/ Internet

Existe algo especial quando uma franquia retorna após anos adormecida. Não é apenas nostalgia; é a sensação de reencontrar um universo que parecia ter ficado parado no tempo, à espera do momento certo para ser revisitado. Foi com esse clima de reencontro que Truque de Mestre: O 3º Ato desembarcou nas salas de cinema brasileiras, iniciando sua jornada de maneira estrondosa. O novo filme da Lionsgate vendeu impressionantes 66 mil ingressos apenas no dia de estreia no Brasil, superando não só o primeiro longa da saga, mas também a sequência lançada em 2016. Os números isolados falam muito — e ao mesmo tempo dizem tão pouco perto do impacto emocional que esta estreia representa para os fãs que acompanharam, desde 2013, a evolução dos Cavaleiros e o mistério em torno da organização secreta conhecida como “O Olho”. As informações são do Omelete.

Diferente de outras franquias que aparecem nas telonas quase anualmente, Truque de Mestre sempre operou em outro ritmo. O primeiro filme foi uma surpresa mundial, atraindo o público por seu humor esperto, pelos truques grandiosos e pela combinação de carisma e mistério que envolvia o grupo dos Cavaleiros. A sequência, em 2016, veio reforçar o caráter global da franquia, expandindo o tabuleiro e levando a história para outros níveis de complexidade. Depois disso, um hiato prolongado tomou conta do universo. Durante quase dez anos, o que se viu foram rumores, entrevistas vagas, mudanças de equipe criativa e uma série de pistas que, ironicamente, pareciam parte de um truque de ilusionismo onde o filme estaria sempre por vir — até que finalmente chegou.

Dirigido por Ruben Fleischer, conhecido por seu ritmo energético e por sua facilidade em equilibrar ação com humor, O 3º Ato representa tanto um retorno quanto uma reinvenção. Fleischer assume o controle de uma franquia que sempre foi marcada pela style over explanation, ou seja, pelo espetáculo visual que se sobrepõe às explicações detalhadas — algo que, na verdade, sempre funcionou muito bem dentro da proposta. A marca registrada de Truque de Mestre sempre foi o encantamento do público, que assiste a cenas impossíveis sabendo que há truques e reviravoltas sendo preparados nos bastidores. E, desta vez, o diretor abraça totalmente esse espírito, criando uma experiência que parece ainda mais ambiciosa e mais consciente de suas próprias forças.

O roteiro do novo filme fica por conta de Eric Warren Singer, Seth Grahame-Smith e Michael Lesslie, um trio que combina estilos diferentes, mas que funciona surpreendentemente bem ao unir passado e futuro da franquia. As ideias, lapidadas ao longo de quase uma década de desenvolvimento, conduzem o público de volta ao universo do Olho com mais profundidade do que nunca. Essa organização secreta, sempre envolta em mistério, ganha agora camadas inéditas, explorando não apenas sua estrutura, mas também seus conflitos internos e seu papel no cenário global. No centro dessa rede de segredos, claro, continuam os Cavaleiros — agora mais maduros, mais autocríticos e, ao mesmo tempo, mais desafiados do que nunca.

A volta dos Cavaleiros originais é uma das grandes forças do novo longa. Ver Jesse Eisenberg retomando seu papel como J. Daniel Atlas é reencontrar o ego inflado mais carismático do cinema recente. Woody Harrelson retorna com toda a irreverência que só ele sabe entregar, trazendo novamente o duplo papel com humor afiado e timing impecável. Dave Franco, sempre com seu charme despretensioso, segue como a peça mais leve e, ao mesmo tempo, mais humana do grupo. Mark Ruffalo, por sua vez, volta a mergulhar no emocionalmente complexo Dylan Rhodes, um personagem que nunca esteve totalmente em paz consigo mesmo ou com suas escolhas. E, claro, há Morgan Freeman — possivelmente a presença mais icônica de toda a franquia — novamente envolvido no jogo duplo que permeia sua trajetória desde o primeiro filme.

Mas o retorno que mais mexeu com a nostalgia dos fãs foi, sem dúvida, o de Isla Fisher. Ausente no segundo filme, sua personagem, Henley Reeves, sempre foi vista como uma alma necessária entre os Cavaleiros, alguém que equilibrava as personalidades fortes do grupo e adicionava um toque emocional que fez muita falta. Sua volta não é apenas um presente aos fãs: ela reestrutura a dinâmica do grupo, trazendo de volta uma peça essencial para que o quebra-cabeça funcione como nos velhos tempos.

A franquia, no entanto, não vive só de nostalgia. A nova produção aposta com força na introdução de uma nova geração de ilusionistas, ampliando o universo narrativo e preparando o terreno para histórias futuras. Justice Smith, Dominic Sessa e Ariana Greenblatt interpretam um trio de jovens mágicos que ganharam fama ao imitar — ou melhor, reinterpretar — os truques dos Cavaleiros originais. Esses “mágicos imitadores” chamam atenção do Olho justamente por sua irreverência, criatividade e pela obsessão em decifrar cada movimento dos ídolos. O filme transforma essa admiração em uma parceria improvável e dinâmica, onde a nova geração precisa aprender que nem tudo na magia é técnica: há intuição, coragem, risco e, sobretudo, responsabilidade.

