Crítica – Abracadabra 2 é uma verdadeira emoção de nostalgia 

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O longa-metragem Abracadabra 2 é uma celebração emocionante para os fãs da versão original de 1993. Sob a direção de Anne Fletcher, o filme extrai uma abundância de nostalgia, mesclando habilmente o antigo e o novo em uma produção que encanta espectadores de todas as idades. Embora a primeira versão não seja isenta de críticas, a sequência se destaca por sua abordagem suave e acessível, tornando-a apropriada para toda a família.

As protagonistas Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy retornam como as icônicas irmãs Sanderson, e suas performances são um destaque absoluto. É impressionante como elas se entregam completamente aos seus papéis, fazendo com que pareça que o tempo não passou entre as aventuras. Uma cena particularmente memorável é a versão no estilo jukebox de uma canção famosa de Elton John, que se torna um ponto alto do filme e serve como uma poderosa ferramenta de promoção para atrair os entusiastas de produções musicais.

Mais leve e menos assustador do que seu antecessor, a sequência respeita a essência da versão original enquanto traz elementos novos e emocionantes para a trama. A sequência não apenas proporciona uma dose saudável de nostalgia, mas também expande a história das Irmãs Sanderson, prometendo enriquecer ainda mais o catálogo da Disney+ e oferecer uma experiência encantadora para novos e antigos fãs.

Crítica – O Urso do Pó Branco é diferente e inusitado

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Este longa-metragem definitivamente é daqueles que dividem opiniões. Baseado em fatos reais (sim, em fatos reais), o filme intitulado originalmente Cocaine Bear e lançado no Brasil com o nome de O Urso do Pó Branco, tem obtido um misto de avaliações na internet.

O filme foi inspirado em um traficante chamado de Pablo Eskobear (alusão ao também traficante Pablo Escobar), que possuía uma quantidade considerável de nada mais, nada menos do que 79 quilos de cocaína e acabou morrendo devido a uma overdose. Em 1985, Andrew C. Thornton II (também traficante de narcóticos) deixou uma carga de 40 blocos de cocaína cair em Knoxville, Tennessee, enquanto traficava a droga da Colômbia para os Estados Unidos. Segundos depois de seu avião cair, Thornton faleceu devido à alta carga, já que seu paraquedas acabou não abrindo. Muito perto dali, um urso preto foi encontrado morto em 23 de dezembro de 1985, após ter ingerido 34 quilos de cocaína.

Com a estrela de “O Som do Coração”, Keri Russel, e uma das estrelas de “Modern Family”, Jesse Tyler Ferguson, o filme uma comédia com uma pitada de terror e tem, definitivamente, algo inesperado no desenvolver na história. Piadas totalmente repentinas conseguem fazer o telespectador gargalhar nas horas mais tensas do filme e, ao mesmo tempo, sustos que nos fazem saltar das cadeiras em momentos que você menos espera.

Elizabeth Banks (diretora do filme) conseguiu mesclar muito bem tudo isso. Banks conseguiu mais uma vez ser brilhante nesse gênero. Você definitivamente começa torcendo para que o urso morra, mas no final, acabamos torcendo para o próprio urso! Sim, o final pega a gente de surpresa. Mas esta resenha permanecerá sem spoilers.

O filme, com certeza, consegue ser um hit, mesmo sendo um besteirol. Por ser algo diferente e inusitado, recomendo assistir com a mente aberta e, de conselho, assista com “aquela” galera! Este filme consegue ainda ser mais divertido quando você divide com seus amigos. Cocaine Bears conseguiu ser mais do que eu esperava! Pode não ser um dos melhores filmes de 2023, mas com certeza vale a pena conferir.

Crítica – 13 exorcismos apresenta experiência de terror e emoção

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O filme é um thriller psicológico espanhol que mergulha nas profundezas do sobrenatural e da fé. Dirigido por Jacobo Martínez, o filme conta a história de Laura, uma jovem de 17 anos que vive em um ambiente rigorosamente religioso, com pais que enfrentaram sofrimentos e impuseram restrições severas à sua vida. Sua rotina regrada é abruptamente interrompida na noite de Halloween, quando Laura, em segredo com sua melhor amiga, se envolve em uma série de eventos sombrios que desencadeiam uma série de exorcismos.

