O Natal dos Silva estreia no Canal Brasil e reinventa o espírito natalino com sotaque brasileiro

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O Natal de 2025 chega às telas com um sabor genuinamente brasileiro e um olhar afetivo sobre as tradições que atravessam gerações. Nesta quinta-feira, 27, o Canal Brasil apresenta a estreia de “O Natal dos Silva”, primeira série da produtora mineira Filmes de Plástico, reconhecida internacionalmente pelo longa “Marte Um”. Criada por Gabriel Martins, a produção reúne parte da equipe criativa e do elenco que projetou o cinema mineiro para o mundo, agora em um formato seriado que aposta em humor, intimidade e na força simbólica das relações familiares. Os episódios vão ao ar todas as quintas, às 21h30, e também ficam disponíveis semanalmente para assinantes do Globoplay Plano Premium.

Gravada em Belo Horizonte, a série nasce do desejo de Gabriel Martins de ver histórias natalinas que dialogassem com o cotidiano brasileiro. O diretor, conhecido por transformar experiências pessoais em narrativas universais, explica que sempre sentiu falta de um imaginário de Natal que refletisse nossas referências culturais. Essa inquietação acabou guiando a concepção da obra. Na série, por exemplo, a árvore tradicional é substituída por um pé de manga, gesto simples e profundamente simbólico que traduz a liberdade com que a família Silva reinventa suas próprias tradições. Segundo o criador, essa brasilidade explícita é o fio que costura a essência da produção, construída a partir de memórias afetivas e observações íntimas de convivência familiar.

A história acompanha o primeiro Natal dos Silva após a perda da matriarca, e é justamente nesse luto recente que a trama encontra sua potência. O vazio deixado por ela altera a dinâmica das festividades, transformando cada diálogo, tentativa de celebração ou pequeno ritual em momentos carregados de significados. O público é convidado a observar um núcleo familiar ruidoso, imperfeito e profundamente emocional, onde conflitos e silêncios se misturam com a mesma intensidade. Gabriel Martins comenta que os Silva falam alto, mas escondem seus conflitos com a mesma força, e que amor e dor convivem de maneira tão estreita que muitas vezes só restam o grito, o choro ou a busca por reconciliação. É uma representação que se aproxima da realidade de muitas famílias brasileiras durante as festas de fim de ano.

No centro dessa dinâmica está Bel, interpretada por Rejane Faria, que assume o papel de guardiã das tradições enquanto tenta lidar com seus próprios limites e traumas. A personagem encarna de maneira visceral o dilema de quem deseja manter a família unida ao mesmo tempo em que enfrenta dores íntimas que ainda não encontrou espaço para elaborar. Rejane destaca que Bel é plural, intensa e completamente humana, capaz de transitar entre a fortaleza emocional e a vulnerabilidade mais profunda, o que a torna o coração sensível de toda a narrativa. Ao lado dela, nomes como Renato Novaes e Carlos Francisco reforçam a identidade artística já conhecida da Filmes de Plástico.

A série ganha ainda mais textura ao abraçar três diretores diferentes na condução da temporada. Gabriel Martins dirige o primeiro e o último episódios, enquanto Maurilio Martins e André Novais Oliveira assumem os capítulos intermediários. Cada um imprime seu olhar particular sobre a família Silva, oferecendo pequenas quebras de tom que enriquecem a experiência narrativa sem fragmentar a unidade emocional do projeto. Gabriel explica que a intenção era permitir que cada episódio respirasse de sua própria forma e mostrasse a família sob perspectivas estéticas distintas, multiplicando camadas de interpretação e ampliando a profundidade da história.

Com produção de Thiago Macêdo Correia em parceria com o Canal Brasil, “O Natal dos Silva” chega já mirando o futuro. A equipe enxerga a série como o início de um acompanhamento contínuo da família ao longo de diferentes datas comemorativas. A ideia é revisitar os Silva ano após ano, registrando mudanças, reencontros, renúncias e as inevitáveis tensões que surgem em qualquer núcleo familiar. Para Gabriel Martins, essa continuidade é estimulante porque permite que os personagens sigam vivendo, mesmo quando a câmera deixa de acompanhá-los. Ele conta que pensá-los em movimento, aguardando novas histórias e novos conflitos, se tornou um prazer criativo inesperado.

NBA estreia sua primeira série documental produzida no Brasil e acompanha a jornada de Gui Santos ao topo do basquete mundial

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Foto: Reprodução/ Internet

A NBA inaugura uma nova etapa de sua presença no país ao lançar Gui Santos do Brasil, a primeira série documental original da liga produzida no Brasil e dedicada ao público brasileiro. A produção narra, com sensibilidade e profundidade, a trajetória de Gui Santos, ala do Golden State Warriors e atualmente o único jogador brasileiro na temporada 2025–2026 da NBA. A série revela não apenas o atleta, mas o jovem que deixou o Brasil para perseguir um sonho considerado inalcançável por muitos: construir carreira no mais alto nível do basquete mundial.

A estreia acontece no dia 4 de dezembro, durante a CCXP 2025, no São Paulo Expo. Pela primeira vez, a NBA terá um espaço oficial no evento, em uma área imersiva de 540 m², que une basquete, entretenimento e estilo de vida. O público encontrará ativações interativas, uma minicourt, uma pop-up da NBA Store, itens de memorabilia e transmissões ao vivo produzidas diretamente do estande.