Esse encontro entre veteranos e novatos cria uma das atmosferas mais cativantes do filme. A passagem de bastão é sugerida, mas nunca forçada. O convívio entre as duas gerações é marcado tanto por humor quanto por tensão, já que os jovens ilusionistas não estão acostumados à disciplina do Olho, enquanto os Cavaleiros precisam lidar com a dura realidade de que talvez ninguém seja insubstituível. A sensação que fica é a de que a franquia encontrou um caminho seguro para se reinventar sem jamais se descaracterizar.

Para completar o elenco, a presença de Rosamund Pike eleva o nível da narrativa. Pike interpreta Veronika Vanderberg, líder de um império global de diamantes que opera sob uma fachada de tradição, mas que na verdade funciona como um dos sindicatos criminosos mais poderosos do mundo. Sua personagem tem a frieza calculada que lembra alguns de seus papéis mais memoráveis, mas acrescenta algo novo: uma inteligência estratégica que desafia diretamente o coração da ilusão criada pelos Cavaleiros. Ela é o tipo de antagonista que nunca perde a compostura, mesmo quando descobre que está sendo manipulada. E, justamente por isso, se torna uma ameaça quase intransponível.

O grande golpe do filme gira em torno do “Diamante Coração”, a joia mais valiosa e protegida existente. Guardada por Veronika em um sistema de segurança aparentemente impenetrável, a joia se torna o alvo de uma operação coordenada pelos Cavaleiros e seus novos aprendizes — uma operação que exige não apenas habilidades técnicas, mas também uma grande dose de ousadia. É nesse ponto que O 3º Ato retoma a essência da franquia: truques impossíveis, reviravoltas que desafiam a lógica e sequências filmadas em ritmo frenético, todas preparadas para enganar o espectador tantas vezes quanto for possível.

Nas cenas do assalto, a produção combina truques reais — executados com consultoria de mágicos profissionais — com efeitos modernos que dão escala cinematográfica às ideias originais. A promessa sempre foi equilibrar a magia prática com o espetáculo visual, e aqui a intenção é cumprida com rigor. Os truques são elaborados, mas não parecem artificiais; os golpes têm lógica interna, mas nunca revelam tudo; e o público é constantemente convidado a duvidar do que está vendo. Esse é o encanto da franquia: a ilusão é tão importante quanto a revelação.

Wicked: Parte 2 quebra recordes e se torna a maior pré-venda da história para um filme livre — e o mundo da magia nunca esteve tão ansioso

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O ano ainda não acabou, mas Wicked: Parte 2 já cravou seu nome na história do cinema. A sequência musical estrelada por Ariana Grande e Cynthia Erivo acaba de se tornar o filme de classificação indicativa livre com a maior venda de ingressos antecipados de todos os tempos. A informação foi confirmada pela plataforma Fandango, referência em venda online de bilhetes nos Estados Unidos.

Mesmo sem divulgar números específicos, a companhia revelou que o novo Wicked já superou a marca que pertencida ao live-action A Bela e a Fera (2017), cuja pré-venda rendeu impressionantes US$ 174,7 milhões. E o mais curioso? A quebra do recorde não surpreende tanto: a franquia já vinha construindo um verdadeiro culto de fãs desde o lançamento da primeira parte, em 2024.

Liderança absoluta de 2025

Além do recorde histórico, Wicked: Parte 2 acumulou mais um triunfo impressionante: tornou-se o filme com a maior pré-venda de 2025, superando produções gigantes que já vinham movimentando as redes e alimentando expectativas desde o início do ano.

De acordo com informações do Deadline, o musical ultrapassou nomes de peso como Superman, que havia garantido US$ 125 milhões em bilheteria antecipada; Demon Slayer: Castelo Infinito, com US$ 70,6 milhões; e até o evento cinematográfico-musical de Taylor Swift, que marcou US$ 34 milhões. A mensagem do público é clara: poucos mundos são tão irresistíveis quanto Oz, e a vontade de retornar a ele é urgente, quase um chamado coletivo.

A magia por trás da produção

Dirigido por Jon M. Chu e escrito por Winnie Holzman e Dana Fox, Wicked: Parte 2 adapta o segundo ato do musical da Broadway de 2003, que por sua vez é inspirado no livro de Gregory Maguire — uma releitura moderna e sombria de O Mágico de Oz. A trama continua explorando a jornada de Elphaba e Glinda, personagens que conquistaram uma geração inteira.

O elenco principal retorna em peso: Cynthia Erivo, Ariana Grande, Jonathan Bailey, Ethan Slater, Bowen Yang, Marissa Bode, Michelle Yeoh e Jeff Goldblum reprisam seus papéis, garantindo continuidade emocional e estética entre os dois filmes.

A Universal Pictures e o produtor Marc Platt anunciaram a adaptação para o cinema em 2012 — e desde então, o caminho foi longo. Houve mudanças criativas, ajustes de cronograma e, claro, atrasos provocados pela pandemia.