A trama, que se desenrola de maneira envolvente e intrigante, mantém o público atento e ansioso por mais. A habilidade de Martínez em construir tensão e criar um ambiente carregado de suspense é notável, tornando o filme uma experiência cinematográfica intensa e cativante. Cada cena contribui para uma narrativa crescente que culmina em um clímax poderoso e emocional, o que reforça a recomendação para assistir à estreia em grandes telas.

“13 Exorcismos” é um filme que se destaca pela sua direção eficaz e pela profundidade emocional que proporciona aos espectadores. A história de Laura Villegas e seus exorcismos é apresentada com uma intensidade que prende a atenção do público do início ao fim, oferecendo uma experiência cinematográfica que vale a pena ser vivida no cinema.

O elenco é composto por Ruth Díaz, conhecida por “Sob a Pele do Lobo”; Urko Olazabal, de “Maixabel”; e Silma López, que atuou em “Valeria”. Com a produção assinada pela Diamond Films, o longa-metragem está previsto para estrear nos cinemas nesta quinta-feira, 23 de fevereiro. Para quem busca uma imersão em uma narrativa envolvente e emocionante, “13 Exorcismos” promete entregar exatamente isso.

Crítica – A Paixão Segundo G.H. apresenta nova perspectiva visual e emocional

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A Paixão Segundo G.H.“, a adaptação cinematográfica do renomado romance de Clarice Lispector, não apenas nos leva em uma jornada visual, mas mergulha profundamente nas complexidades e nuances da obra literária. O filme se dedica a explorar toda a gama de emoções, questionamentos existenciais e as intricadas reflexões da protagonista G.H., cuja vida é virada de cabeça para baixo após o fim de um relacionamento amoroso e a partida de sua empregada.

Ao se confrontar com uma barata em seu apartamento, G.H. se vê confrontada não apenas com o inseto, mas com seus próprios medos e anseios em relação à vida e à sociedade. Através de monólogos cuidadosamente elaborados, o filme captura a essência da escrita de Lispector, mergulhando o público em um mundo de metáforas e analogias que provocam reflexões profundas sobre identidade, existência e a natureza humana.

Cada cena é uma imersão nos pensamentos intrincados de G.H., destacando a habilidade única de Lispector em capturar a complexidade da experiência humana. O longa-metragem não apenas homenageia a obra original, mas também a amplia, oferecendo uma nova perspectiva visual e emocional para os espectadores, que são convidados a se perder nas entrelinhas da história e a questionar sua própria compreensão do mundo ao seu redor.

Crítica – Ghostbusters: Apocalipse de Gelo oferece uma viagem nostálgica

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Embora Ghostbusters: Apocalipse de Gelo busque capturar a magia dos clássicos que encantaram gerações, infelizmente, não consegue atingir a grandeza de seus predecessores. A direção de Gill Kenan, embora bem-intencionada, tropeça ao tentar preencher o filme com grandes nomes, resultando em uma nostalgia forçada. Esta tentativa de invocar os espíritos dos filmes anteriores acaba por desperdiçar o potencial do elenco e da trama, pois há pouco tempo em tela para um desenvolvimento adequado.

A nostalgia, ainda que forçada, desempenha um papel significativo no filme, transportando-nos para os dias em que os caçadores de fantasmas originais salvaram o mundo das ameaças sobrenaturais. Contudo, essa nostalgia não é suficiente para compensar as falhas na execução do roteiro, que se mostra desajeitada e inconsistente.

Os efeitos visuais merecem destaque, pois cumprem com excelência o que prometem, proporcionando ao público uma imersão impressionante no universo dos fantasmas e dos eventos sobrenaturais. O elenco, embora talentoso, parece subutilizado, pois carece de tempo suficiente para explorar plenamente seus personagens e suas interações.

Apesar de seus defeitos, o filme pode ser apreciado como uma dose de escapismo, oferecendo uma viagem nostálgica de volta à infância para aqueles que buscam uma distração leve. No entanto, para os fãs fervorosos da franquia que ansiavam por inovação e um resgate emocional das memórias, o filme pode acabar sendo uma decepção, pois não consegue reacender a chama da mesma forma que seus predecessores.

Crítica – Coringa: Delírio a Dois traz visual hipnotizante em uma experiência inusitada

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“Coringa: Delírio a Dois” foi uma das sequências mais aguardadas dos últimos anos, prometendo uma nova e ousada abordagem para a icônica história de Arthur Fleck, o Coringa. Com Todd Phillips novamente na direção, o filme trouxe a promessa de um musical psicológico, o que despertou tanto curiosidade quanto ceticismo entre os fãs e críticos. No entanto, essa nova direção artística revelou-se um terreno delicado, e o resultado foi uma obra que, embora visualmente impressionante, divide opiniões pela sua execução narrativa e estética.