Um olhar íntimo e raro sobre a vida de Gui Santos

A série, que será disponibilizada ao público no canal da NBA Brasil no YouTube, é composta por seis episódios que acompanham Gui em diferentes fases de sua jornada dentro e fora das quadras. O documentário abre as portas para o cotidiano do atleta em San Francisco, registra bastidores de treinos, conversas com companheiros de equipe e momentos de intimidade com familiares e amigos.

Mais do que registrar feitos esportivos, Gui Santos do Brasil busca compreender a pessoa por trás do uniforme. A produção destaca o esforço silencioso, o amadurecimento emocional e os desafios de cultivar raízes longe de casa, um panorama que humaniza e aproxima Gui dos fãs brasileiros, que o acompanham desde o início.

Da infância no Brasil às luzes da NBA: uma trajetória em movimento

Sob direção de Tarian Chaud, a série constrói uma narrativa visual que atravessa fronteiras e revisita lugares fundamentais na formação do atleta. As filmagens passaram por São Paulo, Brasília, São Francisco, Chicago e Cleveland, compondo um mosaico que revela como diferentes geografias moldaram sua personalidade e sua performance.

Amigos, familiares e antigos treinadores participam do documentário e ajudam a reconstruir o caminho de Gui, da descoberta do basquete ainda criança ao momento em que vestiu, pela primeira vez, a camisa do Golden State Warriors. Essas vozes reforçam o impacto transformador da sua jornada e a importância do apoio comunitário para que um talento brasileiro floresça em um cenário global.

O orgulho de representar o Brasil na principal liga de basquete do mundo

O documentário também celebra a responsabilidade de Gui Santos em ser o único brasileiro atuando na NBA na temporada atual. Para ele, a experiência vai além da disputa dentro das quadras e envolve representar uma cultura, uma identidade e uma legião de torcedores que se vêem refletidos em sua trajetória.

Gui aparece em cena dividido entre o peso e a alegria dessa representatividade. Entre treinos exaustivos, viagens constantes e a pressão por resultados, a série o acompanha em momentos de silêncio, reflexão e também celebração, evidenciando o equilíbrio delicado entre disciplina e humanidade que sustenta sua carreira.

Ecos da Amazônia | Orquestra binacional une jovens do Brasil e da Guiana Francesa em projeto histórico de integração cultural

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Foto: Reprodução/ Internet

Em uma iniciativa que transforma a música em ponte, horizonte e território, 77 jovens do Norte do Brasil e da Guiana Francesa se reúnem para dar vida à Orquestra Amazônica de Jovens – Ecos da Amazônia. O projeto, inédito e de alcance continental, integra a programação oficial da Temporada França–Brasil 2025 e nasce como um gesto de cooperação cultural que atravessa fronteiras para reafirmar a Amazônia como espaço de criação, diversidade e memória viva.

Idealizado pelo Ministério da Cultura, pelo Banco da Amazônia e pelo Conservatoire de Musique, Danse et Théâtre de Guyane, e produzido pela Academia Paraense de Música, o projeto conta ainda com o apoio do Institut Français, do Comitê de Patrocinadores da Temporada França–Brasil 2025 e, no Brasil, da CNP Seguradora, por meio da Lei Rouanet.

Uma Amazônia que se reconhece na música

Para Serge Long Him Nam, presidente do Conservatoire de Musique, Danse et Théâtre de Guyane, o projeto materializa uma nova forma de enxergar o território amazônico — não apenas como espaço geográfico, mas como pulsação cultural compartilhada. “O projeto Ecos da Amazônia permite ouvir, ver e viver uma Amazônia solidária, plural e criativa. Eles serão, amanhã, a expressão de um engajamento coletivo, artístico e cidadão em favor de um mundo mais justo, mais sensível e mais sustentável. Ao integrar a Temporada França–Brasil 2025, este projeto evidencia o alcance e o protagonismo de nossos territórios na Amazônia e além dela.”

Jovens artistas no centro da criação

A orquestra reúne meninas e meninos de 14 a 25 anos, formados em escolas musicais de Saint-Laurent du Maroni, Kourou e, no lado brasileiro, na Escola de Música da Universidade Federal do Pará (EMUFPA) e na Fundação Carlos Gomes, ambas em Belém.

Eles chegam ao projeto trazendo sotaques musicais distintos, histórias próprias e um desejo comum: mostrar ao mundo que a Amazônia não é apenas cenário, mas criadora de linguagem. Ao longo do processo, eles recebem orientação de pedagogos, maestros e artistas convidados, mergulhando em repertórios que dialogam tanto com tradições locais quanto com novas sonoridades.

Para esses jovens, participar da Orquestra Amazônica representa mais que uma etapa de formação: é a possibilidade de se enxergar como parte ativa de um território que se reinventa pela arte.

Criações inéditas que traduzem a floresta

Quatro compositores formam o núcleo criativo que dá vida ao repertório original da Orquestra Amazônica de Jovens. Cada um deles chega ao projeto trazendo não apenas sua técnica e trajetória, mas também uma escuta sensível das múltiplas Amazônias que habitam suas obras. De Belém, a compositora Cibelle Donza contribui com sua escrita marcada por memórias ribeirinhas e pelo diálogo íntimo com as paisagens sonoras do Norte do Brasil.