As filmagens começaram em dezembro de 2022, foram interrompidas pela greve do SAG-AFTRA em julho de 2023 e só terminaram em janeiro de 2024. Para garantir que nada importante fosse sacrificado, a história foi dividida em duas partes. E essa decisão, ao que tudo indica, tem se mostrado acertada.

Estreias, expectativas e o que esperar

Wicked: Parte 2 — ou Wicked: For Good, como também é chamado — teve sua première mundial em São Paulo no dia 4 de novembro de 2025. A escolha do Brasil para a primeira exibição reforça o carinho da Universal pelo público latino, que abraçou com força o primeiro filme.

Nos Estados Unidos, o lançamento está marcado para 21 de novembro e deve movimentar tanto os cinemas quanto as redes sociais, especialmente considerando o engajamento gigantesco dos fãs de Ariana Grande.

Premissa: o que a história promete

A sequência se passa anos após os acontecimentos do primeiro filme. Agora conhecida como a temida “Bruxa Má do Oeste”, Elphaba segue fugindo enquanto luta pelos direitos dos Animais — um dos temas centrais da trama.

Do outro lado, Glinda assume oficialmente sua posição como “A Boa”, mas vive sob vigilância constante do Mágico e de Madame Morrible. As duas amigas — e antagonistas involuntárias — são empurradas para escolhas difíceis, especialmente quando uma certa garota do Kansas chega inesperadamente para virar Oz do avesso.

Marvel dá os primeiros sinais do novo Doutor Estranho — e o passado caótico ainda ronda a franquia

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Foto: Reprodução/ Internet

Na noite desta quinta, 13 de novembro, o site americano Nexus Point News movimentou a comunidade nerd ao afirmar que a Marvel começou, bem timidamente, a estruturar o próximo filme do Doutor Estranho. Nada de roteiro fechado, nada de diretor escolhido — é aquele início de projeto em que todo mundo finge que está tudo muito claro, mas na verdade a equipe ainda está montando o quebra-cabeça.

O que chamou atenção foi o suposto envolvimento maior de Benedict Cumberbatch nas conversas iniciais. Não apenas como ator, mas opinando sobre caminhos criativos, possibilidades de direção e até o tom do longa. Não é comum ver a Marvel abrir tanto espaço para seus protagonistas nesse estágio, então o sinal é interessante: talvez o estúdio esteja tentando deixar o personagem com uma identidade mais sólida, depois de anos de altos e baixos no Multiverso.

Fontes dizem ainda que a Marvel está vasculhando o mercado atrás de um roteirista e um diretor. Sam Mendes, nome desejado por Cumberbatch, chegou a ser comentado, mas o timing não ajuda — ele está completamente envolvido com seu gigantesco projeto sobre os Beatles, o que praticamente o tira do jogo. Ainda assim, fica a curiosidade: como seria um Doutor Estranho dirigido por um cineasta de prestígio britânico e pegada dramática?

Enquanto isso, o passado bate à porta. E que passado.

Relembrando o furacão de 2022

É impossível falar do próximo passo da franquia sem esbarrar em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, lançado em 2022. Aquele foi um filme que carregou expectativas enormes — talvez até demais — e que acabou se tornando um dos títulos mais curiosos e controversos da Fase 4 do MCU.

Com direção de Sam Raimi, o longa trouxe Benedict Cumberbatch e boa parte do elenco original de volta, com destaque absoluto para Elizabeth Olsen, que praticamente dominou a história como a instável e devastadora Wanda Maximoff. No centro da trama, estava também America Chavez, interpretada por Xochitl Gomez, abrindo caminho para o público conhecer uma personagem que literalmente atravessa realidades.

Entre viagens por universos, ameaças ocultas, versões alternativas e decisões desesperadas, o filme mergulhou fundo na mistura de terror, humor e fantasia — a marca registrada de Raimi.

Uma sequência que quase não existiu

Pouca gente lembra, mas os planos para o segundo filme começaram lá atrás, ainda embalados pelo sucesso do Doctor Strange de 2016. O diretor original, Scott Derrickson, queria fazer um longa mais sombrio. Chegou a anunciar o projeto, fechou contrato… e depois pulou fora. O motivo oficial? “Diferenças criativas”. O motivo real? Bom, Hollywood raramente conta.

Entra em cena Michael Waldron, roteirista de Loki, e depois Sam Raimi — uma escolha inesperada, mas que deu ao filme uma personalidade própria. Porém, como quase tudo na Fase 4, os bastidores foram cheios de tropeços: pandemia, pausa nas gravações em Londres, retomada meses depois, e por fim, refilmagens nos EUA para ajustar o tom.

Mesmo assim, o filme brilhou nas bilheterias: quase 1 bilhão de dólares mundialmente. Foi o quarto maior sucesso de 2022, mesmo com a recepção dividida entre quem amou a ousadia e quem achou tudo corrido demais.

E o que sobrou para a sequência? Muita coisa. Talvez até demais.