Phillips, mais uma vez, demonstra sua habilidade ao criar uma atmosfera densa e perturbadora. A cinematografia continua a ser um dos pontos altos do filme, com cenas que capturam de maneira belíssima o caos interno de Arthur Fleck. Através de ângulos inovadores e uma paleta de cores que mistura o sombrio com o vibrante, o diretor cria momentos de pura imersão visual, especialmente nas cenas introspectivas do protagonista. Contudo, ao transformar “Coringa: Delírio a Dois” em um musical, o cineasta parece ter se distanciado da essência brutal e complexa que definiu o sucesso do primeiro filme. A musicalidade, por mais bem coreografada que seja, interfere na intensidade emocional da trama, suavizando o impacto da jornada psicótica de Fleck.

A participação de Lady Gaga como Harley Quinn, uma adição muito aguardada, é um dos elementos mais comentados do filme. Sua interpretação da personagem, conhecida por sua relação caótica com o Coringa, traz momentos interessantes de cumplicidade com Joaquin Phoenix. A química entre os dois atores é inegável, mas o roteiro falha em aprofundar essa relação, deixando Harley como um elemento quase decorativo, em vez de uma força vital na narrativa. Gaga entrega uma performance intensa e multifacetada, mas sua presença é subaproveitada, o que gera uma sensação de que muito mais poderia ter sido explorado. Sua versão de Harley Quinn parece apenas tocar a superfície da personagem, sem mergulhar nas camadas de loucura e vulnerabilidade que fizeram dela uma figura tão fascinante.

O maior desafio do longa-metragem é seu ritmo. Depois de um início promissor, com tensões crescentes e diálogos intrigantes, o filme se perde em uma repetição cansativa de cenas que, ao invés de enriquecer a trama, acabam diluindo a intensidade emocional. A narrativa parece se arrastar, especialmente após os primeiros 40 minutos, tornando-se previsível e, por vezes, sem direção. O desenvolvimento de Arthur Fleck, que deveria aprofundar ainda mais sua psique torturada, acaba sendo prejudicado por números musicais que, embora visualmente impactantes, soam deslocados no contexto sombrio da história.

Há momentos de brilho no filme, especialmente na atuação de Joaquin Phoenix. Ele, mais uma vez, entrega uma performance visceral, capturando com maestria a vulnerabilidade e a insanidade de Fleck. A transformação do personagem, desde sua fragilidade inicial até a total aceitação de sua loucura, é um espetáculo doloroso de se assistir, e Phoenix carrega o filme com uma intensidade que poucos atores conseguiriam igualar. Contudo, mesmo sua atuação poderosa não consegue redimir as falhas estruturais do roteiro.

A decisão de misturar o sombrio com o musical pode ser vista como uma tentativa ousada de inovar o gênero, mas em “Coringa: Delírio a Dois”, o experimento parece ter saído pela culatra. O filme, ao tentar balancear o grotesco com a leveza musical, acaba criando uma experiência fragmentada. Enquanto a estética visual e as performances de Phoenix e Gaga são pontos de destaque, a trama em si perde o foco e a coesão, resultando em uma narrativa que falta profundidade e significado.

Para os fãs do primeiro filme, que se destacava pela crueza e profundidade emocional, o filme pode ser uma decepção. O potencial para uma sequência igualmente perturbadora e instigante está lá, mas é ofuscado por escolhas artísticas que não conseguem sustentar o peso da história. No final, o filme deixa uma sensação de que o Coringa merecia um tratamento mais alinhado com sua complexidade, e menos comprometido com experimentações que diluem seu impacto.

A trama é um filme que tenta inovar, mas acaba tropeçando em sua própria ambição. É uma experiência que, para alguns, será um fracasso narrativo; para outros, uma ousadia mal executada. Porém, o consenso parece ser que, embora Phillips tenha sido corajoso em tentar algo novo, o filme carece da mesma profundidade e impacto emocional que transformou o primeiro em um clássico moderno.

Resenha – Os Mais Lindos Contos de Fadas tem tudo o que os Grimm nos ofereceram

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Um compilado de contos dos irmãos mais famosos do mundo literário: “Os mais lindos contos de fadas”, dos Irmãos Grimm, editorado pela Excelsior – famosa editora de livros nerds -, edição de capa dura na cor azul, detalhes dourados e sombras quase transparentes na forma de castelos e tudo o que representa um mundo mágico.