Da Guiana Francesa, chegam Denis Lapassion e Fabrice Pierrat, dois artistas que traduzem, em música, a relação viva com as tradições locais, as influências afro-caribenhas e os sons que atravessam a fronteira invisível entre florestas, rios e cidades. Completa o grupo o compositor francês Pierre Thilloy, cuja pesquisa musical sempre se aproximou de expressões culturais de diversos territórios, permitindo-lhe construir pontes poéticas entre a Europa e a Amazônia.

Ao reunir essas vozes criadoras, o projeto consolida um repertório que combina composições inéditas, arranjos originais e obras já consagradas. As peças evocam desde o murmúrio das águas amazônicas até o rugido vibrante das cidades ribeirinhas, compondo um mosaico sonoro que traduz, em orquestração, as muitas Amazônias que coexistem no imaginário e no cotidiano dos povos da região.

Ensaios entre Belém e Caiena

A primeira parada acontece em Belém, nos dias 3 e 4 de dezembro, no histórico Theatro da Paz. Ali, jovens do Brasil e da Guiana Francesa se encontram pela primeira vez no mesmo palco, criando conexões que vão além das partituras. É nesse ambiente que surgem os primeiros acordes de integração, onde sotaques musicais diferentes começam a se reconhecer e se complementar.

A segunda etapa será realizada em Caiena, culminando no concerto oficial marcado para 29 de janeiro. Depois de uma nova rodada de ensaios e imersão artística, os jovens músicos apresentam o resultado desse intercâmbio criativo ao público da capital guianense. O espetáculo sela o encerramento da primeira fase do projeto e celebra, de forma vibrante, a força da criação artística amazônica como expressão de união cultural entre países vizinhos.

Acesso gratuito ao público

O concerto terá entrada gratuita, com distribuição de ingressos exclusivamente na bilheteria física no dia da apresentação. Uma oportunidade rara para que o público acompanhe a estreia de uma orquestra que já nasce histórica, não apenas pela grandiosidade, mas pelo gesto de união que representa.

Mariana Lewis vive fase decisiva da carreira com formatura histórica na Guildhall, estreia em “The Hunger Games On Stage” e indicação no British Web Awards

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Foto: Reprodução/ Internet

A atriz brasileira Mariana Lewis atravessa um momento raro na trajetória de jovens talentos que se lançam ao cenário internacional: tudo acontece ao mesmo tempo, e cada conquista parece ampliar o alcance da próxima. Recém-formada pela Guildhall School of Music & Drama, em Londres, Mariana celebra não apenas o fim de um ciclo intenso de estudos, mas a consolidação de um caminho que a levou a estrear na primeira adaptação teatral de Jogos Vorazes e a ser indicada ao British Web Awards 2025 como Melhor Atriz Coadjuvante pela série Queen Lear.

A trajetória até aqui é resultado de anos de dedicação e de um gesto que já carrega significado histórico: Mariana foi a primeira brasileira a ingressar na Guildhall, uma instituição que há décadas ocupa o topo do ensino de artes dramáticas no Reino Unido. A escola moldou carreiras de nomes consagrados do teatro e do cinema britânico, e agora também acolheu a presença de uma jovem artista que chegou trazendo sotaque, referências brasileiras e a certeza de que a diversidade enriquece qualquer cena.

Mariana descreve a formação como um processo profundo, moldado por rigor técnico, investigação artística e encontros que transformaram seu modo de criar. Mais do que o diploma, ela destaca as descobertas internas que surgiram durante a jornada: a compreensão do próprio corpo em cena, a lapidação da voz como instrumento expressivo e a coragem de experimentar linguagens que antes pareciam distantes. A experiência, segundo ela, foi tão desafiadora quanto libertadora, e trouxe a confirmação de que artistas brasileiros podem ocupar espaços de excelência no exterior sem abrir mão de suas identidades.

Paralelamente à formatura, a atriz vive outro marco: sua estreia como Glimmer na primeira produção teatral inspirada na saga The Hunger Games. A personagem, conhecida dos livros e do cinema como uma competidora do Distrito 1, ganha no palco uma nova dimensão. Mariana entrega uma versão mais densa, forte e estratégica da tributo, construindo fisicalidade, presença e intensidade dramática que dialogam com a grandiosidade do universo distópico criado por Suzanne Collins. Para ela, interpretar Glimmer é uma oportunidade de ressignificar uma figura icônica e mostrar ao público uma camada que vai além da imagem superficial atribuída à personagem.

Enquanto brilha nos palcos, a atriz também colhe frutos no audiovisual digital. Sua indicação ao British Web Awards 2025 como Melhor Atriz Coadjuvante por Queen Lear reforça a pluralidade de sua atuação e a capacidade de transitar entre diferentes formatos. A premiação, uma das mais relevantes do circuito de webséries do Reino Unido, reconhece produções de diversos países e destaca o trabalho de artistas que exploram novas narrativas. A série do Canal Demais, que revisita temas shakespearianos a partir de uma estética contemporânea, aparece ainda em outras categorias, incluindo Melhor Drama, Melhor Adaptação, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Edição, Melhor Atriz para Claudia Alencar e Melhor Pôster. Atualmente, Queen Lear ocupa o quarto lugar na Copa do Mundo das Webséries, consolidando sua força internacional.