Multiverso da Loucura deixou vários nós para amarrar. O de Wanda, o de America Chavez, o das variantes, o do terceiro olho que mudou tudo, e claro, o surgimento de Clea, interpretada por Charlize Theron, na cena pós-créditos.

Além disso, o MCU só se complicou mais desde então. Tivemos Loki, Sem Volta Para Casa, The Marvels, séries que mexeram com linhas do tempo, realidades, incursões e conceitos que agora fazem parte do cotidiano do Doutor Estranho. Ou seja: o próximo filme não pode simplesmente ignorar essa bagunça — ele precisa abraçá-la ou dar um novo rumo ao personagem.

Com Cumberbatch participando mais ativamente, especula-se que o filme pode explorar:

  • o impacto psicológico do Darkhold no Strange;
  • o destino incerto (e emocionalmente carregado) da Wanda;
  • o treinamento de America Chavez;
  • as consequências das incursões entre universos;
  • e até onde vai o relacionamento complicado entre Strange e Christine.

Sem falar de Clea, que abre a porta para um lado ainda mais místico do MCU.

O que está acontecendo agora — de verdade

Neste momento, tudo indica que o filme está no comecinho do comecinho. Há brainstorming, há reuniões, há sondagens. Mas não há produção em andamento, não há filmagens marcadas, não há cronograma público.

E mesmo assim, o fato de a Marvel já se mexer diz muito. O estúdio sabe que Strange é um dos pilares que ainda funcionam diante da fase turbulenta da franquia. Trazer o personagem de volta com peso, profundidade e narrativa mais coesa parece ser uma prioridade.

Diretor? Ninguém sabe. Roteirista? Também não. Mas o projeto está vivo, respirando e, pela primeira vez em anos, com o ator principal sentado à mesa de decisões.

Novo trailer de O Morro dos Ventos Uivantes entrega adaptação mais feroz e sensorial já feita do clássico de Emily Brontë

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Foto: Reprodução/ Internet

Existe algo profundamente instável e indomável em O Morro dos Ventos Uivantes — e talvez por isso, desde 1847, artistas de todas as gerações tentem decifrá-lo. Agora, mais de um século e meio depois, a cineasta vencedora do Oscar Emerald Fennell encara esse desafio com uma coragem estética que poucas histórias exigem. Com o lançamento do primeiro trailer oficial pela Warner Bros. Pictures, fica claro: ela não veio repetir nada. Veio incendiar o que restou.

Ao assistir ao vídeo, a sensação é quase clandestina: como se o espectador invadisse um terreno emocional privado, intenso e desconfortável. A fotografia carregada, as sombras vivas, os movimentos de câmera inquietos e a trilha de Charli XCX criam uma estética moderna, sensual e perturbadora. Fennell não parece interessada na beleza da paixão, mas em seus danos — na forma como o amor, quando nasce torto, consome tudo ao redor.

O filme estreia nos cinemas brasileiros em 12 de fevereiro de 2026, mas o impacto do material de divulgação já o transforma em um dos projetos mais comentados do próximo ano — tanto pela ousadia visual quanto pelo reencontro entre dois nomes que já provaram ter química explosiva diante e atrás das câmeras: Margot Robbie e Jacob Elordi.

Margot Robbie e Jacob Elordi: tempestades espelhadas

Margot Robbie entrega uma Catherine de intensidade rara. Há algo inquietante na forma como ela sorri e logo depois parece despedaçar-se por dentro; como segura a borda de um vestido como quem tenta fugir do próprio corpo. É uma Catherine menos romântica e mais humana, vulnerável a ponto de machucar. Jacob Elordi, por sua vez, apresenta um Heathcliff que mistura charme, brutalidade emocional e silêncio. Ele não é vilão nem herói: é alguém que nunca aprendeu a ser amado e, por isso, mal sabe amar sem ferir. Juntos, eles funcionam como tempestades que se reconhecem — sedutoras, imprevisíveis, perigosas. E Fennell, que já dirigiu Elordi em Saltburn, sabe exatamente como capturar essa combustão.

Um gótico que abraça o sensual e o assustador

Muitos insistem em ver O Morro dos Ventos Uivantes como uma história de amor, mas Emerald Fennell parece determinada a revelar o que o livro sempre gritou: trata-se de obsessão. Pessoas que confundem posse com afeto, dor com devoção, paixão com destruição. O trailer não suaviza nada. A paleta de cores traz neblina, terra molhada, suor, sangue e tecidos pesados, e os corredores da casa Earnshaw parecem vivos — carregados por memórias de brigas, gritos e segredos sussurrados ao pé da porta. Este não é um filme que busca ser bonito. É um filme que deseja ser visceral.

Um elenco de apoio que sustenta a tragédia

O longa conta com um time que adiciona profundidade emocional à narrativa: Hong Chau, como Nelly Dean, observa tudo enquanto carrega histórias que não lhe pertencem; Shazad Latif, como Edgar Linton, surge com uma elegância vulnerável que contrasta com o caos de Heathcliff; Alison Oliver, como Isabella Linton, tenta amar um homem incapaz de lidar com o amor; Martin Clunes, como Sr. Earnshaw, altera o destino de todos ao levar Heathcliff para casa; e Ewan Mitchell surge em um papel sombrio e enigmático, já apelidado pelos fãs como “o chicote da desgraça”. Crianças estreantes também interpretam as versões jovens dos protagonistas — fundamental, já que a semente dessa relação doentia nasce justamente na infância.