Onde melhor encontrar mundo mágico que nos contos deles? Tornaram-se colecionadores de histórias contadas por pessoas nas suas diversas viagens, ficando, assim, conhecidos por suas fantasias sobre princípes, fadas, bruxas e animais falantes.

Esta obra, então, traz a essência pura do que eram os contadores dessas estórias conhecidas entre muitas gerações. Também conta com alguns contos não tão conhecidos, como “O pássaro de ouro”, “Elsie, a esperta” e “Pele de gato”.

São breves, como devem ser os contos, narrados em poucas páginas e de uma leitura rápida e fácil. Para ler no ônibus antes de descer no ponto; na sala, enquanto espera alguém pra sair; na cama, antes de dormir e depois de acordar… Não importa a hora, a obra pode ser lida onde quer que seja, sempre é momento de ler algo dos Grimm.

No início, estranhei alguns pontos, como as histórias se desenrolavam, como terminavam, qual era a ideia daquilo tudo? Quando, na verdade, a experiência de lê-lo é ultrapassar a mesmice e embarcar no diferente. Nada igual ao que consumimos frequentemente quando criança, mas semelhante em absolutamente tudo – apenas com uma gota de Grimm como ingrediente secreto.

Depois desse, darei-me mais chances com contos desse tipo, mas sem esquecer Dica: não devore todos os contos de uma vez, saboreie, viaje no tempo, fique imersa no mundo mágico que esses irmãos escreveram escutando as mais diferentes pessoas. Deixar na cabeceira, embaixo do travesseiro ou ao lado da cama, não importa. Apenas leiam.

Crítica – Fúria Primitiva é uma jornada de vingança repleta de ação e suspense

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“Fúria Primitiva” traz uma trama intensa e envolvente, centrada em Bob, um homem cuja vida é virada de cabeça para baixo após a trágica morte de sua família. Desde o primeiro momento, a jornada de vingança de Bob prende a atenção do espectador, criando uma conexão emocional imediata e poderosa.

A narrativa é impulsionada pela busca incansável de Bob pelo assassino de sua mãe, um caminho repleto de cenas de ação eletrizantes e suspense de tirar o fôlego. Cada confronto e reviravolta são cuidadosamente construídos para manter o público na ponta da cadeira, gerando uma tensão constante que permeia todo o filme.

As sequências de luta são coreografadas com precisão e intensidade, destacando a habilidade do diretor em criar cenas de ação visualmente impactantes. O suspense é habilmente dosado, mantendo o espectador em um estado de alerta constante, sem nunca perder o ritmo.

No entanto, apesar de seus méritos em termos de entretenimento e execução técnica, o filme enfrenta dificuldades em se destacar em um gênero saturado de histórias de vingança. A trama, embora bem construída, segue uma fórmula já bastante explorada, sem oferecer elementos distintivos que a elevem acima da média. Faltam surpresas verdadeiramente inovadoras ou um aprofundamento psicológico mais profundo dos personagens que poderiam diferenciar o filme de outros semelhantes.

Ainda assim, o longa-metragem cumpre seu propósito de entreter e satisfazer os fãs de filmes de ação e vingança. A performance convincente do elenco e a direção eficaz garantem uma experiência cinematográfica emocionante, mesmo que não memorável. Para aqueles que buscam uma dose de adrenalina e suspense, o filme entrega exatamente isso, ainda que não deixe uma marca duradoura no panorama do cinema de ação.

Crítica – Imaculada é um terror psicológico envolvente

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Imaculada” é uma obra cinematográfica que se aventura profundamente no território sombrio do terror psicológico, acompanhando a trajetória de Cecilia em um convento isolado na Itália. Desde o início, o filme cativa o espectador com uma atmosfera densa e opressiva, meticulosamente construída através de uma cinematografia impecável. Cada enquadramento e jogo de luz são estrategicamente utilizados para criar uma sensação de claustrofobia e inquietação, mantendo o público em constante tensão.

A direção de arte é um dos pontos altos. O uso habilidoso das sombras e a escolha de locações contribuem para a imersão na narrativa, tornando o convento não apenas um cenário, mas um personagem vivo e pulsante, cheio de segredos e mistérios. A trilha sonora, com suas notas inquietantes e dissonantes, complementa perfeitamente o clima de suspense, amplificando a sensação de perigo iminente.