Em meio a tantas conquistas, Mariana reflete sobre o momento com maturidade e gratidão. Ela reconhece que viver a formatura, a estreia e uma indicação internacional simultaneamente cria uma espécie de colagem emocional, onde cada elemento fortalece o outro. A atriz destaca que seu maior propósito continua sendo contar histórias que atravessam fronteiras e conectam pessoas, independentemente do idioma ou do formato.

Amanda Azevedo comemora indicação a Melhor Atriz de Comédia no Rio Webfest e consolida força das produções independentes

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Foto: Reprodução/ Internet

Amanda Azevedo vive um desses momentos que parecem resumir anos de trabalho silencioso, ideias anotadas em cadernos amassados e sonhos que persistem mesmo quando o cronograma aperta. A atriz, roteirista e diretora criativa acaba de ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz de Comédia no Rio Webfest, uma das maiores vitrines mundiais para produções digitais. A nomeação vem por sua atuação em Histórias de Quase Amor pra Quem Tem Pressa, websérie independente que ela cria e protagoniza ao lado do parceiro artístico Felipe Souza.

Para quem acompanhou o crescimento orgânico do projeto, a notícia emociona, mas não surpreende. A série nasceu pequena, filmada com delicadeza e vontade, e cresceu abraçada pelo público que reconheceu na história o reflexo de suas próprias urgências amorosas. Mais de 6 milhões de visualizações depois, Amanda chega ao festival com a mesma postura artesanal que fez o projeto existir: pés no chão, coração aberto e uma gratidão que atravessa a voz quando ela fala sobre tudo isso.

A narrativa acompanha Rita e Roberto, dois jovens que se conhecem de maneira despretensiosa em uma loja de vinis. A partir desse encontro, a série constrói um mosaico de afetos interrompidos, diálogos rápidos e a sensação constante de que o tempo nunca está completamente a favor. Rita, vivida por Amanda, é uma personagem doce, desorganizada e cheia de frestas emocionais. É também uma figura profundamente contemporânea, alguém que tenta ser adulta enquanto ainda guarda esboços de poesia dentro da mochila.

O festival reconheceu não apenas a força da atuação de Amanda, mas também a coesão estética e narrativa do projeto. Além da indicação à Melhor Atriz de Comédia, a websérie concorre em outras quatro categorias: Melhor Websérie de Comédia, Melhor Microssérie, Melhor Websérie Vertical e Melhor Direção. As nomeações confirmam que o cuidado com cada cena, cada figurino vintage e cada silêncio calculado não passaram despercebidos.

Amanda recebe essa nova fase com a generosidade de quem entende que nada foi construído sozinha. Lembra, sempre que pode, das trocas com Felipe Souza, que divide com ela a criação, os roteiros e a direção. Lembra também do olhar poético do filmmaker Adam Maskot, responsável pela fotografia que empresta à série um ar cinematográfico, quase contemplativo, como se cada frame pudesse ser colocado numa moldura. E lembra da pequena comunidade que ajudou a sustentar o projeto desde os primeiros testes de câmera.

A força de Histórias de Quase Amor pra Quem Tem Pressa está justamente na autenticidade. O processo de criação foi totalmente independente, uma escolha que exigiu mais trabalho, mas também mais liberdade para construir um universo próprio. Amanda e Felipe cuidaram de cada detalhe, desde o tom dos diálogos até a construção visual, passando por escolhas de figurino que reforçam o clima retrô da série. A dupla criou uma obra que parece falar baixinho com o espectador, convidando-o a respirar fundo e revisitar seus próprios quase-amores.

As indicações no Rio Webfest reforçam o impacto desse gesto criativo. Para Amanda, voltar ao festival é revisitar um lugar que marcou seu início. Em 2020, seu primeiro projeto autoral foi selecionado pelo evento, e ela afirma que aquele momento serviu como um impulso emocional que a manteve firme. Hoje, retornar com múltiplas indicações e novamente como Melhor Atriz de Comédia simboliza uma trajetória que amadureceu, se expandiu e encontrou novas formas de existir.

O Rio Webfest, que ocorre entre 28 de novembro e 2 de dezembro, tornou-se um espaço de encontros e descobertas no audiovisual digital. Criadores, estudantes e profissionais de diversas áreas se reúnem em oficinas, painéis e palestras que celebram não apenas o produto final, mas também os processos, as experimentações e os pequenos bastidores que costumam ficar invisíveis. No dia 1º de dezembro, às 10h, Amanda e Felipe participam de um painel dedicado à websérie, onde vão compartilhar o caminho criativo, as dificuldades da produção independente e as curiosidades por trás das gravações que encantaram as redes.

Amanda descreve essa fase como um reencontro consigo mesma. Ela afirma que, ao olhar para a personagem Rita, enxerga versões suas que já foram mais apressadas, mais ansiosas, mais dispostas a acreditar que o amor caberia dentro de intervalos curtos. Talvez por isso a personagem tenha gerado tanta identificação: porque nasce de um lugar real, de uma sensibilidade que Amanda não teme expor.