A disputa pelos direitos e o desejo de permanecer nos cinemas

A história por trás da produção é quase tão turbulenta quanto o romance de Brontë. A Netflix chegou a oferecer cerca de US$ 150 milhões pelos direitos de distribuição, uma oferta que paralisou a indústria e parecia impossível de superar. Mas Emerald Fennell, apoiada por Margot Robbie como produtora, tinha um propósito claro: essa história precisava estrear nos cinemas, precisar sentir a escuridão da sala, o som envolvente e a tela grande devorando o público. Não fazia sentido confiná-la ao streaming. A Warner Bros., mesmo oferecendo menos dinheiro, garantiu o que elas queriam — salas, campanha, experiência. Assim, venceu não pela cifra, mas pelo compromisso.

Por que esse romance sempre volta — e ainda dói?

Alguns clássicos sobrevivem porque são atemporais; outros, porque são dolorosos demais para morrer. O Morro dos Ventos Uivantes pertence à segunda categoria. Emily Brontë escreveu uma história que se recusa a ser romantizada: é sobre feridas herdadas, sobre o amor que destrói, sobre rancor, vingança e a impossibilidade de abandonar alguém que marca como cicatriz. E é exatamente essa crueza que Emerald Fennell parece determinada a resgatar. Ela não quer o amor idealizado — quer o amor intoxicado. Talvez por isso, mesmo em 2025, Catherine e Heathcliff continuem tão reais. Porque todos já viram, viveram ou temeram uma história assim.

Netflix divulga o primeiro trailer de “Adeus, June”, drama com Kate Winslet e Toni Collette que promete emocionar até os mais fortes

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A Netflix liberou hoje o primeiro trailer de Adeus, June, novo drama britânico estrelado por Kate Winslet (Titanic, Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, Mare of Easttown) e Toni Collette (Desobedientes, O Sexto Sentido, Ninguém Pode Saber). A prévia, lançada com grande expectativa, entrega tudo o que os fãs de histórias humanas e emocionais esperavam: lágrimas, reconciliação e uma direção sensível que marca a estreia de Winslet por trás das câmeras.

A produção, que chega à plataforma em 24 de dezembro de 2025, promete ser um dos dramas mais íntimos e pessoais da carreira da atriz, que também assina o roteiro ao lado do próprio filho, Joe Anders. Abaixo, confira o vídeo divulgado pela plataforma de streaming:

Um trailer carregado de emoção e verdade

Logo nos primeiros segundos do vídeo, é possível sentir o tom melancólico que deve guiar toda a narrativa. Winslet surge em silêncio, encarando a mãe debilitada em uma sala iluminada apenas por luz natural, enquanto a narração — com voz trêmula — fala sobre “o peso de voltar para casa quando tudo parece ter mudado”.

A montagem alterna entre lembranças felizes e confrontos familiares, revelando quatro irmãos tentando se reconectar em meio à deterioração da saúde da mãe. O ritmo do trailer é lento, quase contemplativo, mas há uma força nos olhares e na respiração dos personagens que diz muito mais do que as falas.

O enredo

Adeus, June acompanha quatro irmãos que se reúnem para cuidar da mãe durante o Natal, quando sua saúde entra em declínio. Nesse processo, velhas feridas vêm à tona e cada um precisa lidar com sua própria forma de encarar o luto e a culpa.

Winslet vive a filha mais velha, uma mulher pragmática, presa entre o desejo de manter tudo sob controle e a incapacidade de lidar com as próprias emoções. Toni Collette interpreta a irmã mais impulsiva e emocional, que usa o humor como defesa. Ao lado delas, estão Johnny Flynn, Andrea Riseborough, Timothy Spall e Helen Mirren, completando o núcleo familiar.

Bastidores de um filme nascido da dor

Mais do que um trabalho profissional, Adeus, June é um projeto profundamente pessoal para Kate Winslet. O roteiro foi escrito por seu filho, Joe Anders, inspirado na perda da avó, que morreu de câncer de ovário em 2017.

As filmagens começaram em março de 2025, no interior do Reino Unido, com uma equipe reduzida e orçamento modesto, o que ajudou a criar um clima mais íntimo e realista. Foram 35 dias de gravação intensa, em locações naturais, muitas vezes iluminadas apenas por luz ambiente.

A estreia de Winslet na direção

Apesar de já ter produzido alguns projetos, Winslet faz aqui sua estreia oficial como diretora de longa-metragem. E, se o trailer for um indicativo, a atriz parece ter encontrado um novo espaço criativo onde pode explorar o que sempre a moveu: emoções humanas autênticas, sem filtros.

A escolha de uma narrativa familiar e emocional não é coincidência. Winslet revelou que queria começar sua jornada de diretora com algo que “tivesse alma”, algo que ela mesma sentisse a necessidade de contar.