Apesar da excelência técnica, a produção apresenta algumas falhas na construção de sua narrativa. Certas reviravoltas da trama podem ser antecipadas por espectadores mais experientes no gênero, o que diminui um pouco o impacto das surpresas ao longo do filme. Além disso, o desfecho, embora coerente, deixa a desejar em termos de intensidade e resolução, não atingindo o clímax que a construção inicial prometia. Esse final, que carece de um ápice emocional, pode frustrar aqueles que esperam uma conclusão mais contundente.

No entanto, esses pontos não diminuem completamente o valor da experiência proporcionada. A performance do elenco é sólida, com atuações convincentes que trazem autenticidade aos personagens e às suas angústias. A atriz principal, em particular, oferece uma interpretação profunda e sensível de Cecilia, capturando suas complexas emoções e conflitos internos. As interações entre os personagens são bem desenvolvidas, e os diálogos são afiados, contribuindo para o desenvolvimento da tensão narrativa.

Em suma, o filme é uma adição digna ao gênero do terror psicológico, oferecendo uma jornada imersiva e assustadora, ainda que com algumas previsibilidades e um desfecho aquém das expectativas. É um filme que se destaca pela sua atmosfera e pelas performances de seu elenco, mesmo que não alcance todo o seu potencial narrativo. Por esses motivos, atribuo ao filme uma nota 3, reconhecendo seus méritos e também suas limitações.

Crítica – A Freira 2 é um terror com sabor de ação

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O filme chega aos cinemas como uma das grandes apostas do gênero terror deste ano, prometendo uma experiência emocionante para os fãs da franquia. Ambientado na França de 1956, o filme começa com um assassinato brutal de um padre, sinalizando a expansão de forças malignas pela Europa. Irmã Irene, novamente interpretada com intensidade por Taissa Farmiga, é chamada a enfrentar uma nova ameaça demoníaca, obrigando-a a buscar soluções para esse enigma aterrorizante.

Sob a direção de Michael Chaves, conhecido por suas contribuições ao universo “Invocação do Mal” em filmes como “A Maldição da Chorona” e “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio”, “A Freira 2” evidencia sua capacidade de criar uma atmosfera envolvente e aterrorizante. No entanto, o filme adota uma abordagem que mistura terror com cenas de ação, criando uma experiência um tanto ambígua. Em vários momentos, a produção parece mais uma aventura de ação do que um thriller de terror puro, o que pode desapontar os fãs que esperavam uma experiência mais intensamente aterrorizante.

Um aspecto criticável do filme é a utilização de uma relíquia sagrada como elemento central da trama. Embora essa escolha pudesse adicionar profundidade e mistério, o filme não explora completamente o potencial deste artefato, resultando em uma desconexão entre o que o trailer promete e a execução final.

O filme” incorpora diversos clichês do gênero, como sustos previsíveis e efeitos sonoros exagerados, e seus personagens carecem de desenvolvimento significativo. A personagem de Irmã Irene é a única que apresenta alguma profundidade, mas ainda assim, sua presença é subutilizada. Valak, o antagonista demoníaco, perde parte do mistério e do terror que a caracterizava no filme anterior, tornando-se repetitiva e excessivamente visível. A tentativa de explicar a origem e o poder de Valak acaba sendo confusa e contraditória.

Michael Chaves dirige com competência, mantendo a estética sombria e a ambientação que caracterizam o universo “Invocação do Mal”. No entanto, o filme não consegue criar a tensão esperada, apesar de melhorar em termos de ação com cenas de perseguições e confrontos intensos. Essa mudança de foco em relação ao primeiro filme sacrifica a essência do terror objetivo em favor de um terror mais subjetivo e físico.

Além disso, “A Freira 2” se distancia da abordagem dos rituais católicos presentes em “Invocação do Mal”, optando por uma abordagem mais física e mística no enfrentamento das entidades demoníacas, relegando a fé a um segundo plano.

A obra é uma evolução em relação ao primeiro filme, mas ainda carece de originalidade e surpresas. Apesar disso, o filme oferece uma atmosfera mais dinâmica e cenas de ação intrigantes que podem atrair aqueles que buscam uma experiência diversificada dentro do gênero do terror. Para os fãs da franquia e entusiastas do gênero, pode valer a pena conferir, mas esteja preparado para uma mistura de terror e ação que pode não atender às expectativas de todos.

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