HBO Max divulga trailer de Dona Beja e aposta em uma superprodução que resgata o Brasil colonial com olhar contemporâneo

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A HBO Max divulgou na última terça, 25, o primeiro trailer de Dona Beja, novela original que será lançada em 2 de fevereiro e que desponta como uma das produções mais ambiciosas já desenvolvidas pela plataforma no Brasil. O material promocional apresenta parte da escala da obra, que combina investimento robusto, preocupação estética e um olhar contemporâneo para a reconstrução do passado.

Com fotografia sofisticada, pesquisa histórica evidente e uma abordagem narrativa que dialoga com o público atual, o trailer antecipa uma releitura de Ana Jacinta de São José, figura central do folclore e da memória cultural brasileira. A prévia reacende o interesse em torno de uma das personagens mais emblemáticas da ficção nacional, ao mesmo tempo em que destaca a força dramática da protagonista e seu impacto simbólico no imaginário coletivo.

Ambientada no início do século XIX, a produção propõe uma viagem a um Brasil em plena transição, marcado por desigualdades sociais, disputas de poder e tensões políticas que moldavam o cotidiano da época. Nesse cenário, a trajetória de Ana Jacinta surge como um retrato de resistência e ruptura, evidenciando o papel de uma mulher que desafiou as convenções de sua sociedade e transformou-se em lenda.

Uma releitura que preserva o legado e amplia o debate contemporâneo

Inspirada na clássica novela exibida pela Rede Manchete em 1986, Dona Beja retorna ao público em um contexto completamente diferente. A nova adaptação, assinada pela Floresta, busca honrar a força da produção original ao mesmo tempo em que amplia discussões atuais sobre autonomia feminina, poder político e tensões sociais ainda presentes no país.

O argumento é de Renata Jhin, com adaptação de António Barreira e Daniel Berlinsky. A produção conta ainda com colaboração de Maria Clara Mattos, Cecília Giannetti, Clara Anastácia e Ceci Alves, que imprimem à narrativa uma perspectiva contemporânea sem abrir mão da densidade histórica. A direção artística é conduzida por Hugo de Sousa, acompanhado por Bia Coelho, Rogério Sagui e João Bolthauser.

Grazi Massafera assume o papel de Beja, interpretando-a com uma combinação de fragilidade, magnetismo e força. David Junior dá vida a Antônio, seu grande amor e também o centro das maiores tensões emocionais da trama. O elenco conta ainda com nomes como André Luiz Miranda, Bianca Bin, Indira Nascimento, Erika Januza, Deborah Evelyn, Otávio Muller e Isabela Garcia.

A relevância histórica de Ana Jacinta para a nova geração

A personagem que inspira a novela não é apenas um mito da teledramaturgia, mas uma figura histórica real, nascida em 1800 em Minas Gerais. Ana Jacinta de São José, cuja vida foi marcada por violência, resistência e ascensão social, tornou-se símbolo de coragem e independência em um contexto onde mulheres tinham pouco espaço para exercer sua autonomia.

A HBO Max aposta na força dessa trajetória para dialogar com temas contemporâneos ligados à emancipação feminina e à reinterpretação da memória nacional. A própria condução do trailer ressalta o poder narrativo de uma história centrada no olhar da protagonista, destacando seus embates com homens influentes, sua inteligência estratégica e sua capacidade de subverter estruturas sociais.

O enredo: amor, poder e sobrevivência no interior de Minas Gerais

Ambientada em 1815, a trama acompanha a juventude de Beja em Araxá, onde ela é apresentada como uma jovem de personalidade marcante e beleza incomum. A narrativa sofre sua primeira grande ruptura quando a protagonista é sequestrada pelo próprio avô, José Alves, interpretado por Roberto Bomtempo. O acontecimento, traumático e violento, define grande parte de sua trajetória e separa Beja de seu amor de juventude, Antônio.

Manipulado pela mãe, Ceci, vivida por Deborah Evelyn, Antônio cresce acreditando ter sido abandonado por Beja. Ao retornar ao Brasil, ele se casa com Angélica, papel de Bianca Bin, em uma união construída sobre culpa, traição emocional e a força das convenções sociais da época.

Enquanto isso, Beja passa anos sob domínio do avô, mas gradualmente conquista liberdade e espaço entre a elite mineira. Inteligente e carismática, ela se torna uma mulher influente, negociando joias, adquirindo terras e construindo um império pessoal em um ambiente dominado por homens. Ao retornar a Araxá, confronta uma cidade que a vê com fascínio e ressentimento, tornando-se alvo de intrigas e disputas políticas.

A tensão com Antônio cresce à medida que ambos se reencontram. Dividido entre o amor antigo e o casamento estabelecido, ele dinamiza a trama com conflitos emocionais intensos. Diante da rejeição e da hipocrisia social, Beja toma uma decisão ousada: abrir um bordel de luxo. A casa rapidamente se transforma em reduto de poder, escândalo e influência, provocando reações extremas entre as famílias tradicionais.

As mulheres em disputa: redes de poder e resistência

A presença de Beja em Araxá reorganiza afetos, alianças e disputas. Ceci, mãe de Antônio, torna-se sua principal adversária e mobiliza uma rede de mulheres influentes para tentar destruir sua reputação. Idalina e Genoveva, interpretada por Isabela Garcia, estão entre as aliadas de Ceci, assim como Augusta, vivida por Kelzy Ecard, esposa do juiz Honorato Costa Pinto, papel de Otávio Muller.