Estreia mundial e clima natalino

Adeus, June estreia nos cinemas do Reino Unido e dos Estados Unidos em 12 de dezembro de 2025, chegando à Netflix em 24 de dezembro, véspera de Natal. A escolha da data não é aleatória: a história se passa justamente nesse período, quando o tempo parece desacelerar e os sentimentos ficam mais expostos.

Prêmio aCena anuncia indicados da 1ª edição e celebra a força da música e da noite pernambucana

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Foto: Reprodução/ Internet

O cenário cultural de Pernambuco ganha mais um marco histórico: foram anunciados os indicados à primeira edição do Prêmio aCena, uma celebração inédita que reconhece o talento, a resistência e a pluralidade da música e da vida noturna do estado. A iniciativa, idealizada pelo coletivo aCena Recifense, surge com o propósito de fortalecer o ecossistema artístico local e consagrar nomes que, em 2025, movimentaram pistas, palcos e corações por todo o território pernambucano.

A premiação, que acontecerá no dia 7 de dezembro, na Casa Bacurau, promete ser uma noite de homenagens, diversidade e reconhecimento, reafirmando o Recife — e Pernambuco como um todo — como um dos polos culturais mais criativos do país. As votações populares já estão abertas e podem ser realizadas até 30 de novembro, por meio de um formulário disponível neste link oficial.

Com 20 categorias que contemplam desde artistas e bandas até produtores culturais, fotógrafos, DJs, drags, estilistas e jornalistas, a seleção dos indicados foi feita por uma bancada de 26 jurados com diferentes áreas de atuação — um reflexo do caráter plural da iniciativa.

Além das categorias principais, o evento contará com dois reconhecimentos especiais:

  • Ícone d’aCena, homenagem a um artista cuja trajetória se tornou símbolo da cultura pernambucana.
  • Prêmio Tá com a Cena, voltado a figuras políticas que contribuíram significativamente para o fortalecimento das artes locais.

A força da noite e da música pernambucana

Quem conhece o Recife sabe: a cidade pulsa em ritmo de festa, resistência e criatividade. Dos palcos do Rec-Beat e do Coquetel Molotov às pistas da Club Metrópole e do Terra Café Bar, a capital e o interior do estado formam um caldeirão cultural único — onde o frevo, o brega, o forró e o pop se misturam em uma sonoridade inconfundível.

O Prêmio aCena surge justamente como um reconhecimento da importância dessa diversidade musical e da força das produções independentes. Ele não apenas celebra artistas consagrados, mas também dá espaço a novos nomes, produtores e espaços que fazem a engrenagem da cultura girar, muitas vezes de forma autônoma e colaborativa.

Os indicados que dão o tom da festa

A lista de indicados à primeira edição do prêmio reflete um retrato vibrante da produção cultural pernambucana em 2025.

Na categoria Espaço do Ano, nomes como Casa Bacurau, Club Metrópole, Concha Acústica e Alma Arte Café disputam o título de ponto de encontro mais marcante da noite recifense. Já entre os festivais, o destaque vai para eventos de peso como No Ar Coquetel Molotov 2024, Rec’N’Play 2025 e Rec-Beat 2025, que consolidam o estado como palco de inovação musical e cultural.

Quando o assunto é festa, a disputa esquenta ainda mais. Na categoria Festa do Ano, estão indicadas produções que dominaram as pistas e o imaginário do público, como Baile da Brota, Club Vittar, NBOMB, Pilhada, Tarantina e Soda.

Entre os produtores culturais, destaque para nomes como Allana Marques, Ana Garcia, Nadejda, TaraCrew e Victor Hugo Bione, que movimentaram bastidores e palcos com criatividade e ousadia.

Vozes e sons que definem uma geração

Na categoria Cantor do Ano, o leque é diverso e potente: Almério, Gomes, Isadora Melo, Joyce Alane, João Gomes, Relikia, Natascha Falcão e UANA representam diferentes vertentes e gerações da música pernambucana.

Já o Banda do Ano celebra coletivos musicais que mantêm vivo o espírito experimental e popular da cena, como Amigas do Brega, Bregadelic, Forró na Caixa, Mombojó e Orquestra Malassombro.

O brega, gênero que há décadas embala o coração e o cotidiano do povo pernambucano, também tem sua própria categoria. Entre os indicados a Artista Brega do Ano, nomes como Priscila Senna, Anderson Neiff, Rayssa Dias, Carina Lins e Raphaela Santos provam que o ritmo continua se reinventando e conquistando o país.

A arte em todas as formas

O Prêmio aCena vai além da música — ele também celebra a performance, a imagem, o estilo e o olhar artístico por trás da cena.

Na categoria Drag do Ano, brilham nomes que transformam o palco em resistência e espetáculo, como Safira Blue, Ruby Nox, Poseidon Drag, Mia J, Sayuri Heiwa e Violet Smalls. Já os estilistas como Allura Nox, Camila Ferza e Leopoldo Nóbrega mostram que a moda pernambucana está em plena efervescência, com criações que traduzem identidade e pertencimento.

A fotografia também tem seu espaço, com indicados como Alan Rodrigues, Aysha Diablo, Jezz Maia e Luara Guerra, responsáveis por eternizar momentos da cultura local com sensibilidade e potência.

E, é claro, não poderia faltar o reconhecimento aos DJs, verdadeiros maestros da noite. Nomes como Nadejda, Makeda, Vands, Lala K e IDLibra disputam o prêmio de DJ do Ano, representando o vigor das pistas pernambucanas, onde o som é ferramenta de expressão e liberdade.

Trilhas, produções e histórias em movimento

A categoria de Produtor Musical do Ano celebra quem trabalha nos bastidores para dar forma e textura ao som da cena. Entre os indicados, nomes como Filipe Guerra, Sofia Freire, Luccas Maia, Marley no Beat e Zoe Beats reforçam a importância da produção autoral e experimental no cenário atual.

Os álbuns e EPs que marcaram o ano também estão em disputa. Destaque para “Puro Transe” de Gomes, “Casa Coração” de Joyce Alane, “Universo de Paixão” de Natascha Falcão e “Virando Noite” de Guma, além do projeto colaborativo “Dominguinho” com João Gomes, Mestrinho e jota.pê, que homenageia o mestre sanfoneiro e mantém viva a tradição nordestina em novas roupagens.

Cultura popular e resistência

Nenhum panorama da arte pernambucana estaria completo sem a presença da cultura popular. Por isso, o prêmio dedica uma categoria especial a esses mestres e guardiões da tradição. Entre os indicados, nomes como Lia de Itamaracá, Maciel Salú, Mestre Anderson Miguel, Mãe Beth de Oxum e Afoxé Oyá Alaxé reafirmam o valor das expressões que formam a base da identidade cultural do estado.

O olhar da mídia e da influência cultural

O Prêmio aCena também reconhece o papel fundamental da comunicação e da divulgação cultural. Entre os influencers culturais indicados estão Caio Braz, Camy Moury, Carol Maloca, Ester D SAN e o perfil Guia Boêmio, que ajudaram a expandir o alcance da cultura local nas redes.

Na categoria Jornalista Cultural do Ano, nomes como Emannuel Bento, Maya Santos, Samantha Oliveira e Wanessa Lins representam uma geração de comunicadores que constroem pontes entre artistas e público, registrando a história viva da arte pernambucana.

Fallout | Prime Video revela trailer da segunda temporada e leva fãs a New Vegas, o coração irradiado do caos

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A contagem regressiva para o retorno de Fallout começou oficialmente. O Prime Video acaba de liberar o trailer da segunda temporada de sua série mais radioativa — e, ao que tudo indica, a jornada dos sobreviventes vai cruzar os limites de um novo e perigoso território: New Vegas. A cidade, que já é conhecida dos fãs de longa data da franquia de jogos, surge agora em sua versão live-action como um oásis de promessas, vícios e segredos em meio ao deserto devastado pela guerra nuclear.

A prévia, que você pode ver logo abaixo, mistura o humor ácido, o visual retrofuturista e a crítica social que marcaram tanto o jogo New Vegas quanto a primeira temporada da série. E, se há algo que o público aprendeu com a produção de Jonathan Nolan e Lisa Joy — os mesmos criadores de Westworld —, é que cada ruína esconde uma história, e cada sobrevivente carrega um passado radioativo.

Do deserto de Los Angeles ao brilho decadente de New Vegas

Após o sucesso estrondoso da primeira temporada, lançada em 10 de abril de 2024, a série retorna expandindo seu universo narrativo. A nova fase seguirá Lucy (Ella Purnell), a jovem do Vault 33, agora em uma nova e perigosa etapa de sua jornada: deixar o deserto californiano para adentrar as ruínas irradiadas de Las Vegas — ou, como agora é conhecida, New Vegas.

Essa cidade, construída sobre as cinzas da antiga civilização, é uma das localidades mais icônicas do universo Fallout. Originalmente apresentada no jogo Fallout: New Vegas (2010), ela simboliza a tentativa humana de preservar o brilho do passado em meio ao caos. No trailer, relances de cassinos destruídos, letreiros de néon piscando entre escombros e uma fauna humana moralmente ambígua dão o tom do que está por vir.

Lucy, que na primeira temporada passou de uma inocente moradora de um abrigo subterrâneo a uma sobrevivente endurecida, agora enfrenta o desafio de compreender o verdadeiro preço da esperança. A busca pelo pai, iniciada no deserto de Los Angeles, continua — mas, em New Vegas, cada pista vem acompanhada de um custo alto demais.

O retorno do Necrótico e o peso da humanidade perdida

Entre os personagens que retornam, um nome já chama atenção no trailer: The Ghoul, ou “O Necrótico”, interpretado por Walton Goggins (The White Lotus, The Hateful Eight). O ator foi um dos grandes destaques da primeira temporada, e sua presença carismática e trágica volta a roubar a cena.