Essas personagens representam a complexa teia social da época, marcada por rivalidades pessoais, ambições políticas e tensões morais que moldam boa parte da narrativa.

Paralelamente, a novela aborda dramas familiares que ampliam o painel social de Araxá. Entre eles, a história de Carminha, interpretada por Catharina Caiado, filha do juiz, que retorna grávida da Corte e é forçada a oficializar um casamento com o professor Gaudêncio, sem que ele tenha conhecimento da verdadeira paternidade da criança. O núcleo adiciona nuances importantes sobre moralidade, repressão e o peso das expectativas sobre as mulheres.

Outra frente essencial da trama é a trajetória de Josefa, interpretada por Thalma de Freitas, que vive um casamento infeliz com José Carneiro, papel de Luciano Quirino. Ainda presa às memórias do amor de juventude, representado por Avelino (Lucas Wickhaus), Josefa passa a enfrentar dilemas que abalam sua estrutura emocional e reverberam em toda a cidade.

A Hora do Rush 4 é confirmado pela Paramount e marca o retorno de uma das duplas mais queridas do cinema

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Foto: Reprodução/ Internet

Depois de anos de rumores, promessas interrompidas e entrevistas que sempre deixavam um fio de esperança no ar, A Hora do Rush 4 finalmente foi confirmado pela Paramount. A notícia caiu como uma bomba positiva para os fãs que, por quase duas décadas, se perguntavam se veriam novamente Jackie Chan e Chris Tucker juntos nas telas. Agora está oficialmente decidido. A franquia retorna e, com ela, o espírito divertido e caótico que marcou uma época do cinema de ação e comédia.

A confirmação se tornou ainda mais curiosa pelos bastidores revelados nos últimos dias. Segundo informações do Deadline, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teria incentivado pessoalmente a realização do filme. O comentário circulou em Hollywood como uma anedota improvável, mas acabou se misturando à história real de um projeto que parecia preso em limbo. A partir desse empurrão político inesperado e da força dos fãs, o caminho para a produção finalmente se abriu. Para dar forma ao novo capítulo, a Paramount se uniu à Warner Bros. e fechou um acordo de distribuição conjunta. A informação surpreendeu, já que a New Line Cinema, responsável pelos três primeiros filmes, havia recusado investidas anteriores de continuação.

A resistência dos estúdios era compreensível. A ideia de reviver uma franquia clássica depois de tanto tempo levanta riscos financeiros e criativos, principalmente quando os protagonistas já não são jovens e quando o público atual consome ação de forma muito diferente daquela dos anos 2000. Mas A Hora do Rush não é apenas mais uma série de filmes de luta e perseguição. É uma história movida pela química genuína entre Jackie Chan e Chris Tucker, uma dupla que transformou diferenças culturais em humor e transformou desentendimentos em cumplicidade. Esse carisma sempre foi a base do sucesso da trilogia e continua a ser a principal razão para que os fãs insistissem na continuação.

A franquia nasceu em 1998 com uma proposta simples que deu muito certo. O inspetor-chefe Lee, disciplinado e habilidoso membro da polícia de Hong Kong, precisava trabalhar ao lado do impulsivo detetive James Carter, representante barulhento e desastrado do Departamento de Polícia de Los Angeles. A combinação entre as artes marciais de Jackie Chan e a energia cômica explosiva de Chris Tucker criou um fenômeno imediato. As sequências lançadas em 2001 e 2007 ampliaram o universo dos personagens e consolidaram uma trilogia que arrecadou cerca de 850 milhões de dólares ao redor do mundo.

O que diferenciava A Hora do Rush não era apenas a ação impecável. O grande trunfo estava no humor criado pelo choque cultural entre Oriente e Ocidente e na maneira como os dois protagonistas lidavam com suas diferenças. Em meio a sequestros, mafiosos, tramas internacionais e confusões burocráticas, o público se divertia ao perceber que os dois eram mais compatíveis do que pareciam. Ao longo dos três filmes, o crescimento da amizade entre Lee e Carter se tornou tão importante quanto os próprios casos policiais que investigavam.

Por isso, a ideia de um quarto filme sempre despertou emoções intensas. Muitos se perguntavam se a fórmula ainda funcionaria ou se os tempos modernos tornariam a abordagem ultrapassada. A verdade é que Hollywood vive um momento particular em que continuações tardias e revivals nostálgicos dividem opiniões. Algumas produções conseguem atualizar seu legado com inteligência, enquanto outras enfrentam dificuldades ao tentar repetir o brilho do passado. No caso de A Hora do Rush, no entanto, existe um elemento especial que pode fazer a diferença. Jackie Chan e Chris Tucker demonstraram inúmeras vezes que só voltariam se o projeto estivesse alinhado com seu carinho pela franquia. A partir do momento em que aceitaram retornar, ficou claro que a intenção é honrar a trajetória construída e não apenas lucrar com nostalgia.

Ainda não existem detalhes sobre a história do novo filme, mas é possível imaginar que a trama explorará o amadurecimento dos personagens. Jackie Chan, hoje com mais de 70 anos, continua ativo e impressionantemente ágil, mas deve receber um roteiro que respeite sua fase atual. Chris Tucker, por sua vez, mostra-se animado com a possibilidade de revisitar Carter, personagem que marcou sua carreira e que ainda carrega forte identificação com o público. A parceria entre os dois, mesmo depois de tantos anos, segue como o ponto mais esperado desta nova etapa.

O retorno também convida a uma reflexão sobre o próprio impacto cultural da franquia. A Hora do Rush marcou uma geração e influenciou diversos filmes de parceria policial, especialmente aqueles que abordam diferenças culturais com leveza e humor. O estilo único de Jackie Chan, que mistura comédia física e artes marciais coreografadas com precisão, uniu-se ao humor espontâneo e irreverente de Chris Tucker para criar algo que transcendia fronteiras. Essa mistura funcionou tão bem que se tornou um marco do cinema comercial dos anos 1990 e 2000.

Amadeus | Série ganha primeiro trailer completo e revela um retrato mais humano da rival rivalidade entre Mozart e Salieri

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A adaptação televisiva de Amadeus acaba de ganhar seu primeiro trailer completo e reacende a curiosidade do público ao apresentar uma abordagem mais íntima e emocional da relação entre Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Salieri. A série estreia internacionalmente em 21 de dezembro e promete revisitar essa história clássica com uma sensibilidade própria, que valoriza fragilidades, ambições e dramas humanos por trás de dois nomes que marcaram para sempre a história da música. Abaixo, confira o vídeo:

No centro da narrativa está Mozart, vivido por Will Sharpe (The White Lotus), que aparece aos 25 anos chegando a Viena com a alma cheia de esperança, mas os bolsos vazios após a morte do pai. Desempregado e tentando se reinventar em uma cidade movida pelo brilho da música e pelas disputas de poder, ele encontra apoio em Constanze Weber, interpretada por Gabrielle Creevy (In My Skin). Constanze surge não apenas como aliada e futura companheira, mas como alguém capaz de enxergar o artista por trás da inquietação e da genialidade.

É por meio de Constanze que Mozart se aproxima do influente compositor da corte, Antonio Salieri, interpretado com profundidade por Paul Bettany (WandaVision). O trailer mostra um Salieri dividido entre admiração e tormento, um homem que reconhece no jovem músico um dom quase divino e que, ao mesmo tempo, sente esse talento como uma ferida aberta. Bettany entrega nuances dolorosas, revelando um Salieri humano, vulnerável e, em muitos momentos, devastado pela sensação de estar diante de um prodígio que ameaça apagá-lo.

Will Sharpe, por sua vez, constrói um Mozart pulsante e sensível, alguém que vive entre o fascínio da criação musical e o peso das expectativas. No trailer, o ator dá ao compositor uma humanidade rara, trazendo à tona a insegurança, a fome por reconhecimento e a solidão de quem carrega um brilho maior do que o mundo consegue compreender.

O elenco reforça essa dimensão humana da série, reunindo atores que ajudam a compor o cenário emocional e social de Viena. Olivia-Mai Barrett (Penny on M.A.R.S.) interpreta Sophie, enquanto Rory Kinnear (The Imitation Game) surge como o Imperador Joseph, figura que representa o poder diante do qual artistas como Mozart precisavam constantemente se curvar. Lucy Cohu (Becoming Jane) vive Cecilia Weber, a mãe de Constanze, e Jonathan Aris (Sherlock) interpreta Leopold Mozart, cuja morte serve de ponto de partida para o momento de maior vulnerabilidade do filho.

A produção também inclui Rupert Vansittart (Game of Thrones) como Rosenberg e Richard Colvin (The Salisbury Poisonings) como o compositor Muzio Clementi. Outros nomes, como Orsolya Heletya, Krisztián Cser, Una Kovac e Ágota Dunai, ajudam a construir o cotidiano que cerca Mozart, desde apresentações e ensaios até festas, encontros e pequenos rituais sociais que estruturavam a vida vienense da época.

A série promete uma releitura moderna de Amadeus, preservando a essência dramática do clássico de Peter Shaffer, mas mergulhando mais profundamente na condição humana dos personagens. O trailer deixa claro que esta não é apenas a história de dois músicos em conflito, e sim um estudo sobre insegurança, talento, inveja, amor e o desejo de deixar uma marca no mundo.

Quase Deserto marca nova fase de José Eduardo Belmonte e estreia nos cinemas em 27 de novembro

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Foto: Reprodução/ Internet

Após uma passagem elogiada por dois dos maiores eventos de cinema do país, a Première Brasil do Festival do Rio 2025 e a 49ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, Quase Deserto finalmente chega às salas brasileiras em 27 de novembro. O novo longa-metragem de José Eduardo Belmonte carrega o espírito de descoberta que sempre acompanhou sua filmografia, mas desta vez amplia fronteiras, geográficas e simbólicas.

A produção foi inteiramente filmada em Detroit, cidade que se tornou quase um personagem dentro da história. Ali, entre prédios vazios e ruas que parecem suspensas no tempo, o diretor constrói um cenário que dialoga com abandono, memória e sobrevivência. A narrativa ganha vida através do trio formado por Angela Sarafyan, atriz armênio-americana conhecida por sua presença magnética em Westworld, pelo uruguaio Daniel Hendler, lembrado por seu trabalho sensível em O Abraço Partido, e pelo brasileiro Vinícius de Oliveira, que marcou gerações com Central do Brasil e aqui apresenta um novo amadurecimento artístico.