Goggins dá vida a um caçador de recompensas deformado pela radiação — uma figura que sintetiza o espírito de Fallout: alguém entre a monstruosidade e a humanidade. No novo trailer, seu rosto parcialmente corroído contrasta com o olhar humano por trás dos destroços, lembrando ao público que, em um mundo pós-apocalíptico, ser um “ghoul” talvez seja mais uma questão moral do que física.

Em entrevistas anteriores, o ator já havia descrito seu personagem como “uma lembrança viva do que o mundo perdeu e do que ele ainda se recusa a abandonar”. Na nova temporada, o Necrótico parece mais complexo: ora um vilão impiedoso, ora um homem tentando resgatar o que sobrou de sua alma.

Um sucesso radioativo e inesperado

Quando o Prime Video anunciou, em 2020, que havia adquirido os direitos da Bethesda Game Studios para adaptar Fallout, muitos fãs receberam a notícia com ceticismo. O histórico de adaptações de videogames não era dos mais promissores, e a mitologia densa da série — repleta de ironia política, crítica social e absurdos radioativos — parecia um desafio quase impossível de transpor para a televisão.

Mas o que Nolan e Lisa Joy fizeram surpreendeu até os mais exigentes. Com produção da Kilter Films e supervisão direta de Todd Howard, a série encontrou um equilíbrio raro entre espetáculo visual e narrativa filosófica.

O resultado foi uma das maiores estreias da história da plataforma de streaming: entre abril e maio de 2024, a produção ultrapassou Os Anéis de Poder como a série mais assistida da plataforma. Críticos aplaudiram o trabalho de adaptação — com destaque para a performance de Ella Purnell e para a riqueza estética que recriou o visual retro dos anos 1950 mesclado com a brutalidade do pós-guerra nuclear.

Produção de peso e visão autoral

Parte do sucesso de Fallout vem da aposta da Amazon em uma equipe criativa de alto nível. Jonathan Nolan dirigiu os três primeiros episódios, definindo o tom e o ritmo da narrativa. Lisa Joy, sua parceira criativa, ajudou a moldar o subtexto social e existencial da série — temas como a desigualdade, o autoritarismo e a manipulação da verdade, todos presentes nos jogos originais, foram preservados com cuidado.

Os showrunners Geneva Robertson-Dworet (Capitã Marvel) e Graham Wagner (Silicon Valley) foram contratados em 2022 para dar continuidade ao projeto. O objetivo era claro: construir uma série que conversasse tanto com os fãs veteranos da franquia quanto com um público que nunca havia tocado em um controle.

A aposta deu certo. A fidelidade à mitologia de Fallout — os Vaults, a Irmandade de Aço, as armas nucleares, a estética retrô, os robôs sarcásticos e os mutantes grotescos — se misturou a uma narrativa emocional sobre escolhas e sobrevivência. Cada episódio serviu como uma cápsula moral sobre o que acontece quando a civilização tenta renascer em um mundo que esqueceu o que é humanidade.

A segunda temporada e o desafio de expandir um universo

Se a primeira temporada focou em Los Angeles, o segundo ano promete ampliar o escopo da série, mostrando não apenas novas regiões, mas também novos dilemas morais. New Vegas, conhecida nos jogos por seu tom ambíguo entre glamour e corrupção, surge agora como o cenário perfeito para explorar a dualidade humana.

Nos jogos, a cidade é governada por facções que disputam poder entre ruínas reluzentes. No trailer, é possível ver que essa lógica foi preservada — Lucy e o Necrótico aparecem cercados por novos personagens, cada um representando uma visão de mundo diferente. Há rumores de que a Irmandade de Aço, organização militar que idolatra a tecnologia, terá papel central nos conflitos da temporada.

Crítica social em meio ao caos nuclear

Parte da força da trama sempre esteve na forma como sua narrativa usa o humor negro para discutir temas profundamente humanos. A série continua fiel a essa tradição. Debaixo de todo o visual brilhante e das piadas ácidas sobre refrigerantes nucleares, há uma reflexão constante sobre poder, ganância e sobrevivência.

A sociedade retrô dos anos 1950, que nunca deixou de acreditar no “progresso nuclear”, se transforma em um retrato irônico do nosso próprio tempo — em que o avanço tecnológico caminha lado a lado com a destruição ambiental e a desigualdade.

É essa camada de crítica que diferencia Fallout de outras produções pós-apocalípticas. Ela não se limita à ação ou à estética de ruínas; ela questiona o que o ser humano escolhe preservar quando tudo o mais é perdido.

Futuro da franquia e legado

Com a confirmação da segunda temporada ainda em 2024, o Prime Video deixou claro que aposta na longevidade de Fallout como uma de suas principais marcas. A série não apenas agradou ao público gamer, mas também conquistou um público novo — espectadores fascinados pelo contraste entre a brutalidade do mundo exterior e o humor sardônico de seus personagens.

Além disso, a recepção positiva reacendeu o interesse pelos jogos originais da Bethesda, que registraram aumento significativo nas vendas após a estreia da série. O sucesso também abriu espaço para discussões sobre possíveis spin-offs ambientados em outros locais icônicos da franquia, como Washington D.C. e Boston.

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