Belmonte descreve o filme como um “noir distorcido”, uma expressão que traduz a mistura de sombras, silêncios e tensões que compõem o enredo. Quase Deserto acompanha dois imigrantes latinos sem documentos e uma mulher americana que, por acaso, testemunham um assassinato em uma Detroit pós-pandemia. A cidade parece desprovida de vida humana, como se observasse seus próprios fantasmas. Diante da violência inesperada, os três personagens partem em uma jornada de fuga e reinvenção, carregando segredos, medos antigos e um desejo silencioso de recomeçar.

A força emocional do longa nasce tanto de sua trama quanto do significado que ele representa dentro da trajetória do diretor. Belmonte vive um momento de virada artística e profissional, motivado pela busca por novos modelos de coprodução que aproximem criadores de países diferentes. Essa ideia surge do desejo de expandir o alcance das histórias brasileiras, permitindo que temas, conflitos e sensibilidades do país encontrem ressonância em outros territórios. O diretor explica que compreender o Brasil de fora pode revelar nuances que, de perto, muitas vezes passam despercebidas. Para ele, comentar o país a partir de outra geografia amplia o olhar e cria pontes culturais que antes pareciam distantes.

Essa proposta de integração está presente em cada etapa do filme. A produção foi realizada em três idiomas, português, espanhol e inglês, refletindo os encontros e desencontros dos personagens. O longa é produzido por Rodrigo Sarti Werthein e Rune Tavares, com assinatura da ACERE, e conta com a participação da norte-americana We Are Films, da Filmes do Impossível e da Paramount Pictures. O roteiro, por sua vez, nasceu de uma colaboração criativa entre Belmonte, Carlos Marcelo e Pablo Stoll, roteirista conhecido pelo sucesso uruguaio Whisky.

Juliana Paes e Globo não chegam a acordo, e atriz fica fora de “Quem Ama Cuida”, nova novela de Walcyr Carrasco

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Foto: Reprodução/ Internet

A possível volta de Juliana Paes ao horário nobre da TV Globo movimentou bastidores e fãs, mas não se concretizará desta vez. As negociações para que a atriz integrasse o elenco de Quem Ama Cuida, próxima novela das nove escrita por Walcyr Carrasco, foram encerradas após semanas de tentativas de conciliação de agendas. A informação foi revelada pelo jornalista Gabriel Vaquer, da Folha de São Paulo, e confirma que o principal impasse foi a incompatibilidade de compromissos já assumidos pela atriz.

Juliana Paes, que nos últimos anos transita entre TV aberta, streaming e cinema, caminha em 2026 com uma agenda especialmente apertada. A atriz, conhecida por sucessos como Pantanal e A Dona do Pedaço, já havia se comprometido com a segunda temporada da série Os Donos do Jogo, produção da Netflix que será gravada ao longo do próximo ano. As datas extensas de filmagem ocuparam praticamente todo o calendário da artista, impossibilitando sua presença regular no ritmo intenso exigido pelo folhetim das nove.

Na Globo, o trabalho mais recente de Juliana foi em Renascer, exibida em 2024. Na primeira fase da novela, ela interpretou Jacutinga, uma cafetina carismática e de personalidade marcante que rapidamente conquistou o público. A participação curta, porém impactante, já refletia uma mudança na relação profissional da atriz com a emissora, agora baseada em contratos por obra. À época, Juliana não retornou nas fases seguintes de Renascer justamente por compromissos previamente assumidos, situação semelhante ao que volta a acontecer com Quem Ama Cuida.

Sem Juliana, a equipe da próxima novela das nove segue avançando em ritmo acelerado. A história parte de um acontecimento brutal: a morte do milionário Rogério Brandão, vivido por Antonio Fagundes, ator conhecido por produções como Rei do Gado e Bom Sucesso. O assassinato ocorre na mesma noite em que o personagem anuncia seu casamento com Adriana, papel de Letícia Colin, que brilhou recentemente em Todas as Flores e Novo Mundo.

A cuidadora Adriana, surpreendida por uma acusação injusta, é condenada pelo crime e perde a liberdade sem conseguir se defender. Na prisão, encontra pouca esperança além do apoio de Pedro, filho do advogado responsável por colocá-la atrás das grades. Após seis anos encarcerada, Adriana retorna ao mundo determinada a provar sua inocência e retomar sua vida. Sua jornada é marcada por feridas profundas, pela busca de reparação e pelo enfrentamento daqueles que a traíram.

O elenco, já adiantado pela produção, reúne nomes consagrados e talentos contemporâneos. Tony Ramos, que recentemente esteve em Terra e Paixão e A Regra do Jogo, integra o grupo, assim como Isabel Teixeira, de Pantanal e Todas as Flores, escalada como a grande antagonista da história. Também estão confirmadas Agatha Moreira, conhecida por Verdades Secretas e Éramos Seis, Bianca Bin, de O Outro Lado do Paraíso, e Mariana Ximenes, que participou de novelas como América e Nos Tempos do Imperador.

Mesmo sem a atriz no elenco, Quem Ama Cuida segue despertando interesse por sua trama de injustiça, reviravoltas e fortes embates emocionais, características marcantes do autor Walcyr Carrasco. A novela marca um novo capítulo da faixa nobre da Globo e deve ganhar ainda mais destaque à medida que novas confirmações forem anunciadas.

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